DonatellaAcordei dando um pulo da cama do pesadelo que parecia tão real. Estava presa em algum lugar e amarrada… Olho ao meu redor e noto que não estou no meu apartamento? O quarto era a personificação do luxo e do requinte, um espaço projetado para exalar opulência em cada detalhe. o primeiro impacto visual era o tamanho impressionante do ambiente, amplamente iluminado por janelas do chão ao teto que ofereciam uma vista panorâmica da cidade abaixo. As cortinas de seda dourada, pesadas e ricamente trabalhadas, emolduravam as janelas, controladas eletronicamente para ajustar a iluminação conforme a hora do dia.Me levantei para olhar melhor o quarto. O piso de mármore italiano polido refletia a luz natural, criando um brilho sutil. Um tapete persa, exuberantemente colorido com tons de azul, dourado e vermelho, cobria parcialmente o piso, adicionando um toque de tradição e sofisticação. Tudo estava lindo e não entendia por que estava ali?Quando ouvi alguém bater na porta, levantei-me
RaphaelAmanheceu, e a luz suave do sol entrou pelas janelas, lançando sombras no quarto luxuoso. O ambiente estava calmo, mas minha mente não parava. Olhei para Donatella, ainda dormindo em meus braços. Ela parecia tão vulnerável, tão diferente da mulher forte e determinada que conheci. A responsabilidade de protegê-la pesava sobre mim, mas era um fardo que estava disposto a carregar.Desvencilhei-me cuidadosamente de seu abraço, tentando não acordá-la. Precisava organizar meus pensamentos e planejar os próximos passos. Caminhei até a janela, observando a cidade abaixo. Havia muito em jogo, e cada movimento precisava ser calculado com precisão.Meu telefone vibrou na mesa ao lado. Era Lorenzo. Atendi rapidamente, ainda olhando pela janela.— Raphael, descobri algo. — A voz de Lorenzo era urgente. — Precisamos nos encontrar. Tenho mais informações sobre Alexandra.— Onde você está? — perguntei, já pegando minhas coisas.— No escritório. Venha o mais rápido possível. — Ele respondeu an
AlexandraEu não conseguia acreditar. Estava presa a uma cadeira no depósito onde Raphael resolve seus assuntos da máfia. Minha mente rodava, tentando entender como tudo havia saído tão terrivelmente errado. Donatella, a jovem e impressionável Donatella, havia me traído. Como ela conseguiu me atrair para esta armadilha? Onde foi que subestimei suas capacidades?A escuridão do depósito era opressiva, apenas algumas lâmpadas piscando iluminavam fracamente o local. O ar estava denso com o cheiro de mofo e óleo, criando uma atmosfera sufocante. Meus pulsos doíam de onde as cordas estavam apertadas, e eu podia sentir a tensão aumentando a cada segundo.Ouvi passos ecoando pelo corredor. Tentei me manter calma, mas meu coração batia descontroladamente no peito. As portas duplas se abriram e Lorenzo entrou, sua presença imponente preenchendo a sala. Seus olhos frios encontraram os meus e ele caminhou em minha direção com uma calma calculada.― Alexandra, ― disse ele, sua voz tão fria quanto
RaphaelJá era madrugada quando voltei para o meu apartamento, sentindo o cansaço acumulado dos últimos dias pensando sobre meus ombros. Donatella estava segura agora, deitada no quarto de hóspedes. Eu sabia que ela precisava descansar, especialmente depois de tudo que havia passado. Depois de prender Alexandra, não havia mais necessidade de ficarmos no hotel. O meu apartamento oferecia um nível de segurança que eu não confiava em nenhum outro lugar.Ainda assim, a tranquilidade que eu esperava encontrar aqui era ilusória. A cada passo pelo apartamento, minha mente voltava às palavras de Alexandra. Suas insinuações sobre Donatella representavam um perigo para mim e minha organização me atormentavam. Como ela poderia ser uma ameaça? E por quê? As perguntas giravam na minha cabeça como um furacão, impossibilitando qualquer tentativa de descanso.Era quase três da manhã e eu não conseguia dormir. O apartamento estava mergulhado na escuridão, exceto pela luz fraca da cidade que se infiltr
