― Não, nós queríamos isso, já faz muito tempo. Mas, outras coisas ficaram entrando no caminho ― Deirdre respondeu categoricamente. A única coisa que realmente a incomodava era que ela havia entendido mal Brendan, mas seus sentimentos por ele não tinham mudado nem um pouco. ― Não gostamos um do outro. ―― Sério? Tá bom, então... ― Glenna estava perplexa, mas respeitou a resposta da amiga, afinal, não conhecia a história. ― Então... você vai embora com Brendan mais tarde? ―― Sim, mas voltarei em breve. ―― Nesse caso, vamos. Vou te acompanhar até o quarto. ―Antes que ela pudesse fazer o que disse que faria, Brendan apareceu, vestindo um terno completo. Seu rosto estava pálido e doentio e estava claro o quão doente ele havia ficado. Ele continuava tossindo e seus olhos estavam vermelhos. Mas, quando viu Deirdre, seus olhos se arregalaram um pouco. Então, um olhar de tristeza sombreou seu rosto.― Hora de ir, Sam ― ele ordenou ao segurança ao lado dele e ignorou Deirdre completament
Deirdre de repente entendeu. Silenciosamente entrou no carro e colocou o cinto de segurança. Enquanto o carro estava em movimento, Brendan tossia continuamente. Às vezes, era tão intenso que ele parecia estar tossindo até os pulmões.Mesmo Sam não aguentou e sugeriu:― Senhor Brighthall, podemos pegar algum remédio na farmácia? ―― Apenas dirija. ― Brendan deu a resposta mais indiferente. ― Não perca tempo. Temos que voltar o mais rápido possível. ―Sam não teve escolha a não ser acelerar.No momento em que chegaram ao aeroporto era hora do embarque. Sam deu a Deirdre uma passagem aérea e disse:― Fale com os comissários de bordo para que eles a levem à sua cabine de primeira classe. ―Ela ficaria sozinha? O que Sam queria dizer com aquilo? Deirdre se assustou.― E vocês dois? Vocês não vão no mesmo avião? ―― Claro que vamos. ― Sam hesitou, antes de acrescentar: ― É só que a primeira classe tinha apenas um assento disponível e o senhor Brighthall e eu estamos na classe exec
Quando o carro estacionou na entrada da mansão, os sentimentos de Deirdre eram tão intensos que ela achou que não suportaria mais. Felizmente, não precisou entrar, pois, depois de desafivelar o cinto de segurança, Sam perguntou:― Senhor Brighthall, posso saber onde estão os documentos? ―― Não precisa, eu vou buscar ― disse Brendan.― Não. Eu irei. Está frio lá fora. Além disso, serei mais rápido. ― Sam tentou parar Brendan.Depois de uma pausa repentina, Brendan disse:― A certidão de casamento está embaixo do travesseiro, no meu quarto. ―'Debaixo do travesseiro?' Deirdre ficou perplexa, mas rapidamente recuperou os sentidos, apesar de continuar sentindo o peito entorpecido em pensar que Brendan realmente manteve a certidão de casamento debaixo do travesseiro.‘Mas... por quê?’ Deirdre estava muito confusa.Quando eles se registraram, Deirdre embrulhou cuidadosamente sua certidão de casamento com um envelope e guardou em uma pasta, enquanto Brendan simplesmente jogou a dele
Brendan moveu ligeiramente as pontas dos dedos, quando Deirdre respirou fundo e disse:― Sobre a situação com Cillian... ―― Senhor Brighthall, senhorita McQuenny. ― Sam saiu da mansão, abriu a porta do carro e disse: ― Peguei os documentos. ―― Perfeito. ― Brendan jogou a bituca de cigarro pela janela e disse: ― Vamos. ―Sam hesitou um pouco, mas não por muito tempo. Então ligou o motor do carro.Quando chegaram ao cartório, era apenas meio-dia.Deirdre recuperou os sentidos e saiu do carro, junto com Sam. Ela se sentiu surpresa e atordoada quando pisou no chão. Afinal, estava finalmente prestes a se divorciar.Mesmo que eles tivessem vivido como casados por poucos anos, parecia que isso havia levado a maior parte de sua vida. Talvez ela sentisse que aquilo se arrastaria por toda sua vida, mas finalmente acabaria.Deirdre fechou e abriu os olhos enquanto Brendan saía do carro, atrás dela. Em seguida, os dois entraram juntos no cartório.― Vocês dois estão aqui para se registr
