Cassius Fairfax Após acordar e tomar meu café da manhã, como todos os dias. Caminhava pelo corredor, com meus soldados atrás de mim.Estava indo em direção a o idiota de Zane, queria esmurrar ele, com as minhas próprias mãos, o idiota iria sentir, toda a minha fúria. Meus soldados estavam com ele na masmorra, e eu... estava ansiosa para poder quebrar aquele verme. Ao chegar na masmorra, me aproximei dele, com um sorriso largo em meus lábios. Mandei os soldados que estavam com ele sair e os que vieram comigo, esperavam do lado de fora, como havia ordenado. Eles se retiraram e eu me aproximei de Zane, que já estava com o semblante péssimo. O filho da puta já estava horrível, ele não iria aguentar muito. Fui pra cima dele com tudo, esmurrando seu rosto, e o seu corpo, mostrando toda a minha fúria para ele. Queria acabar com ele, matar ele. Eu estava com o punho fechado, e ele estava coberto de sangue, que não era meu, claro, pelo menos… não dessa vez. Zane estava de joelhos na
Zane Quimby Fui jogado de volta na masmorra como se eu fosse um saco de ossos quebrados, e eu nem tive tempo de me firmar nas pernas, só senti o impacto das pedras frias contra minha pele machucada. As correntes nos meus pulsos se arrastaram pelo chão, o som metálico se misturando ao grunhido de dor que eu soltei, mas ninguém ligava.Olhei para minhas vestes, todas rasgadas, sujas de sangue. Eu estava machucado, meu corpo doia e estava ferido. Sentia o sangue do meu rosto escorrer. Eu gemia baixo de dor, sentindo uma imensa raiva de Cassuis... ele iria pagar por isso. Os guardas já estavam de saída, as botas pesadas ecoando pelo corredor estreito e úmido, e a luz fraca que vinha da tocha no canto tremeluziu, projetando sombras distorcidas nas paredes de pedra.O cheiro de sangue e podridão era mais forte ali dentro, como se tudo o que restava naquela masmorra fosse o reflexo de cada alma que já apodreceu ali. E agora era a minha vez. Não que eu fosse o primeiro a ser deixado para
Thalassa Hollis. Eu odiava esse lugar. Cada canto imundo, cada gota de sangue seca no chão, cada grito abafado que reverberou pelas paredes de pedra… céus… isso era uma ultraje! O que uma deusa como eu estava fazendo aqui? Onde foi que as coisas começaram a dar errado? Ah, claro, quando eu decidi me aliar a Cassius… a promessa de poder parecia tão tentadora na época, tão… alcançável, mas agora? Tudo que eu tinha eram as correntes dele, as ordens dele, e o som insuportável dos lamentos dessa masmorra. Lux teria rido da minha cara, se estivesse viva para ver isso… e só de pensar nisso, eu sentia algo arder na minha garganta. Lux foi uma tola, e no fim, foi isso que a matou. Quem sabe, se ela tivesse sido um pouco mais forte, teria sobrevivido. Não que isso importasse agora, afinal… ela estava morta e, em algum canto do meu coração, eu sabia que, de alguma forma, isso era minha culpa. Mas o que eu poderia ter feito? Eu queria poder, e se o preço para isso fosse a vida dela…
Cassius Fairfax Dia seguinte...Saia da minha suíte, após ter comido meu desjejum. Andava pelo corredor apressado, tirava alguns fios do meu rosto e seguia caminhando, seguindo em frente.Estava indo em direção a masmorra. Ao avistar logo à frente, eu via de longe o filho da mãe, que estava tão mal como pensava. Ver Zane jogado naquele chão frio como um pedaço de carne sem valor me trazia um tipo estranho de satisfação, porque ele estava ali, quebrado e ensanguentado, o corpo uma massa de hematomas e cortes. Ele estava sentando no chão, respirando lentamente. Totalmente acabado, me perguntava se ele iria aguentar mais. Para qualquer um, ele poderia parecer uma causa perdida, um homem derrotado, mas… eu sabia que, por dentro, ele ainda tinha alguma faísca que precisava ser esmagada." Preciso acabar com ele." pensei, olhando atentamente para ele. Me aproximei devagar, saboreando o momento, enquanto os meus passos ecoavam pela masmorra enquanto eu observava cada contorno da sua de
