No Brasil...
Suélem desembarcou apreensiva, como seria rever seu irmão, e Sebastien? E Voltar para a escola, ela tinha mudado tanto, estava tão mais madura, tinha aprendido a se valorizar, agora se vestia como uma garota da sua idade e não como alguém com medo do mundo, ela desfilou de cabeça erguida e alcançou o saguão principal, porém não foi Eduardo quem ela encontrou a esperando, Sebastien vestia uma jaqueta de couro preta e calça jeans, estava de óculos escuros e muito mais bonito que o normal, ele tinha cortado os cabelos para combinar com o estilo da banda, tirou os óculos e a encarou demoradamente, como ela estava linda pensou, nem de longe era a menina assustada que ele tinha deixado fugir para os Estados Unidos, Suélen estava com os cabelos mais lisos e longos, nas pontas ainda havia alguns cachos comportados, os olhos chocolate eram tão vivos quanto ele se lembrava, mas tinha algo diferente nela, havia luz, havia brilho, havia confiança, ela caminhou até ele sem piscar e ele estremeceu por inteiro.
- Oi Sebastien, onde está meu irmão?
- Descansando, ele precisava organizar umas coisas, me pediu para vir te buscar...
- Ele pediu?
- Não, eu é que me ofereci mesmo na verdade... Mas...
- Tudo bem.
Ela passou por ele e seguiu na frente, ele apressou o passo e pegou a mala dela com gentileza.
- Você ta linda.
- Obrigada.
Durante o caminho os dois não trocaram nenhuma palavra, mas ela conseguia ver que ele volta e meia esticava o olhar para ela para ver se ela estava olhando para ele, mas ela não estava, e só Deus sabe a força extrema que ela estava fazendo para parecer fria diante dele, assim que encontrasse Eduardo acabaria com ele, onde já se viu, afastou ela dele e agora a obrigava a estar com ele novamente!
Quando Érika chegou em casa ouviu o choro desesperado de Arthur, ela se apressou e correu até o quarto do bebe, mas quando chegou lá Nicholas já estava com ele nos braços, ele olhou com desagrado para a filha. - Onde está sua irmã? Será que não reconhece o choro do próprio filho? - Eu não sei pai, ela deve estar ocupada, me dê ele aqui, vou acalmá-lo... - Não há nada que possa fazer, posso não ter sido o melhor pai do mundo, mas sei reconhecer quando o choro de um bebê é de fome, esse garotão aqui não deve ter se alimentado hoje... Disse ele fazendo graça com o neto nos braços, o menino olhou o avô e pareceu se acalmar, mas logo voltou a chorar novamente. - Eu deveria saber que isso não daria certo. - Acalme-se, tenho certeza de que Stef vai ter uma ótima desculpa, ela apenas não está acostumada com tudo ainda. Érika saiu à procura de Stefany e a encontrou no jardim, ela estava agachada e encolhida ao lado de uma árvore. <
Em São Paulo...Eduardo deu um salto assim que viu Suélen, Tiago olhou de canto para a garota, ela parecia ter crescido uns 20 centímetros e estava muito mais madura, maquiada e bem arrumada, Sebastien caminhou até ele de cabeça baixa.- Foi uma tortura.- Eu imagino, ela ta muito gata, como foi que ela cresceu assim? Tem certeza que só passou um ano?- Nem me fale e além de gata, ela me odeia.- Também pudera néh? O lance no palco foi pesado na época, ainda fico me perguntando como ninguém a reconheceu do videoclipe.- Graças a Deus, se alguém a reconhecesse ai sim seria o fim, será que um dia ela vai voltar a me olhar como gente?- Como gente ou como homem?- Os dois.- Como gente talvez, mas como homem, bem improvável... Mas você ainda é a fim dela?- Sei lá cara, não sei
Em São Paulo Jennifer olhou pela vidraça do hotel que Marcus tinha conseguido para eles. - Até que aqui é legalzinho, mas não sei Marcus, esse seu plano é meio maluco, não acha que estamos indo muito rápido? Ao perceber que não teve resposta ela olhou para trás e viu que o companheiro tinha adormecido no sofá, ela analisou discretamente a barriga dele que se sobressaia pelas calças e pela camisa havaiana pequena demais para ele e torceu a boca. - Deus... Será que a vida é só isso mesmo? Ela vestiu os shorts curto e desceu para o hall do hotel, pegou um taxi e foi para a praia, o lado bom de estar com Marcus e ser a protegida dele é que ele tinha muito dinheiro e é claro que tudo que ele tinha ele gastava com ela e com os planos mirabolantes dele para conseguir mais, o lado ruim era como ele fazia para conseguir dinheiro, Jennifer tentava não se sentir culpada pelas mortes, afinal ela tinha se envolvido com aquelas pessoas, era meio qu
