Deirdre percebeu mudanças em suas emoções e disse:― Não fique com ciúmes, eu já disse que Hoyt é apenas um bom amigo. Ele é um bom homem. ―― Eu sei. ― Kyran se forçou a esconder seu ciúme e todas as ressalvas que tinha contra Hoyt. ―É por isso que quero ir com você ― ele digitou.― Você quer vir comigo? ―― Sim. Eles cuidaram de você, quando estava com problemas. Por certo, eu deveria comprar alguns presentes e agradecê-los pessoalmente. ―Mesmo que ela sentisse que o que Kyran disse fazia sentido, estava preocupada com seu ferimento e perguntou, com uma careta:― Mas, você... ―― Eu me sinto muito melhor, após o tratamento de gotejamento intravenoso. Acredito que minha febre vai baixar logo. Além disso, o exercício moderado também é bom para o corpo e, até onde sei. Devo receber alta, daqui a pouco. ―Já que ele insistia em ir com ela, Deirdre não teve escolha a não ser assentir.― Tudo bem, você pode vir comigo. Mas lembre-se de me avisar se estiver se sentindo desconfortá
A senhora Cox não estava menosprezando Hoyt. Acontece que havia uma lacuna muito grande entre Kyran e Hoyt. Ela tinha visto muitos homens em sua vida e nenhum deles era um partido tão bom quanto aquele homem que, obviamente, era um magnata.Deirdre riu e abaixou a cabeça:― Mas, tenho certeza que Hoyt me tratou como trataria qualquer uma de suas amigas. ―― Você acredita nisso? Pois, eu acho que não ― disse a mulher ― Você não voltou com Hoyt, naquele dia, então perguntei a ele onde você estava. Ele ficou meio abatido, enquanto explicava toda a história para mim. Ele parecia muito triste e eu nunca vi esse tipo de expressão em seu rosto antes. ―Deirdre ficou atordoada, mas antes que a senhora Cox pudesse dizer mais alguma coisa, Kyran voltou. Então, a mulher parou de falar sobre o rapaz e mudou para outro assunto, em um piscar de olhos:― Por que vocês dois não ficam para almoçar comigo? Vou preparar alguma comida para vocês. ―― Seria excelente, mas Kyran e eu ainda temos que i
― Eu estou bem... ― Hoyt suprimiu a amargura em seu coração e forçou um sorriso em seu rosto. ― O que te trouxe aqui? ―― Estou aqui para agradecer. Quando me machuquei, se não fosse por você ir ao mercado, todos os dias, para comprar remédios para mim, minhas mãos não teriam se recuperado tão rápido. ―Deirdre olhou para Kyran. Depois de receber o sinal dela, Kyran foi até o carro e pegou alguns presentes do porta-malas.O chefe do vilarejo os recebeu e disse, embaraçosamente:― Eu... eu não fiz muito. É um pouco inapropriado para mim receber os presentes. ―― Bem, embora você não tenha feito muito, seu filho nos ajudou bastante ― digitou Kyran, com um sorriso falso, no canto dos lábios.Embora não o tenha mencionado explicitamente, Hoyt sabia o que ele estava querendo dizer e abaixou a cabeça. Deirdre percebeu a hostilidade no ar e pigarreou.― Hoyt, nós podemos conversar, por um minutinho? ―O rapaz caminhou para a lateral da casa, mas quando Deirdre o seguiu, Kyran agarrou
Madame Leigh também achou estranho.― Vocês têm certeza sobre isso? ― Hoyt perguntou: ― O senhor Reed estava usando seu telefone para falar, quando o encontrei na loja de roupas. Ele é mudo, certo? ―― Eu não acho. ― O senhor Leigh franziu a testa. ― Eu ouvi a voz dele com meus próprios ouvidos. Ele era muito frio e indiferente conosco. Sempre que abria a boca, só perguntava sobre o paradeiro da menina. É por isso que me lembro dele tão claramente. ―― Eu também ― disse madame Leigh. ― Ele conversava com o outro figurão, naquele dia, e não o vi usando nenhum telefone. ― Hoyt estava atordoado. Se fosse o caso, por que usava o telefone ao falar com Deirdre? Além disso, se Kyran não fosse mudo, ele não se sentiria incomodado em falar com Deirdre pelo telefone? Ou ele estava fazendo aquilo de propósito? Ele estava escondendo algo dela? Hoyt franziu a testa e caiu em pensamentos profundos.O chefe do vilarejo deu de ombros e disse:― Talvez ele não estivesse se sentindo bem. Ou ele s
