Gálata olhava para ele com incredulidade. Não podia acreditar na atitude de Matteo. "Onde estava o homem sério, frio, que nada o comovia e muito menos o tirava da sua zona de conforto?", perguntava-se, enquanto lutava contra suas emoções, pois eram bastante contraditórias. Por um lado, queria insultá-lo e reclamar: "Com que direito ele fazia esse tipo de cena?". Por outro lado, sentia-se um pouco emocionada e até vontade de rir tinha, pois parecia que em seu iceberg corria sangue nas veias.— O que você fez, Matteo?! Como se atreveu a estragar meu sofá? Com que direito? — perguntou, tentando controlar sua raiva.— Porque eu odeio esse maldito sofá! E agora vou jogá-lo no lixo! — ignorando o semblante surpreso de Gálata, Matteo terminou de empurrar o sofá para fora e, esquecendo-se de que não estava em seu escritório, mas no dela, deu instruções à secretária.— Nella, mande alguém jogar esse sofá nojento no lixo — resmungou, fechando a porta com força.— Você é um idiota, Matteo! Está
Galata não podia acreditar. Nunca tinha imaginado que o pai fosse capaz de fazer mal a Matteo. Sentia um misto de tristeza e indignação, sobretudo porque acreditava no pior sobre ele. Pensava que ele tinha assinado o divórcio porque não queria continuar casado com ela e até o achava capaz de se envolver numa relação com a sua namorada de infância. Agora, a verdade explodia-lhe na cara: ele nunca quis divorciar-se dela, e ela acabou por dormir com alguém enquanto ainda estava casada com Matteo.— Porquê, pai? O que é que lhe fizeram? Como é que o forçaram? Como é que lhe perfuraram o pulmão? — As perguntas jorravam da sua boca, implorando por uma explicação, mas o pai não a dava, permanecendo em silêncio absoluto.— Não me vão dizer nada? Quanto tempo é que me iam enganar? Claro, certamente concordaram em manter o tolo da Galata na ignorância! Que desilusão a vossa! Porque, independentemente da minha intenção de voltar ou não com ele, não o devias ter tratado dessa maneira. Matteo é o
Quando ambos ouviram a voz do pequeno, viram-se um ao outro como se tivessem sido apanhados a fazer algo de errado; por um momento, mantiveram-se em silêncio, até que, de repente, ela se levantou assustada.— Matteo Sebastini, nem se te ocorra falar — sussurrou Gálata, caminhando em direção ao chuveiro, mas ele a agarrou, puxando-a e fazendo-a cair de novo em seu colo, sem parar de sorrir.— Não fuja! Apenas responda a ele, diga que já vai sair, porque se você ficar em silêncio, ele sentirá mais curiosidade sobre o que está acontecendo — aconselhou Matteo.— Mamãe, por que você não me responde? — interrogou novamente a criança, sem parar de tocar.— Bebê, já saio, mamãe está ocupada — respondeu, embora em sua voz houvesse um leve tremor. Enquanto ela estava nervosa, Matteo sorria, mal se contendo.Os olhos cinzentos de Gálata escureceram, um pouco irritados, e ela beliscou o abdômen de Matteo, que se lamentou com um pequeno grito claramente audível.— Ouch!Quando o pequeno Xavier ouv
As palavras do pequeno Xavier calaram todos, mas o primeiro a reagir foi o próprio Matteo.— Vovô, fique tranquilo, não se preocupe. Gálata e eu tivemos algumas divergências, mas já as resolvemos de boa maneira, por isso estamos aqui e, bem, as palavras do meu filho não estão fora da realidade, porque eu me propus a cada dia seduzir minha esposa e lembrá-la das coisas pelas quais ela se apaixonou por mim e decidiu construir uma vida ao meu lado.Ele sorriu de orelha a orelha, mostrando seus dentes perfeitos, enquanto a olhava com uma expressão de ternura no rosto, o que fez com que Gálata sentisse um frio na barriga e se desse conta das razões pelas quais se apaixonou por ele no passado, assim foi como o idealizou e o lembrava quando era uma menina e ele um adolescente.Diante das palavras de seu neto, as demonstrações de afeto entre ele e sua esposa, além da demonstração de amor naquele jogo de luzes de fogos de artifício, Zandro se sentiu satisfeito e falou emocionado.— Matteo, nunc
