Qual o problema dos pais do Nick? São sádicos ou algo assim? Como podem trazer para a própria casa, uma mulher que fez com o filho deles o que a Ada fez? Deus, como eu a odeio. Ela está no outro sofá com o Sr. e Sra. Hofmman e o homem que chegou com ela, conversando de uma forma tão casual e íntima que me deixa nauseada. Eles riem. Conversam e tornam a rir. Um olhar para o rosto do meu Nick e vejo a perturbação e o sentimento de traição que passa por dentro de si com seus pais. A expressão do Oliver também não fica atrás. Lembro-me de uma vez ele ter me dito que praticamente só espera o pior do seu filho Julian e da nora em relação ao seu neto.Meu celular vibra no meu colo e após pedir licença, saio em direção à área externa do apartamento, o lugar onde tem uma enorme piscina, maior até mesmo do que a da casa do Nick.A chamada cai antes que eu possa atendê-la, mas vejo no identificador o rosto com careta da pessoa que me ligou e retorno. Dois toques e ele atende.— Feliz Natal, Trag
— Não sei o que está querendo insinuar, mas você só pode estar ficando louca se acha que pode comparar a relação que você teve com o Nick no passado e a que eu tenho com ele agora.— Calma garota. Só quero conversar um pouco com você. Não precisa ficar irritadinha. Acho que no fundo não somos tão diferentes assim.— Não acho que queira ir por esse caminho Ada. Você não quer se comparar a mim.Ela se cala um instante e depois de um breve levantar de boca, resolve continuar a falar.— Sabe, eu acho que devo te agradecer por ter ligado pra mim naquele dia. Apesar de ter ajudado vocês dois a ficar juntos, eu consegui uma coisa que queria há quase seis anos. O perdão do Nick e a oportunidade de contar a minha versão da história.— Não fiz por você. — digo entre os dentes.— Eu sei, mas mesmo assim, obrigada.É ridículo o sentimento de ter ajudado essa mulher a conseguir algo do Nick, mesmo que tenha sido algo de que ele precisava. Acho que no fundo eu queria que ele tivesse superado tudo s
Nick lhe lança um olhar sombrio e torce a boca pra ele. Não sei por que tenho a impressão de que há algo nessa conversa que eu perdi.— Não sou eu quem cuida dessa parte.— Mas você deve ter participação ativa, ou não? — Harold joga.Nick não responde. Limita-se a continuar comendo. Oliver também não fala nada. O clima ameno se fecha de vez. Agora mesmo eu tenho certeza de que estou perdendo algum ponto desse papo.— Por que não deixamos os negócios para depois do jantar, rapazes? — Ada sugere.— Eu concordo. — Chloe sorri para ela e muda de assunto — Diga-me Ellen, como estão os aspectos do seu tratamento?Tomo um bom gole do vinho branco servido no jantar, antes de responder.— Meu prognóstico é melhor do que o esperado. Meu médico e o Nick estão muito animados. — sorrio para ele e vejo os olhos do Oliver se encherem de orgulho.— Fico feliz. — ela diz com olhos falsamente amorosos.— Como sua família reagiu à sua situação? — Ada pede, bebericando.Oh, então estamos sendo falsos? OK
Como ele pode? Como pode rir assim com ela? Deus, eu não vou chorar. Eu não vou chorar. Eu não vou chorar.Empurro minhas lágrimas para trás dos meus olhos e forço minhas mãos a guiarem a cadeira para algum lugar onde eu possa me sentir melhor, missão impossível, dado o lugar onde eu estou.Meu celular toca enquanto atravesso a sala. É o Benny. Atendo. Conversamos um pouco sobre como está sendo a minha primeira vez na casa dos meus sogros e, apesar de eu mentir bem sobre a recepção deles, é claro que o meu padrasto percebe algo diferente na minha voz e promete vir pessoalmente dar um chute na bunda ricas deles se não se comportarem. Desligo e respiro várias vezes de forma bem lenta para manter minhas tendências mais emotivas dentro de mim. Quando me viro, Oliver está atrás de mim com uma nécessaire na mão.— Você mente bem. — me assusto com sua voz repentina. Depois sorrio de forma forçada, sabendo que ele deve estar desapontado comigo pelas coisas que eu disse na mesa.— Não precisa
