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Capítulo 4: Procurando respostas

Rebecca

Acordei e olhei no relógio, já se passavam das 15:00 horas. Havia chegado em casa, tomado banho e quando deitei, apaguei imediatamente, estava exausta demais. Lembranças da noite passada vieram à minha mente, como eu gostaria que isso tudo fosse apenas um sonho. Precisava conversar com meus pais, mas nem sabia por onde começar, o que dizer e qual seria a reação deles.

Meu pai John sempre foi muito carinhoso e protetor, conseguia conversar com ele sobre tudo sempre, mas dessa vez o assunto era mais sério. Eu, pela lógica, não sou filha biológica deles . Minha mãe Suyane é um pouco mais firme, mas sempre esteve ao meu lado.

Desci as escadas, os dois estavam na sala de estar, meu pai deitado no sofá e minha mãe sentada, ambos assistindo televisão. Me aproximei.

- Boa tarde!

- Boa tarde, filha. Chegou tarde ontem, e quase não te vi na festa. Você saiu para algum lugar?

Perguntou meu pai.

- Pai, então, é sobre isso que quero falar com você! Podemos ir até seu escritório?

Ele ficou sério e se levantou indo em direção ao escritório e eu o segui. Ele entrou e eu entrei e fechei a porta atrás de mim, me sentando na cadeira de frente pra ele.

- O que aconteceu, minha filha?

Ele perguntou, vendo que eu estava nervosa. Era como se eu tivesse feito algo errado.

- Pai, ontem a noite eu me transformei!

Declarei, vi seu rosto mudar de preocupado á surpreso.

- Como assim? Seu aniversário é daqui a dois meses. Isso não faz sentido!

- Pai, por favor! Me diga que você tem uma resposta para isso!

Me levantei e comecei a andar de um lado para o outro na sala, as lágrimas chegando nos meus olhos. Meu pai se levantou e veio na minha direção me abraçar.

- Calma, filha! Isso não é tão ruim! Podemos marcar um médico, para que ele te examine e veja se você não tem algum problema hormonal.

- Não é apenas isso, pai! Não posso ir ao médico! Ninguém pode saber!

Disse aos prantos, enquanto ele me olhava sem entender.

- O que mais aconteceu, filha? O que é tão sério que ninguém pode saber?

- Minha loba não é como os lobos da nossa alcatéia, ela é de outra cor!

Meu pai entontou e precisou sentar, me olhando incrédulo.

Imaginei que eles teriam a resposta, afinal eram meus pais, tinha álbum de fotos com eles desde bebê. Era inexplicável que meu pai não soubesse de onde eu vim. Será que minha mãe tinha alguma coisa haver. Parece que meu pai pensou o mesmo que eu, pois levantou e foi chamar a minha mãe para o escritório. Enquanto eu, continuava a chorar, agora sentada novamente na cadeira.

Minha mãe entrou e ficou preocupada por me ver chorando mas meu pai pediu ela apenas sentasse. Ele estava muito sério, e eu imaginava o que ele estava pensando. Que ela o havia enganado.

Então ele explicou para ela o que estava acontecendo e perguntou se ela sabia o porquê. Ela ficou atônita, e me olhou boquiaberta. Logo ela entendeu o porquê foi chamada, ficou triste e havia irritação em sua voz.

- Eu não sei o que você está pensando, John! Mas estou tão surpresa quanto vocês. Eu realmente não sei porque criamos uma criança que não é nossa filha. Eu dei a luz no hospital Saint Louis, você foi comigo!

Ele pareceu pensar, por um momento, depois disse:

- Você tem razão, não há porque duvidar de você! Me desculpe. Mas estamos com sérios problemas, o alfa não pode saber o que está acontecendo de jeito nenhum. Vamos nos acalmar e vou pensar em um jeito de ir até o Hospital para conseguir alguma informação do que pode ter acontecido.

Voltei para meu quarto sem resposta nenhuma e com ainda mais dúvidas. Poderia ter sido trocada na maternidade? Era uma possibilidade, mas eu tinha dois meses a mais do que a filha biológica de meus pais, eles não teriam percebido? E onde estavam meus pais verdadeiros?

Sabia que este hospital Saint Louis, ficava fora da nossa alcatéia, em uma área de humanos mas que atendiam alguns lobos eventualmente. É um hospital mais equipado para casos mais complexos, então quando algum lobo precisa de recursos que nosso hospital não possui, o alfa libera a saída para que vá ao hospital da capital humana.

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