Gálata olhava para ele com incredulidade. Não podia acreditar na atitude de Matteo. "Onde estava o homem sério, frio, que nada o comovia e muito menos o tirava da sua zona de conforto?", perguntava-se, enquanto lutava contra suas emoções, pois eram bastante contraditórias. Por um lado, queria insultá-lo e reclamar: "Com que direito ele fazia esse tipo de cena?". Por outro lado, sentia-se um pouco emocionada e até vontade de rir tinha, pois parecia que em seu iceberg corria sangue nas veias.— O que você fez, Matteo?! Como se atreveu a estragar meu sofá? Com que direito? — perguntou, tentando controlar sua raiva.— Porque eu odeio esse maldito sofá! E agora vou jogá-lo no lixo! — ignorando o semblante surpreso de Gálata, Matteo terminou de empurrar o sofá para fora e, esquecendo-se de que não estava em seu escritório, mas no dela, deu instruções à secretária.— Nella, mande alguém jogar esse sofá nojento no lixo — resmungou, fechando a porta com força.— Você é um idiota, Matteo! Está
Matteo passava as mãos pela cabeça em um gesto de frustração enquanto conversava com seu amigo Leandro.— Você sabe as razões pelas quais me casei com Gálata, foi por despeito. Eu acreditava que Helena tinha me traído com outro homem, e naquele momento eu só queria tirá-la da minha mente e do meu coração. Mas agora que ela voltou, que nos escrevemos e falamos por telefone, e esclarecemos muitos mal-entendidos, percebi que nada mudou entre nós.— Suspeito que ainda a amo. Por um lado, quero vê-la para descobrir a verdade e verificar se meus sentimentos por ela continuam os mesmos de quando a conheci há mais de quinze anos — ele fez uma pausa, pensativo —, na verdade, nunca consegui tirá-la da minha mente. Sempre a lembro, e às vezes sinto ansiedade em tê-la de novo diante de mim — admitiu, sentindo-se miserável por seu comportamento, mas não podia mandar no coração nem se forçar a amar outra pessoa.— O que você vai fazer em relação aos seus sentimentos? E se você descobrir que realmen
Gálata havia levado uma bandeja para o escritório de seu marido, contendo café e biscoitos para Leandro e seu esposo, mas ao ouvi-los conversando, não pôde evitar tentar escutar. Foi nesse momento que entendeu o significado do ditado "a curiosidade matou o gato", pois foi exatamente o que aconteceu, em sentido figurado. Sentiu como facas afiadas perfurando seu coração, destroçando-o. Teve que respirar pela boca para recuperar o fôlego.Ela nunca foi uma mulher impulsiva, pelo contrário, aprendeu a se calar quando algo não lhe agradava para manter a harmonia em seu lar. Nunca discutia com Matteo, fazia de tudo para agradá-lo, pensando que, dessa forma, ele sempre estaria ao seu lado.Pensar nisso lhe causava um profundo pesar. Quando olhava para o passado, percebia que deixou de ser a jovem extrovertida, decidida e divertida. Agora era apenas uma sombra pobre do passado, não dava um passo sem a autorização de Matteo, e sua vida girava em torno dele.Por mais que tentasse disfarçar que
Pela primeira vez, Gálata enfrentou uma negativa tão contundente de seu pai, e também pela primeira vez sentiu medo. Nunca haviam discordado, ele sempre a apoiava em tudo, mas, aparentemente, desta vez seria a exceção. Ela o olhava não apenas com surpresa, mas também com um vislumbre de tristeza e até de aborrecimento.— Papai, por que você está agindo assim? Por que você desgosta tanto de Matteo? Ele é filho do seu melhor amigo, do tio Nick. Por que ele não seria o homem certo para mim? — perguntou, sem esconder sua contrariedade diante da postura de seu pai.— Porque não! Eu não gosto dele para você — disse o homem com firmeza, enquanto continuava discutindo com a filha no salão, chamando a atenção de alguns dos presentes.— Papai, quem tem que gostar dele sou eu, não você. Quem vai se casar com ele sou eu — respondeu decidida.— Casar? Como assim casar? Você está louca? Se eu não gosto da ideia de um relacionamento amoroso entre vocês, muito menos a de casamento.— Ele é um homem,
