— Nick... — me preparo para falar alguma coisa, talvez que possamos deixar pra lá mesmo que não seja o que eu quero, mas ele me interrompe com uma provocação mais do que deliciosa da sua língua no meu pescoço.— Me desculpa, amor. Desculpa por não ter sido mais atencioso. — ele diz, se esfregando em mim de forma lenta e rítmica.— Você fez o que pôde. — estou completamente sem ar.— Eu poderia ter feito mais.— Está fazendo agora.E está mesmo. Sinto um calor na minha barriga e realmente consigo sentir o meu desejo. Faz quase um mês que eu sofri o acidente, alguns nervos estão voltando ao seu estado natural. Todos os dias eu tenho torcido para que minhas sinapses sexuais voltem o mais depressa possível. E acho que estão.— Deus, eu quero tanto você. — Nick fala, antes de fechar a boca de novo nos meus mamilos — Não faz ideia do quanto.— Eu sou sua, Nick. Mas palavras não querem dizer nada, então faça-me sua.Escuto ele grunhir em meu pescoço. Nossas respirações entrecortadas e totalm
Puta que pariu. Era mesmo uma oportunidade e tanto. Participar de competições nacionais e internacionais com o Tyler? Não poder fazer isso realmente me deixa pra baixo agora.— Tá vendo? Agora você está aí toda triste e pensando em uma oportunidade que perdeu. Só por isso eu deveria quebrar o nariz daquele seu amigo.A menção dele de praticar violência me traz de volta para a realidade. Eu entendo o porquê dele ter escondido isso de mim, ele queria me proteger de me sentir exatamente como me sinto agora, mas ele não pode me proteger da vida. Como vou superar as coisas que me machucam se não lido com as coisas que me machucam?— Não precisa bater nele. Eu estou bem. — minto.— Acha que eu não te conheço? Você não está bem. Se você estivesse bem, estaria me dando aquele sorriso lindo que você tem e não fazendo essa carinha.Ele me conhece tão bem. Acho que ele não é o único que não sabe esconder os sentimentos.— Eu vou ficar bem. — deito-me de volta, minhas costas em seu peito e perman
— E você também? — pergunto incrédula.— O que eu posso dizer? Alguns homens têm certos fetiches.— E esse era o seu? Tipo transar com lésbicas?— Não era o único, mas sim, era um deles.Nisso eu consigo acreditar muito bem. O Nick é uma criatura puramente sexual e antes de me conhecer, fez algumas coisas que eu nem sequer ouso perguntar. Sexo a três? O que mais ela já não fez?— Você faria de novo? — me vejo perguntando. Ele junta as sobrancelhas.— Por que está perguntando isso? Eu já não mostrei que a única mulher que eu quero é você? — ele tira uma mecha de cabelo do meu rosto.— Sei lá. Fetiches não desaparecem de uma hora para a outra.— Meu único fetiche é você. Achei que já tinha deixado claro uma vez, quando disse que todas as outras mulheres morreram pra mim quando te conheci. — ele me beija nos lábios.Deus, como posso não me apaixonar cada vez mais quando ele fala uma coisa como essa?— Então não deseja nada em relação ao sexo, algo que você imagina?Ele alisa meu rosto co
Nicholas dispensa Maggy com um sorriso meio forçado e vai até uma espécie de bar, perto de uma das janelas limpíssimas que vão do chão ao teto. Ele enche um copo com um líquido âmbar e bebe quase todo de uma vez. Depois enche outro e volta para onde eu estou. Está nervoso. Poucas vezes ele bebe sem motivo. Ele só faz isso quando sua mente está nublada. Seu rosto sério também o denuncia. É quase como se eu pudesse ver as engrenagens girando na sua cabeça, tentando entender o que passa com seu avô.— Nick. — coloco uma mão na sua coxa e aperto em sinal de conforto.— É que meu pai não costuma ser tão atencioso, sabe. O fato de ele ter ido ao encontro do meu avô quer dizer que deve ter alguma coisa errada. Só espero que não seja o que eu estou imaginando.— O que você está imaginando? — eu peço curiosa.— Olha só quem já está aqui.Nicholas e eu viramos o rosto na direção da voz que diz isso. É um homem também de meia idade, mas com um porte e uma aparência muito agradáveis. Realmente mu
