Alan se levantou cedo naquela manhã, o peso das responsabilidades da família Becker ainda o acompanhando. Enquanto o sol surgia lentamente no horizonte, ele se preparava para um dia que prometia ser longo e desafiador. As operações da família estavam em uma fase crítica, e a recente aliança com os Ventura ampliava tanto as oportunidades quanto os riscos.Ele dirigiu-se à sede da família, um edifício imponente que exibia a marca do poder. Dentro, o ambiente estava repleto de tensão, com os membros da família e associados discutindo os próximos passos das operações criminosas. Alan respirou fundo, preparando-se para assumir o comando.Assim que entrou na sala de reuniões, foi recebido por olhares expectantes. Os rostos eram conhecidos, mas o peso da liderança agora parecia diferente. Ele não era mais apenas Alan, o filho, mas Alan, o líder da família Becker.— Precisamos falar sobre os próximos passos a dar, — disse Viktor, um dos conselheiros mais próximos da família Becker. — Com a fa
Alan hesitou por um instante antes de discar o número de Olívia. A estratégia era simples: Marcar um encontro para discutir a colaboração entre as famílias Becker e Ventura. Mas, no fundo, ele sabia que seu desejo de vê-la ia muito além das questões de negócios.— Alô? — A voz de Olívia soou como uma melodia suave aos ouvidos de Alan.— Oi, Olívia. Como você tem estado? — perguntou Alan, um pouco nervoso.— Alan! Que prazer ouvir sua voz. Estou bem, e você? — respondeu Olívia, irradiando alegria. Era como se Alan pudesse visualizar seu sorriso, mesmo a distância.— Estou bem, obrigado. Precisamos conversar sobre os próximos passos entre nossas famílias. Você teria um tempo para me encontrar hoje? — sua voz era firme, mas seu coração pulsava acelerado, cheio de expectativa.— Claro, vamos nos encontrar no café perto da sede. Que horas seria bom para você?— Que tal às três? — sugeriu Alan, aliviado ao ouvir sua confirmação. Ele precisava daquela conversa, não apenas pelo aspecto profis
Alan observava o rosto de Olívia enquanto o sol começava a descer no horizonte, refletindo nas vidraças do café. O encontro havia corrido de maneira mais fluida do que ele esperava, e a companhia dela o envolvia de uma maneira que ele tentava, sem sucesso, racionalizar. Eles estavam prestes a se despedir quando Olívia recebeu uma mensagem em seu celular, e o leve franzir de sua testa indicou que algo havia mudado no ar.— Preciso ir, Alan. Um compromisso inesperado, — disse ela, levantando-se de repente, o tom ainda leve, mas os olhos evitando os dele.— Está tudo bem? — Alan perguntou, notando a mudança sutil em seu comportamento.— Sim, nada com que se preocupar, — ela sorriu, mas parecia forçado. — Vamos conversar mais tarde sobre os detalhes da aliança.Alan assentiu, mas a partida repentina de Olívia deixou uma sensação estranha no ar. Ele a observou sair, e algo na pressa dela o incomodou. Seu instinto, afiado pelas pressões da liderança, lhe dizia que havia algo além dos negóci
A presença de Finn Correia era algo que Alan não conseguia tirar da cabeça. Mesmo depois de sua partida, o eco de suas palavras ressoava na mente de Alan. Era um alerta silencioso, uma lembrança de que o jogo de poder que ele comandava estava longe de ser simples. Agora, além das operações com os Ventura, ele precisaria lidar com um novo oponente, que se infiltrava lentamente em sua vida pessoal e profissional.Naquela noite, enquanto a cidade de Nova York respirava seu caos usual, Alan resolveu não voltar para casa imediatamente. Ele preferiu caminhar pelas ruas do bairro onde ficava o escritório dos Becker, como se a movimentação ao seu redor pudesse lhe dar algum insight. Ele sabia que algo estava acontecendo nos bastidores, que Finn havia entrado em sua vida com um propósito maior, algo que ainda não estava claro.Seus passos o levaram até um dos bares mais discretos da cidade, um lugar onde as conversas mais perigosas aconteciam em meio a drinks caros e iluminação baixa. Alan ent
