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110. Precauções perigosas – Parte 3
RosianEu sabia que muito provavelmente teria problemas por permitir que alguém me ferisse, mesmo que no final a magia tenha se concretizado como eu esperava. Temos um círculo de proteção contra demônios agora, embora aqueles que são apenas parte de um possam se mover dentro dele.O que é um risco, mas eu não podia extinguir todas as possibilidades quando nós, que somos exceções híbridas, poderíamos ficar em risco. Se eu fizesse algo muito grandioso, talvez acabasse nos ferindo no processo, e eu não suportaria ser aquele que os machuca de novo.— Não vai tirar o sanguessuga pervertido de cima de mim? — inquiro para o lobo, me observando como se apreciasse que o gado possa ficar tão silencioso antes de ser abatido.Sim, eu poderia utilizar uma magia para fazê-los saírem de cima de mim, mas sei o que causou essa comoção e não posso reclamar. Se eu tivesse sido mais cuidadoso, as coisas poderiam ter caminhado de outra maneira.Fora que não é ruim de modo algum.Eles fazem o que desejam pa
111. Coisas boas no caminho
Neamir“Acho que temos que repensar o que é uma punição” penso brevemente, já que a língua de Rosian em minha boceta não me deixa pensar, no entanto, Ceyas não ajuda ao encher minha boca com o seu pau.Além disso, tem o som sensual do corpo de Falout indo e vindo ao foder Rosian. Ele dispara vários sinais eletromagnéticos que fazem o meu corpo ficar ligado. Achei que seria uma boa ideia tampar a boca de Rosian, já que não começou a se explicar, mas sou aquela que mais está fodida no momento.Ele mantém uma das mãos em minha cintura, pressionando-me a sentar em sua boca, enquanto Ceyas me segura pela nuca, e os dois malditos sabem como manter um ritmo tortuosamente idêntico, me atacando igualmente em ambas as partes.Da próxima vez, devo considerar melhor o que é ou não tortura para esses bastardos, já que podem se reunir desse modo simplesmente para me deixar maluca. Com a porra de Ceyas enchendo a minha garganta, gozei sobre a boca de Rosian e, quase, instintivamente, o jato quente a
112. Não tire seus olhos de mim
CeyasPor mais que tenha se passado pelo menos cinco minutos que estamos assim, não consigo deixar de rir, já que Rosian nos colocou a vários metros uns dos outros e fez questão de amarrar nossas mãos.Ele é o único livre. Sentado em uma cadeira afastada, o bruxo balança a perna que mantém sobre a outra, averiguando a expressão daqueles que considera pecados que atentam à sua mente antes mesmo que responda ao que perguntamos.— Sabe, eu não me importo com você querer me amarrar, mas acha que isso é o bastante? — pergunto a ele, rindo de como os seus olhos me acusam de ser tão ruim quanto as duas outras vítimas de suas cordas mágicas.— Vou colar vocês em seus lugares — avisa, apontando um dedo que passa pelo rosto de cada um de nós, com o seu julgamento bem explícito. — Querem que eu responda, mas não me deixam falar.— Mas você gosta quando te calamos pondo um pau na sua garganta — comenta Falout, parecendo o mais acostumado a estar com as mãos presas. Considerando o que Neamir diz qu
113. Promessas que não devem ser feitas
NeamirUma das coisas que eu queria evitar do elo de Lumeny é a sensação de que os sentimentos fluindo para dentro de mim não podem ser controlados, porque eles não me pertencem, e esse é exatamente o caso no momento.Nossa conversa estava indo muito bem até Ceyas começar a divagar, deixando os seus sentimentos nadarem em uma correnteza obscura, movendo o meu coração nessa direção também, dado que o nosso elo se tornou permanentemente próximo.Não tem mais como evitar. Nossa ligação não pode ser destruída, a não ser que a morte venha para levar um de nós, mas, é claro, ela terá que se esforçar muito para tocar em qualquer um aqui na sala.Antes que eu me ergua para ir até Ceyas, Rosian recorre à sua magia e percebo que não sou a única a levantar. Falout também se preparou para ir até o nosso parceiro, no entanto, inebriado pelos seus pensamentos, ele sequer notou. Só se deu conta de que algo está errado quando Rosian colocou uma mão nele, chamando a sua atenção, tomando-a para si, faze
