- Tio, tia, que tal irmos buscar o Rufino primeiro e levá-lo ao hospital para se desculpar com a vítima? – Disse Clara.Lorena assentiu, concordando rapidamente:- Sim, sim, vamos fazer isso imediatamente.Eles se prepararam para sair de casa e perguntaram a Renata: - Renata, você vai conosco?Renata revirou os olhos e respondeu friamente: - Eu não vou! Eu não tenho nada a ver com aquele idiota.Lorena ficou com o semblante sombrio, mas não retrucou. Clara, ouvindo a discussão, sentiu-se incomodada. Afinal, era um assunto familiar. O casal chegou à delegacia e, antes mesmo de entrar, ouviram Rufino chorando e reclamando lá dentro. O coração de Lorena se apertou e, ao entrarem no saguão, viram Rufino com o rosto machucado e inchado, resultado da surra que levou dos agressores a caminho da delegacia. Era difícil reconhecê-lo. - Rufino, está doendo? - Disse Lorena, aproximando-se rapidamente e segurando a mão dele. Rufino continuava com seu ar derrotado, chorando desesperadamente:
- Clara, pelo menos o Rufino é seu primo, pegue leve, por favor, eu te imploro. - O rosto de Lorena estava cheio de humilhação, seus lábios tremiam.Celso permanecia em silêncio, ajoelhado sem dizer uma palavra.De fato, o papel do pai era frequentemente retratado como um personagem silencioso na maioria das famílias.Rufino ficou atordoado após o tapa, sentindo o gosto de sangue na boca. Ele moveu os lábios e cuspiu um dente ensanguentado.Clara retirou a mão:- Se você tivesse assumido alguma responsabilidade naquela época, se tivesse se divorciado da Renata e não levasse o dinheiro do meu pai, ele não teria ressentimentos contra a sua família, e seus pais não teriam que se envergonhar na frente do meu pai. Mas você fugiu, levando mais de um milhão, deixando-os à mercê da Renata em casa, sendo tratados como empregados, como babás. Que tipo de filho você é, Rufino? Onde está sua responsabilidade?Rufino apenas limpava o sangue do canto da boca, sem dizer uma palavra.Dentro da delegac
Rufino estava incrédulo.Renata sorriu ironicamente.- Você se esqueceu? Na noite em que você voltou e bebeu demais, dormimos juntos. Se o bebê for um menino, sua família sofrerá uma grande perda.Rufino realmente se lembrava daquela noite e agora estava hesitante. Se ele se divorciasse de Renata, seria difícil encontrar uma esposa no futuro, e ninguém estaria disposto a lhe dar filhos. A família Marques poderia estar em perigo de extinção.Agora que Renata estava grávida, eles teriam um filho, o que seria uma justificativa para seus pais.Não poderiam permitir que a família fosse extinta, isso seria uma vergonha.Clara viu a hesitação nos rostos dos três membros da família Marques e ficou furiosa.- Tio, tia, vocês têm certeza de que querem que ela fique?Falando francamente, Rufino já havia descoberto que Renata tinha casos extraconjugais no passado, então quem sabia de quem era o bebê em seu ventre.Embora Rufino não fosse um santo, agora que a casa seria demolida e ele tinha quin
A expressão de Simão permanecia indiferente, com as sobrancelhas franzidas, mas, devido à sua aparência, exalava um toque de charme.Ágata sentia seu coração acelerado e suas bochechas ficaram vermelhas ao ouvir ele dizer: - Vou pedir ao Rodrigo para te levar para casa.O semblante de Ágata caiu instantaneamente e seus olhos ficaram marejados.- Não pense que não reparei que foi ao banheiro ver aquela tal de "Penny" durante o jantar.Quando Simão se levantou da mesa, Ágata o seguiu e os viu parados à porta do banheiro.A atmosfera claramente estava suspeita.Além disso, quando Simão retornou à mesa, estava mais distante e, em seguida, recebeu uma ligação de "Penny."Ágata sentiu algo estranho, mas o que poderia estar acontecendo entre eles?- Então? - Ele permaneceu de pé na porta, frio e distante.Ágata mordeu o lábio, incerta sobre sua atitude.- Afinal, a Penny não é casada? Acho que ela está te seduzindo.Originalmente, ela não tinha a intenção de acusar Clara, mas ela era muito b
