55. O que eu queria
Ceyas

— Veio dar de mamar longe dos olhos das pessoas? — pergunto, vendo-a virar o rosto minimamente para verificar quem entrou no recinto silencioso.

Os outros moradores da casa não parecem muito preocupados com a gente, pelo menos até que sua líder diga que somos um perigo.

— Não, ele só estava meio agitado, então queria que comesse primeiro — explica de um modo muito razoável, o que é bem estranho nas conversas que temos. — Não quis conhecer mais da casa?

— Não me lembro de você andando pela minha casa para conhecer os cômodos — brinco, e ela desvia o olhar do meu, como se não precisasse me responder algo assim, dado que, provavelmente, não se sentia segura. — Te incomodava tanto assim estar no mesmo lugar que eu? Parece muito diferente em um território seu.

— As pessoas se adaptam dependendo da necessidade, foi dessa maneira que sobrevivi ao longo dos anos — esclarece, fazendo com que eu me sinta surpreso, mas também meio feliz, o que é estranho.

Mas que parte de mim não ficou esqu
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