114. Prioridades
NeamirNo meu canto, sentada com Éden entre as minhas pernas, noto que Falout não para de me encarar. Preferi ficar no andar de cima, longe dos olhos da bruxa, assim que percebi que a sua presença estava se aproximando da nossa casa.Paro por um segundo, reparando que até o meu filho demonstra curiosidade pela minha pausa. Dou um sorriso, tentando mostrar a ele que não há problema algum acontecendo.Acredito que me adaptei muito bem a esse lugar, se já posso chamá-lo de casa sem nem hesitar. Falout, aparentemente, notou o que senti; assim, se aproxima, ajudando Éden a brincar com os seus bloquinhos.De ontem para hoje, nosso filho cresceu muito mais, como se fosse uma necessidade urgente, e me pergunto o quanto Éden é parecido comigo nisso, se foi algo que ocorreu depois dele perceber que um de seus pais se feriu.Com a sua inteligência, não seria estranho perceber essas nuances. Ele pode nos identificar com facilidade, além de assimilar o que fazemos muito mais rápido do que eu gostar
115. Conversa inteligente
Ceyas— Impossível não é uma palavra que eu costume usar, diz Rosian com um sorriso grandioso que expõe o seu orgulho e contentamento por ser capaz de chocar a bruxa diante dele.Não sei bem do que os dois estão tratando quando mencionam suas famílias, porém, imagino que haja muita importância nisso, assim como ocorre quando se fala sobre as linhagens lupinas. Existe um motivo para tantas pessoas acreditarem que é melhor as espécies se manterem puras. O quanto elas podem se fortalecer apenas se envolvendo com aqueles que são da mesma espécie é uma delas.— O coven comandado pelos Luxvian foi massacrado, todos os seus membros foram mortos, algumas das minhas amigas foram analisar a situação com seus próprios olhos, articula Kanoi, pelo tom de sua voz é impraticável ignorar a sua surpresa. Realmente, não é algo que esperava ouvir hoje.— Fomos massacrados, sim, realmente fomos, comenta Rosian, usando um tom de voz muito mais baixo que o normal. Não é do feitio dele agir assim, no entanto
116. Sua pele sob os meus pés – Parte 1
RosianQuanto mais falo com essa mulher, mais entendo por que Neamir se sente estranha diante dela. Tem algo nela que parece perigoso. Não sei identificar o que é e me irrito por isso, uma vez que tem havido coisas demais que eu não posso explicar recentemente.Não consegui encontrar informações sobre o tal de Aldar, ainda não descobri de onde vem a energia nojenta que percorre toda essa mansão, também não pude identificar a velocidade com a qual o nosso bebê está crescendo.Todas essas perguntas sem resposta estão me deixando louco.É um pouco melhor que eu não esteja esquentando a minha cabeça sozinho, mas odeio que as minhas capacidades não sejam o bastante para assegurar nada no momento. Então, eu não deixarei que uma única bruxa venha me criticar pelo que fiz, só porque outros estão com medo.Francamente, nenhum deles sabe o que é medo de verdade.Nunca viram o diabo tão de perto como eu vi.Jamais sentiram o cheiro de morte como eu.Tudo o que eles têm é um receio fundamentado ap
117. Sua pele sob os meus pés – Parte 2
Neamir“O que diabos essa mulher está pensando agora?” pergunto ao observar sua expressão. Não consigo acreditar nesse semblante, nesses olhos derramando sentimentos conflituosos.Ceyas não costuma falar sobre o seu pai, claramente, é um assunto que não pode ser mencionado sem cuidado. No entanto, ela está aqui dizendo que o compararão com o seu pai?— Cala a boca — manda Rosian antes que eu possa dizer qualquer coisa.Ceyas está tentando manter os seus sentimentos sob controle, no entanto, posso sentir como as emoções borbulham dentro de seu peito. O elo faz com que elas cheguem a mim com uma pressão, apertando o meu coração dentro de mim.Mesmo que ele não diga, sei que o assunto não o deixa confortável.— O que está fazendo? — pergunta Kanoi a ele.— O que você acha? — replica Rosian. — Como você se atreve a compará-lo a alguém que causou tantos problemas?— Você não tem ideia do que houve na alcateia nesse período… você… — A mulher assusta-se ao perceber que não consegue dizer uma
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