EVIE NARRANDO
Eu sou aquele tipo de pessoa, que não gosta de ver nada, fora do meu círculo de convívio, e ver o que acontece em frente aquele morro, as vezes desencadeia coisas dentro de mim, que eu jamais vou conseguir compreender, minha avó diz que eu preciso passar por um psicólogo ou até mesmo fazer terapia, por tudo o que eu já vivenciei quando pequena, são coisas que hoje eu não consigo me lembrar, mas que no fundo eu sinto, eu sinto um medo profundo, e eu nunca quis perguntar a minha avó, porque tenho medo que se ela me conte eu acabe lembrando de tudo o que eu já passei, e isso é algo que preciso evitar, que prefiro esquecer cada dia mais. Então assim que fui entrando em casa com as sacolas, a minha avó veio a meu encontro, ao me ver ela sorrio, então se aproximou para me ajudar a carregar as sacolas, mas como sei que ela tá na idade, não gosto muito de forçar, ou pedir ajuda, sempre evito o máximo que ela faça as coisas, justamente por causa da idade dela, mas ela não liga muito.
Por mais que as minhas irmãs vivam com a gente, elas nunca ajudam em nada, elas acham que dinheiro cai do céu, ou até mesmo elas pensam que são ricas.
— Vovó, a senhora sabe que não pode ficar se esforçando assim. — digo e ela me olha de relance.
— Você sabe bem, meu amor, que eu não gosto de ficar sem fazer nada. — diz a minha avó carregando as sacolas que pegou da minha mão para a cozinha. — Como foi o seu dia minha menina? — ela pergunta, enquanto caminha.
— Mas mesmo assim vovó, não precisa se esforçar tanto. — digo assim que chegamos a cozinha. — Hoje meu dia foi muito produtivo, chegou uma moça muito educada lá na joalheria, ela que me deu um bônus, e hoje deu para que eu pudesse trazer tudo isso. — digo sorrindo, coloco as sacolas sobre a mesa.
— Que bom, minha menina, que Deus abençoe a generosidade dessa moça. — ela fala, toda sorridente.
— O que estão falando aí? — a Késia fala, entrando na cozinha.
— Nada demais, estou apenas contando para a vovó como foi meu dia no trabalho. — digo, e ela revira os olhos.
— Trabalho, uma coisa que não quero. — diz ela, com um tom irônico. — Eu tenho onde conseguir dinheiro com facilidade. — ela fala, animada.
— Você toma jeito nessa sua cara, Késia, você pensa que bandido tem o que dar é? — diz minha vó. — Todos os dias vejo no noticiário o que acontece com mulheres como você, que se ilude com esses bandidos. — diz minha avó, a repreendendo, então a mesma bufa revirando os olhos.
— Vovó, a senhora sabe que eu gosto daquele homem, ele é tudo pra mim. — diz ela, com um sorriso enorme em seus lábios.
— E ele te faz de marmita, assim como tantas outras. — diz minha avó.
— Késia, você precisa parar de ficar chateando a vovó com essa sua atitude. — digo, olhando para ela.
— Diz a virgem Maria, horrorosa que não arruma ninguém. — ela fala, me deixando chateada.
— Saiba você Késia, que a sua irmã é mais bonita que você, além de uma moça de família, ela também tem um corpo que dar de 10/10 em qualquer uma desse morro, inclusive até mesmo do seu. — a minha avó sai em minha defesa, me fazendo sorrir. — Agora suma-se da minha vista. — minha vó fala nervosa, e a Késia sai pisando duro, a mesma estava soltando fogo pelo nariz.
— Você acabou matando ela vovó. — digo, colocando a mão na boca, para impedir que o som do meu riso saia alto demais, então respiro fundo, e olho para minha avó. — Agora, deixe as coisas ai, que eu vou organizar tudo no lugar. — digo sorrindo, e ela se senta em uma das cadeiras da mesa.
— Oh minha menina, eu estou tão feliz, que você tenha um emprego, porque eu sei o quanto está complicado a nossa situação. — ela fala, com seus olhos marejados.
