DonatellaA mesa de madeira estava fria contra minha pele, um contraste intenso com o calor crescente dentro de mim. Raphael me levantou com facilidade, sentando-me na borda, seus olhos escuros fixos nos meus, prometendo prazer e devoção. Ele se inclinou para frente, suas mãos firmes deslizando pelas minhas coxas, afastando-as com um movimento deliberado e controlado.Seus lábios encontraram os meus novamente, um beijo profundo que fez meu coração acelerar. Então, ele começou a descer, seus beijos traçando um caminho de fogo pelo meu pescoço, descendo pelo meu peito. Suas mãos seguiram, deslizando pela minha cintura, segurando-me firme.Quando seus lábios chegaram à minha barriga, senti um arrepio percorrer minha espinha. Raphael olhou para cima, um brilho de desejo em seus olhos, antes de continuar sua jornada mais ao sul. Ele parou por um momento, respirando contra minha pele, aumentando a antecipação que pulsava dentro de mim.Seus dedos hábeis afastaram minhas pernas um pouco mais
RaphaelA respiração ainda acelerada, a adrenalina do encontro íntimo com Donatella no meu escritório começava a ceder enquanto estávamos no elevador. O ambiente estava carregado de uma tensão agradável, um misto de desejo saciado e uma cumplicidade crescente entre nós. Ela olhava para mim com um misto de curiosidade e contentamento, um sorriso satisfeito dançando em seus lábios.O som estridente do meu telefone cortou o silêncio confortável. Olhei para a tela e vi o nome de Dante, meu irmão mais velho. Um sentimento de irritação imediatamente tomou conta de mim. Dante raramente ligava, e quando o fazia, nunca era para algo bom. Atendi, já preparado para um confronto.― O que é agora, Dante? ― Minha voz saiu ríspida, sem esconder a frustração.― Raphael, você precisa voltar para casa imediatamente. ― A voz de Dante era autoritária, como sempre. Eu podia quase vê-lo, com aquela expressão de superioridade que sempre carregava.― Não vou voltar para a Itália, Dante. Fique na sua e pare d
RaphaelEstava sentado no escritório do meu pai, uma sala que exalava poder e tradição. As paredes eram forradas com estantes de mogno, repletas de livros antigos e volumes jurídicos. Uma grande janela permitia a entrada de luz natural, iluminando a mesa de carvalho onde meu pai sempre conduzia seus negócios com uma autoridade inquestionável. Agora, era eu quem ocupava essa cadeira, e o peso da responsabilidade me parecia ainda mais pesado.Meu irmão Dante estava sentado do outro lado da mesa, o rosto contorcido em uma expressão de descontentamento. A tensão entre nós era palpável. Ele sempre acreditou que, sendo o mais velho, a responsabilidade dos negócios da família deveria recair sobre ele. Mas nosso pai havia decidido que eu, deveria assumir o comando.― Raphael, isso é um absurdo! ― Dante exclamou, batendo a mão na mesa. ― Você sabe muito bem que eu sou o primogênito. Essa responsabilidade deveria ser minha!Respirei fundo, tentando manter a calma. ― Dante, eu entendo seu ponto
DonatellaO sono era um luxo que, naquela noite, não conseguia alcançar. A notícia da fuga de Alexandra não me deixava em paz. Minha mente girava em torno das possíveis repercussões de sua liberdade, e uma inquietação profunda tomava conta de mim. Havia uma sensação constante de perigo iminente, e a memória de nossa traição parecia um fantasma que eu não conseguia afastar.Olhei para o lado e vi Raphael dormindo tranquilamente. A visão de seu rosto sereno, mesmo na escuridão do quarto, me dava um pouco de conforto. Ele parecia tão alheio às tormentas que me assombravam. Queria poder me aninhar ao seu lado e esquecer todos os meus medos, mas a ansiedade era mais forte do que a exaustão.Decidi levantar-me e ir até a cozinha. Talvez um copo de água pudesse acalmar meus nervos, pelo menos temporariamente. Caminhei silenciosamente pelo corredor, não querendo acordar Raphael. O chão frio sob meus pés descalços era um contraste bem-vindo à tempestade que rugia dentro de mim.Ao entrar na co