Embora fosse difícil, Kyran estava se abstendo de pensar nessas coisas e mantendo distância de Deirdre, o tempo todo. Mas, enquanto pensava que iria dormir com Deirdre na cama, seu coração disparou e ele engoliu em seco.― Posso dormir no chão? ― ele digitou em seu telefone.― Dormir no chão? ― A senhora Cox foi pega de surpresa. ― É muito úmido aqui, sem falar que está chovendo. Como tal, não acho que você possa dormir no chão. Posso garantir que o colchão e o cobertor ficarão molhados, em apenas meia hora. ―Kyran franziu a testa.Então a mulher fez uma cara pensativa e perguntou:― Vocês dois não são um casal? Por que me parece que vocês têm vergonha de estar na mesma cama? ―Deirdre congelou. Mesmo que também sentisse que era inconveniente para eles dormirem na mesma cama, se sentiu diferente quando Kyran pediu para dormir no chão.'Ele não gosta de estar perto de mim?'― Sim, somos um casal, mas ainda não nos casamos, então é inapropriado dormirmos na mesma cama ― Kyran re
― O que você quer dizer com ‘muito tempo’? Passei um dia inteiro com você e não ouvi você tossir nem uma única vez. ― Deirdre sentiu o coração disparar e respirou fundo, antes de continuar: ― Kyran, você não está bem. Ninguém vai te culpar, então durma comigo na mesma cama. Você prefere arruinar sua saúde do que dividir a cama comigo? Você está com medo de que eu possa fazer algo ruim para você? ―Kyran ficou perplexo. Então, franziu as sobrancelhas e pensou: 'Por que ela pensaria assim? Obviamente é um problema meu... Sou eu que estou com medo de não conseguir me controlar...'― Você entendeu mal, Deirdre. Só acho inapropriado porque ainda não somos casados... ―Deirdre se sentiu impotente. Ela já estava tremendo de frio, só de ficar parada na porta, então achou inimaginável que Kyran pudesse ficar ali por mais do que algumas horas. Então, se aproximou e estendeu a mão para sentir o cobertor. Ela não conseguia sentir nenhum calor, como esperado.― Me dê sua mão. ―― Amor... ―De
Ao dizer isso, Deirdre agarrou as mãos de Kyran e as enfiou sob a camisa mais uma vez, sem se incomodar com a relutância dele.Ele podia sentir a curvatura suave da cintura da jovem e, mais do que isso, seu polegar encostava no início da carne macia de seus seios. Kyran manteve seus dedos parados, o melhor que conseguia, mas não conseguiu impedir sua mente de divagar. Suas palmas estavam suadas de tanto se segurar.Sem resistir mais, Kyran puxou as mãos para trás, virou-se e deitou-se na cama, mas seu corpo ardia de desejo sexual.― Já chega. Estou bem assim. ―Deirdre podia sentir o vento frio agitado pelos movimentos do homem virando e também suas costas de aço em seu campo visual. Ela ficou sem entender o que tinha acontecido e achando que o tinha ofendido, de alguma forma, se sentiu desanimada, mas perguntou, com atenção:― Você se sente melhor, Kyran? Sua garganta ainda está desconfortável? Ainda sente frio? ―Kyran não respondeu. Ela reuniu coragem para estender a mão.― S
Kyran temia ser impulsivo e a revelação deixou o rosto de Deirdre escarlate. Ela baixou o olhar e disse, com a voz não muito mais alta do que um sussurro:― Se esse fosse o caso, você poderia ter apenas me dito de uma vez. ―― O que você quer dizer? ― Kyran se achou ridículo. ― Eu tinha que dizer a você que tenho pensamentos indecentes e que possivelmente poderia machucá-la? ―― O que você tem não são pensamentos indecentes. Kye, estamos em um relacionamento namorado-namorada. É normal que você tenha desejos por mim, assim como eu me sinto por você... ―Antes que ela pudesse terminar a frase, Deirdre percebeu o que estava prestes a revelar e seu rosto ficou vermelho instantaneamente.Kyran pareceu surpreso e não pôde deixar de perguntar de perto:― Deirdre, o que você sente por mim? ―Deirdre foi evasiva.― Ah, você sabe, coisas... ―Kyran ficou encantado, mas sentiu um pouco triste em seu coração. Ele abaixou a cabeça e beijou os lábios da mulher. Deirdre aceitou o beijo e di