Matteo ouviu a voz do outro lado da linha e seu coração começou a bater descontroladamente, como se fossem tambores rufando. Um suor frio percorreu sua espinha, ele tentou falar, mas as palavras ficaram presas em sua garganta.— Matteo, você está aí? Você me ouve? — perguntou a mulher em um tom de angústia.O homem pigarreou e finalmente encontrou sua voz.— Helena… estou aqui — suspirou, pressentindo que as palavras que viriam a seguir seriam difíceis de dizer, e assim foi. — No entanto, achei que tudo havia ficado muito claro entre nós da última vez. Eu te pedi para não me ligar mais. Por que você insiste? — Sua primeira intenção era não ter qualquer aproximação com ela, mas agora, com ela tão próxima, ele se sentia tentado.Do outro lado da linha, ouviu-se um soluço, seguido de silêncio. Matteo travava uma luta interna consigo mesmo. Uma parte dele o impelia a encerrar a chamada, enquanto a outra o incentivava a ouvi-la, pois só o som da voz dela trazia de volta memórias maravilhos
Quando Matteo sentiu os lábios de Helena nos seus, um leve gemido de surpresa escapou de sua boca, o que ela aproveitou para ter acesso à sua cavidade bucal. Matteo sentiu seu coração bater ainda mais forte, e uma corrente fria percorreu seu corpo dos pés à cabeça. As sensações eram intensas. Por alguns segundos, ele deixou que ela o beijasse e até retribuiu o beijo.Helena se inflamou, estava excitada, emocionada por estar com o amor da sua vida. Começou a percorrer os músculos do peito dele, tentando abrir sua camisa para acariciar diretamente sua pele. Conseguiu desabotoar alguns botões e o desejo borbulhou dentro dela com a força de um vulcão. Ela ansiava por ser dele novamente, não se importava que ele fosse um homem casado, pois, em seu coração, ele ainda era seu.As respirações dos dois se aceleraram. Matteo sentia o calor das mãos dela em seu corpo, e as emoções, tanto tempo reprimidas, ameaçavam transbordar. Ela se aproximou ainda mais, esfregando-se como um animal em cio con
— Ela? — Matteo assentiu. — A irmã dos gêmeos? Sempre a vi te admirando, mas nunca fiquei com ciúmes, porque a achava muito jovem para competir comigo... ironias da vida — disse com um sorriso sarcástico.» Meu segundo pedido é: me dê um beijo, apenas um, para que eu possa guardá-lo para sempre no meu coração — talvez estivesse sendo egoísta, mas precisava sentir os lábios dele pelo menos uma vez mais.Matteo a olhou surpreso. Por um momento, sua mente ficou em branco, mas, no fim, ele cedeu.— Tudo bem — disse ele, aproximando seus lábios dos dela e os pousando suavemente em sua boca. Helena respondeu com mais intensidade do que o necessário, invadindo novamente sua boca, mas se afastou logo em seguida.— Muito obrigada. Se algum dia Gálata decidir te deixar, eu continuarei esperando por você — ela o abraçou mais uma vez, e ele logo se afastou, saindo apressadamente para não cair em tentação.Helena o viu partir, observando-o até entrar no elevador. Ela entrou em seu quarto, escorreg
Matteo a observou por um momento, incapaz de evitar o desejo de percorrer seu corpo de cima a baixo. Ela parecia angelical, etérea, mais linda do que nunca. Sua boca entreaberta o convidava a saboreá-la, e ele não conseguiu resistir. Aproximou-se e sugou seu lábio inferior como alguém sedento, percorrendo o contorno de sua boca com a língua. Mais uma vez, ele sussurrou com voz rouca: "Minha doce Gálata!"Introduziu sua língua úmida, quente e ansiosa em sua boca, encontrando a dela, que timidamente se movia. Juntas, suas línguas dançavam uma dança erótica ao ritmo marcado pelo desejo que borbulhava em seu interior, com a força avassaladora de um vulcão.Ao soltar sua boca, Matteo deslizou pelos ombros de Gálata, lambendo suavemente seu pescoço. O gosto de sua pele era mais embriagante do que qualquer vinho fino. Doce, delicioso, intenso e explosivo, ele sentiu sua respiração acelerar enquanto ondas de prazer percorriam seu corpo. Gálata soltou um leve gemido quando sentiu a língua dele