Devido à expressão séria em seu rosto e à sua ocupação em examinar documentos, Clara não ousou interrompê-lo e permaneceu em silêncio até chegarem ao destino.Paulo chegou perto do carro e agradeceu a Simão antes de apontar para uma mansão distante.- A pessoa que você procura mora ali. Vamos levar o Presidente Simão para dar uma volta lá embaixo. Já cumpri a tarefa que seu tio me deu, então você pode ir rápido. - Disse Paulo.Clara virou-se para agradecer a Simão e depois a Paulo antes de se dirigir rapidamente para a mansão.No entanto, após dar alguns passos, ela ouviu a voz de Simão:- Se ele te rejeitar, mencione meu nome.Clara ficou surpresa. Será que aquele proprietário tinha alguma relação com Simão?Isso facilitaria muito as coisas.Um sorriso instantaneamente apareceu em seu rosto, seus olhos brilharam.- Presidente Simão, obrigada. - Disse ela.O sol do meio-dia estava um pouco intenso e, aos olhos de Simão, parecia brilhante demais.Ele desviou o olhar e continuou a conver
- Você vindo me procurar agora, certamente não conseguiu encomendar a madeira para o piso com antecedência. Embora eu goste muito de você e, por respeito ao mestre Roberto, possa lhe dar alguns pedidos, você também sabe que os itens da minha loja devem ser encomendados com três anos de antecedência. Pedir-me para ajudar de repente também me coloca em uma situação difícil. - Zeferino falou sinceramente, e Clara sorriu.- Sr. Zeferino, ouvi dizer que nos últimos anos houve casos de clientes que calcularam a data errada ou tiveram problemas com seus pedidos, o que os levou a devolvê-los. Não estou esperando que você me entregue os pedidos de outras pessoas, mas se houver algum cliente que devolva algo, você poderia me passar esse pedido? Eu posso oferecer um bom preço. – Disse ela.Dessa vez, Zeferino não hesitou.- Qual é o seu nome? – Perguntou ele.- Sr. Zeferino, me chame de Penny. Meu professor costumava me chamar assim.Zeferino sorriu:- Já que você é discípula dele e eu lhe fiz um
Simão retirou seu braço do abraço de Ágata e fez um aceno de cabeça para Zeferino:- Tio Zeferino, faz muito tempo.Zeferino já estava em pé e deu um tapinha no ombro dele sorrindo:- Você sumiu por três anos.Parecia que Simão não tinha ido ali desde que foi forçado a sair do país por causa do casamento.Clara, por um momento, não conseguia entender a relação entre a família Santos e Zeferino. Talvez Zeferino conhecesse o Sr. Spencer, então Simão chamava Zeferino de tio.Ágata interrompeu:- Se fosse eu, também teria fugido. Casar com uma mulher que nem conhecia, não faço ideia do que o Sr. Spencer estava pensando.Zeferino a olhou com raiva:- Assuntos pessoais não são assunto para você ficar tagarelando. Simão, sente-se. A discípula de Roberto também está aqui, vocês podem se conhecer, ambos são jovens talentosos.Clara, como a outra pessoa envolvida nesse casamento, sentiu-se excluída.No entanto, ela não era próxima dessas pessoas e não sentia nenhuma tristeza. Apenas assentiu edu
Clara chegou no carro de Simão, então se ele não viesse agora, ela não sabia o que faria quando voltasse mais tarde.Então, ao ouvir isso, ela prontamente concordou:- Ok.Ágata viu os dois conversando na frente dela e ficou tão próxima, então ela rapidamente se intrometeu entre os dois, empurrando Clara para o lado.Clara não teve escolha a não ser se afastar um pouco.Ágata olhou para cima e pegou o quadro das mãos de Simão:- Na verdade, é apenas mediano. Esse nível não teria destaque na minha academia de belas artes. Não faço ideia do que o professor estava pensando hoje, dando uma nota perfeita.Ela falou de forma um tanto rude, até diminuindo Clara.Clara ainda estava na Mansão das Vargas e tinha um favor a pedir, então diante do insulto de Ágata, ela apenas a considerou uma princesinha mimada, direta e sincera.Nesse momento de silêncio sutil, Simão continuou a fala de Ágata:- Penny é sua colega mais velha.Essa afirmação deixou Ágata muito constrangida. Ela realmente não imagi