Érika se despediu de Laura e seguiu para o corredor para a próxima aula, seu corpo congelou ao alcançar a porta da sala e reconhecer de imediato o rapaz que estava apoiado a mesa do professor, era Henrique, mas o que ele estava fazendo ali e por que conversava amigavelmente com a turma? Ele não tinha mais idade para ser aluno... Teria deixado o ensino médio incompleto e resolvido completar agora? - Bom dia, Érika junte-se a turma. Ela concordou com a cabeça e depois seguiu em silencio para o seu lugar, ele se dirigiu a lousa e escreveu em letras maiúsculas. - Meu nome é Henrique Teixeira de Borba e eu sou o novo professor de tecnologia digital. Disse ele com um sorriso, Érika sentiu seu coração parar de bater e voltar novamente, seu rosto devia estar muito estranho por que todos a olhavam, mas que diabos ele estava fazendo como professor? Ele tinha uma empresa de robótica! Pedro tinha lhe contato sobre o projeto do irmão que tinha dado certo... <
Apesar de sua carreira como escritora ter decolado Suélen ainda era uma menina em formação, e mesmo tendo estudado muito nesse último ano para recuperar os anos que ficou afastada da escola, agora ela precisava voltar a frequentar uma escola de verdade, ela olhou duas vezes para a mochila para ter certeza de que tinha pegado tudo, Eduardo parou ao seu lado. - Tem certeza que quer ir? Podemos contratar professores particulares. - Edu, eu sei que a banda ta fazendo sucesso e que eu também tenho grana agora, mas sério mesmo, eu quero poder voltar à ativa, quero poder levar uma vida normal, vai me fazer bem, vai me dar ainda mais confiança, eu disse que eu conseguiria lançar meu livro e viver pelas minhas próprias pernas e eu consegui durante um ano, não é algumas garotas malvadas da escola que vão me botar medo agora. - Espero que você tenha razão, mas não pense duas vezes se precisar que eu vá até a escola eu irei sem pensar duas vezes. Ela colocou as m
Seven atendeu o telefone que tinha insistido em tocar o dia todo, esperava que não fosse nenhum show pois a agenda estava lotada e ele não gostava de deixar ninguém na mão.- Oi, maninho.- Chuck, ainda acho estranho quando você me liga.- Para ser sincero também acho estranho ter que ligar, mas é importante.- Aconteceu alguma coisa?- Algumas coisas, lembra da entrevista exclusiva que o Tiago deu pra aquela revista de fofoca sobre a vida dele ?- Vagamente, mas tem tempo isso.- Sim, eu sei, mas fiquei sabendo faz pouco tempo que a entrevista teve umas consequências negativas.- Como assim?- Algumas fãs surtadas resolveram “pegar no pé” de Lílian, tem enviado cartas ameaçando ela e perseguido ela, esses dias picharam o carro dela, frases horríveis, ela ficou péssima, mandou para a pintura e não m
Em São Paulo... Jennifer esperou Marcus acordar, suas mãos tremiam, ela não queria ter que contar para ele o que tinha acontecido, sabia que ele bateria nela, porém se não contasse ele acabaria descobrindo da pior forma, era obvio que os rapazes da banda iriam reconhecê-la se ele visse que o plano tinha ido por terra antes de começar certamente ele a mataria. Marcus acordou rabugento e observou a garota sentada no sofá nervosa, ele sabia que ali vinha alguma coisa. - O que foi? - A banda, aquela que você quer enganar o nome deles é Ravens não é? - Sim, isso está no portfólio que eu passei a você, não está? - Sim, eu sei... É que tem algo que eu preciso contar a você. – Ela falou por fim ainda mais nervosa quase gaguejando, ele deu passos largos até ela e segurou seu braço com força. - O que há afinal?! Alguma você aprontou! Isso é certo... - Ontem à tarde quando sai para dar uma volta, eu esbarrei em um rapaz n
Enquanto isso na casa de Eduardo... Suélen vestiu o uniforme da escola e caminhou decidida pela casa, Eduardo a observou em silêncio, até que por fim não se conteve. - Tem mesmo certeza disso? - Eu já fiz isso antes Eduardo! Eu já estive em uma escola por que tanto pavor? - Estava em uma turma com alunos mais novos que você, era totalmente desconhecida, mas agora... Agora eles sabem, sabem sua história, sabem tudo que aconteceu, e estão crescidos! Ela se aproximou do irmão sentindo sua preocupação, fez um carinho em seu rosto e sorriu para ele. - Eu sei Edu, eu sei... Tenho medo também, mas estou lutando para que ele não me domine, pois seu eu deixar ele entra mais uma vez talvez eu não o consiga expulsar dessa vez, eu preciso ter uma vida normal, eu preciso andar com as minhas próprias pernas, me deixe pelo menos tentar ok? - Tudo bem, mas vou falar com o diretor dessa escola, vou deixar meu telefone para todas as pro