O silêncio se arrastou entre Alan e Bianca, um abismo profundo que parecia se expandir a cada segundo. A tensão nos ombros dela era palpável, refletindo a luta interna enquanto ela buscava as palavras certas para se explicar. Alan sentia-se dividido; parte dele queria acreditar que havia uma explicação inocente, mas outra parte se agitava, temendo o que essa conexão com Finn poderia significar.— Eu não estava planejando me encontrar com ele — começou Bianca, quebrando o silêncio. — Eu o encontrei por acaso no bar. Estava apenas… tentando me distrair.— Bianca... — Alan hesitou, tentando encontrar as palavras certas. — Sei que tenho sido difícil ultimamente, e sei que você também tem passado por isso. Mas quando vi você com o Finn naquele bar, algo dentro de mim simplesmente estalou.Bianca o encarou, sua expressão uma mistura de frustração e decepção. Ela cruzou os braços, mas manteve-se firme, com os olhos fixos nos dele.— Alan, eu já te disse que foi por acaso. Finn apareceu, e eu
O sol se punha lentamente atrás dos arranha-céus de Nova York, banhando a cidade em tons dourados e alaranjados. No topo de um dos edifícios mais imponentes da cidade, um homem contemplava a vista do seu luxuoso apartamento, situado no andar mais alto. As luzes da cidade começavam a brilhar como estrelas na Terra, mas a beleza do momento parecia distante, como se não tivesse nada a ver com sua vida.Ele era Alan Becker, um homem de 25 anos, que tinha tudo o que muitos considerariam o sonho americano: uma carreira promissora, um apartamento magnífico e uma família influente. No entanto, ele se sentia preso em uma armadilha feita de expectativas e obrigações familiares. Ele se lembrava da infância, das histórias de coragem e poder que seu pai contava, mas o que antes parecia emocionante agora se tornara um fardo pesado. Ele não queria ser o sucessor da família Becker, uma das famílias mais poderosas da máfia.Na verdade, Alan sonhava em abrir sua própria galeria de arte. Ele tinha um ta
O Grande Salão do Hotel Sapphire estava iluminado de forma exuberante, com lustres de cristal pendendo do teto alto e mesas elegantemente decoradas com flores frescas. Alan chegou ao evento acompanhado de sua irmã Aline, o ambiente estava repleto de convidados, muitos dos quais ele conhecia desde a infância. Havia risos e conversas animadas, mas ele se sentia como um estranho em seu próprio mundo. O peso do compromisso iminente o seguia como uma sombra.— Você vai se divertir, irmão. Prometo! — Disse Aline, animada, enquanto se afastava para cumprimentar alguns amigos. Alan forçou um sorriso, mas sua mente estava longe.Enquanto Aline se afastava, Alan avistou a família Ventura em uma mesa à frente. O patriarca, Ethan Ventura, conversava com alguns parceiros de negócios, enquanto Bianca, a noiva de Alan, estava cercada por amigas. Mas o que realmente chamou sua atenção foi a presença de Olívia.Ela estava de pé perto da mesa, sua postura imponente e um vestido preto elegante que ressa
O dia do casamento chegou, e o grande salão da mansão dos Ventura estava em plena preparação. Os floresceres brancos e dourados adornavam cada canto, criando uma atmosfera de conto de fadas que contrastava com a realidade sombria que Alan sentia em seu peito. Ele se olhou no espelho, ajustando a gravata e tentando esconder o nervosismo. O terno estava impecável, mas a sensação de opressão era inegável.Bianca apareceu na porta, radiante como sempre. O vestido de noiva, uma criação deslumbrante, realçava suas curvas e ela parecia uma verdadeira princesa. — Alan! Venha ver como estou! Não estou linda? — Ela girou, exibindo seu vestido em um movimento dramático.— Você está maravilhosa, Bianca, — ele disse, forçando um sorriso. Mas em seu coração, havia uma sensação de desconexão. Ele admirava sua beleza, mas não conseguia se sentir feliz. Em seu íntimo, a ideia de estar se casando com alguém que mal conhecia o deixava inquieto.— Você deveria estar mais animado! Estamos prestes a nos ca