O quê? Mas nem em sonho eu vou esconder um segredo tão grande do homem que eu amo.— É melhor ter outra ideia que seja Oliver, porque de jeito nenhum eu vou esconder isso dele. Nick e eu não temos segredos e de maneira alguma serei eu a primeira pessoa a começar com essa merda.— Sim, você vai. — ele diz em tom mais duro — Não tem o direito de falar sobre isso com ele. Não é um segredo seu.— Mas eu sou...— Eu sei, a namorada dele. E eu sou o avô. Não quero ver meu neto pilhado feito um louco por ter que escolher se fica com a namorada numa cadeira de rodas ou com o avô num leito.— O quê?— Você precisa dele mais do que eu, Ellen. E nós dois sabemos o quanto ele é teimoso e quanta culpa ele já carrega em seus ombros. Tenho certeza que você não quer vê-lo torturado por ter que escolher de quem cuida.— Ele pode cuidar dos dois. — retruco.— Não pode. Vai acabar exausto e cheio de culpa. Mais do que ele já tem. Você eu sabemos o quanto ele se dedica a alguém que ama e o quanto se cobr
Por todo lado que eu olho eu vejo luxo. Luxo como nunca vi em toda a minha vida. É claro que isso não é nenhuma novidade tendo em vista que passei quase toda a minha vida em um rancho no interior da Califórnia, mas que apesar de ajeitadinho, não era nenhuma referência de riqueza. Mas desde que conheci o Nicholas, o luxo me cerca. Esses últimos dias mais do que nunca.O Hotel de Paris Monte-Carlo é o lugar mais lindo do mundo e acho que posso dizer isso sem nenhum exagero. Nicholas quis que nosso fim de ano fosse perfeito então reservou para nós uma das Suítes Diamante com a diária beirando os oito mil euros. Sinceramente, algo desnecessário já que a suíte conta com dois quartos e uma área total de mais de 130m². Somos apenas um casal, não uma família de vinte pessoas. Mas tenho que concordar que passar uma semana por aqui é como viver em um conto de fadas. O lugar é magnífico com sua arquitetura do século XIX e vista para o Place du Casino, e ainda por cima ter ao meu lado um homem co
Ele xinga baixinho, mas resolve falar. Me conta que os dois sofreram um acidente há uns anos e que foi por isso que ela perdeu um ovário. Foi um acidente um tanto grave. Então é isso. Quem procura acha, Ellen. Um fragmento do passado deles mais uma vez colide com nosso presente. Existe um lugar onde nós possamos ir sem ter esse fantasma atrás de nós? Estou começando a achar que não.Ficamos em silêncio por um instante. Mexo-me desconfortavelmente no banco e percebo seus olhos em mim. Forço um sorriso e tento esquecer tudo.— Tudo bem. Seu passado existe e não pode ser apagado.— Ellen, meu passado não pode mais nos atingir a menos que você queira, que você deixe.— Tem razão. — pego sua mão que está na marcha e aperto — Vamos nos concentrar na maravilhosa comida que você vai me fazer comer agora.Ele sorri e se inclina para beijar minha têmpora.— Olhos na estrada playboy, você não quer que o passado se repita.Depois do almoço, após visitar os Jardins Japoneses e encher mais um cartão
Meu robe sai do meu corpo quando que eu nem percebo, quando nos deitamos sobre as almofadas. O calor do fogo perto de nós faz as minhas terminações nervosas vibrarem em êxtase. Mil e uma sensações de prazer, em níveis e formas diferentes, me deixam totalmente rendida e entregue ao nosso momento. Será a primeira vez que faremos sexo com penetração de verdade desde que o Nick assumiu a fisioterapia direcionada a isso. Durante as últimas duas semanas apenas tiramos sarro, ou eu o chupei, ou ele se masturbou pra mim. Sexo mesmo. Sexo, nu e cru não fizemos ainda. Teremos agora a chance de saber se o tratamento dele e os aparelhinhos que ele tem usado em mim estão fazendo efeito.— Se não quiser, não precisamos fazer isso hoje Ellen. — ele diz em abnegação, com a boca colada na minha, mas seu membro duro colado aos meus quadris me diz que a última coisa que ele quer é ser abnegado agora — Podemos fazer o que estamos fazendo esses últimos dias.— Não, amor. — digo perdendo o fôlego enquanto s
