Quando seus movimentos param, abro os olhos e vejo seu pescoço todo vermelho e jogado para trás. Sei que ele está gozando também, dado o fato de os seus dentes estarem rangendo e uma série de palavrões baixinhos estarem saindo da sua boca. Quando ele termina, crava os dentes no meu ombro enquanto sai de mim. Beija minha nuca, meu pescoço e minha orelha antes de tirar os travesseiros e os jogar no chão para me deitar logo em seguida. Então se deita ao meu lado e puxa uma das minhas pernas sobre o seu quadril, fazendo com que o seu pau com uma ereção ainda bastante grande fique bem cima do meu clitóris.— Me coloca pra dentro? — ele pede baixinho com a boca contra meu pescoço. Eu sorrio. Ele acabou de gozar e quer mais sexo como se não fizesse isso há dias.— Ainda não acabou? — acaricio seu peito com a ponta dos dedos.— Não estou nem perto. — ele se mexe de forma provocativa e toca exatamente o pontinho entre minhas pernas que ainda pulsa por ele, me fazendo gemer — E parece que você
Ele joga os braços sobre os olhos, respirando fundo e com certeza se torturando com o ocorrido.— Ei Nick, não se esconda de mim, amor. — tiro os braços dos seus olhos e me aproximo para beijá-lo na boca.— Às vezes me pergunto como você ainda está comigo. Você sabe tudo o que eu fiz e mesmo assim está aqui. Outra mulher já teria ido embora.— Se está achando que alguns fantasmas do passado vão me levar pra longe de você, está muito enganado. Torno-me até caça fantasmas se for necessário, mas não saio da sua vida.— Espero que você nunca mude de ideia. Eu não acho que eu poderia suportar.— Isso não vai acontecer.Ficamos em silêncio por um tempo e durante isso, quase posso ouvir os pensamentos dele. Dói em mim ver que o passado dele é doloroso ainda. Seria tão mais fácil se o Nick pudesse esquecer todos em Nova Iorque, mas acho que a capacidade dele de deixar as coisas para trás é bem menor do que a minha. Talvez essa seja a minha deixa para mudar de assunto. Lembro-me da visita da R
Observo o carrossel girando e girando até quase me deixar tonta, em uma distância a quase dois metros de mim. As pessoas parecem alheias às outras ao seu redor. Em sua maioria crianças, todos se divertem com o contínuo girar do brinquedo. Nick está na bilheteria comprando ingressos pra nós e eu olho distraidamente para os pais com seus filhos, casais de namorados e grupos de amigos que riem de alguma coisa que conversam entre si, mas não consigo me desligar totalmente do presente que recebi mais cedo.O Benjamin deve ter pedido para a vendedora escrever o cartão, foi o que o Nick disse quando eu mencionei que a letra no papel não era do meu padrasto. Ele está em Paso Robles, Ellen. Não teria como escrever pessoalmente. E esta é a explicação mais lógica. Ele ligou para a floricultura e pediu para a moça escrever o que ele queria me dizer. Mas se é assim, então por que o caroço gelado no meu estômago não derreteu ainda? Por que eu sinto que não conheço a pessoa que me enviou as flores?