— Não pensa nisso vovó, a gente tem tudo que Deus nos dar. — digo tirando as coisas da sacola, então começo a organizar sobre a mesa, para depois colocar em seus devidos lugares.
Fiquei conversando com minha vó enquanto guardava e organizava tudo em seu devido lugar, logo mais a Elaine veio para a cozinha, e ao ver que a vovó estava sentada, ela foi até a mesma e deu-lhe um beijo na bochecha, o que me fez pensar e já imaginava o que ela queria, logo mais ela pediu um dinheiro para minha avó, com a promessa que pagaria a ela, quando pegasse dinheiro com o "namorado", um namorado que a gente nunca viu, e pra ser sincera, eu acredito que é pior que as ilusões da Késia, mas isso não me importa, o que me deixou assustada, foi quando ela tocou no nome do dono do morro, isso me assustou, sentir um arrepio na espinha, que se espalhou por todo o meu corpo. Logo que minha avó viu isso, se levantou as pressas, porque ela sabe o quanto tudo isso me afeta, e por mais que eu tenha tecnicamente apagado da minha memória, em algum lugar lá no fundo se lembra de alguma coisa, que me faz ficar com essas crises de pânico, então assim que minha avó veio na minha direção, eu ouvir ela reclamando de dores, mas eu estava tão nervosa, sentia um medo muito forte, a crise estava tão forte, que não conseguia me mexer. Às vezes, tento me recordar o porque tenho esse medo, não sei o porque isso me acontece e me aconteceu, mas tudo o que desejo saber é que preciso me curar disso que tem dentro de mim.
— Evie? — minha avó chama pelo meu nome, mas eu estava submersa nas profundidade da minha mente. — Minha menina, eu sei que está com medo, mas por favor, não se afunde na suas memórias, para não rever nada do passado. — ela fala, enquanto me sacode.
— Para de agir igual uma criança, Evie! — grita a Elaine. — Só sabe agir como uma criança mimada. — ela fala, ironicamente.
— Cala a boca, menina abusada, era para eu ter te dado umas boas palmadas quando necessário. — diz minha avó para a minha irmã. — Minha menina, lembra que Deus não vai te abandonar, lembra que Deus está a seu lado o tempo todo, então não vai fundo, apenas deixe isso onde está. — ela fala isso, e aos poucos eu vou conseguindo tornar, nesse momento consigo olhar diretamente para a minha avó. — Graças a Deus. — a minha avó acaba me abraçando.
— Vovó. — digo, então as lágrimas acabam transbordando os meus olhos.
— Não foi nada minha menina, já passou. — ela fala me abraçando, então acabo olhando para a Elaine que estava revirando os olhos.
— Essa daí só faz as coisas, para chamar a atenção. — diz ela bufando.
— Já mandei se calar, se não tem uma palavra de conforto, não sei o porque vive atacando sua irmã. — minha vó repreende ela, então vou me soltando dela.
— Vovó, me desculpa por ser um fardo para a senhora. — digo sentindo as lágrimas molhando meu rosto.
— Minha menina, você nunca foi um fardo, e nunca será! — ela fala, colocando sua mão sobre meu rosto. — Queria tirar tudo o que você já passou de dentro de você, você era muito nova, e passou por um trauma daqueles. — ela fala, mas respira fundo. — Quero que saiba que jamais eu vou permitir que você se afunde. — ela fala, mas no mesmo instante ela geme de dor.
— Vovó, agora o foco não é mais em mim, o que a senhora tá sentindo? — pergunto, e ela me olha, mas logo muda o assunto.
— Agora vá tomar banho, para vir jantar, e logo mais dormir. — ela fala, mas ainda sim eu sei que tem algo errado.
— Vovó, eu só vou quando a senhora me falar o que a senhora tá sentindo. — digo batendo o pé, e ela suspira.
