é?
nervos.
Animado? Animado era pouco. Kristie estava completando meu sonho com aquela enorme ajuda. Não vou mentir dizendo que não tinha pensado em ir até L.A, mas nunca comentaria isso com ela justamente para não parecer que eu pudesse estar me convidando. Fui conversar com meus pais sobre esse convite inusitado e eles ficaram felizes, principalmente por eu ficar ao lado dos Thrue novamente. Consegui comprar minha passagem, tomei um banho e liguei para meu amigo para nos encontramos no Pub de sempre. Eu tinha que comemorar! As coisas começariam a mudar para mim, e nisso eu tinha certeza. Encontrei com Josh na porta, entramos e já fomos logo pedindo uma cerveja. Estava mais animado que o comum naquela noite e precisava mesmo de uma companhia feminina. Depois que fiquei solteiro, o que mais queria era aproveitar. Acabou que me engalfinhei com uma morena e começamos a dançar. A menina era bonita, mas acabei lembrando do que Kristie tinha me falado horas antes. Juro que ia parar de ser assim; depois dessa noite.
***
Assim que amanheceu, recolhi minhas roupas do chão e fui embora. Pela primeira vez em muito tempo me senti um completo idiota, mas eu não podia fazer nada. Pela movimentação, meus pais já estavam acordados e me olhariam de cara feia por eu chegar em plena manhã. Isso tudo se juntava ao fato de eu não ter um emprego fixo e não fazer alguma coisa para o meu futuro – não foi diferente. Sinceramente não estou nem um pouco preocupado com isso agora. Entrei no meu quarto, tirei aquela roupa e me enfiei em um banho quente para tirar qualquer coisa impregnada de mim. Era muito fácil me encontrar com várias mulheres, não saber o nome de metade delas e nunca mais ligar para marcar de sair, principalmente quando
você teve o coração ferido uma vez. Peguei meu celular e vi que Kristie tinha ligado e mandado uma mensagem.
“Vem quando? Beijos.”
“Em dois dias chego ai.”
Meus pais adoraram saber que Thomas estava vindo passar uns dias em nossa casa. Apesar do tempo em que ficamos todos separados, nós sabíamos que, se nos reencontrássemos, tudo voltaria a ser do jeito que era. Assim que acordei, vi que Thommy confirmou que chegava em dois dias e sinceramente estava muito animada para vê-lo.Assim que o fuso permitiu nosso encontro, ele me ligou para falar que chegaria às 13:00 horas de sexta feira, pelo horário daqui. Já me animei completamente e mal consegui esperar, mas assim que acordei cedo e me deparei nessa data, dei um sorriso e fui me arrumar para a faculdade.Sim, assumo que não prestei atenção em nenhuma aula e em nada que me falaram ao longo daqueles incontáveis minutos. O iPod estava no ouvido, tentando controlar o que era incontrolável – ansiedade. Claro que Hayley percebeu e já veio dizendo que eu gos
Assim que chegamos, minha mãe já foi logo correndo para abraçar Thomas e perguntar como seus pais estavam. Os dois ficaram conversando por tanto tempo que eu decidi ir para meu banho.Ainda era muito nova a ideia de que meu “irmão” ficaria um tempo por aqui. Nós dois tínhamos combinado de ir até as gravadoras e, se ele não conseguisse nada, ia tentar em outras cidades. Thommy me fazia rir e isso estava sendo maravilhoso. Queria poder apresentá-lo a Hayley logo e tenho certeza que vamos arrancar muitas risadas um do outro – principalmente da minha cara. Assim que saí de roupão do banheiro, encontrei Thommy olhando minhas fotos.Sua mãe mandou você me mostrar o quarto que vou ficar e me fazer companhia até o jantar. Vou tomar um banho.Bom, me desculpa, mas não vou fazer companhia no
Os dias passaram voando e lá estava eu indo buscar Thomas em minha casa para irmos ao shopping comprar nossas coisas. Ele já estava completamente adaptado com a nossa rotina e já tínhamos combinado que assim que essas coisas do meu pai finalmente acabassem, iríamos ver as gravadoras.Chegamos ao nosso destino e fomos logo tratando de almoçar, para bater perna depois. Decidimos começar pela roupa dele, por ser mais “fácil”, mas foi o oposto disso. Toda vez que ele experimentava um terno, dava algum defeito. Ou era grande demais, ou a gravata não combinava, ou o botão era estranho...Enfim, só para encontrar sua roupa levaram quase duas horas. Quando fomos procurar algo para mim, Thomas já veio pra cima, dizendo que queria ir para casa e eu sempre o lembrava do tempo que tinha perdido com ele, então ele teve fazer bico e aceitar.Era c
