Alan hesitou por um instante antes de discar o número de Olívia. A estratégia era simples: Marcar um encontro para discutir a colaboração entre as famílias Becker e Ventura. Mas, no fundo, ele sabia que seu desejo de vê-la ia muito além das questões de negócios.— Alô? — A voz de Olívia soou como uma melodia suave aos ouvidos de Alan.— Oi, Olívia. Como você tem estado? — perguntou Alan, um pouco nervoso.— Alan! Que prazer ouvir sua voz. Estou bem, e você? — respondeu Olívia, irradiando alegria. Era como se Alan pudesse visualizar seu sorriso, mesmo a distância.— Estou bem, obrigado. Precisamos conversar sobre os próximos passos entre nossas famílias. Você teria um tempo para me encontrar hoje? — sua voz era firme, mas seu coração pulsava acelerado, cheio de expectativa.— Claro, vamos nos encontrar no café perto da sede. Que horas seria bom para você?— Que tal às três? — sugeriu Alan, aliviado ao ouvir sua confirmação. Ele precisava daquela conversa, não apenas pelo aspecto profis
Alan observava o rosto de Olívia enquanto o sol começava a descer no horizonte, refletindo nas vidraças do café. O encontro havia corrido de maneira mais fluida do que ele esperava, e a companhia dela o envolvia de uma maneira que ele tentava, sem sucesso, racionalizar. Eles estavam prestes a se despedir quando Olívia recebeu uma mensagem em seu celular, e o leve franzir de sua testa indicou que algo havia mudado no ar.— Preciso ir, Alan. Um compromisso inesperado, — disse ela, levantando-se de repente, o tom ainda leve, mas os olhos evitando os dele.— Está tudo bem? — Alan perguntou, notando a mudança sutil em seu comportamento.— Sim, nada com que se preocupar, — ela sorriu, mas parecia forçado. — Vamos conversar mais tarde sobre os detalhes da aliança.Alan assentiu, mas a partida repentina de Olívia deixou uma sensação estranha no ar. Ele a observou sair, e algo na pressa dela o incomodou. Seu instinto, afiado pelas pressões da liderança, lhe dizia que havia algo além dos negóci
A presença de Finn Correia era algo que Alan não conseguia tirar da cabeça. Mesmo depois de sua partida, o eco de suas palavras ressoava na mente de Alan. Era um alerta silencioso, uma lembrança de que o jogo de poder que ele comandava estava longe de ser simples. Agora, além das operações com os Ventura, ele precisaria lidar com um novo oponente, que se infiltrava lentamente em sua vida pessoal e profissional.Naquela noite, enquanto a cidade de Nova York respirava seu caos usual, Alan resolveu não voltar para casa imediatamente. Ele preferiu caminhar pelas ruas do bairro onde ficava o escritório dos Becker, como se a movimentação ao seu redor pudesse lhe dar algum insight. Ele sabia que algo estava acontecendo nos bastidores, que Finn havia entrado em sua vida com um propósito maior, algo que ainda não estava claro.Seus passos o levaram até um dos bares mais discretos da cidade, um lugar onde as conversas mais perigosas aconteciam em meio a drinks caros e iluminação baixa. Alan ent
O silêncio se arrastou entre Alan e Bianca, um abismo profundo que parecia se expandir a cada segundo. A tensão nos ombros dela era palpável, refletindo a luta interna enquanto ela buscava as palavras certas para se explicar. Alan sentia-se dividido; parte dele queria acreditar que havia uma explicação inocente, mas outra parte se agitava, temendo o que essa conexão com Finn poderia significar.— Eu não estava planejando me encontrar com ele — começou Bianca, quebrando o silêncio. — Eu o encontrei por acaso no bar. Estava apenas… tentando me distrair.— Bianca... — Alan hesitou, tentando encontrar as palavras certas. — Sei que tenho sido difícil ultimamente, e sei que você também tem passado por isso. Mas quando vi você com o Finn naquele bar, algo dentro de mim simplesmente estalou.Bianca o encarou, sua expressão uma mistura de frustração e decepção. Ela cruzou os braços, mas manteve-se firme, com os olhos fixos nos dele.— Alan, eu já te disse que foi por acaso. Finn apareceu, e eu