Qual o problema dos pais do Nick? São sádicos ou algo assim? Como podem trazer para a própria casa, uma mulher que fez com o filho deles o que a Ada fez? Deus, como eu a odeio. Ela está no outro sofá com o Sr. e Sra. Hofmman e o homem que chegou com ela, conversando de uma forma tão casual e íntima que me deixa nauseada. Eles riem. Conversam e tornam a rir. Um olhar para o rosto do meu Nick e vejo a perturbação e o sentimento de traição que passa por dentro de si com seus pais. A expressão do Oliver também não fica atrás. Lembro-me de uma vez ele ter me dito que praticamente só espera o pior do seu filho Julian e da nora em relação ao seu neto.Meu celular vibra no meu colo e após pedir licença, saio em direção à área externa do apartamento, o lugar onde tem uma enorme piscina, maior até mesmo do que a da casa do Nick.A chamada cai antes que eu possa atendê-la, mas vejo no identificador o rosto com careta da pessoa que me ligou e retorno. Dois toques e ele atende.— Feliz Natal, Trag
— Não sei o que está querendo insinuar, mas você só pode estar ficando louca se acha que pode comparar a relação que você teve com o Nick no passado e a que eu tenho com ele agora.— Calma garota. Só quero conversar um pouco com você. Não precisa ficar irritadinha. Acho que no fundo não somos tão diferentes assim.— Não acho que queira ir por esse caminho Ada. Você não quer se comparar a mim.Ela se cala um instante e depois de um breve levantar de boca, resolve continuar a falar.— Sabe, eu acho que devo te agradecer por ter ligado pra mim naquele dia. Apesar de ter ajudado vocês dois a ficar juntos, eu consegui uma coisa que queria há quase seis anos. O perdão do Nick e a oportunidade de contar a minha versão da história.— Não fiz por você. — digo entre os dentes.— Eu sei, mas mesmo assim, obrigada.É ridículo o sentimento de ter ajudado essa mulher a conseguir algo do Nick, mesmo que tenha sido algo de que ele precisava. Acho que no fundo eu queria que ele tivesse superado tudo s
Nick lhe lança um olhar sombrio e torce a boca pra ele. Não sei por que tenho a impressão de que há algo nessa conversa que eu perdi.— Não sou eu quem cuida dessa parte.— Mas você deve ter participação ativa, ou não? — Harold joga.Nick não responde. Limita-se a continuar comendo. Oliver também não fala nada. O clima ameno se fecha de vez. Agora mesmo eu tenho certeza de que estou perdendo algum ponto desse papo.— Por que não deixamos os negócios para depois do jantar, rapazes? — Ada sugere.— Eu concordo. — Chloe sorri para ela e muda de assunto — Diga-me Ellen, como estão os aspectos do seu tratamento?Tomo um bom gole do vinho branco servido no jantar, antes de responder.— Meu prognóstico é melhor do que o esperado. Meu médico e o Nick estão muito animados. — sorrio para ele e vejo os olhos do Oliver se encherem de orgulho.— Fico feliz. — ela diz com olhos falsamente amorosos.— Como sua família reagiu à sua situação? — Ada pede, bebericando.Oh, então estamos sendo falsos? OK
Como ele pode? Como pode rir assim com ela? Deus, eu não vou chorar. Eu não vou chorar. Eu não vou chorar.Empurro minhas lágrimas para trás dos meus olhos e forço minhas mãos a guiarem a cadeira para algum lugar onde eu possa me sentir melhor, missão impossível, dado o lugar onde eu estou.Meu celular toca enquanto atravesso a sala. É o Benny. Atendo. Conversamos um pouco sobre como está sendo a minha primeira vez na casa dos meus sogros e, apesar de eu mentir bem sobre a recepção deles, é claro que o meu padrasto percebe algo diferente na minha voz e promete vir pessoalmente dar um chute na bunda ricas deles se não se comportarem. Desligo e respiro várias vezes de forma bem lenta para manter minhas tendências mais emotivas dentro de mim. Quando me viro, Oliver está atrás de mim com uma nécessaire na mão.— Você mente bem. — me assusto com sua voz repentina. Depois sorrio de forma forçada, sabendo que ele deve estar desapontado comigo pelas coisas que eu disse na mesa.— Não precisa