IMPERADOR NARRANDO
Por mais que eu tenha total controle de quem entra e quem sai do meu morro, eu não posso dar esse vacilo, e mesmo chapado como estou, sei exatamente como torturar e tirar as respostas das pessoas, sem que elas saiam daqui vivos, isso é um dom meu, até porque eu tinha 10 anos, quando tive o meu primeiro crime nas costas, isso porque o meu pai me fez matar um filho da puta, mas ele disse que era eu ou ele, que se ele saísse daquela situação, ele iria voltar com vários outros, e que a gente poderia morrer, e com isso sem pensar eu acabei atirando na cabeça do cara, e com isso eu ganhei o meu primeiro crime, mas ainda sim, não tive medo, e não tenho, se esses arrombados querem meter os x9 dentro da porra da minha favela, eu vou resolver de uma forma pacífica, eu vou matar primeiro o x9 e depois eu vou invadir a porra do morro, ou farei melhor, vou agir nas sombras e calado, até porque é assim que um bom bandido faz, ele dar apenas um golpe, e é certeiro. O bandido simplesmente acerta no seu alvo, quando ele pega alguém importante para os invasores, então os mato como um aviso, por isso sempre tenho que ser calculista a ponto de agir na surdina.
— O que vamos fazer com esse filho da puta? — o Jacaré pergunta. — Precisamos descobrir de onde ele veio, procurar até os rastros de família desse desgraçado, e então a gente resolver o que vai fazer, mas claro vamos dar uma boa torturada nele, talvez ele abre a porra da boca. — digo, sério. — Adoro torturar um filho da puta x9. — diz o Mosca, com um sorriso em seus lábios. — Nunca vi, alguém gostar de brincar com o aperitivo, antes mesmo de sabermos se esse indigente é mesmo quem diz, ou é apenas mais um x9 querendo doce. — digo sorrindo. — Mas porra, eu vou deixar vocês brincando, vou na minha fortaleza, tomar um bom banho, tirar o fedor daquela puta do meu corpo, acabei dormindo sem tomar um banho, e isso tá me deixando enjoado caralho. — digo e eles riem. — A pessoa mais limpa entre nós, dormiu com cheiro de puta no corpo, essa é nova. — o Jacaré fala rindo, então dou-lhe um tapa na cabeça. — Filho da puta, eu tô mole com você, seu arrombado, eu meto uma bala na sua cabeça porra. — digo nervoso. — Tô aqui querendo vomitar, e vocês acham engraçado, é dois filho da puta mesmo. — digo, dando um soco no braço do Mosca, que logo se recompõe. — Qual foi, Imperador. — ele fala, passando a mão sobre o braço. — Mas vai lá, pode ser contagioso. — ele fala, e da uma gargalhada. — Vai tomar no meio do seu cu, seu filho da puta. — digo nervoso, e os dois ficam rindo. — Continua rindo, quando eu me estressar, vou meter uma única bala na cabeça de vocês. — digo sério. — Qual foi, Imperador, não faz essa porra não. — diz o Jacaré rindo, vou ficar de boa. — ele fala, se segurando. — Me dá aí a chave da moto porra. — digo e o Mosca me dá a chave da moto dele, logo caminho até a moto, monto nela, ligo e dou uma acelerada maneira. — Divirtam-se ai, mas não torturem muito, quero brincar também. — digo, nesse momento acelero a toda velocidade, então vou pilotando a moto rumo a minha fortaleza. Fico-me pensando se o meu passado não me condenasse tanto, como eu sei que condena, até porque os crimes que tenho nas costas não são pequenos, acredito que já fui até mandado para o inferno ainda em vida, mas isso não me incomoda, a única coisa que quero fazer antes de morrer é curtir muito a minha vida, essa porcaria de vida que ainda tenho. Estava com os pensamentos tão distante, que acabei chegando na minha fortaleza, já fui estacionando a moto, desci da mesma e fui subindo as escadas para entrar para minha mansão, antes de entrar um dos meus vapor me deu um recado da Késia, o que me deixa irritado, aquela mulher não cansa de me irritar, e ainda vive andando aos quatros lugares aqui do morro, dizendo que é minha fiel, eu tô dando um de desentendido, até o dia que eu chegar no limite, ou um dia que estiver bem irritado, eu vou raspar a porra da cabeça dela, ou até mesmo irei dar ela de presente a algum dos meus aliados, mas querendo ou não, preciso focar no assalto que tenho pra fazer antes do baile, e também nesse cara que