Depois de bater, como a porta não estava trancada, Deirdre a empurrou e ouviu o som de Brendan tossindo, com mais clareza.O empresário não sabia que era Deirdre quem batia na porta, então, pensando que se tratava de Sam, exigiu, assim que percebeu alguém entrando:― Vá buscar um copo d'água. ―Entendendo o engano, Deirdre se virou e desceu, sem pensar muito. A água que saía da torneira estava gelada, então Deirdre pegou uma chaleira para não servir tão gelada. Quando voltou para o quarto de Brendan, também levou uma caixa de primeiros socorros.Assim que o magnata se levantou para pegar o copo d'água, viu os dedos finos e claros de uma mulher e, surpreso, ergueu os olhos para a dona daquela mão.― Por que você veio? ― Brendan respirou fundo, antes de perceber que, como Deirdre dormiria na mansão, Sam já deveria ter ido embora.A jovem pianista não respondeu a Brendan, mas perguntou, enquanto colocava a caixa de primeiros socorros na mesa de cabeceira:― Onde está o remédio para
Sam era rápido e levou apenas alguns minutos para tomar um banho, trocar de roupa, entrar no carro e descer na mansão. Enquanto Sam subia as escadas, Deirdre aplicava um pano úmido na testa de Brendan.Mas, assim que ouviu que o segurança tinha chegado, a jovem controlou a expressão perturbada que mantinha no rosto e recuperou alguma compostura.― Sam, dê uma olhada rápido! Como está Brendan? ―Sam apressadamente avançou e viu que o magnata delirava e agia como se estivesse drogado. O homem tinha as bochechas vermelhas, o cabelo empapado de suor e em seu rosto, uma expressão de dor constante.Ele obviamente sabia sobre a situação atual de Brendan. Afinal, o hospital havia tentado impedi-los de passar pelos procedimentos de alta.― Ele tem que ser levado para o hospital, agora mesmo. ― Sem demora, Sam pegou um agasalho e, com a habilidade e a força de alguém treinado para proteger as pessoas, jogou o homem de um metro e oitenta sobre o ombro, como se não pesasse nada, e o carregou
― Não vou levar o que você disse a sério, então está tudo bem. No entanto, por favor, não deixe Brendan ouvir isso, ou você vai enfurecê-lo. ―Sam se engasgou, mas Deirdre não queria continuar com o assunto.― Já é muito tarde, Sam. Você pode ir para sua casa e descansar. Apenas deixe Brendan comigo. Não estou muito cansada, então posso ficar aqui para cuidar dele. ―Sam franziu a testa:― Mas você terá que cuidar dele durante a noite toda. Que tal chamar outro segurança para que nós dois possamos ir embora? ―― Não precisa, obrigada. ― Deirdre rejeitou a oferta e, olhando para o quarto, disse calmamente: ― Eu devo isso a ele. ―Ela não queria se envolver no relacionamento que havia terminado. No entanto, Brendan tinha ido resgatá-la quando foi sequestrada, então isso se tornara um espinho em seu coração. Por isso, ela queria tentar o seu melhor para retirar. Ela queria que a ferida estivesse completamente curada, para não sentir nenhuma casca quando tocada.Depois que Sam saiu,
Deirdre ficou totalmente confusa, não apenas porque ouviu seu nome, mas também pelas palavras de Brendan, que parecia se importar com ela, no fim das contas. Então, o que Sam havia dito, voltou a ecoar em sua cabeça: ‘Embora ele nunca esteja disposto a demonstrar, tenho certeza de que se preocupa muito com você.’ Tentando organizar as ideias, a jovem se recostou na cadeira. Brendan segurou a mão dela com força até adormecer completamente.-Depois de algumas horas, o empresário finalmente acordou. Não ficou nada surpreso quando viu o teto branco tão familiar porque claramente conhecia o estado frágil da saúde de seu corpo.Sentindo a boca seca, lutou para terminar de despertar e, no momento seguinte, ouviu uma voz perguntando:― Você está acordado? Gostaria de beber um pouco de água? ―'Esta voz...' Brendan ficou chocado e se voltou para a fonte do som.Viu que Deirdre ainda usava as mesmas roupas do dia anterior, seu cabelo estava preso em um coque e ela estava sentada perto d