Clara apertou os dedos no volante instantaneamente, seu rosto ficou completamente vermelho através da porta do carro.Simão a soltou.Clara não disse nada, apenas olhou um pouco nervosa para a frente.- Penny. – Chamou ele.- O que foi? – Perguntou ela.- Você deveria considerar se divorciar do seu marido. – Respondeu SimãoClara sentiu um arrepio na brisa noturna, mas não respondeu.Simão não esperou pela sua resposta, seus olhos se tornaram gradualmente frios.Alguns minutos depois, Clara virou a cabeça para olhá-lo, sua voz estava calma:- Presidente Simão, por que você disse isso?Embora suas bochechas ainda estivessem coradas pelos beijos dele, seus olhos estavam incrivelmente calmos.Nesse momento, até Simão ficou um pouco sem resposta.Ele franziu a testa, sem entender por que de repente disse isso, querendo que ela se divorciasse e depois?Ser responsável por ela?Mas o que ele fez com ela, ela já havia feito com seu marido havia muito tempo, três anos antes.Apenas o pensament
Lucas, se tivesse um amor verdadeiro, seria Lavínia.Ela era a mulher mais inteligente e resiliente que ele já conheceu.Portanto, depois da morte de Lavínia, ele demorou muito tempo para se recuperar, afundado em uma dor insuperável, evitando a realidade. Sentia-se cada vez mais solitário.Foi nesse momento que Ximena entrou em sua vida.Nos últimos anos, Lucas depositou em Ximena toda a culpa que sentia por Lavínia, todas as reparações não realizadas.Porém, nesta noite, nesse sonho passageiro, ele sonhou com Lavínia.Pensamentos durante o dia, sonhos durante a noite.No sonho, Lavínia estava de bom humor, nunca histérica, apenas tristemente perguntando:- Por que você fez isso com a Clarinha? Eu a criei, ela é minha filha.Lucas acordou tossindo e cuspiu um pouco de sangue.Embora fosse um homem, ele não possuía a grande sabedoria de Lavínia.Se Lavínia ainda estivesse viva, ela nunca descontaria suas emoções em Clara.Afinal, mesmo que a criança tivesse sido trocada, Clara era inoc
Clara não disse uma palavra até que a porta da sala de estar foi fechada, então ela piscou os olhos doloridos.Quando alguém estava extremamente triste, a garganta doía.Era assim que Clara se sentia naquele momento, como se alguém estivesse apertando seu pescoço e ela não conseguisse respirar.Ela se sentiu desanimada por aceitar as condições de Lucas na noite passada, mas sabia que precisava assumir tudo aquilo.Na verdade, ela entendia Lucas perfeitamente e não o culpava nem um pouco.Se ela estivesse no lugar dele, diante da situação de ontem, pais parasitas e uma filha que não era seu sangue, deixada pela falecida esposa, qualquer um entraria em colapso.O fato de Lucas não ter sido rude com ela já era um grande exercício de paciência.Clara passou a noite inteira lendo documentos e pensou que, quando o Grupo Silva superasse as dificuldades, ela entregaria a empresa para Sofia.Mesmo sabendo que Sofia ficaria extremamente satisfeita. Mas agora ela não queria mais fazer isso.O fat
Clara recostou-se para trás, semicerrando os olhos:- Diretor Ian, você já deve estar preparado, não é?Ian rapidamente organizou seus documentos e, pausadamente, apresentou suas conclusões.Ele já estava na casa dos cinquenta e poucos anos, com sua mentalidade ainda presa ao passado.Na verdade, a maioria desses executivos tinham começado junto com Lucas em uma pequena empresa e suas ideias já não eram relevantes para o Grupo Silva atualmente.Após ouvir as exposições dessas pessoas, Clara levantou as sobrancelhas:- A empresa não terá pedidos nos próximos seis meses. Vocês passaram tantos anos aqui e não têm nenhum outro contato?Mesmo que fosse apenas para conseguir um pequeno pedido, ninguém falou na sala.Clara finalmente descobriu a verdade sobre essas pessoas.Eles cresceram com o Grupo Silva, desde uma pequena empresa até levantar bilhões em duas rodadas de financiamento, e suas mentalidades mudaram. Eles sempre agiam como sábios experientes em relação aos jovens. Portanto, sem
