Brendan desceu as escadas e se aproximou rapidamente ao ouvir a pergunta que Deirdre fazia para o médico. Seus olhos escuros estavam fixos no rosto da jovem, e ele ficou aliviado ao ver que ela não parecia doente.― Sua barriga tem doído? Desde quando? Por que você não me disse isso? ―Deirdre o afastou, com um gesto de mão. Como ela poderia ter dito qualquer coisa a ele? Além de ignorar constantemente um ao outro, ela não sentia uma dor tão pungente. A dor só tinha incomodado de verdade naquela madrugada e Deirdre não queria muita interação com o empresário, desde que ele a beijara.O médico disse:― Vou ter que te examinar, senhora. ―― Sem problemas. ―Deirdre se sentou no sofá enquanto o médico a auscultava. Durante o processo, o médico notou que havia um chupão no pescoço dela e soltou uma tosse constrangida.― Eh... Francamente, não parece haver nada incomum com seu corpo, com base na auscultação. Precisaríamos fazer uma ultrassonografia para ter certeza de que está tudo b
Com a pergunta de Brendan, Anna sorriu de nervoso e respondeu:― Não... Nada. Só estou preocupada que encontremos aquelas pessoas cruéis no supermercado. ―Brendan deu a ela um olhar confiante e a tranquilizou:― Não se preocupe. Basta levar Deirdre e tudo vai dar certo. ―A governanta percebeu que Brendan tinha algum objetivo com aquilo e assentiu com a cabeça. Mas, quando estava prestes a se virar, Brendan disse:― Ah, sim, não se esqueça de comprar os ingredientes para a canja. ― ― Seu Brighthall... Não me diga que você ainda quer que Dee cozinhe a canja para você, mesmo que ela esteja se sentindo mal? ― A mulher grisalha perguntou com a voz repleta de reprovação.Engel pensou que se seu chefe realmente esperava colocar a mulher grávida para cozinhar para ele, o homem não tinha nenhuma empatia. Entretanto, Brendan apenas estreitou os olhos e respondeu:― Não é da sua conta. Apenas ouça o que eu disse para você fazer e faça. Além disso, não diga a Deirdre que fui eu quem ped
― Vocês querem nos bater, como fizeram ontem? ― rosnou Engel, protegendo Deirdre atrás dela.Deirdre colocou a mão no braço da governanta e a acalmou.― Tudo bem, Anna. Eu posso lidar com isso. ―― Você tem certeza, Dee? ―Deirdre deu um passo à frente e abaixou a cabeça para controlar as emoções complicadas em seus olhos, pois não sabia o que Brendan pretendia, pedindo que ela fosse até aquele lugar. Será que o monstro queria que ela se lembrasse da raiva daquelas pessoas, para que ficasse grata a ele por salvá-la de sua miséria? 'Bem... Parece algo que ele faria', Deirdre pensou sarcasticamente.Depois disso, levantou a cabeça e disse:― Sim, sou eu. O que vocês querem? Se vocês puderem me ouvir, posso explicar que não sou a assassina. ―A mulher, do casal, que as abordou respondeu rápido:― Explicar? Não! Não precisamos que nos explique nada. Sabemos que foi um mal entendido e queríamos muito pedir desculpas pelo que aconteceu ontem. Quando vimos a coletiva de imprensa, fica
Deirdre não sabia se deveria confiar em Brendan ou não.Depois que eles voltaram para o carro, o magnata olhou dentro das sacolas e perguntou:― Senhora Engel, onde estão as coisas que pedi para você comprar? ―A mulher grisalha deu um tapa na testa e disse:― Oh, Deus, ficamos tão confusas com tudo o que aconteceu que nem chegamos a fazer as compras! Essas coisas são todas presentes que recebemos. ―― Então, desça do carro e volte para o mercado. ―Engel saiu do veículo e Deirdre olhou confusa para Brendan.― O que você pediu para Anna comprar? ―― Você saberá, mais tarde. ―Deirdre ficou perplexa. Não havia nada de especial no mercado que pudesse chamar a atenção de uma pessoa refinada como o magnata. Então, a jovem não sabia por que Brendan tinha que tornar tudo tão misterioso.-Em uma mansão, um homem estreitou os olhos perigosamente, enquanto, por um monitor, observava a ação de Sam ao entrar no quarto do hotel e capturar seu subordinado.Um de seus homens ao lado del
