Já em casa, faço o possível para tomar banho sem precisar da enfermeira, mas logo desisto da ideia ao ver que não posso apressar nada. Solto um grunhido frustrado quando me vejo obrigada a chamá-la.OK, admito que me sinto envergonhada por precisar de ajuda para algo tão simples. Eu agora realmente gostaria de ter tomado outro caminho na volta para casa no dia do acidente. Talvez eu estivesse numa boa e não passando pelos problemas que estou e os que ainda virão.Perto das cinco e meia da tarde, estou assistindo a um filme na sala quando ouço uma batida na porta. Agnes ergue os olhos do seu livro e eu peço que ela atenda.Mantenho minha atenção no Espetacular Homem-Aranha enquanto ela se levanta para atender a porta.Escuto vozes femininas e apenas uma eu reconheço. A da Agnes. A outra é totalmente estranha para mim.Sem poder ir correndo até a porta para saber o que está acontecendo, não tenho escolha a não ser continuar esparramada no sofá e esperar que a Agnes volte e me diga o que
Acho que não há motivo para não ser educada e usar de boa vontade com a mãe do homem da minha vida. Ela parece um pouco triste, na verdade.— Talvez você e eu possamos sair um pouco. — ele sugere — Quem sabe para uma tarde de compras ou para tomar um café um dia desses.Agora isso, já é outra coisa. Eu não poderia fazer isso.— Me desculpe, senhora Hoffman, mas eu acho que quanto a isso, não será possível. Se o Nick não está pronto para aceitá-la em sua vida, eu acho que também não posso estar.Como poderia? Não seria como se estivesse traindo o Nicholas?Ela sorri e concorda.— Tem razão. Não acho que posso me dar ao luxo de conviver com a namorada do meu filho sem o consentimento dele.A mulher se levanta e começa a se preparar para ir embora.— Eu sinto muita falta dele, Ellen. Eu gostaria muito de vê-lo. — ela parece enxugar uma pequena lágrima com o polegar — Mas fico feliz em saber que o meu filho tem alguém que é tão leal a ele.Fico olhando para ela e ela de volta para mim. Po
Ele baixa os olhos e eu abro as mãos. É o meu colar. O meu colar de Pégaso que ele me deu no dia do torneio. Ah, como eu senti falta dele. Instintivamente eu levo as mãos ao pescoço onde sinto sua ausência. Todos os dias da semana passada eu repetia esse gesto procurando pela peça que não estava lá.— Obrigada. — É tudo que eu consigo dizer sem deixar algumas lágrimas caírem dos meus olhos.Eu amo esse colar. É um símbolo do amor dele por mim e eu realmente fiquei péssima quando achei que tinha perdido enquanto o carro capotava.— Desculpe não ter te devolvido antes, é que eu não sabia se você iria querer de volta.— Está brincando? Eu amo esse objeto. — beijo o pingente — Eu nunca mais vou tirá-lo do meu corpo.Ele sorri e meu coração se aperta, porque é um sorriso amarelo. Ele ainda está abalado pelo que aconteceu. Não posso nem mesmo imaginar como seria receber a notícia de que aconteceu algo com ele. Deve ter sido um golpe bastante duro pra alguém que já sofreu tanto.— Você coloc
Olho nervosamente para a Agnes, que nem está me olhando, mas tenho certeza que ouviu tudo. Acho que nessa hora eu coro até a raiz do cabelo. Não sei nem por onde começar a imaginar o quanto o que ele disse seria estranho se ele soubesse o que mais eu não posso fazer com o Nicholas.— Você está bem? — ele pergunta sorrindo — Você ficou vermelha.— Estou bem sim. — ele estreita os olhos sem acreditar — É só que passou uma coisa pela minha cabeça, que é melhor você não saber.— Tudo bem então. Mantenha seus segredos, Muller.— Farei isso, Trager.Senti tanto a sua falta Tyler. Mesmo estando ao seu lado, é como se não fôssemos mais parceiros. Eu não posso montá-lo. O Dr. Wood, o Dr. Byron e o Nicholas, disseram que é perigoso subir nele sem alguém preparado ao meu lado. Não posso nem ao menos tocá-lo. Sentada em uma cadeira, não é seguro estar perto dele agora. Ainda assim, me esforço para sentir sua crina.— Vem aqui, garoto. — o chamo através da grade de proteção do seu curral particula
