Rebecca Quase não nos falamos nesses três dias que se passaram, ele ficou quieto a maior parte do tempo e não sei em que ele está pensando. Quando a porta se abriu, uma velha senhora um pouco corcunda, nos recebeu com um sorriso. - Oi, Maria! - Disse Marlon, e o vi sorrir pela primeira vez, seu sorriso é tão perfeito e se formam duas covinhas, uma de cada lado do rosto. - Oi Marlon, meu filho, quanto tempo? Entrem, vocês devem estar cansados. -Disse ela e olhou para mim. - Essa é Rebecca. - Ele me apresentou. Eu a cumprimentei e entrei junto com Marlon. Ela nos mostrou um quarto com uma cama de casal. - Vocês podem ficar aqui, sintam-se em casa, vou preparar algo pra vocês, devem estar famintos. - Obrigada, Maria. - Falei Maria saiu nos deixando a sós no quarto, eu fechei a porta. Marlon havia se deitado na cama de barriga para cima com os braços embaixo da cabeça, e estava com os olhos fechados. O observei por alguns segundos, então perguntei: - Confia mesm
Marlon Acordei no meio da noite sentindo uma angústia no peito, Dom estava se sentindo mais solitário a cada dia, ele está triste por ainda não termos uma companheira. Saí pra rua e deixei Dom correr um pouco, olhei para lua e senti aquela enorme vontade de chamar por ela, onde estará nossa companheira? Será que vai nos ouvir ou reconhecer o meu chamado? Uivei alto para o céu, foi quando senti a presença de Rebecca, me virei e ela parecia sentir dor. Me transformei e me vesti e fui de encontro a ela. Ela me perguntou porque eu estava uivando e fiquei sem entender. Ela ficou me olhando com aqueles olhos azuis de lobo, e de repente veio em minha direção, me puxando para um beijo, e que beijo! Sua mão na minha nuca, sua boca quente, seus lábios macios, me fizeram esquentar. E esse cheiro doce, maravilhoso que ela tem? Senti Dom gritar em minha cabeça: - Companheira! Ela parece ter percebido a mesma coisa pois me soltou e me olhou chocada. - Como você desconfiou? - Perguntei
Rebecca Quando descobri que Marlon era meu companheiro, Beck ficou tão empolgada, que mesmo com o choque me senti feliz, como não ficava a muito tempo. Naquela hora parecia que o mundo tinha parado e só existia nós dois. Cada toque dele no meu corpo só me fazia desejar ele cada vez mais, eu só pensava em me tornar dele. E foi exatamente nesse momento de distração que fomos surpreendidos pelos lobos da Guerreiros da noite. Acordei sendo sacudida e batendo a cabeça, estava dentro de um lugar fechado e escuro, pelo movimento é o porta malas do carro. Meus pés e minhas mãos estão presos e pela dor com algemas de prata, minha boca está coberta com fita. Tento me segurar no lugar para não bater a cabeça toda vez que o carro freia. Pelo visto estamos em alta velocidade. Tentei me transformar mas sem sucesso, a dor das algemas queimava minha pele. Horas depois o carro parou, fiquei tensa esperando até que o porta-malas foi aberto. Dois lobos altos e fortes me tiraram do porta malas e me
Marlon Corri durante dias até chegar nos portões da alcatéia Guerreiros da noite, durante esses dias não consegui me conectar com Rebecca e torcia para que ela ainda estivesse viva. Meu pai alfa Colin comandava a alcatéia com brutalidade, e todos o obedeciam por medo, não por respeito e eu odiava isso. Ele sabe que sou seu filho e simplesmente ignora. Seduziu minha mãe com promessas de que ela seria a companheira escolhida dele e depois se casou com outra, minha mãe já estava grávida e sofreu muito para me criar sozinha, sendo humilhada por todos na alcatéia, viveu na pobreza até fugir passando algum tempo em meio as humanos, mas nunca teve sorte, acabou tirando a própria vida. Me lembro do dia em que cheguei da escola, e a encontrei ensanguentada na banheira, desesperado tentei tudo que podia para fazê-la voltar, mas era tarde demais. Depois disso, sem saber o que fazer, voltei para Guerreiros da noite, tinha treze anos e estava sozinho no mundo. Meu pai me deixou ficar, ele m