pegamos. Então respirei fundo, entrei na minha goma, já fui direto para as escadas, logo mais fui subindo as mesma, assim que estava no topo da escada, caminhei pelo corredor, rumo ao meu quarto, no momento em que cheguei na porta do quarto, abrir a mesma e já fui entrando, assim que entrei já fui direto para o banheiro, se tem uma coisa que odeio é ficar com o cheiro de puta no meu corpo, então logo que entrei no banheiro, já fui tirando a roupa, colocando no cesto de roupas, então liguei o chuveiro, sentir a água cair sobre o meu corpo, hoje o Rio de Janeiro está quente, e por mais que esteja tarde da noite, ainda sim está bastante calor. Após um tempo tomando banho, acabei o banho, peguei uma toalha, comecei enxugar o meu corpo ali mesmo, logo fui até a pia, e fiz minha higiene bucal, assim que acabei, sair do banheiro, fui até o closet, cheguei nas prateleiras peguei uma bermuda, abrir uma das gavetas e peguei uma cueca, comecei a me vestir, quando acabei, peguei meu celular e minha arma, guardei comigo, então sair do quarto, fui saindo do corredor, então assim que fui descendo as escadas, meu celular toca o som de mensagem, ao pega-lo para ver quem é, vejo que é uma mensagem da Késia, fui saindo de casa revirando os olhos, mas logo que coloquei os pés na escada para descer, ouvir alguém me chamando do portão. — Gostoso. — a Késia me chama, respiro fundo. — Caralho, tu não cansa não? — pergunto, já irritado. — Poxa, gostoso, eu subir só pra te ver. — ela fala, com um sorriso enorme em seu lábio. — Onde está indo? — ela pergunta, nesse momento subo na moto, ligo a mesma, dou partida até o portão, no momento que chego no mesmo, seguro no cabelo dela, e acelero a moto a derrubando no chão. — Aí. — ela grita, ao cair no chão. — Olha aqui vagabunda, eu não te devo satisfações, e a nenhuma outra filha da puta, eu sou solteiro, eu vou a onde eu quiser, eu como quem eu quiser e tiver vontade, você não é ninguém para mim. — digo sério. — Na próxima vez que me cobrar satisfações, eu vou raspar a merda desse seu cabelo porra. — digo nervoso, acelero a moto, e deixo ela lá caída no chão, estou irritado com a cobrança dessa puta achando que pode me cobrar alguma merda, quem ela pensa que é, para me cobrar alguma satisfação? Estava só o ódio quando fui chagando no quartinho, e os caras estavam ali na contenção. — Ih, parece que alguém ja irritou o chefe. — diz o Dentinho ao me ver encostando a moto. — Cala boca, filho da puta. — digo sério. — Jacaré seu filho da puta, eu já te falei pra colocar uns vapor porreta na entrada desse caralho, pra nenhuma marmita subir sem ser anunciada antes. — digo e ele dá risada. — Mas é muita cara de pau né? — ele fala me olhando. — Você é o puto que mais tem mulher nessa porra, e tá reclamando. — diz ele, ironizando. — Não te pedi opinião caralho, só tô te avisando. — digo sério. — Cadê o filho da puta do Mosca? — pergunto, o olhando. — Sabe como é né? A marmita dele brotou no morro, e ele foi trocar o óleo. — diz ele rindo. — Porra, é muito desgraçado mesmo, depois fica falando merda pra mim. — digo e ele continua a rir. — Mas aí, descobriu alguma coisa? — pergunto o olhando. — Cara, ele continua dizendo que é um simples cidadão, que precisa de trabalho e moradia. — diz ele me olhando. — Mas peguei os documentos que ele estavam com ele, e mandei o nosso melhor homem investigar até a alma dos antepassado desse traste sacô? — diz ele, e concordo. — Tá mané, vou lá na boca, dar um tapa na cocaína e depois vou pra casa dormir. — digo sorrindo. — Porra cara, tu vai morrer de overdose com essa porra. — diz ele me repreendendo, reviro os olhos. — Não sabia que meu pai estava me dando lição de moral. — digo e ele rir. — Até amanhã porra, preciso repor as energias, que amanhã temos que ver como tá o plano do assalto e logo mais a gente vai assaltar aquela loja de joias lá. — digo e então fazemos toque. — Pode deixar. — diz ele. — Até mais chefe. — diz o Dentinho, se despedindo. Assim que fiz toque com os caras, fui até a moto, montei nela, então a liguei, assim que dei partida nela, fui pilotando a moto rumo a boca, estava querendo ficar chapado