— Oh minha menina, eu não quero preocupar você, nem ninguém. — diz ela me olhando, mas continuo firme. — Eu tô sentindo algumas dores, pressão no peito, e as vezes não consigo comer nada. — ela fala, me deixando preocupada.
— Vou pesquisar uma clínica aqui perto, para fazer exame na senhora vovó, vamos ver o que é isso, ainda me sobrou um pouco de dinheiro, então vamos cuidar da sua saúde. — digo séria.
— Minha menina, não precisa se preocupar, eu estou bem. — ela fala, então olho para ela séria.
— Independente de qualquer coisa, vamos fazer os exames, irei falar com meu patrão, e avisar que amanhã eu não vou poder ir. — digo, então vou dando as costas para ir a meu quarto, mas antes que eu saia, a Késia e a Elaine aparecem ali.
— Estou indo, lá em cima vovó, não tenho hora de voltar. — diz a Késia.
— Eu também vou subir. — a Elaine diz em seguida, me fazendo revirar os olhos.
— A virgem Maria vai ficar aqui, cuidando de tudo. — diz ela irônica, então as duas gargalham e saem, nós deixando sozinha.
Logo que elas saíram a minha avó abençoou as duas, então fui andando para o meu quarto, assim que cheguei no mesmo, fui até meu guarda roupa, peguei um pijama, abrir a gaveta do guarda roupa, peguei um conjunto de lingerie, logo em seguida coloquei minha roupa escolhida sobre a cama, então peguei a toalha e seguir para o banheiro, logo que entrei no mesmo, tranquei a porta, coloquei a toalha sobre a pia do banheiro, então fui até o espaço onde tem o chuveiro, comecei a me despir, logo que estava sem roupa, joguei a minha roupa no cesto de roupas, então liguei o chuveiro, comecei a tomar um banho tranquilo, os meus pensamentos estavam no problema da minha avó, fiquei pensando enquanto tomava meu banho, com o passar do tempo, acabei finalizando meu banho, desliguei o chuveiro, caminhei até a pia, peguei a toalha, me enrolei, abrir a porta do banheiro e sair em direção a meu quarto, assim que entrei no mesmo, fui próximo a cama, então comecei a enxugar o meu corpo, assim que estava seca, peguei meu creme em cima da cômoda, coloquei um pouco nas mãos, e espalhei por todo o meu corpo, quando fiquei com o meu corpo todo hidratado, peguei meu conjunto de lingerie, comecei a vesti-lo, após colocar o mesmo, peguei o pijama e vestir, então coloquei minha havaiana nos pés e fui direto para a cozinha, após sair do meu quarto. Assim que cheguei no mesmo, a minha avó já tinha preparado a mesa, então juntas nos sentamos e começamos a jantar, foi um momento bem agradável, afinal sempre é uma agonia, quando as minhas irmãs estão aqui, elas amam implicar comigo, e é porque nunca faço nada para elas. Então depois de jantamos, retirei a mesa, então comecei a organizar a cozinha, mesmo que minha avó não queria, mas eu fiz, então depois me despedir dela, e seguir para meu quarto, me joguei na cama, e peguei meu celular, olhei a hora, e vi que ainda era 22:30 da noite, então mandei uma mensagem para meu patrão, pedi mil desculpas pelo horário, mas era necessário, minha sorte que ele respondeu de imediato, e disse que eu poderia tirar o dia de folga e cuida-se da minha avó, então agradeci a ele, logo que terminei de falar com ele, desliguei a internet do celular, então o guardo do lado da minha cama, desliguei as luzes, e fiquei olhando para a janela alguns segundos, até que acabei adormecendo.
