Naquele instante, o Uckermann encarava o cardápio do restaurante como se fosse a coisa mais interessante do mundo, enquanto não escondia a face um tanto zangada de mais cedo com a esposa. Não que estivesse zangado com Susan, mas a verdade era que estava puto com a situação na totalidade em que o ex casal de amigos vinha proporcionando. Para ele, ficara nítido aquela noite que o melhor que poderia fazer um com o outro, era distanciar mesmo. Não faziam mais bem juntos, o que realmente era triste.Susan, que tentava pacientemente lidar com o temperamento do marido desde o ocorrido, estava agora de saco cheio daquela cara dele, daquele comportamento, aliás. Ela estava ainda com a sensação entalada em si do marido ter claramente tomado um lado que ela julgava absolutamente errado naquela história toda, e ela havia sido clara desde o início com ele.Bufou largando a taça de suco de lado encarando com firmeza Samuel que nem a olhava. Se fosse para ter aquele tipo de almoço, ela preferia esta
O barulho baixinho na sala, era provido das borbulhas da bomba do aquário imenso de peixes que havia ali. Existia um longo e pesado silêncio no ambiente. Enquanto estava sentado desconfortável, Nicolas agarrou-se a uma das almofadas e apenas encarava os olhos verdes e bastante sérios de Melissa, que havia começado todo aquele discurso revisando todas as suas anotações quanto ao “problema Scrudell”. Ela havia pedido para que ele começasse do início, mas ele ponderava exatamente onde era o tal início?Franziu o cenho mais uma vez ao soltar o ar pelos lábios de forma um tanto monótona e viu a morena olhar no relógio de pulso.— Senhor Scrudell…— Hm?! — ele desviou o olhar para os peixes que pareciam tão entretidos em algo.— Não pagou uma sessão apenas para olhar peixinhos. Se não se dispor verdadeiramente, nenhum resultado chegará. Só estar aqui não muda nada. — Ela fora direta, cirúrgica nas palavras e o fez torcer o bico tal como um menino.— O que quer que eu fale? Que sou uma pesso
No espaçoso e luxuoso escritório da presidência do grupo Sanches, naquele momento, uma discussão acontecia da qual três pessoas estavam envolvidas, uma delas, era a atual presidente do grupo: Haley Sanches. A outra era o magnata em pessoa, Hector Sanches, já o terceiro membro era o represente do Grupo Condor, Gabriel Godoy, que tinha um olhar constante e analítico sobre toda a conversa. Os olhos verdes focaram no copo de uísque que segurava e logo desviaram para a revista que estava sobre a mesa de centro da pequena área conforto do escritório. Na capa, ele podia observar a herdeira Sanches posando ao lado do Olausen, apresentando juntos algum tipo de projeto artístico. Interessado, arqueou a sobrancelha enquanto alcançou a dita revista, ignorando ao fundo a voz grossa e ríspida de Hector lidando com a filha caçula e a colocando no devido lugar.A dinâmica foi interrompida com o celular do ruivo ali presente, que recebeu uma chamada, o fazendo arquear o cenho um pouco surpreso ao ver
Ele dirigia pelas ruas movimentadas naquela manhã de sábado. Os olhos azuis estavam focados no trânsito a frente, mas a mente, na conversa que estava tendo com o Uckermann, que em um gesto de apoio e amizade, decidiu acompanhar o melhor amigo (praticamente um irmão) no curso de puericultura, da qual, esse estava fazendo, e embora a parceira devesse ser Hanna, essa, obviamente não continuaria aquilo ao lado do loiro, ainda mais porque no último dia do curso ela não apareceu. Para Nicolas já era dado como certo que ela não iria mais. Se era uma distância que o machucava de alguma forma? Bom, isso era até uma pergunta estúpida demais para se fazer.Como dizia e repetia Melissa, sua terapeuta: um dia de cada vez.Samuel, passou a mão destra pelos cabelos os penteando para trás enquanto encostava a cabeça novamente contra o encosto do banco carona do sedã. Bufou novamente diante do silêncio do amigo em respondê-lo.— Sabe… Isso é idiota. Você é um idiota, mas é meu amigo. O que for import
