DonatellaCheguei ao hospital com o coração na boca, cada passo parecia uma eternidade enquanto corria pelos corredores. Tudo aconteceu tão rápido. Recebi a ligação informando que Raphael tinha sido baleado em seu escritório, e o mundo ao meu redor simplesmente parou. A imagem dele caído, ferido, não saía da minha mente.Meus olhos buscavam desesperadamente por algum rosto familiar, alguém que pudesse me dar informações. Ao entrar na recepção do pronto-socorro, fui direto ao balcão, onde uma enfermeira ocupada falava com outro paciente.— Com licença, onde está Raphael? Raphael Moretti? Ele foi trazido para cá há pouco tempo! — minha voz saía trêmula, carregada de medo e ansiedade.A enfermeira levantou os olhos e viu meu estado de desespero. Rapidamente, verificou em seu computador.— Ele está na sala de cirurgia. Recebeu um tiro e os médicos estão tentando estabilizá-lo. Por favor, aguarde na sala de espera — disse, apontando na direção do corredor.Meus joelhos quase cederam de alí
DonatellaEnquanto Raphael continuava a se recuperar, nossas vidas começaram a voltar ao normal. A empresa prosperava com a nova filial nos Estados Unidos, e nossas relações pessoais se fortaleciam a cada dia. A ameaça de Alexandra ainda pairava sobre nós, mas estávamos preparados para enfrentá-la de frente.Hoje, ao entrar no quarto de Raphael no hospital, uma onda de alívio me envolveu ao vê-lo sentado na cama, folheando alguns papéis da empresa. Seu semblante estava mais tranquilo, e a cor voltava lentamente ao seu rosto. Ele me olhou e sorriu, um sorriso que aquecia meu coração e dissipava, mesmo que por um momento, as sombras do medo e da incerteza.— Como você está, meu amor? — perguntei, aproximando-me e pegando sua mão.— Melhor a cada dia, Donatella — respondeu ele, apertando minha mão com firmeza. — E como estão as coisas na empresa?— Estão indo bem. A nova filial nos Estados Unidos está se desenvolvendo melhor do que esperávamos. Mas você não deveria se preocupar com isso
RaphaelFinalmente estou de volta ao meu escritório, um espaço que sempre considerei meu refúgio, meu lugar seguro. Mas hoje, ao empurrar a pesada porta de madeira e sentir o cheiro familiar de couro dos móveis, uma onda gelada percorre minha espinha. As lembranças daquele dia, há quase um mês, surgem na minha mente como fantasmas que se recusam a partir. Tento afastá-las, mas elas se agarram a mim com força.A luz suave da manhã atravessa as persianas e cria sombras alongadas nas paredes. Cada detalhe me lembra o que aconteceu aqui. As paredes que já testemunharam tantas reuniões, decisões importantes e conversas confidenciais, agora carregam a marca de um episódio que mudou minha vida. Meus passos ecoam no piso de mármore, e a cada som, sinto como se
AlexandraA tarde estava quente, e eu sentia o sol queimando a minha pele enquanto observava o pátio da prisão. Podia parecer um cenário de tranquilidade forçada, mas o inferno estava à espreita em cada canto. Minhas mãos ainda formigavam com a lembrança do fracasso, da raiva que Raphael provocou em mim, do ódio por tudo o que ele fez e de tudo o que ele me tirou. As grades ao meu redor, as regras, os olhares vigilantes… nada disso poderia segurar o fogo que queimava dentro de mim. Eu precisava de uma oportunidade, algo que me tirasse dessa cela e me permitisse enfrentar Raphael novamente, de uma forma que ele não pudesse prever.Foi quando vi o policial, do outro lado do pátio. Ele estava distraído, observando os detentos com desdém, como se ele mesmo fosse imune a qualquer ameaça. Um sorriso se formou nos meus lábios. Aquele idiota… Mal sabia ele que estava prestes a se tornar a minha próxima jogada.Eu o observei por alguns minutos, esperando o momento em que ele se afastaria da mu