IMPERADOR NARRANDOPor mais que eu tenha total controle de quem entra e quem sai do meu morro, eu não posso dar esse vacilo, e mesmo chapado como estou, sei exatamente como torturar e tirar as respostas das pessoas, sem que elas saiam daqui vivos, isso é um dom meu, até porque eu tinha 10 anos, quando tive o meu primeiro crime nas costas, isso porque o meu pai me fez matar um filho da puta, mas ele disse que era eu ou ele, que se ele saísse daquela situação, ele iria voltar com vários outros, e que a gente poderia morrer, e com isso sem pensar eu acabei atirando na cabeça do cara, e com isso eu ganhei o meu primeiro crime, mas ainda sim, não tive medo, e não tenho, se esses arrombados querem meter os x9 dentro da porra da minha favela, eu vou resolver de uma forma pacífica, eu vou matar primeiro o x9 e depois eu vou invadir a porra do morro, ou farei melhor, vou agir nas sombras e calado, até porque é assim que um bom bandido faz, ele dar apenas um golpe, e é certeiro. O bandido simpl
EVIE NARRANDO Acordei com o nascer do sol na manhã seguinte, estava tão preocupada com a minha avó, que assim que me acordei, já fui pegando o meu celular, comecei a pesquisar uma clínica para ir consultar ela, e assim que achei, já entrei em contato via WhatsApp, e conseguir agendar uma consulta para ela, então assim que deixei tudo pronto, me levantei, fui até meu guarda roupa, peguei uma camisa de algodão, na cor cinza, também peguei uma calça jeans na cor preta, então já sair do meu quarto indo em direção ao banheiro, estava com a roupa em mãos, quando estava entrando no banheiro, logo vi a Késia se aproximando do banheiro, ela me olhou mas não falou nada, apenas em silêncio passou para o quarto dela, notei que ela estava um pouco abatida, e além do mais ela não estava sorrindo como de costume, então sei que tem algo errado, mas não me atrevo a perguntar, ela nunca fala comigo, sempre quer me humilhar, e acaba que fico calada e não consigo me defender, isso porque sempre sou a ma
IMPERADOR NARRANDOAcabei acordando com a gritaria do Mosca na minha porta, o que me deixou puto da vida, eu já estava irritado pela noite anterior, e ainda vir gritar na minha boca, me acordando? Isso não, eu vou quebrar esse filho da puta, então me levantei soltando fumaça pelo nariz, abrir a porta, e ao vê-lo ali parado na minha porta, dei um soco nele, a sorte dele que não pegou na boca, porque eu ia matar ele na porrada, o mesmo levou a mão perto do peitoral, e me olhou com a cara mais lavada do mundo, isso me deixou puto, esse filho da puta acha que pode acordar as pessoas dessa forma, quem ele pensa que é? Esse arrombado tá na minha quebrada, no meu espaço e ainda quer vir bancar de santo, logo o Jacaré chegou em seguida, ele acabou percebendo que o clima estava pesado e nem questionou nada, apenas baixou a cabeça e seguiu pra sala dele, o que achei ótimo, já não basta lidar com um, ter que lidar com os dois, aí é pedir pra morrer, ou matar uma praga dessa. Então ele foi entran
EVIE NARRANDO Quando eu tomei a decisão de voltar para o meu trabalho, foi tentando parar de pensar em uma solução para o problema em questão, a saúde da minha avó, eu estava em choque com tudo o que estava acontecendo, fiquei muito magoada por está passando por um problema desses, e o pior é que eu não sei como é que vou arrumar 30 mil reais para a cirurgia da minha avó, porque as minhas irmãs não trabalham, a minha avó recebe o aposento dela, mas quase não dar para as despesas, e isso complica, o meu salário também não dar para muita coisa, e eu não sei mais o que fazer ou pensar, tá complicado a minha vida. E por mais que eu queira apenas ficar bem, eu não consigo ficar, eu não consigo pensar em nada. As lágrimas caíam sobre meu rosto, enquanto olhava para fora do ônibus, então quando percebi que ele se aproximava do meu ponto de parada, então já fui enxugando as lágrimas, então assim que ele parou, desci do ônibus e seguir para a loja, assim que cheguei meu chefe se surpreendeu.