As luzes da gala brilhavam intensamente, refletindo no luxuoso salão da Sv Eventos, onde a elite da cidade se reunia para uma noite de contatos e alianças. Alan estava ao lado de Bianca, tentando manter a compostura, mas uma inquietação persistente o consumia enquanto seus olhos buscavam Finn em meio à multidão.Nesse momento, as portas do salão se abriram, revelando Olívia e sua melhor amiga, Ana. As duas foram recebidas com olhares de admiração, e havia algo na maneira como caminhavam que atraía a atenção dos presentes. Olívia exalava uma elegância discreta, mas era impossível ignorar a intensidade de seu olhar analítico, enquanto Ana, ao seu lado, exibia uma certa timidez, contrastando com a confiança de Olívia, mas também refletindo um ar de mistério e poder que atraía olhares por onde passava.Do outro lado do salão, Eloísa deslizava com uma elegância estudada. Vestindo um longo vestido de seda verde esmeralda, ela parecia fazer parte de uma dança silenciosa de estratégias e olhar
O salão da gala começava a esvaziar aos poucos, mas ainda havia energia no ar, especialmente para aqueles que buscavam novas alianças. Finn mantinha-se próximo de Eloísa, lançando olhares calculados enquanto conversavam. Ele parecia fascinado com o carisma dela e com a forma como ela, quase sem esforço, parecia transitar por aquele universo de poder e interesses sem perder a postura firme e elegante.Eloísa, por outro lado, sabia que o interesse de Finn era muito mais do que profissional. Ela o deixava se aproximar, divertindo-se ao perceber que ele via nela uma aliança que poderia abrir portas para o que quer que ele estivesse planejando. Ela sabia que Finn tinha intenções ocultas e, embora fosse cautelosa, se divertia com o jogo. O que Finn ainda não havia percebido era que Eloísa o observava com a mesma intensidade – e que talvez estivesse apenas esperando a oportunidade certa para revelar o quão atenta ela realmente estava.Do outro lado do salão, Olívia observava o casal com aten
A noite anterior ainda estava vívida na mente de Olívia. Após sua descoberta sobre o Elysium, ela e Alan haviam trocado olhares carregados de tensão e palavras que sugeriam muito mais do que alianças estratégicas. Havia algo entre eles que nenhum conseguia ignorar. Mas, por mais que desejassem se concentrar na investigação sobre Finn, ambos sabiam que algo mais os puxava, algo profundo e proibido.Naquela manhã, ao chegar ao apartamento de Alan, ela sentiu um frio na barriga. Embora estivesse ali por um propósito claro — mergulhar nos documentos que desvendariam os planos de Finn —, o ambiente entre eles estava carregado. Ao vê-lo, sentiu o olhar de Alan demorar-se em si de uma forma que a fazia se perguntar até onde aquela tensão os levaria.— Trouxe mais documentos, — disse ela, estendendo-lhe uma pasta com um leve sorriso.Ele a olhou, aceit
A manhã seguinte amanheceu com uma tensão palpável no apartamento de Alan. Depois do beijo que haviam trocado, Alan e Olívia estavam igualmente excitados e confusos. Embora o momento tivesse sido interrompido por Luís e Ana, ambos sabiam que algo fundamental mudara entre eles. Ainda assim, precisavam manter o foco, especialmente com o perigo crescente que o projeto Elysium representava.Alan passou a mão pelos cabelos, pensativo, enquanto olhava para os documentos espalhados pela mesa. Olívia, ao seu lado, tentava aparentar calma, mas qualquer troca de olhares entre eles reacendia a lembrança da noite anterior. Ela ainda conseguia sentir os lábios dele nos seus, e cada vez que ele se aproximava para discutir algo sobre os documentos, o desejo ameaçava voltar à tona.Eles sabiam que, mais cedo ou mais tarde, teriam que conversar sobre o que sentiam. Mas antes disso, precisavam desvendar os planos de Finn.— Sobre o Elysium… — começou Olívia, quebrando o silêncio e se forçando a se conc