― Como isso pode ser? Isso é um absurdo! ― Demorou um pouco para Brendan pronunciar essas palavras. Seu rosto ficou pálido e ele disse com um toque de descrença: ― Se você está enlouquecendo, vá para um hospital psiquiátrico. Eu sou quem sou, Brendan Brighthall. Como você pode dizer que eu tenho outro nome? ―Deirdre fechou os olhos, sem saber o que fazer.Brendan não se lembrar de Kyran era perfeitamente normal, porque toda a existência de Kyran foi criada para reconquistar ela. Se alguém quisesse apagar as boas lembranças de Brendan com ela e deixar apenas as de dor, apagaria Kyran.― Um ano atrás, com a ajuda de Madame Brighthall, eu fingi minha morte e escapei de você. Quando você me encontrou, se fingiu de mudo e usou o nome de Kyran Reed, se aproveitando da minha cegueira. Kyran me amou e me protegeu. Ele estava disposto a sacrificar tudo por mim. E foi durante esse período em que nossa filha foi concebida ― explicou a jovem.O rosto de Brendan empalideceu até adquirir um tom
Brendan segurou a testa, sentindo como se a dor de cabeça estivesse grudada em seu cérebro. Seus nervos se contraíram esporadicamente enquanto seu rosto ficava pálido.― Então... Kyran Reed realmente não sou eu? ― ele perguntou de volta.― Não. ―Brendan esfregou as têmporas latejantes.― Tudo bem, eu acredito em você. Já que Kyran Reed não sou eu, então Deirdre deve estar me enganando. ―Ele estava prestes a encerrar a ligação, mas Declan o impediu, exclamando, com a voz urgente:― Brendan. ― Então respirou fundo e disse: ― Preciso de um grande favor seu, mesmo que não me entenda agora, eu tenho um motivo para isso. Por favor, não puna Deirdre, nem por isso, nem por mais nada. Eu tenho uma questão importante para resolver e preciso dela. Por favor, deixe que eu cuido disso. ―Brendan franziu a testa instantaneamente, descontente.― Você não acha que está exagerando? Além do fato de que Deirdre está grávida de uma criança minha, não vou deixar que ela fique livre. Não depois de
Um lampejo de emoção cruzou brevemente o rosto de Declan, mas desapareceu, sem deixar vestígios.― Volte para o quarto, cuide e esconda essa ferida nojenta. Para seu próprio bem, não deixe ninguém notar nada incomum ― exigiu Declan, enquanto tirava o relógio de pulso.― Por favor, Decky? Decky! ―Laura ergueu a cabeça apenas para ver Declan saindo, subindo as escadas e fechando a porta do quarto.Dentro do quarto, Declan vestiu uma camisa. Seu telefone vibrou, indicando uma nova mensagem sobre a situação recente de Brendan. Mas, depois de ler, sua expressão ficou solene. Ele pretendia fechar a mensagem, mas seus dedos bateram involuntariamente em outra, enviada na noite anterior e que dizia:“Glenna Glaser está se preparando para ir para Northern City. Seu chefe da empresa anterior se mudou para outra empresa e a levou com ele. Esse homem parece ter interesse nela.”Declan fechou os olhos e os abriu novamente, apagando rapidamente a mensagem, sem deixar rastros.-Após receber
Brendan deu uma olhada no sorriso nos lábios de Deirdre que ela não conseguiu esconder e seu olhar ficou muito mais frio. O magnata optou por fingir que não conhecia os planos da jovem e perguntou:― Por que você se trancou no quarto? O que você está fazendo? ―Deirdre fingiu agir normalmente.― Estava arrumando tudo. ―Ela se sentia bastante ansiosa e temia que Brendan a impedisse. Mas, o magnata apenas a olhou dos pés à cabeça e disse:― Eu vim almoçar em casa. O almoço está pronto. ―Como teve acesso às anotações preparadas por Sterling, Wanner preparava refeições especialmente voltadas para as necessidades nutricionais da gestante. Jet tinha optado por contratar aquela cuidadora, pois sabia que a mulher tinha experiência com clientes grávidas.Entretanto, a comida nutritiva e balanceada era a única opção de refeição e nada agradou a Brendan que, depois de cutucar e experimentar, apenas se levantou e se trancou no escritório. Wanner se aproximou de Deirdre, com uma expressã
