Episódio 05

EVIE NARRANDO 

Acordei com o nascer do sol na manhã seguinte, estava tão preocupada com a minha avó, que assim que me acordei, já fui pegando o meu celular, comecei a pesquisar uma clínica para ir consultar ela, e assim que achei, já entrei em contato via W******p, e conseguir agendar uma consulta para ela, então assim que deixei tudo pronto, me levantei, fui até meu guarda roupa, peguei uma camisa de algodão, na cor cinza, também peguei uma calça jeans na cor preta, então já sair do meu quarto indo em direção ao banheiro, estava com a roupa em mãos, quando estava entrando no banheiro, logo vi a Késia se aproximando do banheiro, ela me olhou mas não falou nada, apenas em silêncio passou para o quarto dela, notei que ela estava um pouco abatida, e além do mais ela não estava sorrindo como de costume, então sei que tem algo errado, mas não me atrevo a perguntar, ela nunca fala comigo, sempre quer me humilhar, e acaba que fico calada e não consigo me defender, isso porque sempre sou a mais quieta. Gosto de ficar no meu lugar, até porque nem sempre a gente quer tá incomodando ninguém, então entrei no banheiro, comecei a tirar o meu pijama, logo que estava despida, fiz as minhas necessidades, logo que acabei, fiz a minha higiene, após acabar, então comecei a me vestir, estava um pouco ansiosa para descobrir o que minha vó tem, e só após o exame é que vou ficar tranquila, espero que seja algo bem simples de se resolver. Fiquei pensando nisso, enquanto acabava de me vestir, logo que acabei, ouvir alguém na porta.

— Vamos logo, tu não é a única que precisa usar o banheiro. — diz a Késia, nesse momento pego meu pijama, então abro a porta e vou saindo do banheiro. — A bonita resolveu sair, finalmente. — ela fala ironicamente. 

— Eu não sei qual é o seu problema comigo, Késia. — digo a encarando. — Estou cansada de sempre ser a mesma coisa, eu sou tua irmã, não a tua inimiga. — digo a olhando. 

— Realmente, é a minha irmã, mas ainda sim, não gosto muito de você. — diz ela, me fazendo entender a indiferença dela comigo, então ela entra no banheiro e b**e a porta, antes que eu possa responder. Fico me perguntando o porque dessa rivalidade toda, nunca fiz mal para ela, e ainda ela coloca a Elaine contra mim, suspiro enquanto balanço a cabeça negativamente, volto para meu quarto, guardo o meu pijama, então pego meu celular que estava sobre a cama, guardo no meu bolso, pego uma bolsa, coloco todos meus documentos dentro da mesma, então vou saindo do quarto, vou caminhando em direção a cozinha, logo que vou chegando a minha avó já estava fazendo o café da manhã.

— Vovó, bom dia minha vida. — digo me aproximando dela, dou-lhe um beijo na testa, e a mesma sorrir. 

— Bom dia, minha menina. — ela fala, tocando meu rosto, então me afasto da mesma e a olho. 

— Eu já estava vindo, para fazer o café da manhã. — digo sorrindo. — A propósito, marquei a consulta para a senhora, e vamos assim que tomamos o café da manhã. — digo a olhando, e ela balança a cabeça negativamente.

— Eu disse que não é nada demais minha menina. — ela fala, mas ainda sim não tô confiante dessa forma. 

— Não, tem isso de não é nada, a gente vai fazer esse exame, e ver o que realmente a senhora tem. — digo, cruzando os braços. 

— Já tô acabando de preparar o café, me ajude a por a mesa. — ela fala, então coloco minha bolsa na minha cadeira, e logo vou ajudar a vovó, começo a colocar as xícaras sobre a mesa, logo em seguida vou colocando as frutas, os pães, o suco na mesa, então a minha avó vem com a garrafa de café, e uma panela em mãos, havia ovos fritos na mesma, então ela colocou a mesa, e nos sentamos. — Suas irmãs onde estão? — ela pergunta, então me sento. 

— Vovó, a Késia estava no banheiro, e a Elaine eu não a vi, provavelmente, deve está deitada ainda. — digo e ela revira os olhos. 

— Caso perdido essas duas, eu não sei onde errei com a criação delas duas. — minha vó diz, de uma forma triste. — Acho que você é a única nessa família que consegue ter um pouco de juízo. — diz ela, pegando uma xícara de café, a mesma coloca um pouco para ela, logo mais coloco um pouco para mim também, então pego um pão, coloco um pouco de ovo frito no pão, e tranquilamente começo a comer.

— Não pensa nisso vovó, apenas vamos comer. — digo sorrindo, mas eu sei que ela tá certa, as minhas irmãs sempre fizeram essas coisas com ela, e ainda querem tudo do bom e do melhor, mas minha vó não tem condições, e as vezes elas dependem até de mim. O que acho engraçado é que quando precisam de dinheiro, eu sou o amor da vida delas, mas quando estão assim como a Késia hoje, eu sou uma zé ninguém. 

— Vozinha meu amor. — fala a Elaine assim que vai entrando na cozinha. — Bom dia. — diz ela. 