DanteEstava na bancada da cozinha tomando o meu uísque, tentando passar a minha raiva. Não posso acreditar. Que o Pápa escolheu Raphael para tomar conta dos negócios, não, não. Não posso aceitar isso. Raphael não queria trabalhar com isso, tanto que foi pro Brasil brincar de “empresário” para não fazer os negócios da família. Fiquei aqui ao lado dele, ajudando, administrando e colocando ordem e ele escolhe Raphael? Que inferno!Eu não conseguia tirar a história de Alexandra da cabeça. Raphael sempre tinha uma carta na manga, mas essa situação era diferente. Ele mantinha uma mulher cativa para proteger a si mesmo e a Donatella. Dou o último gole no meu uísque, sentindo a queimação familiar descendo pela garganta. Mesmo com toda essa bagunça, uma coisa era inegável: meu irmãozinho tinha bom gosto para mulher. Alexandra era incrivelmente gostosa, e eu não conseguia deixar de pensar nisso.Sentei-me na cadeira de couro do escritório, observando a sala escura enquanto meus pensamentos vag
RaphaelEu estava no escritório do pápa, mergulhado em um turbilhão de problemas que não pareciam ter fim. O ambiente era pesado, a decoração opulenta contrastando com o caos que me cercava. Cada canto do escritório exalava a autoridade e a pressão de décadas de poder acumulado. O brilho das lâmpadas de cristal não conseguia dissipar as sombras das preocupações que se acumulavam.A remessa de armas que deveria ter chegado estava atrasada. Uma falha que, no nosso mundo, poderia significar a diferença entre a vida e a morte, o sucesso e o fracasso. Eu tinha me esforçado para garantir que tudo fosse executado com precisão, mas agora estava lidando com a incompetência e a imprevisibilidade de terceiros. O telefone estava em constante movimento, meus dedos tamborilando impacientemente na mesa enquanto eu tentava obter respostas de nossos contatos.― Como assim a carga está atrasada? ― Minha voz ecoou pelo escritório, carregada de frustração. ― Precisamos dessas armas agora, não amanhã, não
DonatellaO sol já iluminava o quarto quando acordei, a luz da manhã traz uma sensação de renovação. Levantei-me lentamente, ainda sentindo os resquícios de uma noite inquieta. O peso das preocupações recentes me acompanhava, e uma sensação de urgência se misturava com a necessidade de encontrar Raphael.Vesti-me rapidamente, escolhendo uma roupa que me desse um pouco de conforto em meio a tanto caos. Caminhei pelo corredor em direção ao escritório de Raphael, esperando encontrar algum consolo ou ao menos uma explicação sobre os últimos acontecimentos. Quando abri a porta do escritório, fiquei surpresa ao ver Dante sentado na cadeira que geralmente era ocupada por Raphael. Ele estava reclinado, com uma expressão que misturava autoridade e desdém. A visão dele ali, tão confortável em um lugar que não lhe pertencia, me deixou desconcertada.— Dante? — perguntei, tentando disfarçar meu espanto. — O que você está fazendo aqui? Onde está Raphael?Dante levantou os olhos lentamente para mi
RaphaelO barulho constante dos motores do avião e o leve balançar da aeronave enquanto se aproximava do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, criavam uma sensação de tensão em mim. A cidade maravilhosa estava à minha espera, mas a missão que me trazia até aqui estava longe de ser um passeio turístico. Meu encontro com Lorenzo, meu contato confiável no Brasil, prometia respostas sobre a localização de Alexandra. Um dos homens dela foi localizado em um apartamento na Barra da Tijuca. Esta era a oportunidade que eu precisava para saber onde ela estava.Apertando o assento de couro sob mim, fechei os olhos por um momento, tentando reunir meus pensamentos. Sair sem avisar Donatella me perturbava profundamente. Sabia que ela se preocupava, que preferia estar ao meu lado em qualquer situação, mas esta era uma operação delicada e perigosa. Esperava que ela compreendesse. Também tinha que agradecer ao meu irmão Dante. Apesar das nossas diferenças, ele havia fornecido a informa