― No fim das contas ele só come mal porque não gosta da minha comida? ― Wanner comentou, de cabeça baixa.Deirdre riu ao ouvir a lamúria.― Ele gostou do que eu fiz? Ótimo então. É ótimo que ele tenha comido. ―― Ele esvaziou o prato em segundos! ― disse a cuidadora.Deirdre assentiu e cruzou a sala. Ela hesitou um pouco antes de abrir a porta do escritório de Brendan, então cruzou as mãos atrás das costas ansiosamente e disse:― Então, você gostou da comida, hein? ―Brendan não conseguiu esconder as emoções em sua expressão, mas disse friamente:― Não pense demais nisso. Só não gosto de desperdício. ―Era uma desculpa esfarrapada, mas Deirdre não se importou e se aproximou dele lentamente, ela cruzou as mãos atrás das costas ansiosamente e seus dedos estavam entrelaçados com força.― Então... ―Brendan ergueu a cabeça e olhou para o rosto nervoso dela. Ele estreitou os olhos e esperou que ela continuasse a frase. Por fim, Deirdre respirou fundo e reuniu coragem para dizer:
O peito de Deirdre aqueceu com o calor do comportamento carinhoso de Brendan, fortalecendo sua crença de que ele poderia recuperar as memórias. Dominada pelas emoções, ela ficou na ponta dos pés e gentilmente passou os braços em volta do pescoço dele, dando um beijo tímido e doce em seus lábios.Embora o olhar de Brendan tenha ficado mais frio, o magnata não resistiu ao beijo dela.Acreditando que o magnata não tomaria a iniciativa, Deirdre pretendia assumir a liderança depois de dar dois beijos suaves. No entanto, ficou surpresa quando Brendan a prendeu contra o armário, pegando-a de surpresa.O magnata colocou o cabelo que caía no rosto atrás da orelha para olhar de perto o rosto da jovem. Seu peito ardia de desejo, mas outro tipo de frieza o inibia.― Quem permitiu que me beijasse assim? ― ele perguntou.Deirdre ficou sem saber o que responder, mas logo foi calada por um beijo intenso. Parecia que o magnata queria engolir a jovem. Ele a beijava intensamente, como se quisesse su
O sorriso de Deirdre se aprofundou enquanto os olhos escuros de Brendan escureceram.'Ela me trouxe até aqui para que eu tenha contato com um cachorro com o propósito de causar minha morte por anafilaxia, exatamente como eu esperava.' Brendan observou o olhar afetuoso de Deirdre e o sorriso em seus lábios. Então deu um passo e entrou, como se estivesse fazendo isso de boa vontade.― Espere um minuto, senhor Brighthall! ― o proprietário pediu, com urgência.Brendan se virou e encontrou o dono procurando por toda parte.― Por favor, espere. Ainda não estamos totalmente preparados. Me desculpe, mas atrasamos um pouquinho. Por favor, não entre ainda. ―― Preparados? ― Brendan parecia confuso. ― Para o que mais você precisa se preparar? ―Deirdre olhou para ele com a cabeça inclinada.― Você se esqueceu de que é alérgico a pelo de cachorro? ―Brendan ficou confuso, mas disfarçou, encarando a jovem.― Claro que não me esqueci ― ele respondeu, mas não tinha ideia de por que Deirdre d
Depois de ser chamado, Bliss se aproximou de Deirdre com o rabo abanando e logo tentou esfregar o focinho no rosto da jovem para cumprimentá-la com entusiasmo. Deirdre acariciou seu pelo curto e brincou com ele.Brendan ficou ao lado e se sentiu estranho ao testemunhar a cena. Afinal, apesar de não conseguir reconhecer o cachorro, sentia que estava conectado a ele de alguma forma. ‘Bliss... Que nome familiar...’ Ainda assim, ele não conseguia se lembrar com clareza.Ele virou a cabeça para perguntar ao dono:― Você falou que o cachorro me reconheceu. Ele já me viu antes? ―Sem saber da amnésia de Brendan, o proprietário presumiu que o magnata havia se esquecido devido à vida agitada. Então, gentilmente o lembrou:― Ah, você não se lembra! Você trouxe Bliss para nosso pet shop há algum tempo atrás. ― Explicou: ― Nosso pet shop estava com dificuldades financeiras, à beira da falência. Você generosamente nos forneceu apoio financeiro com a condição de que cuidássemos bem de Bliss e g