pra caralho, quero apenas dormir, acordar sem nenhum tipo de problema, mas quero saber qual é o dia que não tem uma confusão na porra desse morro. Ontem teve aqueles dois filhos da puta que queriam brigar por causa de buceta, aí quando meti a cara, e disse que essa porra de morro tá cheio de puta, a maria fuzil que tava atrás do cara, logo disse que iria ficar com o corninho, o que me fez dar uma boa gargalhada. Estava pensativo com esses acontecido, que quando cheguei na boca, apenas desci da moto, e fui entrando para a minha sala, então assim que fui entrando, já fechei a minha porta, e por mais que eu quisesse comer alguma puta, eu vou é dormir, até porque tem uns 4 dias que tô sem dormir nessa porra, e quando tirei um cochilo, aquele filho da puta me acordou com problemas. Fui até a minha mesa, peguei um baseado, acendi ele e comecei a fumar tranquilamente, abrir a gaveta, peguei um pouco de cocaína em um saquinho, mas acabei ficando com preguiça de espalhar e cheirar, então fiquei fumando meu baseado, até que acabou, quando acabou, joguei ele no lixo, me joguei no sofá da minha sala, e ali mesmo acabei apagando.EVIE NARRANDO Acordei com o nascer do sol na manhã seguinte, estava tão preocupada com a minha avó, que assim que me acordei, já fui pegando o meu celular, comecei a pesquisar uma clínica para ir consultar ela, e assim que achei, já entrei em contato via WhatsApp, e conseguir agendar uma consulta para ela, então assim que deixei tudo pronto, me levantei, fui até meu guarda roupa, peguei uma camisa de algodão, na cor cinza, também peguei uma calça jeans na cor preta, então já sair do meu quarto indo em direção ao banheiro, estava com a roupa em mãos, quando estava entrando no banheiro, logo vi a Késia se aproximando do banheiro, ela me olhou mas não falou nada, apenas em silêncio passou para o quarto dela, notei que ela estava um pouco abatida, e além do mais ela não estava sorrindo como de costume, então sei que tem algo errado, mas não me atrevo a perguntar, ela nunca fala comigo, sempre quer me humilhar, e acaba que fico calada e não consigo me defender, isso porque sempre sou a ma
IMPERADOR NARRANDOAcabei acordando com a gritaria do Mosca na minha porta, o que me deixou puto da vida, eu já estava irritado pela noite anterior, e ainda vir gritar na minha boca, me acordando? Isso não, eu vou quebrar esse filho da puta, então me levantei soltando fumaça pelo nariz, abrir a porta, e ao vê-lo ali parado na minha porta, dei um soco nele, a sorte dele que não pegou na boca, porque eu ia matar ele na porrada, o mesmo levou a mão perto do peitoral, e me olhou com a cara mais lavada do mundo, isso me deixou puto, esse filho da puta acha que pode acordar as pessoas dessa forma, quem ele pensa que é? Esse arrombado tá na minha quebrada, no meu espaço e ainda quer vir bancar de santo, logo o Jacaré chegou em seguida, ele acabou percebendo que o clima estava pesado e nem questionou nada, apenas baixou a cabeça e seguiu pra sala dele, o que achei ótimo, já não basta lidar com um, ter que lidar com os dois, aí é pedir pra morrer, ou matar uma praga dessa. Então ele foi entran
EVIE NARRANDO Quando eu tomei a decisão de voltar para o meu trabalho, foi tentando parar de pensar em uma solução para o problema em questão, a saúde da minha avó, eu estava em choque com tudo o que estava acontecendo, fiquei muito magoada por está passando por um problema desses, e o pior é que eu não sei como é que vou arrumar 30 mil reais para a cirurgia da minha avó, porque as minhas irmãs não trabalham, a minha avó recebe o aposento dela, mas quase não dar para as despesas, e isso complica, o meu salário também não dar para muita coisa, e eu não sei mais o que fazer ou pensar, tá complicado a minha vida. E por mais que eu queira apenas ficar bem, eu não consigo ficar, eu não consigo pensar em nada. As lágrimas caíam sobre meu rosto, enquanto olhava para fora do ônibus, então quando percebi que ele se aproximava do meu ponto de parada, então já fui enxugando as lágrimas, então assim que ele parou, desci do ônibus e seguir para a loja, assim que cheguei meu chefe se surpreendeu.