IMPERADOR NARRANDOQuando entramos no morro, pude respirar um pouco aliviado, afinal eles não iriam invadir assim sem está despreparados, o que me deu tempo, com isso fomos todos para a boca, eu estava em êxtase, porque conseguimos efetuar o assalto com sucesso, sem perder ninguém, só foi uma trocação de tiro de leve, o que não me afetou em nada, então depois de fazer os meninos irem resolver o lance da nossa comemoração, e por mais que estivéssemos em plena luz do dia, não ligamos muito para isso, simplesmente estávamos contente pela bolada que conseguimos hoje, e claro que vou precisar falar com uns compassas para poder fazer a lavagem do dinheiro, claro que depois da troca dos diamantes. O que não me é um problema, tenho algumas influências por aqui no Rio de Janeiro, o problema é saber se essas porra é marcada, e também acredito que vou ter que vender em outro lugar, porque vai está muito visado as lojas de penhores por aqui, por causa desse assalto, e isso acabará sendo um proble
EVIE NARRANDOCair no chão, e acabar entrando no meu mundo, isso me deixa muito frágil, e ainda sim muito desprotegida de qualquer coisa, mas eu não consigo ficar bem sabendo que é esse homem que está aqui perto, mas o pior foi perceber que ele estava ao meu lado, quando acabei sentindo aqueles braços me puxando me fazendo ficar de pé, eu não conseguia parar de tremer, e tudo o que eu queria era apenas sair desse mundo, sair de perto dele, e vulnerável da forma que eu estou eu não vou conseguir. Conseguia ouvir a indignação dele ao me questionar o que eu fazia próxima do morro dele, eu não estava entendendo nada, eu fiquei me perguntando o que foi que deu nele, até porque não só existe a minha casa aqui, também existe outras, e isso é algo estranho dele me questionar, o mesmo ficou falando, mas eu estava me aprofundando cada vez mais, eu não sei o que me deu, que quando ele chamou pelo meu nome, fiquei ainda mais confusa, porém conseguir aos poucos sair do mundo no qual eu me encontra
IMPERADOR NARRANDOAs vezes venho aqui na praia para poder espairecer tanta coisa que já me aconteceu em minha vida, mas por mais que eu seja tão ruim, eu tenho os meus melhores pensamentos e momentos, por mais que eu pense que nenhuma dessas mulheres valem nada, a questão toda é que todas só fazem as coisas por dinheiro, e a única coisa que não quero é ninguém na minha vida. Com isso fiquei olhando para aquele mar enorme enquanto a noite se passava, e as vezes me perguntam se é possível alguém invadir o morro enquanto eu tô aqui, apesar que já aconteceu uma vez logo no começo da minha posse, eu vir aqui ver o mar e fumar um pouco de maconha, quando o meu rádio tocou afirmando que estávamos sendo invadidos, isso porque o morro da maré quis vir me tomar o morro que herdei do meu pai, mas claro que eles falharam, mesmo eu estando aqui, eu fui as pressas pra lá, e assim que brotei, os caras já estavam com força total em cima deles, o que me fez ver que eu não sabia fazer outra coisa. A n
EVIE NARRANDOPor mais que eu me torture, eu nunca vou conseguir entender o motivo de sentir tanto medo desse homem, eu não consigo compreender, e a minha avó não me diz o motivo, e agora com ela nesse estado eu não consigo lidar com nada agora. Quando ele parou aquela moto, que ouvir o motor dela se desligar, eu não conseguia encarar ele, apenas chorava, o choro tomou conta de mim, e por mais que ele se irritava ao falar comigo e eu não conseguir responder, mas eu não sei o me causa tanto medo, acredito que as minhas seções de traumas só aumentaram depois que eu descobrir que a minha mãe havia me largado, porque o meu pai foi para o exterior para tentar ganhar dinheiro para dar uma vida melhor para nós, e o pior foi que quando eu completei os meus 10 anos, ela veio aqui, olhou na minha cara, e na cara das minhas irmãs e disse que a gente tinha morrido para ela, que ela nunca teve filhos, e isso foi como uma facada no meu peito, nesse dia chorei horrores. Mas com o tempo foi algo que