No passado, a única pessoa que genuinamente se importava com Brendan era Deirdre. Quando ele estava com fome, ela preparava alguma coisa e servia, independentemente de quão cansada estivesse. Mesmo assim, o monstro sentia como se estivesse fazendo um grande favor a ela apenas por conviverem na mesma casa.'Então, era assim que a vida dela era... Era assim que ela se sentia...' Ele estava na cozinha há menos de dez minutos e já estava cansado e cheio de inseguranças. Finalmente o homem começava a entender o como era difícil cuidar de alguém.― Brendan? ― Deirdre bateu na porta, mais uma vez, pois Brendan não tinha respondido. ― Saia daí agora mesmo. Seu ombro ainda não está bom para isso. Se você quiser a minha canja eu dou a receita para Engel e ela faz para você.Brendan nunca esperou passar tanto aperto com algo trivial como cozinhar, enquanto ele era o alfa no círculo de negócios. Mesmo assim, vencia, aos poucos cada obstáculo e o peito de frango, o tomate e as ervas já estavam p
Deirdre não sabia o que Brendan havia colocado na sopa, mas o prato estava bem preparado, entretanto, bastante carregado no sal.― E aí, o que você achou? ―Deirdre estava prestes a reclamar do sal, mas o magnata perguntou, com a voz cheia de expectativa, parecendo uma criança clamando por atenção e, a jovem acabou ficando constrangida e respondeu:― Não é ruim. ―― Isso significa que é gostoso? ― Receber um elogio de alguém como Deirdre, com excelentes habilidades culinárias, significava que a sopa tinha um sabor muito bom. Com esse pensamento em mente, Brendan disse: ― Você deveria comer mais, já que está grávida. Se você gostar, eu cozinho para você todos os dias. ―Deirdre abaixou a cabeça e enfiou um pedaço de peito de frango na boca.Brendan olhou para ela por um tempo, então serviu uma tigela para si, encheu uma colher e enfiou na boca. Depois de franzir a testa, fez cara de quem comeu e não gostou e exclamou, indignado:― Que porcaria é essa!? ―― Canja de galinha ― res
Charlene ficava cada vez mais pálida e seu coração ficava gelado, enquanto ouvia o comentário cruel de Connor, então parou de caminhar e se apoiou na mesa, com as duas mãos. Afinal, era verdade, Brendan não a visitara nem uma vez sequer, desde que retornara de Surstate. Não apenas isso, mas também se recusava a atender as ligações dela, a menos que fosse algo relacionado a Ophelia. Caso contrário, ele não se incomodaria em lhe dar a menor atenção.Ela aguentava e ignorava a frieza do magnata e sabia que ele só se aproximava dela por ser chantageado, mas estava extremamente envergonhada por ter sido exposta por Connor.― Desde que eu me case com Brendan e o povo de Neve saiba que sou a senhora Brighthall, se ele dá a mínima para mim, ou não, não importa. ― Charlene prendeu a respiração e disse, em tom arrogante: ― E daí se ele ama Deirdre? Ela será a amante. Ela não poderá se casar com Brendan e, por isso, na primeira oportunidade, sumirá. ―― Tem certeza de que você não será a pes
― Seu pervertido... ― Deirdre disse baixinho e suportou o calor ardente de seu rosto, mas não demonstrou repulsa.― Pervertido? ― Brendan abraçou a mulher com mais força e seu hálito ardente soprou em sua orelha. ― Esta é uma das maneiras de meu corpo mostrar que gosta do seu, você tem que se acostumar com isso. ―Deirdre não suportava mais ouvir aquela ladainha e tentou sair da cama, mas o domínio de Brendan sobre ela só aumentava. Ela podia sentir a temperatura ardente de sua pele na dela.Foi então que a jovem tentou interromper o magnata dizendo:― Não aja precipitadamente, Brendan. Estou grávida. ―Entretanto, depois da última visita do médico, Brendan estava preparado. Por isso, mordeu o lóbulo da orelha dela e disse:― Eu consultei o médico e ele disse que só os primeiros três meses de gravidez são mais arriscados, mas poderemos transar. Contanto que eu tome cuidado, o bebê ficará bem. Além disso... ― Brendan disse suavemente ― a interação apropriada entre nós ajudará a me