Vinicius ainda precisava que Clara falasse bem dele na frente de Simão, então ele concordou imediatamente:- Ótimo, vou pedir à equipe do departamento comercial que visite a Empresa Cimaca e, se a qualidade das tintas estiver boa, poderemos manter essa parceria ao longo do ano. Se grandes empresas como a Empresa Requint estivessem dispostas a manter a parceria, mesmo que o Grupo Silva passasse meio ano sem contratos, pelo menos não teriam prejuízos.Ela suspirou aliviada e ergueu a taça de vinho:- Presidente Vinicius, um brinde a você. Fique tranquilo, farei o meu melhor também na frente do Presidente Simão.Vinicius sorriu imediatamente:- Penny, é graças a você que consegui fechar o projeto na Cidade A com o Presidente Simão.Os dois brindaram e conversaram brevemente com Estevão.Após a refeição, Clara pediu a Estevão que acompanhasse Vinicius até em casa, pois Vinicius parecia estar feliz e um pouco embriagado.- Penny, e você? - Estevão ajudou Vinicius a se levantar.Clara perma
Na Cidade C, havia várias mulheres que desejavam ter Simão na cama, mas Clara era a única que achava que ele fazia sexo com muita frequência.Simão percebeu quando ela desviou o olhar, recusando-se a ceder.Ele tirou o próprio terno e o colocou sobre o chão, que estava decorado com azulejos de alta qualidade.Então ele a pegou nos braços e a colocou em cima do terno.Dessa vez, Clara não recusou.Afinal, quantas vezes na vida ela teria a oportunidade de sentar em cima de um terno tão caro como o de Simão?Além disso, ela tinha acabado de aproveitar sua reputação para obter uma colaboração de Vinicius.Percebendo que ela estava se rendendo, Simão abaixou a cabeça e a beijou.Enquanto um ficava em pé e o outro sentado, eles se beijaram por quinze minutos. Simão ouviu o som do seu celular tocando, provavelmente era uma ligação do parceiro de negócios preocupado com sua demora em voltar.Ele soltou a pessoa.Clara descansava a testa em seu ombro, respirando pesadamente, sentindo o leve aro
Clara não recusou o beijo de Simão, na verdade, era simplesmente lógico, considerando todas as intimidades que já haviam compartilhado. Portanto, não havia necessidade de recusar.As dez vezes foram um acordo que ela mesma fez, ela só teria o direito de recusar Simão depois que esse acordo fosse cumprido.Além disso, talvez por ter ouvido repetidamente os comentários de Ana, diante de alguém tão perfeito como Simão, desde que ele não ficasse louco fora da cama, beijá-lo na verdade não seria uma desvantagem para ela.O rosto de Simão facilmente despertava desejos nas pessoas, especialmente quando o beijava. Olhar para esse rosto enquanto seus olhos estavam abertos causava uma sensação de confusão.Era como beijar uma estrela de cinema.Essa sensação de ser mimada e excitada era algo que palavras não podiam descrever.Clara, como uma artista, muitas vezes pensava em pintá-lo, cada detalhe perfeitamente representado.Sentada no carro de Estevão, ela levantou a mão e massageou a testa.Ela
- Aonde sua prima está internada? – Perguntou Ana.- No hospital da cidade mesmo. - Ele largou o secador de cabelo e a abraçou, inclinando-se para segurá-la. - A situação dela é muito triste. Os pais tiveram sua empresa comprada de forma maliciosa, sofreram um acidente de carro e o motorista também faleceu. Agora só resta ela e o filho do motorista um ao outro. Eu queria poder ajudá-la, mas me sinto impotente.Ao perceber o tom desanimado de Álvaro, Ana estendeu a mão e afagou sua cabeça:- Não fique triste. Vou perguntar para Clarinha, a família dela tem dinheiro, com certeza conseguirá marcar uma consulta com o especialista rapidamente. Para Clarinha, dois milhões não são nada. Fique tranquilo, sua prima poderá fazer a cirurgia em breve, Álvaro. Que tal irmos visitá-la juntos outro dia?Álvaro ficou tenso, um brilho perigoso passou por seus olhos enquanto a abraçava:- Se você for comigo, não deixe que ela saiba sobre nossa relação.- Por quê? - Ana estava um pouco confusa e virou a