Paulo acreditou que Clara tinha concordado, então correu para contar-lhe, mas Clara simplesmente virou a cabeça.- Sr. Paulo, obrigada, mas o guincho deve estar chegando em breve. Vou esperar um pouco e tenho que ficar com o meu carro. Hoje, quando ele for consertado, tenho que voltar para Cidade C. - Recusou Clara.Paulo originalmente pensou em convidá-la para se aquecer no carro, considerando que ela estava com frio.Mas ao ouvir sua recusa, ele não insistiu mais.O guincho chegou em cerca de vinte minutos. Clara esperou do lado de fora, não conseguindo evitar um espirro.Paulo explicou a situação para os líderes em seu carro e também informou Simão.A resposta de Simão foi apenas fechar a janela e ficar indiferente.Vinte minutos depois, o guincho chegou.Clara subiu no guincho e seguiu o veículo até a oficina mecânica.Era a primeira vez que ela viajava em um guincho. O motorista do guincho era divertido, então, enquanto olhava para as paisagens verdes e montanhosas do lado de for
Ximena e Francisco ouviram a voz e ficaram chocados. Um olhar malicioso cruzou o rosto de Francisco.Ximena, aterrorizada, puxou o lençol e saiu imediatamente da cama.- Querido, como você... Como você voltou?Lucas tremia as mãos, incapaz de descrever o choque que sentia. Sua mente estava em colapso e ele não conseguia mais pensar claramente. Finalmente, ele revirou os olhos e desmaiou no chão.Seu corpo estava caído no chão.Ximena estava aterrorizada, tremendo, e segurou Francisco com as maõs trêmulas. - O que faremos? Agora ele sabe sobre nós, quando ele acordar seremos expostos.Neste momento, Francisco começou a vestir suas calças com muita calma e pegou os óculos que estavam ao lado.- Xime, é por isso que ele não pode acordar.Ximena ficou completamente atônita e olhou incrédula para ele. - O que você quer dizer?- Não podemos deixá-lo viver. Caso contrário, todos esses anos de planejamento terão sido em vão.Ximena ficou completamente paralisada no chão. Embora ela deseja
Eram três da manhã.Clara recebeu um telefonema do hospital, informando que Lucas havia caído pelas escadas e estava sendo tratado de urgência.Toda a fadiga desapareceu instantaneamente, Clara pegou seu casaco apressadamente, com o rosto tenso.Ela já havia estado no hospital antes e cumprimentado o médico responsável, por isso ele a ligou sem autorização.Quando Clara chegou ao hospital, viu Ximena sentada sozinha no corredor, mas ela parecia completamente despreocupada.“Seria uma ilusão?”Ximena, ao ver Clara, encolheu as pupilas de forma nítida.“Clara estava aqui? Como?”Clara se aproximou com uma voz fria: - Antes de eu ir para a Cidade A, eu não o levei ao hospital? Você deveria saber que ele tinha câncer de fígado. Você deveria tê-lo deixado descansar no hospital por mais alguns dias. Por que o deixou voltar?Ximena estava muito nervosa, mas lembrando das palavras de Francisco, endireitou o peito.- Você está me interrogando? Você não percebe o quanto seu pai sacrificou por e
“Simão voltará à Cidade C hoje?”Embora tenha visto o carro dele na Cidade A no dia anterior, ela teve que se separar dele devido ao fato de seu próprio carro precisar de reparos.Clara, neste momento, não se preocupava com mais nada e fez uma reserva em um hotel.Ela sempre carregava antipiréticos consigo, pois nos próximos dias teria que ir ao hospital com frequência.Ao chegar nosaguão do hotel, foi informada de que o quarto que ela reservou já tinha sido concedido a outra pessoa devido a um erro no sistema.- Pedimos desculpas pelo inconveniente, senhorita. Para compensar, oferecemos um upgrade para a suíte presidencial.Clara abaixou a cabeça e verificou o número do quarto no cartão, seus lábios se curvaram levemente.Ela estava no mesmo andar que Simão, e o andar só possuía duas suítes presidenciais.Ela pegou o cartão e não disse nada. Tudo o que ela queria era descansar.Ao entrar no elevador, ela se recostou no canto e fechou os olhos.As portas do elevador se abriram novament