Ele dirigia pelas ruas movimentadas naquela manhã de sábado. Os olhos azuis estavam focados no trânsito a frente, mas a mente, na conversa que estava tendo com o Uckermann, que em um gesto de apoio e amizade, decidiu acompanhar o melhor amigo (praticamente um irmão) no curso de puericultura, da qual, esse estava fazendo, e embora a parceira devesse ser Hanna, essa, obviamente não continuaria aquilo ao lado do loiro, ainda mais porque no último dia do curso ela não apareceu. Para Nicolas já era dado como certo que ela não iria mais. Se era uma distância que o machucava de alguma forma? Bom, isso era até uma pergunta estúpida demais para se fazer.Como dizia e repetia Melissa, sua terapeuta: um dia de cada vez.Samuel, passou a mão destra pelos cabelos os penteando para trás enquanto encostava a cabeça novamente contra o encosto do banco carona do sedã. Bufou novamente diante do silêncio do amigo em respondê-lo.— Sabe… Isso é idiota. Você é um idiota, mas é meu amigo. O que for import
Assim que ela chegou ao prédio do grupo Sanches, fora recebida por um secretário dando risinhos, animado. Claro que, para Hanna, houve a curiosidade logo de cara.— O que está acontecendo? — perguntou ao entrar no elevador próprio para o pessoal do corpo de diretoria.— Bom, a senhorita sabia que havia um processo reservado para contratar um novo motorista, não é?— Hm… Isso… O que tem?— Bem, o pessoal do RH já contratou. Falaram que o currículo era ótimo, e aí…— Acelera as coisas — Hanna sorriu do jeito enrolado do garoto.— Bem, ele está na recepção pronto para se apresentar.— Entendi — concluiu Hanna, então a porta de aço finalmente abriu-se e ela caminhou pelo saguão em direção ao seu espaço atravessando algumas zonas de trabalho coworking, que foram recém decorados e mobiliados a sua escolha e recomendação. Aquele andar todo era destinado à Fundação Sanches e sua sala era a principal, já que era a atual diretora chefe.Assim que se aproximou da recepção de seu escritório, viu
Ele estava deitado sobre o sofá e apertava uma daquelas bolinhas de estresse que ajudavam bastante com seu tique nervoso quanto a ansiedade. Os olhos azuis estavam focados no aquário ainda, enquanto ele concluía o que Melissa pediu.— Certo — ela anotou algo — você percebeu como nos distanciamos com o dia-a-dia de coisas simples que por vezes nos fazem muito bem? — ele consentiu ainda sem olhá-la — Tem pessoas que marcam nossa vida positiva e negativamente e isso começa lá no passado. Sua primeira referência são seus pais, e então vem professores, amigos… Esses elos são determinantes para a formação de caráter e personalidade.— Eu entendi. Bom… Não posso reclamar de nada disso.— Como eu disse, você não é uma pessoa ruim. O que marca as nossas vidas de forma determinante são as escolhas. Muitas vezes, escolhemos algo que sugestivamente é bom, mas que a longo prazo mostra-se… Diremos que, ruim. Até o final deste seu primeiro ciclo você fez grandes e importantes escolhas mesmo sem se d
“—Espero que tenha recebido o que mandamos. Eu e seu pai procuramos o mês inteiro algo especial. Mandei também algumas coisinhas para o meu netinho lindo. Filho, sei que os momentos não devem estar sendo fáceis, quando você era criança costumava chorar escondido para que ninguém pensasse que você era fraco — o som da voz feminina sorrindo ecoou — chorar não é fraqueza, meu pequeno príncipe. Sei também do fundo do meu coração de mãe, melhor do que ninguém, o quanto você é uma pessoa maravilhosa. Tem suas falhas, mas todos temos. Sempre foi peralta, mas também muito esforçado, e se continua metade do que era, vai trazê-la de volta para si. São lindos juntos. Só não… Desista de tentar. Feliz aniversário, meu amor…”Fora assim que ele despertou aquela manhã enquanto assinava o recibo de entrega na sua porta… Celular preso entre ouvido e pescoço enquanto recebia o recado de Katherine.Assim que fechou a porta, ele decidiu por si só que queria apenas um dia comum. Nada de especial aconteceu