DonatellaEra madrugada, e a escuridão do quarto parecia mais sufocante do que nunca. O relógio marcava tarde da manhã, e eu não conseguia encontrar um momento de paz para dormir. A situação com Alexandra estava me corroendo por dentro, e as palavras dela para Raphael não paravam de ecoar na minha mente.Levantei da cama, tentando não fazer barulho para não acordar Raphael. Ele finalmente tinha conseguido pegar no sono, e eu não queria perturbá-lo. Caminhei lentamente até a cozinha, meus pensamentos rodopiando como uma tempestade."Informações que poderiam prejudicar ele." As palavras de Alexandra martelavam na minha cabeça. Não entendia por que ela havia dito aquilo. Desde que Alexandra tinha me contado sobre a morte dos meus pais e sugerido que Raphael estava envolvido, minha vida tinha virado de cabeça para baixo. E agora, tudo parecia ainda mais confuso e ameaçador.Cheguei à cozinha e acendi uma luz fraca. O brilho suave me ajudou a me orientar enquanto procurava uma xícara. Pegu
DonatellaA mesa de madeira estava fria contra minha pele, um contraste intenso com o calor crescente dentro de mim. Raphael me levantou com facilidade, sentando-me na borda, seus olhos escuros fixos nos meus, prometendo prazer e devoção. Ele se inclinou para frente, suas mãos firmes deslizando pelas minhas coxas, afastando-as com um movimento deliberado e controlado.Seus lábios encontraram os meus novamente, um beijo profundo que fez meu coração acelerar. Então, ele começou a descer, seus beijos traçando um caminho de fogo pelo meu pescoço, descendo pelo meu peito. Suas mãos seguiram, deslizando pela minha cintura, segurando-me firme.Quando seus lábios chegaram à minha barriga, senti um arrepio percorrer minha espinha. Raphael olhou para cima, um brilho de desejo em seus olhos, antes de continuar sua jornada mais ao sul. Ele parou por um momento, respirando contra minha pele, aumentando a antecipação que pulsava dentro de mim.Seus dedos hábeis afastaram minhas pernas um pouco mais
RaphaelA respiração ainda acelerada, a adrenalina do encontro íntimo com Donatella no meu escritório começava a ceder enquanto estávamos no elevador. O ambiente estava carregado de uma tensão agradável, um misto de desejo saciado e uma cumplicidade crescente entre nós. Ela olhava para mim com um misto de curiosidade e contentamento, um sorriso satisfeito dançando em seus lábios.O som estridente do meu telefone cortou o silêncio confortável. Olhei para a tela e vi o nome de Dante, meu irmão mais velho. Um sentimento de irritação imediatamente tomou conta de mim. Dante raramente ligava, e quando o fazia, nunca era para algo bom. Atendi, já preparado para um confronto.― O que é agora, Dante? ― Minha voz saiu ríspida, sem esconder a frustração.― Raphael, você precisa voltar para casa imediatamente. ― A voz de Dante era autoritária, como sempre. Eu podia quase vê-lo, com aquela expressão de superioridade que sempre carregava.― Não vou voltar para a Itália, Dante. Fique na sua e pare d
RaphaelEstava sentado no escritório do meu pai, uma sala que exalava poder e tradição. As paredes eram forradas com estantes de mogno, repletas de livros antigos e volumes jurídicos. Uma grande janela permitia a entrada de luz natural, iluminando a mesa de carvalho onde meu pai sempre conduzia seus negócios com uma autoridade inquestionável. Agora, era eu quem ocupava essa cadeira, e o peso da responsabilidade me parecia ainda mais pesado.Meu irmão Dante estava sentado do outro lado da mesa, o rosto contorcido em uma expressão de descontentamento. A tensão entre nós era palpável. Ele sempre acreditou que, sendo o mais velho, a responsabilidade dos negócios da família deveria recair sobre ele. Mas nosso pai havia decidido que eu, deveria assumir o comando.― Raphael, isso é um absurdo! ― Dante exclamou, batendo a mão na mesa. ― Você sabe muito bem que eu sou o primogênito. Essa responsabilidade deveria ser minha!Respirei fundo, tentando manter a calma. ― Dante, eu entendo seu ponto