Sim, eu me sinto molhada. Com certeza não é como antes, mas ainda assim é um grande avanço, um magnífico avanço. Se eu estou molhada, a probabilidade de ter um sexo de verdade hoje é enorme, principalmente levando em conta o que o pai dele disse sobre ele precisar de sexo de verdade.— No que essa sua cabecinha linda está pensando? — ele tira meus pensamentos desse lugar sombrio ao qual se destinava — Você ficou tensa de repente. Não fique ou acabará com a nossa brincadeira, e hoje eu estou a fim de me esbanjar no playground.— Não é nada demais. — minto.— Você daria uma péssima jogadora de pôquer, Ellen. — sinto parte do seu peso sobre mim, um beijo molhado é depositado na minha boca e sua voz rouca é ouvida — Não pense em nada. Se entregue a mim essa noite. Esqueça tudo, Ellen. Seja minha, amor.Ofego.— Sim, Nick.— Ótimo, então me deixe terminar meu trabalho.Oh e ele volta mesmo. Circulando a minha vagina com a língua e os dedos, ele vai me abrindo por inteira. Provoca-me um pou
Acordamos ao lado da lareira, com as chamas flamejando e irradiando calor para mais uma manhã gelada, e os lençóis amontoados aos nossos pés após horas fazendo amor.Ele está deitado com um braço sob a nuca, exibindo de forma tentadora a contração dos músculos do seu peitoral. Eu deitada sobre ele, com nossas pernas entrelaçadas e um dos braços jogado sobre sua barriga esguia e durinha. Minha cabeça repousa sobre seu coração em minha forma favorita de dormir. Ouvindo seus batimentos sincronizados.Abro os olhos com relutância, sentindo o corpo exausto e os músculos certos totalmente doloridos. Quantas vezes ele me levou ao orgasmo ontem à noite? Perdi as contas após gozar pela terceira vez. Minha mente estava em algum lugar onde a matemática e a razão não existiam. Só sei que essa foi uma das três melhores noites da minha vida, juntamente com a noite em que ele disse que me amava e a noite em que nos conhecemos.Uma longa respiração deixa sua boca e ele se movimenta um pouco, mas eu s
— Achei que vocês três tivessem juntos a maioria das ações. — jogo uma almofada e faço um gesto com a cabeça para que ele cubra seu pênis meio ereto e de dar água na boca. Ele está me distraindo.— E temos. — ele cobre-se, puxando a boca em um sorrisinho sacana de lado — Juntos temos 51%, mas se todos os outros acionistas se unirem e tiverem o apoio unânime da diretoria, eles têm poder de veto em uma eleição e a chance de escolherem por conta própria um presidente.— Uau. Suponho que não seja isso o que vocês querem.— Desde que o meu bisavô fundou a empresa, ela nunca esteve nas mãos de alguém que não fosse um Hoffman. A imagem da empresa está danificada e agora só existe um Hoffman capaz de mudar isso.— Suponho que o seu pai disse que esse seja você? — ele confirma com um aceno de cabeça — Por que não o Oliver? Você mesmo disse que ele é o maior de vocês.— Meu avô deixou o controle da empresa exclusivamente para o meu pai há muito tempo, porém para o mundo empresarial ele nunca sa
— Então o casamento dos seus pais foi algo arranjado?— Mais ou menos. Eles se conheceram através de amigos em comum. Minha mãe era uma bela mulher de uma boa família política e o meu pai era o charmoso e galante herdeiro de uma mineradora de renome. A situação foi perfeita para os dois.Posso imaginar como deve ter sido. A senhora Hoffman realmente é uma mulher belíssima e o charme do senhor Hoffman pode ser notado a quilômetros de distância. Mas a informação de que a família dele por parte de mãe é uma família política me pega de surpresa. Ele nunca mencionou isso.— Eu nasci pouco tempo depois que eles se casaram — ele continua — e apesar deles nunca terem sido exemplos de pais, eu sempre achei que era porque eu tinha nascido muito cedo ou porque eles estavam muito focados em suas carreiras. Nunca me passou pela cabeça que talvez fosse porque eles não se amavam.Nesse momento ele volta a abaixar a cabeça e vejo um pouco de tristeza em seu semblante. Talvez o magoe o fato dos pais d