Clara falou aquela frase e logo ouviu o som da chuva lá fora.Zeferino tinha acabado de sair da cozinha e, ao ver a chuva, sorriu e disse: - Depois dessa chuva, muitos cogumelos frescos vão brotar esta noite.Parecia que Zeferino realmente gostava da natureza. Ele foi até o sofá, sentou-se e começou a falar sobre as coisas que poderiam ser encontradas nas montanhas, dissipando instantaneamente a atmosfera tensa que estava presente momentos atrás.No entanto, a chuva lá fora ficou cada vez mais forte e se transformou em uma tempestade torrencial. A visibilidade diminuiu de repente e o céu parecia sombrio.Nas florestas, o tempo chuvoso era assustador.Zeferino falou: - Eu vou pedir aos empregados para prepararem alguns quartos para vocês. Fiquem aqui esta noite, ninguém deve sair. Dirigir em um clima assim é muito perigoso, não sabemos se há deslizamentos de terra na estrada.Ao dizer isso, ele olhou especialmente para Clara:- Penny, já que você e Simão estão juntos, fique também. Eu
Clara estava um pouco constrangida porque não havia roupas dentro da toalha. Ser pega por Simão dessa forma a deixou completamente sem jeito.Simão segurava um tubo de pomada, vestindo apenas uma camisa com alguns botões desabotoados, revelando seu osso do colo.Abaixo, era possível ver levemente as bandagens.Clara entendeu que ele provavelmente veio para que ela pudesse aplicar a pomada nele.Seus quartos estavam próximos e ela já havia feito curativos nele antes.Além disso, ele não sabia onde estava o quarto de Rodrigo, então veio procurá-la.O olhar de Simão pousou sobre ela por um momento e ele estava prestes a se virar e voltar para o seu próprio quarto.Mas Clara estava preocupada que, se não aplicasse a pomada, a ferida dele poderia piorar.Afinal, ele só havia sido chicoteado por causa dela.- Você precisa que eu te ajude a aplicar a pomada? Entre, por favor. - Clara se inclinou para o lado.Os passos de Simão pararam por um momento, franzindo o cenho.Se outra mulher estives
O local onde os dedos dela tocaram ficou mais quente, seguindo o aumento de temperatura. Sua respiração se tornou desordenada por um instante. Clara simplesmente continuou aplicando a pomada diligentemente, certificando-se de não deixar nenhuma área sem cobertura antes de pegar a bandagem para enrolar novamente. Mas esse gesto de enrolar a bandagem exigia que ela se inclinasse, aproximando-os ainda mais perto, quase como se suas respirações estivessem se entrelaçando. Simão desviou o olhar e franzindo a testa. Clara sabia que ele não gostava de ficar muito próximo de mulheres, então ela acelerou seus movimentos. Quando chegou à última volta, ela suspirou aliviada, mas sua respiração bateu na pele de Simão e ele involuntariamente recuou um pouco com a mão. - Presidente Simão, está pronto. - Disse Clara, sentindo-se um tanto desconfortável e se preparando para recuar. No entanto, devido ao movimento de recuo de Simão, ele acabou segurando uma ponta da toalha de banho, então quand
Quando Clara recobrou os sentidos, Simão já havia partido. Isso quase fez com que Clara caísse do sofá, deixando seu rosto pálido. O que Simão estava fazendo? Foi por causa da pouca roupa que ela estava usando e do ambiente agradável que ele se deixou levar por um breve momento de confusão e encanto? Ela franzia a testa com atraso, lembrando do beijo suave que percorreu sua orelha e pescoço como uma pluma, fazendo todo o seu corpo ferver. Clara levantou-se com as pernas ainda trêmulas e dirigiu-se ao banheiro, onde viu que até seu pescoço estava vermelho. O que diabos estava acontecendo? Ela lavou o rosto com água fria, tentando se acalmar rapidamente. No entanto, a água fria parecia evaporar instantaneamente pelo calor em seu rosto. Clara sentia-se inquieta, como se tivesse sido provocada intencionalmente por alguém que depois a ignorou e foi embora sem explicação. Não podia ser verdade, né? Será que Simão também tinha desejos mundanos desse tipo? Ao pensar naquela noite e