Ele metralha as palavras na minha direção, não parando nem mesmo para respirar, mas sua última sentença me põe alerta. Sinto uma certa indireta na sua frase.— Como assim “antes do Nicholas”? O que está insinuando?— Nada. — ele emenda rapidamente.— Ash... — o repreendo.— É que o meu bocão me colocou em maus lençóis agora. Eu não deveria ter falado nada. O Terry e o Nicholas me disseram pra não contar.O quê? Como assim não contar algo que está diretamente relacionado com o meu futuro no hipismo? O Nicholas só pode estar de brincadeira.— Mas por quê? — pergunto perdendo a paciência.Em um intervalo de dois dias, já descobri duas coisas que o Nick omitiu de mim. Qual é a dele?— Ele disse que você tinha outras coisas com o que se preocupar.E por acaso é ele quem decide com o que eu tenho ou não que me preocupar?Mas que droga! Eu não queria ter que chutar a bunda dele agora que estamos em um momento tão agradável depois da sessão de cócegas, do jantar e dos beijos maravilhosos de
Acordo sozinha na cama. Viro-me para o lado do Nick e abraço seu travesseiro. Seu cheiro está impregnado nos lençóis e é incrível. Maravilhoso mesmo. Deito-me de costas mais uma vez e começo a pensar nos dias que virão pela frente. Nova Iorque. Daqui a duas semanas estaremos lá. Não sei nem por onde começar a descrever como me sinto em relação a isso. Sem dúvida será difícil ir à cidade que machucou tanto o homem que eu amo e que eu sei, com clara convicção, que não tem nada a oferecer a ele.A visita da mãe do Nicholas a nós, na semana passada, o deixou bem mais estressado do que ele está ultimamente. Eu sei que ela falou alguma coisa a mais do que apenas nos convidar para Nova Iorque. O Nick nunca foi bom em esconder seus pensamentos e emoções de mim. Eu sei que algo ruim está o atormentando e tudo o que eu quero é que ele se abra comigo. Sem mencionar a ligação do Oliver ontem. Pelo que eu entendi, o Oliver sabe dos sentimentos do Nick em relação aos pais, mas quer que ele vá passa
Ele olha para mim, me acusando de saber o porquê. Droga! Ele é muito moralista. Todo esse papo de que não transaria comigo se não pudesse me dar o mesmo prazer que irá ter de mim é frustrante. Na verdade, na última semana eu peguei-me pensando que talvez fosse bom conhecer o Nick que as outras mulheres conheceram, só para que ele não tivesse a mesma consideração, pra variar.— Você é meu. — reivindico-o, séria.— É claro que sou seu. — ele franze a testa.— Então prove. — o desafio — Faça amor comigo.— Ellen, não. — sua voz sai rasgada.— Então o que vai fazer para domar essa ereção enorme? Vai fazer de novo, o que tem feito esse tempo todo? Se trancar no banheiro e bater uma?Ele desvia o olhar com uma expressão torturada, porém pronto pra partir para o ataque.— Eu não vou deixar essa passar, Nick. Será se você não percebe o quanto me magoa?Ele me olha em choque. O que ele pensava? Que eu não sabia ou que não me magoaria saber disso?— Você prefere se dar prazer sozinho a ter um m
— Nick... — me preparo para falar alguma coisa, talvez que possamos deixar pra lá mesmo que não seja o que eu quero, mas ele me interrompe com uma provocação mais do que deliciosa da sua língua no meu pescoço.— Me desculpa, amor. Desculpa por não ter sido mais atencioso. — ele diz, se esfregando em mim de forma lenta e rítmica.— Você fez o que pôde. — estou completamente sem ar.— Eu poderia ter feito mais.— Está fazendo agora.E está mesmo. Sinto um calor na minha barriga e realmente consigo sentir o meu desejo. Faz quase um mês que eu sofri o acidente, alguns nervos estão voltando ao seu estado natural. Todos os dias eu tenho torcido para que minhas sinapses sexuais voltem o mais depressa possível. E acho que estão.— Deus, eu quero tanto você. — Nick fala, antes de fechar a boca de novo nos meus mamilos — Não faz ideia do quanto.— Eu sou sua, Nick. Mas palavras não querem dizer nada, então faça-me sua.Escuto ele grunhir em meu pescoço. Nossas respirações entrecortadas e totalm