Ao ouvi-la falar e ao ver como sua mão se abria, deslizando pela cintura da calça, uma corrente de excitação percorreu Matteo, e seu pênis se ergueu orgulhoso entre as pernas. Sem perder tempo, ele se levantou de um salto, carregando-a consigo, e começou a devorá-la com paixão enquanto caminhava para outro dos quartos. No entanto, para sua surpresa, ela não se deixou jogar na cama; ao contrário, foi ela quem o empurrou e, em seguida, montou sobre ele.— Sinto muito, senhor Sebastini, mas hoje quero ser eu a me deliciar com você. Será meu prato principal antes de irmos à festa de aniversário do seu avô.Dito isso, ela tomou a iniciativa pela primeira vez. Tirou-lhe a calça e a cueca, deixando-o completamente nu, enquanto permanecia vestida. Começou a beijá-lo lentamente, descendo pelo pescoço, passando pelo peito. Primeiro o acariciou com as mãos e depois o lambeu com a língua. A explosão de desejo aconteceu quando ela olhou para sua ereção firme com um olhar de lascívia e um gesto vor
Diante das palavras de Matteo, todos ficaram surpresos. Mariam foi a primeira a se levantar, lançando-se sobre ele e começando a chorar. —Não! Por favor, Zandro, não me deixe, não agora, quando já não sei viver sem você, meu amor. Leve-me com você! A vida não vale a pena... não se você não estiver ao meu lado. Não tenho mais ninguém, só tinha você! Como pode fazer isso comigo?! —os soluços desesperados da mulher preenchiam todo o ambiente. Todos a olhavam em silêncio. Nick foi o primeiro a se aproximar, segurou-a e, depois de mais de cinco décadas, a abraçou pela primeira vez, consolando-a e chamando-a de mãe. —Calma, mãe... eu estarei ao seu lado, te apoiando. Não vou te deixar sozinha —disse ele, mal contendo as lágrimas. Mariam virou-se para ele. Apesar da profunda dor que sentia naquele momento, acariciou o rosto de Nick. Finalmente, tinha a chance de obter seu perdão. Sua voz se quebrou ao falar: —Sinto muito, filho! Perdoe-me por ter te usado no passado, por meus despr
Galata ficou impressionada com aquele homem. Um fato perfeitamente ajustado ao seu corpo revelava que, por baixo da roupa, escondia um físico atraente. Ela não pôde evitar olhá-lo dos pés à cabeça. Por um momento, fixou-se nele: a barba cobria-lhe o rosto, e o nariz aquilino dava-lhe a impressão de já tê-lo visto em outro lugar. Franziu o cenho e continuou até parar nos olhos dele. Não eram da cor do musgo, mas sim do mar, e a encaravam intensamente com um sorriso que fez seu estômago encolher.—Bom dia, senhora Ferrari. É um prazer tê-la aqui —disse ele, caminhando em sua direção e estendendo a mão.Por um momento, ela olhou para a mão dele como se carregasse uma doença contagiosa, mas a boa educação a obrigava a retribuir o gesto. Então, respondendo ao cumprimento, apertou a mão dele, embora rapidamente a retirasse ao sentir uma forte descarga elétrica que fez seu coração disparar. Tentou falar, mas as palavras ficaram presas na garganta. Precisou pigarrear antes de finalmente conse
As palavras de Matteo e o seu sorriso provocaram um déjà-vu em Galata, que recuou de surpresa. Durante alguns segundos, ficou estática, como se estivesse abstraída do local, enquanto o seu coração parecia agitado por um grande vendaval no peito.— Mulher, estás bem? —perguntou Matteo, franzindo o sobrolho quando ela reagiu às suas palavras e começou a olhá-lo com desconfiança.— Mulher? Acabaste de me chamar de Miss Ferrari e agora me chamas de mulher? —disse ela, indignada.Por um momento, o rosto de Matteo ficou desconcertado, sem compreender a explosão de Galata.— Por que estás de mau humor? Nem sequer chegaste perto de me beijar. Tiveste um dia ruim? —diante do silêncio dela, ele caminhou em sua direção.— Fica aí, Matteo! Por favor, não dês mais um passo. —O homem franziu o sobrolho, perplexo.— O que se passa contigo, Galata? Estás com um ar muito estranho —disse ele, com uma ponta de preocupação.— Onde estiveste esta manhã? —perguntou ela, observando-o atentamente, como se pu