DanteAs luzes da cidade são intensas, mas vistas daqui, da janela do meu escritório, parecem distantes e pequenas. Fico ali por um momento, o olhar fixo no horizonte, mas com a mente ainda carregada de pensamentos. Raphael no Rio, cuidando da empresa que, dizem, está em expansão, mesmo com o susto do atentado. Esse garoto parece inabalável, e talvez por isso papà o tenha escolhido para estar à frente dos negócios da família. Só que é exatamente isso que eu não consigo engolir. O que papà viu nele que eu não tenho? Desde pequeno, fui treinado para esse papel, preparado para assumir tudo que envolve nosso nome. Então por que não fui eu o escolhido?Meus punhos se cerram automaticamente. Respiro fundo, buscando acalmar o que, por dentro, é uma raiva antiga, mas bem escondida. Cuido de tudo aqui na Itália, de todos os detalhes que Raphael nem conhece. Afinal, ele é o rosto da família no Brasil, o escolhido para lidar com o lado mais visível e “aceitável” dos nossos negócios. Eu fico com
DanteA ordem, a firmeza e o peso da tradição — eram esses os princípios que sustentavam nossa família, mas hoje, ao colocar o telefone de volta no gancho, eu sentia mais uma vez o gosto amargo da dúvida. Eliminar essa nova facção na Sicília era apenas mais um dia no escritório, mas, para mim, era uma confirmação de que eu mantinha o poder nas mãos, mesmo que meu pai insistisse em confiar a liderança a Raphael. A questão permanecia: até quando meu pai me veria apenas como uma sombra?Caminhei pelo corredor imponente da casa, o eco dos meus passos ressoando no mármore. As paredes revestidas de quadros antigos e os móveis antigos e robustos faziam lembrar que nossa família não se tratava apenas de negócios; era uma linhagem, uma herança, um legado. Ao chegar à porta do escritório do papà, tomei um segundo para compor o semblante, endireitando o terno e respirando fundo. Eu precisava me lembrar de manter a calma, por mais que suas escolhas me provocassem.Ao entrar, a figura de meu pai e
DanteAssim que sair do quarto e fui para o escritorio se enche de um silêncio pesado. Fico ali parado, observando o espaço vazio à minha frente, cada palavra dita ainda latejando na minha mente. Meu pai, sempre tão convicto de suas escolhas, me relega ao papel de executor enquanto Raphael é visto como o líder. Ele quer que eu aceite meu lugar sem questionar, que seja a sombra silenciosa e eficiente, a mão que limpa a sujeira sem jamais buscar a glória. Mas ele não entende — ou talvez prefira ignorar — que minha ambição não conhece limites, que meu desejo de controlar e dominar cresce a cada dia.Respiro fundo, sentindo o peso da responsabilidade que ele pensa que pode me passar como se fosse um trabalho qualquer. Mas minha revolta é mais do que apenas orgulho ferido.
DonatellaEstava em cima de Raphael, completamente nua, rebolando, sentindo seu membro duro dentro de mim. Fazia um tempo que não fazia amor com Raphael, ele andava ocupado com os negócios da sua família depois que seu pai o escolheu para liderança da máfia Italiana, Camorra. E não posso esquecer que Alexandra fugiu da prisão e tentou matá-lo no escritório, mas deu tudo certo e ela voltou para prisão.Estava aqui com ele, sentando gostoso. Hmm… Estava com muitas saudades disso. Raphael é um homem muito bonito, moreno de olhos claros, verdes para ser exato, era impossível não resistir. Ele sabia com ninguém usar os dedos, principalmente no meu sexo e acompanhado com uma língua vugaz já me deixava molhada. Raphael ergueu suas mãos nos meus seios e massageando, e apertando, sentir o seu toque fazia o meu corpo pegar fogo. Parei de rebolar e comecei a quinca e arfar chamando por seu nome.― Aa… Raphael…Ele se levantou que arquei a sobrancelha com sua atitude, na verdade fui pega de surpr