NeamirDesde que nasci, não há uma única parte minha que seja normal, no entanto, esses dois sempre acabam me lembrando de que até pessoas como eu podem se sentir cansadas. Solto um suspiro, colocando uma mão em cima da cabeça de Falout.Rio vendo a quantidade de mordidas em seu corpo.Até parece que Rosian é aquele que precisa de sangue para viver.No entanto, tudo o que precisa para fazer os seus truques é nos canalizar.— Do que está rindo? — pergunta, afastando meu cabelo para trás, ficando deitado de lado ao nosso lado, já que Falout está meio deitado em cima de mim, com sua cabeça apoiada sobre os meus seios.— Tem certeza de que não tem nenhum traço vampírico dentro de você? — perquiro, virando meu rosto de lado para evitar ver o pequeno golpe que lança em minha testa com seus dedos.— Quem sabe, seu pai enfiou tanto dentro de mim que nem o Falout conseguiu ultrapassá-lo — declara, acertando o sujeito silencioso da mesma maneira que fez comigo. — Fico menos atraente se não for a
Ceyas— Como estão decidindo os turnos para ficar de olho em mim? — pergunto para o sujeito, ajustando a mamadeira de Éden, uma vez que sentado ele consegue segurá-la com muita facilidade.Não é só em tamanho que ele cresceu, consegue dar vários passos sozinhos e, quando não pode dá-los, apenas engatinha para onde quer. Mantê-lo nos braços é algo que gosta, porém, também aprecia fazer com que as pessoas o persigam.— Você é o Yvon, certo? O guarda-costas — brinco, dado que mantém uma distância de mim, como se a sua tarefa fosse analisar o que faço, contudo, não se incomoda em fazer isso sem que eu saiba.— Tem se sentido à vontade? — pergunta, me deixando um pouco surpreso. Acho que o vi falar poucas vezes
CeyasEnquanto me olham, não tenho certeza do que devo pensar.Rosian não para de olhar para Falout, claramente, na intenção de o provocar.O vampiro não liga muito, deixa que ele faça o que quer, e o bruxo faz exatamente assim, mantendo uma mão em torno de seu peito, se segurando nele. Porém, como não recebe uma crítica, não para as suas ações.— Você tem que se acostumar — murmura Rosian, mudando a sua atenção para mim. — Sou um bruxo, mas como esse homem, recebi alguns órgãos de outra pessoa. Fígado, rim e outras coisinhas.— Então, o mais certo aqui é anunciar que não são puros, nenhum de vocês — concluo com rapidez.— Exatamente — professa Billy. &mdas
CeyasFico meio desnorteado pelo tanto de coisa que descubro, porém, aparentemente, enquanto puder manter meus olhos nela, fico bem. Meus impulsos ficam controlados, meu lobo não demonstra nenhum incômodo, também não experimento hostilidade.Eles fazem exatamente o que dizem que vão fazer.Se a sua alfa não anunciou que precisam me arrancar do meu lugar para me chutar, me tolerarão, ou seja lá o que eles fazem. Vigiar ainda parece ser o mais correto, embora não me incomode, o que é bem mais estranho.Geralmente, é normal se sentir estranho por saber que alguém mede cada um dos seus passos, mas não tenho esse tipo de emoção negativa. Gostaria de saber se é tudo devido à presença dela.— Ele é o genitor do Éden — conta
RosianEntendo que Neamir tenha decidido falar muitas cosias para Ceyas. Na verdade, nem foi aquela a começar o assunto e sempre que falamos sobre o que somos, acabamos sendo levados para outras direções e elas tendem a terminar em Zenit.Ele é o diabo que puxa as cordas de Draven, enquanto Uvtrian, o último escroto a conseguir colocar as suas mãos em Neamir é bobo da corte que bate palmas para os impressionar.Pode até ser que não saiba disso, mas é essa a sua posição.Depois de uma conversa tão demorada, apenas nos reunimos para uma refeição, após ela terminar, cada um seguiu para fazer aquilo que mais o agrada, contudo, Neamir permanece pensando demais em algo que não sei.Temo que, se entrar na sua mente agora, veja um emaranhado de informaç&ot
CeyasDespertando de um pesadelo angustiante, sinto um aperto doloroso no coração, como se algo estivesse tentando me rasgar por dentro. Não tenho certeza do que sonhei, mas sinto o cheiro pungente de sangue embaixo das minhas narinas.A dor me incomoda tanto e eu sei exatamente de onde ela vem.A ausência dela, minha lumeny, é um buraco profundo e insuportável que me consome. Como tenho certeza disso, quando até pouco tempo atrás não havia certeza em minha mente, é o que não sei.É como se toda confusão tivesse sido consumida pela negritude do cômodo.O quarto está mergulhado em uma escuridão silenciosa, com apenas um fraco brilho da lua filtrando pelas cortinas, que ilumina os lençóis amassados ao meu redor. Eles estão pesados e sufocantes,
CeyasAcordo lentamente, a luz do sol filtrando-se suavemente através das cortinas, tocando a cama com um brilho quente e acolhedor. Os odores próximos, porém, não desconhecidos me deixam inebriado.Minha mente ainda está envolta em névoa, e conforme vou me despertando, percebo um peso reconfortante ao meu lado. Quando olho para baixo, vejo que estou abraçado a Neamir, os braços dela envoltos ao meu redor e meu corpo parcialmente sobre o dela.A sensação é de um conforto inesperado, mas a realização de que me agarrei a ela durante a noite me faz sentir um misto de vergonha e surpresa. Em nenhuma das vezes que dividimos a cama antes nos aproximamos tanto.Sempre imaginei que ela abriria a minha cabeça no meio se a tocasse.Neamir ainda está deitada, porém, voltan
CeyasQuando conheci Neamir tive certeza de que ela poderia causar uma confusão no meu dia a dia. Fiquei mais certo disso depois dela tentar me matar, mas agora me questiono sobre o porquê de nosso elo ter ficado tão escondido.Foram minhas próprias emoções que o esconderam?Rosian volta a beijar Falout, como se pedisse para ele não ficar irritado.Também me parece que quer motivos para continuar na cama.Falout e Rosian compartilham um olhar compreensivo, e a sensação de tranquilidade que emana deles é palpável. Sinto um profundo alívio, não apenas pela presença deles, mas pela certeza de que o bebê está bem.Isto é o que ela queria quando fugiu na minha casa e a entendo, talvez até demais.Toda a emoção bo