Rebecca Dias se passaram e eu continuava na cela, ninguém veio me ver, apenas aquela loba de sempre trazia para mim comida e água uma vez por dia. Vestia apenas uma camiseta longa que provavelmente colocaram em mim quando me sequestraram. Já emagreci muito e me sinto fraca. Não consigo me comunicar mentalmente com ninguém. Deve ter algum tipo de magia de bloqueio por aqui. Cada dia que passa minha raiva e indignação aumentam. Isso não é justo! Ouvi o barulho de alguém se aproximando, e vi que era o alfa. - Oi, lobinha! - Disse ele debochado. Me olhando com sorriso maligno, senti vontade de arrancar esse sorriso da boca dele. - Vou direto ao assunto. A proposta é a seguinte: Você pode ter uma vida confortável aqui na casa Lunar trabalhando como nossa feiticeira. Isso nos trará inúmeros benefícios! - Disse ele gesticulando com as mãos. - Com a sua magia e poder de cura, seremos invencíveis! Ou você pode não concordar e fazer as mesmas coisas, só que vivendo o resto da vida a
Colin Depois de visitar aquela lobinha irritante na masmorra, fui para o meu escritório no terceiro andar, tinha muitas coisas a resolver. Será que aquela lobinha de aparência tão fraca não tem mesmo poderes? Sei que ela é filha de Deborah. Quando soube que Deborah tinha sobrevivido ao atropelamento e tinha tido o bebê no hospital Saint Louis, mandei meus guerreiros para captura dela, mas quando chegaram ao hospital ela já tinha desaparecido deixando o bebê para trás, que estava na UTI. Pedi para que meus lobos apenas observassem de longe o que aconteceria com o bebê, e soube que foi entregue para o Beta da alcatéia Lua Crescente. Sabia que o bebê, só desenvolveria seus poderes após a primeira transformação, então apenas esperei durante todos esses anos. Quando ela completou dezoito anos, decidi que era hora de tê-la ao nosso lado, como quis fazer de sua mãe Deborah, feiticeira. Mas ela ficou revoltada depois que matei seu marido e fugiu. Deborah era uma loba especial, de uma alcaté
Rebecca Assim que vi Marlon meu coração acelerou e me senti um pouco mais tranquila. Todos aqueles dias na cela só serviram para fazer todos aqueles sentimentos ruins que sempre lutei para não sentir, virem à tona. A tristeza, raiva, angústia e ansiedade. Observei um dos guardas falar com Marlon e ambos entraram na casa. Então me sentei em um cantinho escondido que ficava atrás de alguns vasos de flores e entrei em contato pela ligação mental com Marlon. - Oi, você veio! Tem algum plano? - Perguntei ansiosa por sua resposta. - Oi amor, você está bem? Eu vou falar com meu pai agora, falo com você quando terminar. - Ele falou, e meu coração acelerou quando ele me chamou de amor. - Vou aguardar então. - Respondi desligando. Meia hora depois, Marlon me contatou. - Rebecca, onde você está? - Estou no terraço. - Estou no terceiro quarto do lado esquerdo no segundo andar, pode vir até mim? Não tem ninguém no corredor agora, vou te esperar na porta. Enquanto ele falava já
Marlon Acordei sentindo uma dor no pescoço, coloquei a mão sentindo a marca dos dentes de Rebecca, doía, mas ao mesmo tempo era prazeroso. Dom está em êxtase na minha cabeça, agora ele tem uma companheira. Olhei para o lado e a vi dormindo confortavelmente ao meu lado, sorri, lembrando de como tínhamos nos amado e marcado algumas horas antes. Ela é tão incrível, linda, forte e corajosa. Agora estamos unidos para sempre. Me virei verificando o horário no relógio de cabeceira, já são oito horas da noite. Tomei banho, e me vesti. Meu pai mandou colocar até roupas para mim no quarto. Coloquei uma camiseta com gola polo, me olhei no espelho. Meu cabelo grande tapava a marca no meu pescoço. Não quero que ninguém veja ainda. Meu pai é tão previsível, deve estar planejando a minha morte, mas eles terão uma bela surpresa amanhã. Antes eu não tinha motivos para viver e lutar, agora eu tenho. Desci para encontrar alguma coisa para comer, chegando na cozinha encontrei a família toda re