Kristie apagou no meu colo quando chegamos em casa. As luzes externas estavam acesas, mas as internas não. Abri a porta e fui tentando encontrar o caminho da escada, sem acordá-la, e consegui chegar até seu quarto. A coloquei na cama e fui procurar alguma coisa para ela vestir. Kristie não poderia ficar com um vestido de festas. Abri inúmeras portas e gavetas e encontrava tudo: creme, perfume, bolsa... Menos uma maldita roupa de dormir. Maravilha. Fui até meu quarto e vasculhei minha mala, procurando uma blusa cumpridas que ficasse pelo menos “descente” até Kristie acordar. Quando retornei ao quarto, voltei a repetir o mantra “sua irmã, sua irmã” na cabeça, enquanto tirava seu vestido para por a blusa. Tirei seus brincos grandes e a cobri, sendo privilegiado com um suspiro longo dela. Já estava saindo quando resolvi dar uma última olhada antes de me trancar em meu qua
Até agora não conseguia explicar minha reação com Kristine. Estava com raiva de mim mesmo por não ser capaz de controlar um mero sentimento de atração – e era isso que eu mais queria acreditar, que era uma simples atração passageira e momentânea. Eu queria recomeçar, agir como se nada estivesse acontecendo entre nós, mas era um pouco complicado, sabendo que ela sempre estaria a uma porta de distância. De tanta raiva, acabei por pegar meu violão e me acabar no meio daquelas cordas. Cada um tem uma forma de aliviar seu estresse, e parte do meu era feito através da minha música. Eu estava perdendo meu foco em relação à música e eu não posso apenas vivenciar os problemas da Kristie como minha principal meta. Continuava me perdendo em meus acordes quando escutei a porta se abrindo lentamente. Kristie foi surgindo aos poucos e indiquei que
Eu queria explodir de raiva com aquela cena que Thomas estava criando com a ruiva bem na minha frente e dos meus amigos. Quando ele entrou no meu carro, pude reparar em sua boca avermelhada e o perfume adocicado e intragável. Cheiro de perfume barato.Não quis falar com ele pelo caminho. Minha noite estava completamente acabada por causa de suas atitudes. Assim que consegui chegar em casa e estacionar meu carro na garagem, apoiei minha cabeça no volante, tentando acalmar a imensa raiva que estava sentindo de mim mesma por ter observado tais atitudes dele. Thomas tentou mexer no meu cabelo, mas me afastei.Amanhã vamos a uma gravadora depois da minha aula.Sério? – ele disse, surpreso.Muito obrigado! – Thomas ameaçou me abraçar, mas abri a porta do carro e saí.<
Kristie e eu acabamos nos rendendo ao que tanto batalhávamos contra. Fiquei dedilhando seu rosto enquanto nos beijávamos, sentindo seus traços e sua pele. Respirava o seu perfume cítrico, misturado com a maresia vinda de um fim de dia e aquilo era basicamente a perfeição. Colamos nossas testas e cada um se aprofundou no olhar do outro. Pela primeira vez, em muito tempo, eu estava completamente feliz com o queme acontecia. Kristie apoiou sua cabeça em meu ombro e ficamos assim, olhando as ondas baterem até o sol se por.O caminho de volta para casa foi diferente de todos eles. Eu vim dirigindo com uma mão e segurando a sua com a outra, acariciando com meu polegar. Percebia que Kristie me olhava algumas vezes enquanto fumava seu cigarro. Ela também deveria estar tão confusa quanto eu.Sinceramente, aquilo tudo era errado ou não? Ela ainda estava apaixon
Eu já não estava com paciência de sempre acordar no dia seguinte e fingir que nada estava acontecendo. Parecia que nós dávamos um passo à frente e recuávamos uns três. Tá, a culpa também era minha, mas nós dois não sabíamos no que isso estava se transformando e ambos tinham medo de fazer uma burrada maior que poderia. Eu queria provocar Kristine, deixá-la nervosa na minha presença, fazer com que ela tivesse a necessidade de estar ao meu lado – e não só como o amigo dela.Quando consegui fazer com que ela estivesse presa na borda da piscina, coloquei minhas mãos ao lado de sua cabeça. Ficamos ali nos observando e atentos a qualquer reação que o outro tivesse. Continuei com uma mão apoiada e, com a outra, acompanhei novamente o traçado do seu rosto. Ela suspirou mais forte.P