Fui atrás daquele cheiro maravilhoso, a fome fazendo minha barriga roncar, comecei a sentir cheiro de pães frescos. Tanto tempo que eu não como isso, preciso de carboidratos. Viver apenas de caça não estava sendo bom. Continuei farejando até encontrar uma cabana no meio da mata. Fiquei observando de longe, quem será que está morando aqui tão isolado? Havia um varal, uma pequena horta. A porta e janelas estavam abertas. Fiquei esperando, até que vi sair um rapaz usando somente uma bermuda, ele é alto, corpo atlético, cabelos e olhos pretos, rosto bem masculino, lindo! Farejei, é um lobo. E ele só ainda não percebeu a minha presença por conta da poção. Fiquei espreitando ele por longas horas, parece que mora sozinho. Foi então que na manhã seguinte ele saiu e eu o segui de longe, vi ele começar a pescar. Então voltei para cabana, voltei à forma humana, a dias estava somente na forma de lobo para sobreviver, mas sentia falta de mim mesma. Peguei uma camiseta dele no varal e vesti, ficou
Marlon Saí de minha alcatéia e passei a morar numa cabana no meio da floresta. Cedo, saí para pescar como fazia todas as manhãs, quando voltei senti um cheiro diferente vindo da minha casa, era um aroma doce, gostoso. Quando cheguei na porta, dei de cara com uma garota, muito linda, morena de olhos verdes, ela está usando uma das minhas camisetas e não posso negar, ela é extremamente sexy. Meu lobo rolava de excitação em minha mente. Ela disse seu nome e pediu desculpas. Não senti cheiro de loba nela, então apenas pedi para que saísse de minha casa. Afinal ela é uma intrusa. Ela saiu e fiquei observando para qual direção ela iria porque obviamente eu a seguiria para saber de onde ela é. Mas, ela caiu e corri para ajudá-la. Estava desmaiada e com um ferimento na testa, então a trouxe de volta para cabana e a coloquei em minha cama. Fiquei observando por alguns minutos, então ela acordou. Perguntei de onde ela era e para onde estava indo, e ela se ofendeu. Fiquei indignado com ess
Acordei com o cheiro de peixe assado com legumes, e meu estômago roncou. Olhei ao redor e ele tinha acendido uma vela no quarto, sentei na cama, sentindo meus olhos arderem, eles ainda estão inchados por ter chorado até pegar no sono. Estava tentando ser durona e até me impor mesmo estando na casa de outra pessoa, que eu nem conhecia e que até podia me fazer mal. Mas eu simplesmente não me importava mais com nada, estava sem rumo e sem ninguém e quando ele perguntou o que eu era, foi a gota d'água que faltava para todo o sentimento de tristeza e desespero virem à tona. Eu não posso responder uma simples pergunta, porque eu não sei quem ou o que eu sou. Levantei fui ao banheiro e lavei o rosto, então segui o cheiro da comida. Ele estava sentado à mesa jantando. - Me desculpe - pedi, ele ignorou e seguiu comendo. Minha barriga roncou novamente, então ele me olhou e disse. - Pode se sentar, coma. Me sentei na sua frente e comecei a comer rapidamente, quando senti que ele me ol
Marlon Depois do jantar e deitei e tentei dormir, mas não consegui parar de pensar nela, a curiosidade estava me atormentando. Levei horas até pegar no sono. A luz dos primeiros raios do sol me levantei para pescar, quando cheguei na sala um enorme lobo de pelos negros com manchas brancas dormia tranquilo. Confesso que meu coração quase parou, ela é realmente linda! O que está acontecendo comigo? Enquanto pescava, Rebecca me contatou pela ligação mental. - Tem alguém aqui, venha rápido! Quando vou parar de me surpreender com essa loba? Lobos só tem ligação mental com a sua própria alcatéia, como ela consegue? Voltei correndo e encontrei meu primo Thales com a cabeça entre os dentes afiados de Rebecca. Quando me viu chegar ela o soltou e foi para cozinha. Meu primo sentou no chão e começou a se curar. - O que é isso? - Perguntou ele recuperando o fôlego. Se referindo a Rebecca. - Isso não importa, quero saber o que veio fazer aqui? - Vim tentar convencê-lo a voltar, o