— Bom dia, Elaine. — minha avó responde um pouco indiferente. — Sente-se para tomar café. — minha avó fala, e ela faz o que a mesma pediu, eu já estava acabando, então assim que acabei, me levantei da mesa.

— Vovó, a senhora já acabou? — pergunto e ela afirma com a cabeça. — Então vá se arrumar, para não nos atrasamos. — digo e a Elaine olha para mim. 

— Onde vão? — ela pergunta. 

— Tudo bem, vou me arrumar, enquanto você termina de arrumar tudo. — ela fala, e se levanta da cadeira, mas percebo que ela coloca a mão no peito, como se ela tivesse sentindo um desconforto, então percebo que ela finge que não foi nada, ao perceber que eu vi, então ela sai da cozinha sem falar nada. 

— A gente vai numa clínica aqui perto, a vovó não anda muito bem, e preciso ficar em paz. — digo enquanto vou organizando as coisas. 

— Como assim? O que ela tem? — ela pergunta, colocando um pouco de preocupação no ar. 

— Eu não sei, apenas ontem quando me deu aquela crise, eu ouvir ela reclamando, logo mais que tornei eu vi que ela não estava bem, e então falei que iria procurar uma clínica para fazermos uns exames, para que eu ficasse em paz. — digo acabando de organizar tudo, e a Késia entra na cozinha. 

— O que tá acontecendo? — ela pergunta logo que me ver conversando com a Elaine, então a mesma começa a falar tudo o que falei. — Então não deixa de nós avisar aqui em casa, quando souber dos exames. — ela fala me olhando, apenas concordo sem falar mais nada, logo a vovó volta. 

— Estou pronta Evie, vamos que quero voltar logo para minha casa. — ela fala, então vou até a cadeira que estava sentada, pego minha bolsa, e vou saindo da cozinha indo direto para a sala, então saímos de casa, a vovó pega as chaves dela, logo mais, vamos saindo da nossa varanda, então assim que saímos um táxi estava passando no mesmo minuto, o que agradeci mentalmente por isso. — Só vou para te deixar tranquila, mas não precisa se preocupar. — minha vó fala, então toco seu rosto, logo que entramos no carro.

— Eu não ficaria em paz vovó. — digo séria, então o motorista pergunta para onde vamos, acabo passando o endereço.

O motorista começa a dirigir rumo a clínica, enquanto eu conversava com a vovó, para que o tempo passasse mais rápido, e claro foi rapidinho, o tempo passou que quando notamos estávamos em frente da clínica, então desci do carro, paguei o motorista com dinheiro no pix, logo mais a gente foi caminhando para dentro da clínica, quando cheguei tinha algumas pessoas, mas como a moça falou que era por marcação, fiquei mais tranquila. Então assim que cheguei já fui diretamente na recepção, dei os documentos da minha avó para ela fazer a ficha dela, logo que ela fez tudo, ela falou que minha avó seria a terceira pessoa, e isso foi ótimo, até porque não será tão demorado, então fiquei ali na sala de espera junto com minha avó, a gente ficou conversando sobre tantas coisas, inclusive sobre a minha irmã. Passado um bom tempo, a recepcionista pediu para minha avó entrar, e eu fiquei na sala de espera, a mesma foi passar pelo médico para começar os exames, então fiquei no aguardo, então peguei meu celular, e acabei respondendo as mensagens da Elaine, e de algumas colegas da minha antiga escola, até que passado um tempo minha avó voltou, e ela falou que o médico pediu para esperarmos que questão de uns 30 minutos, os exames vai sair, e claro que a gente ficou esperando, falei para ela que a Elaine estava perguntando como ela estava, ela ficou reclamando, que a Elaine e a Késia deveriam dar mais valor a nós três, porque somos três irmãs, mas ainda sim elas preferem sempre pisar em mim. Então pedi pra ela deixar isso pra lá, e focamos apenas nela, o tempo foi passando, e finalmente o médico chamou minha avó, e também a mim, então acabei acompanhando a minha avó, e assim que entramos, já fomos nos sentando a frente da sua mesa, o doutor começou a falar, e quando ele deu o diagnóstico para minha avó que ela tem mal funcionamento nos rins, causando a doença renal crônica, e ela precisa de uma cirurgia para que ela possa melhora, e viver mais alguns anos, aquilo acabou comigo, no começo eu perguntei para o doutor o que podemos fazer para controlar a situação, e ele falou que alguns remédios podem ajudar, porém é com urgência que ela faça essa cirurgia, e quando ele falou o valor da cirurgia, eu quase morri do coração, a gente não tem a quantia que ele falou, e muito menos, se vendêssemos a nossa casa, ainda sim não teríamos dinheiro suficiente, aquilo me deixou mal pra demais, as lágrimas caíam uma após a outra, eu estava tão mal com tudo isso, que saímos do consultório fomos direto para a farmácia comprar os remédios necessários, depois fomos para casa, e só então quando chegamos em casa, contei tudo, eu não conseguia pensar em nada, eu não quis nem comer, me tranquei o dia todo no quarto, até que decidir ir trabalhar, para espairecer.

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