Zane Quimby O som da risada de Cassius ainda ecoava pela masmorra, uma risada fria e vazia que parecia arranhar meus ossos quebrados. Ele estava ali, diante de mim, seus olhos brilhando de prazer sádico enquanto me observava com aquele sorriso nojento, enquanto cada palavra que saía da boca dele era uma faca enfiada na minha carne, e, pior, ele sabia disso, ele queria isso. Eu estava pendurado no limite, e ele sabia como me empurrar para o abismo, porque o meu corpo estava fraco, despedaçado, mas minha mente… minha mente ainda estava ali, lutando, resistindo. Elena. O nome dela era um mantra na minha cabeça, a única coisa que me mantinha respirando.Cassius falava sobre ela agora, sobre como ele faria de tudo para tê-la, do mesmo jeito que ele falava sobre Elena, com aquele tom doentio, quase babando ao imaginar a cena. Eu podia sentir o ódio queimando dentro de mim, um fogo que nunca apagava, que só aumentava, ao ponto da minha visão começar a ficar turva, não pela dor física,
Cassius Fairfax Olhei para o rosto ensanguentado de Zane, seu peito subindo e descendo com dificuldade. Aquele imbecil não desistia, e eu odiava isso nele, porque ele era como um cachorro vira-lata que você pode chutar quantas vezes quisesse, mas ele sempre vai voltar, sempre vai tentar morder de novo. “Uma pena que essa seja sua última chance de me morder…” pensei, porque depois de hoje, ele ia se tornar apenas uma memória fraca na cabeça de quem ousasse se lembrar dele. Meu sorriso se tornou mais largo ao pensar nisso, porque já era hora de pensar no próximo passo. Não adiantava apenas quebrar os ossos de Zane; eu precisava quebrar o espírito de Elena, eu preciso… fazer ela se ajoelhar na minha frente, os olhos dela fixos nos meus, não com ódio, mas com adoração. Ah… sim, isso seria uma visão digna. Uma coisinha bonita que iria ficar no canto, só esperando por mim… mas pra isso, precisava tomar medidas mais extremas. Eu me virei ignorando o saco de lixo e caminhei de volt
Zane Quimby. O silêncio do calabouço era cortante, e a dor que percorria meu corpo era quase insuportável. Meu corpo estava completamente quebrado e dolorido, e eu sentia cada respiração como uma agulha entrando nos meus pulmões. Mas a pior dor não era física, a pior dor era a de saber que Cassius ainda estava lá fora, planejando sua próxima jogada suja contra Elena... contra todos nós.Eu conseguia ouvir um pouco do que ele falava, e aquilo, que quebrava, eu queria matar o desgraçado, mas naquele momento, eu não conseguia. Meus olhos inchados se fecharam, e minha mente se perdeu nas sombras do passado. Era sempre assim quando a dor batia forte demais. O tempo se misturou, e de repente, eu estava lá de novo, naquele salão de baile infernal. Eu via Cassius e Lux, ela toda encolhida ao lado dele, a cabeça baixa. Ela parecia quebrada naquela noite... ou melhor, não parecia, ela… realmente estava destraçada. Cassius sempre teve essa mania doentia de se achar o dono de tudo e de todos
Thalassa Hollis Eu nunca gostei de perder. E se tinha uma coisa que odeio mais do que esse lugar maldito, era a rejeição, e Zane... ah, ele com certeza foi um dos poucos que ousou me rejeitar. Ele achava que poderia simplesmente me ignorar? Achava que aquele amor cego por Elena era o suficiente para me afastar? Pois ele estava muito enganado.— Ele é um idiota, isso sim. — falei baixinho, enquanto eu caminhava pelo corredor. A cela dele ainda cheirava a sangue e suor, um odor quase insuportável, mas eu já estava acostumada. Me aproximei, de novo, observando cada detalhe daquele homem caído no chão, tão machucado, mas ainda com aquele brilho irritante nos olhos.Ele resmungava algo, que não conseguia compreender. Zane era um desafio, e desafios eram exatamente o que eu precisava agora. Cassius me subestimou, achava que eu era só uma peça no jogo dele, mas… eu ia mostrar pra ele e para o mundo inteiro o que uma deusa era capaz de fazer.Olhei firme para Zane, enquanto estava