O quê? Mas nem em sonho eu vou esconder um segredo tão grande do homem que eu amo.— É melhor ter outra ideia que seja Oliver, porque de jeito nenhum eu vou esconder isso dele. Nick e eu não temos segredos e de maneira alguma serei eu a primeira pessoa a começar com essa merda.— Sim, você vai. — ele diz em tom mais duro — Não tem o direito de falar sobre isso com ele. Não é um segredo seu.— Mas eu sou...— Eu sei, a namorada dele. E eu sou o avô. Não quero ver meu neto pilhado feito um louco por ter que escolher se fica com a namorada numa cadeira de rodas ou com o avô num leito.— O quê?— Você precisa dele mais do que eu, Ellen. E nós dois sabemos o quanto ele é teimoso e quanta culpa ele já carrega em seus ombros. Tenho certeza que você não quer vê-lo torturado por ter que escolher de quem cuida.— Ele pode cuidar dos dois. — retruco.— Não pode. Vai acabar exausto e cheio de culpa. Mais do que ele já tem. Você eu sabemos o quanto ele se dedica a alguém que ama e o quanto se cobr
Por todo lado que eu olho eu vejo luxo. Luxo como nunca vi em toda a minha vida. É claro que isso não é nenhuma novidade tendo em vista que passei quase toda a minha vida em um rancho no interior da Califórnia, mas que apesar de ajeitadinho, não era nenhuma referência de riqueza. Mas desde que conheci o Nicholas, o luxo me cerca. Esses últimos dias mais do que nunca.O Hotel de Paris Monte-Carlo é o lugar mais lindo do mundo e acho que posso dizer isso sem nenhum exagero. Nicholas quis que nosso fim de ano fosse perfeito então reservou para nós uma das Suítes Diamante com a diária beirando os oito mil euros. Sinceramente, algo desnecessário já que a suíte conta com dois quartos e uma área total de mais de 130m². Somos apenas um casal, não uma família de vinte pessoas. Mas tenho que concordar que passar uma semana por aqui é como viver em um conto de fadas. O lugar é magnífico com sua arquitetura do século XIX e vista para o Place du Casino, e ainda por cima ter ao meu lado um homem co
Ele xinga baixinho, mas resolve falar. Me conta que os dois sofreram um acidente há uns anos e que foi por isso que ela perdeu um ovário. Foi um acidente um tanto grave. Então é isso. Quem procura acha, Ellen. Um fragmento do passado deles mais uma vez colide com nosso presente. Existe um lugar onde nós possamos ir sem ter esse fantasma atrás de nós? Estou começando a achar que não.Ficamos em silêncio por um instante. Mexo-me desconfortavelmente no banco e percebo seus olhos em mim. Forço um sorriso e tento esquecer tudo.— Tudo bem. Seu passado existe e não pode ser apagado.— Ellen, meu passado não pode mais nos atingir a menos que você queira, que você deixe.— Tem razão. — pego sua mão que está na marcha e aperto — Vamos nos concentrar na maravilhosa comida que você vai me fazer comer agora.Ele sorri e se inclina para beijar minha têmpora.— Olhos na estrada playboy, você não quer que o passado se repita.Depois do almoço, após visitar os Jardins Japoneses e encher mais um cartão
Meu robe sai do meu corpo quando que eu nem percebo, quando nos deitamos sobre as almofadas. O calor do fogo perto de nós faz as minhas terminações nervosas vibrarem em êxtase. Mil e uma sensações de prazer, em níveis e formas diferentes, me deixam totalmente rendida e entregue ao nosso momento. Será a primeira vez que faremos sexo com penetração de verdade desde que o Nick assumiu a fisioterapia direcionada a isso. Durante as últimas duas semanas apenas tiramos sarro, ou eu o chupei, ou ele se masturbou pra mim. Sexo mesmo. Sexo, nu e cru não fizemos ainda. Teremos agora a chance de saber se o tratamento dele e os aparelhinhos que ele tem usado em mim estão fazendo efeito.— Se não quiser, não precisamos fazer isso hoje Ellen. — ele diz em abnegação, com a boca colada na minha, mas seu membro duro colado aos meus quadris me diz que a última coisa que ele quer é ser abnegado agora — Podemos fazer o que estamos fazendo esses últimos dias.— Não, amor. — digo perdendo o fôlego enquanto s