IMPERADOR NARRANDOQuando entramos no morro, pude respirar um pouco aliviado, afinal eles não iriam invadir assim sem está despreparados, o que me deu tempo, com isso fomos todos para a boca, eu estava em êxtase, porque conseguimos efetuar o assalto com sucesso, sem perder ninguém, só foi uma trocação de tiro de leve, o que não me afetou em nada, então depois de fazer os meninos irem resolver o lance da nossa comemoração, e por mais que estivéssemos em plena luz do dia, não ligamos muito para isso, simplesmente estávamos contente pela bolada que conseguimos hoje, e claro que vou precisar falar com uns compassas para poder fazer a lavagem do dinheiro, claro que depois da troca dos diamantes. O que não me é um problema, tenho algumas influências por aqui no Rio de Janeiro, o problema é saber se essas porra é marcada, e também acredito que vou ter que vender em outro lugar, porque vai está muito visado as lojas de penhores por aqui, por causa desse assalto, e isso acabará sendo um proble
EVIE NARRANDOCair no chão, e acabar entrando no meu mundo, isso me deixa muito frágil, e ainda sim muito desprotegida de qualquer coisa, mas eu não consigo ficar bem sabendo que é esse homem que está aqui perto, mas o pior foi perceber que ele estava ao meu lado, quando acabei sentindo aqueles braços me puxando me fazendo ficar de pé, eu não conseguia parar de tremer, e tudo o que eu queria era apenas sair desse mundo, sair de perto dele, e vulnerável da forma que eu estou eu não vou conseguir. Conseguia ouvir a indignação dele ao me questionar o que eu fazia próxima do morro dele, eu não estava entendendo nada, eu fiquei me perguntando o que foi que deu nele, até porque não só existe a minha casa aqui, também existe outras, e isso é algo estranho dele me questionar, o mesmo ficou falando, mas eu estava me aprofundando cada vez mais, eu não sei o que me deu, que quando ele chamou pelo meu nome, fiquei ainda mais confusa, porém conseguir aos poucos sair do mundo no qual eu me encontra
IMPERADOR NARRANDOAs vezes venho aqui na praia para poder espairecer tanta coisa que já me aconteceu em minha vida, mas por mais que eu seja tão ruim, eu tenho os meus melhores pensamentos e momentos, por mais que eu pense que nenhuma dessas mulheres valem nada, a questão toda é que todas só fazem as coisas por dinheiro, e a única coisa que não quero é ninguém na minha vida. Com isso fiquei olhando para aquele mar enorme enquanto a noite se passava, e as vezes me perguntam se é possível alguém invadir o morro enquanto eu tô aqui, apesar que já aconteceu uma vez logo no começo da minha posse, eu vir aqui ver o mar e fumar um pouco de maconha, quando o meu rádio tocou afirmando que estávamos sendo invadidos, isso porque o morro da maré quis vir me tomar o morro que herdei do meu pai, mas claro que eles falharam, mesmo eu estando aqui, eu fui as pressas pra lá, e assim que brotei, os caras já estavam com força total em cima deles, o que me fez ver que eu não sabia fazer outra coisa. A n
EVIE NARRANDOPor mais que eu me torture, eu nunca vou conseguir entender o motivo de sentir tanto medo desse homem, eu não consigo compreender, e a minha avó não me diz o motivo, e agora com ela nesse estado eu não consigo lidar com nada agora. Quando ele parou aquela moto, que ouvir o motor dela se desligar, eu não conseguia encarar ele, apenas chorava, o choro tomou conta de mim, e por mais que ele se irritava ao falar comigo e eu não conseguir responder, mas eu não sei o me causa tanto medo, acredito que as minhas seções de traumas só aumentaram depois que eu descobrir que a minha mãe havia me largado, porque o meu pai foi para o exterior para tentar ganhar dinheiro para dar uma vida melhor para nós, e o pior foi que quando eu completei os meus 10 anos, ela veio aqui, olhou na minha cara, e na cara das minhas irmãs e disse que a gente tinha morrido para ela, que ela nunca teve filhos, e isso foi como uma facada no meu peito, nesse dia chorei horrores. Mas com o tempo foi algo que
IMPERADOR NARRANDOQuando acordei, já estava anoitecendo, mas isso que dar passar a noite toda na praia, fumando aquele bom baseado, sem ninguém na sua cabeça para apertar a sua mente, ou ficar enchendo o saco, mas como se diz que a alegria do pobre dura pouco, eu tenho até que concordar nessa porra, minha alegria dura muito pouca, afinal eu tenho dois filhos da puta na minha cola 24 por 48 enchendo a porra do meu saco, ai não dar né? Inclusive só é pensar neles que o meu celular não para de aparecer ligações e mensagens daqueles desocupados do caralho, eu sei que tenho que resolver as paradas antes do baile, e ainda tem a parada da carga que chega amanhã, e eu tenho que ir buscar antes mesmo do pagode começar. Então quando olhei as notificações pela tela do celular bloqueado, vi as mensagens do Jacaré e do Mosca me chamando para ir resolver as paradas, mas eu acho que eu tenho eles na porra do meu lado para resolver enquanto eu tiro um pouco de sono, fico me perguntando qual é o prob