Enquanto leio um livro na varanda superior, Nick fala ao telefone com a Rachel. Não fala alto o suficiente para que eu ouça tudo, mas consigo escutar boa parte. E pelo tom de voz dele, tenho certeza que seu humor não está tão bom. Ele também fala com o seu pai. Não sei se pelo humor prévio de quando falava com a Rachel ou só porque falar com o seu pai o deixa irritado, mas a conversa entre eles procede aos berros. Só consigo entender algo sobre ele ser dono da sua própria vida e não dever explicações a ninguém. Francamente não sei como ele ainda tem orelha. Já faz mais de uma hora que ele está pendurado na linha.— Você parece irritado. — observo, quando ele vem até mim mais vermelho que um tomate maduro e as mãos revoltas nos cabelos.— Julian Hoffman com certeza sabe como me dar nos nervos.Ele se posiciona no deque da varanda, de frente para o mar e se mantém assim por vários minutos, com os braços estendidos segurando fortemente o gradil e a cabeça enterrada entre os ombros. Sem
Após a partida do Nick, como era de se esperar, eu passo boa tarde do dia apenas deitada. Entediada, pego meu notebook e começo a navegar um pouco pela internet. Converso com o Benny pelo Skype e dado o fato de ele não mencionar em nenhum momento ter mandado flores pra mim, me faz agora ter certeza de que realmente não foi ele.Também falo com Camille e fico sabendo que ela voltará das férias daqui a dois dias. Loren voltará semana que vem. Ela me conta o quanto está curtindo nas montanhas de Aspen com os seus pais e eu conto como foi a maravilhosa semana que eu passei em Mônaco com o Nick.Depois do almoço, vou à clínica para mais uma sessão de fisioterapia. Agora com as duas terapias associadas, em solo e na água, eu terei sessões todos os dias. O Dr. Byron e o Dr. Hudson estão confiantes de que conseguirei estar de pé no casamento do Robert no fim do mês e assim espero. Depois de sair, Agnes e eu damos uma passada no shopping. Nunca fui uma garota de fazer muitas compras, mas depoi
Dois dias depois minha situação com o Asher não mudou em nada. Ele não ligou pra mim, eu não liguei pra ele e não ouvimos mais falar um do outro nesse tempo. Fiquei realmente triste esses dias sem o meu namorado e agora, sem meu melhor amigo. Restringi meu dia a acordar quase ao meio dia, ir à clinica para a fisioterapia, voltar pra casa e dormir.Quando falei com o Nick ontem ele me perguntou como eu estava e eu menti dizendo que estava tudo muito bem, mas posso dizer pela pausa que ele fez ao telefone depois que eu disse isso que ele sabia que eu não estava falando a verdade. Ele me conhece melhor que qualquer pessoa e sabe quando eu não estou sendo sincera.Cami liga pra mim e marcamos um almoço hoje. Ela chega às onze e meia e abre um enorme sorriso quando me vê. Meio desajeitada, Cami se abaixa e me dá um longo abraço.— Ai que saudade de você. — ela fala enquanto ainda está com o rosto no meu pescoço.— Não foi tanto tempo assim. — eu brinco de forma desdenhosa, retribuindo seu
— Você precisa provar as panquecas de blueberry dela, Asher. — eu digo com a boca cheia — São uma coisa de outro mundo.— Melhores que essas de chocolate?— Ah, muito melhores. — sorrio. Agnes faz um gesto de agradecimento e o Asher lhe pisca um olho de uma forma bem sexy, fazendo-a corar.Estendo a mão sobre a mesa para pegar a jarra de limonada, mas o Asher se adianta. Enche um copo pra mim e outro pra ele. Sorrio agradecida. Ele é um ótimo amigo. Na ausência do Nick, foi realmente bom ele ter ficado comigo ontem depois de eu lhe contar sobre tudo. Eu não acho que teria conseguido dormir sozinha.— Obrigada. — falo olhando nos seus olhos.— Não por isso. — ele pisca pra mim também e volta a comer.— Sério, Asher. — pego suas mãos e as aperto bem firme — Obrigada.A campainha toca e Agnes se apressa em atender a porta. Possivelmente para nos dar privacidade, tendo ela com certeza percebido o teor de seriedade na minha voz.— Ah qual é! É só um copo de suco.— Você sabe que não é diss
— Agnes. — chamo — Agnes.Um instante depois ela está no quarto. Ela olha ao redor e nota a bagunça de lençóis e travesseiros espalhados pelo chão, mas não fala nada.— Você tem falado com o Nick? — pergunto antes que ela possa falar alguma coisa.— Não desde que ele saiu de viagem. — viro o rosto para o outro lado, soltando o ar com força — Algum problema, Ellen?— Não. Nenhum. — respondo azeda mesmo sem querer. Não é culpa da Agnes se o Nick está sendo um idiota do tamanho de um elefante. — Me desculpe Agnes, é que eu estou estressada.— Tudo bem. — ela me dá um sorriso conciliador, então olha novamente a bagunça — Eu vou dar um jeitinho aqui se não se importa.— Oh sim, claro. — apresso-me em sentar na minha cadeira — Eu vou dar uma saída.— Precisa que eu vá?— Não, eu chamo um táxi.Agnes me ajuda a vestir uma roupa rapidamente e eu saio assim que o táxi chega. Peço ao motorista que passeie pela orla da praia, sem rumo. Gostaria de ter um carro agora mesmo, para que eu pudesse es