Rebecca Quase não nos falamos nesses três dias que se passaram, ele ficou quieto a maior parte do tempo e não sei em que ele está pensando. Quando a porta se abriu, uma velha senhora um pouco corcunda, nos recebeu com um sorriso. - Oi, Maria! - Disse Marlon, e o vi sorrir pela primeira vez, seu sorriso é tão perfeito e se formam duas covinhas, uma de cada lado do rosto. - Oi Marlon, meu filho, quanto tempo? Entrem, vocês devem estar cansados. -Disse ela e olhou para mim. - Essa é Rebecca. - Ele me apresentou. Eu a cumprimentei e entrei junto com Marlon. Ela nos mostrou um quarto com uma cama de casal. - Vocês podem ficar aqui, sintam-se em casa, vou preparar algo pra vocês, devem estar famintos. - Obrigada, Maria. - Falei Maria saiu nos deixando a sós no quarto, eu fechei a porta. Marlon havia se deitado na cama de barriga para cima com os braços embaixo da cabeça, e estava com os olhos fechados. O observei por alguns segundos, então perguntei: - Confia mesm
Marlon Acordei no meio da noite sentindo uma angústia no peito, Dom estava se sentindo mais solitário a cada dia, ele está triste por ainda não termos uma companheira. Saí pra rua e deixei Dom correr um pouco, olhei para lua e senti aquela enorme vontade de chamar por ela, onde estará nossa companheira? Será que vai nos ouvir ou reconhecer o meu chamado? Uivei alto para o céu, foi quando senti a presença de Rebecca, me virei e ela parecia sentir dor. Me transformei e me vesti e fui de encontro a ela. Ela me perguntou porque eu estava uivando e fiquei sem entender. Ela ficou me olhando com aqueles olhos azuis de lobo, e de repente veio em minha direção, me puxando para um beijo, e que beijo! Sua mão na minha nuca, sua boca quente, seus lábios macios, me fizeram esquentar. E esse cheiro doce, maravilhoso que ela tem? Senti Dom gritar em minha cabeça: - Companheira! Ela parece ter percebido a mesma coisa pois me soltou e me olhou chocada. - Como você desconfiou? - Perguntei
Rebecca Quando descobri que Marlon era meu companheiro, Beck ficou tão empolgada, que mesmo com o choque me senti feliz, como não ficava a muito tempo. Naquela hora parecia que o mundo tinha parado e só existia nós dois. Cada toque dele no meu corpo só me fazia desejar ele cada vez mais, eu só pensava em me tornar dele. E foi exatamente nesse momento de distração que fomos surpreendidos pelos lobos da Guerreiros da noite. Acordei sendo sacudida e batendo a cabeça, estava dentro de um lugar fechado e escuro, pelo movimento é o porta malas do carro. Meus pés e minhas mãos estão presos e pela dor com algemas de prata, minha boca está coberta com fita. Tento me segurar no lugar para não bater a cabeça toda vez que o carro freia. Pelo visto estamos em alta velocidade. Tentei me transformar mas sem sucesso, a dor das algemas queimava minha pele. Horas depois o carro parou, fiquei tensa esperando até que o porta-malas foi aberto. Dois lobos altos e fortes me tiraram do porta malas e me
Marlon Corri durante dias até chegar nos portões da alcatéia Guerreiros da noite, durante esses dias não consegui me conectar com Rebecca e torcia para que ela ainda estivesse viva. Meu pai alfa Colin comandava a alcatéia com brutalidade, e todos o obedeciam por medo, não por respeito e eu odiava isso. Ele sabe que sou seu filho e simplesmente ignora. Seduziu minha mãe com promessas de que ela seria a companheira escolhida dele e depois se casou com outra, minha mãe já estava grávida e sofreu muito para me criar sozinha, sendo humilhada por todos na alcatéia, viveu na pobreza até fugir passando algum tempo em meio as humanos, mas nunca teve sorte, acabou tirando a própria vida. Me lembro do dia em que cheguei da escola, e a encontrei ensanguentada na banheira, desesperado tentei tudo que podia para fazê-la voltar, mas era tarde demais. Depois disso, sem saber o que fazer, voltei para Guerreiros da noite, tinha treze anos e estava sozinho no mundo. Meu pai me deixou ficar, ele m