‘Nós realmente temos uma rixa de sangue com os Brighthall? O que deveria ter sido uma vida feliz com meu pai e meus avós se transformou em ruínas por causa da existência do pai de Brendan?’ Deirdre ficou impressionada com o fluxo de informações, sentindo que seu cérebro não conseguia acompanhar.― Como pode ter acontecido uma coincidência dessas? Como as coisas puderam ser assim? ―― Este é o ciclo do bom carma do céu. Se não fosse Brendan se apaixonar por você, eu não teria tido a oportunidade de vingança ― disse Ophelia, com os dentes cerrados.Deirdre não pôde deixar de tremer. Então, levantou a cabeça e olhou para a mãe com os olhos estreitos.― Quinze anos atrás, Brendan era no máximo um adolescente. Ele não poderia fazer nada, mesmo que soubesse o que o pai estava tramando. Você pode ter se vingado de Madame Brighthall, mas por que mirar em Brendan? Ele não tem nada a ver com isso! Não foi algo que ele pudesse controlar... ―Havia apenas frieza nos olhos de Ophelia quando el
‘Então é por isso que o estado mental de Brendan continuou a se deteriorar a ponto de se tornar incontrolável?’ Deirdre não só não percebeu, mas também fez Brendan tomar remédios regularmente, obrigando-o a ingerir veneno, aos poucos.Revirando de um lado para o outro na cama desconfortável, a jovem não conseguia relaxar até que, assim que conseguiu pegar no sono, viu a imagem de Madame Brighthall deitada no chão, seguida pela imagem de seu rosto raivoso e manchado de sangue a encurralando em um canto, agarrando seu pescoço e a acusando de tê-la matado. A madame perguntava, repetidas vezes, o motivo de Deirdre insistir em querer machucar seu filho.Deirdre acordou pela manhã, suando frio, seu estômago doendo e a consciência cheia de imensa culpa. ‘Por que eu não percebi isso antes? Minha mãe costumava ser tão gentil e atenciosa, como ela mudou tanto?’― Acorda! Alguém está aqui para te ver você. ― O policial bateu na grade ruidosamente e sem delicadeza alguma. Assim como na primei
― Obrigado. Agora, espere por mim na porta do elevador. Eu cuido disso, daqui para frente ― disse Sam, dando um tapinha no ombro dela.Jet assentiu e Sam passou por ele pelo corredor frio, caminhando até ver a figura de Brendan no necrotério.O magnata estava de costas para Sam, ainda vestindo a bata do hospital e, talvez devido à sua fraqueza física, suas costas estavam ligeiramente curvadas.Os olhos de Sam ficaram cheios de lágrimas quando reconheceu que a pessoa deitada em frente ao chefe era Madame Brighthall, a mãe de Brendan. Mas o magnata permanecia tão calmo e sereno que não conseguia nem mesmo derramar uma lágrima.Com base na memória que Brendan tinha, Deirdre era a culpada pela morte de sua mãe e aquele era o acontecimento mais doloroso da vida de Brendan.Sem saber se era o melhor momento para aquilo, mas sem outra opção, Sam respirou fundo e deu um passo à frente, querendo explicar:― Seu Brighthall... ―― Não fale nada. ― Brendan fez sinal para Sam ficar quieto, e
Brendan franziu a testa, com os olhos cheios de insatisfação.― Por mais quanto tempo você pretende explicar as atitudes dela? Há algo que uma mulher com determinação não consiga fazer se quiser? Você disse que Ophelia foi a mente por trás disso. De qualquer forma, Deirdre é seu peão. Então, não vou poupar nem a mãe, nem a filha! ―As pupilas de Sam se contraíram quando ele viu o rosto de Brendan endurecer. Então o segurança perdeu a voz por um momento, sentindo o medo tomando conta de todo o seu corpo.Mas, ele rangeu os dentes e se esforçou para recuperar a compostura, ele não poderia deixar Brendan ser enganado:― Seu Brighthall! Você precisa pensar com clareza. A Dona Deirdre te ama demais. Como ela poderia fazer alguma coisa para prejudicar Madame Brighthall ou machucar você? ―― Ela me ama? ― Brendan riu, cheio de desprezo ― Aquela mulher não sente amor, ela sempre foi egocêntrica. Além de ter caluniado Lena, a desgraçada abortou nosso filho. Ainda me lembro disso. Deirdre s
A jovem pensava que Brendan deveria ter acordado, em algum momento durante dia e que Sam tinha conseguido conversar com ele.Deirdre ficou tão feliz que começou a chorar, enquanto a outra mão acariciava suavemente sua barriga. 'Querida, você vê? Papai nos ama muito. Não importa quão grande seja a dor que ele tenha suportado, não importa quão inacreditáveis sejam os acontecimentos, ele sempre estará inabalavelmente ao lado de sua mãe', pensou ela, falando com a filha.Agora, não havia nada a temer, desde que ela e Brendan estivessem unidos diante dos desafios externos, sem agendas ocultas. Nada poderia derrubá-los e eles poderiam começar tudo de novo.Cheia de esperança, Deirdre entrou no saguão e, mesmo que só pudesse ver imagens borradas, localizou Brendan com precisão, no meio das outras pessoas.Vestido com um terno preto, ele emanava uma aura de elegância e autoridade suprema.― Brendan! ― A jovem chamou, se contendo para segurar as lágrimas, mas não conseguiu controlar as per
Lágrimas brotaram dos olhos de Deirdre, apesar do sorriso, ao perceber que entravam em um hospital.Ela notou que Brendan ainda se importava com ela mas que tinha problemas para lidar com a morte da mãe, razão pela qual ele estava frio e distante. Por isso, estendeu a mão para segurar a do magnata, dizendo com voz suave:― Você me trouxe para o hospital para que eu possa fazer um check-up? Minha barriga começou a ficar mal desde ontem. Seria bom fazer alguns exames, mas depois eu preciso muito ir para casa descansar, tudo bem? ―Entretanto, Brendan olhou para ela sem dizer nada e a jovem sentiu um aperto no coração, sem saber o que se passava na cabeça do homem. Mas, por fim, ele segurou a mão dela e, mesmo que seus dedos estivessem frios e suados, isso tranquilizou a mente de Deirdre, que o acompanhou, sentindo-se mais leve.Acontece que o homem caminhava rápido demais, em um ritmo que Deirdre não achava natural e ela teve que se esforçar para acompanhar. Quando entraram em um ele
Deirdre abriu os olhos, se esforçando o máximo que conseguia para impedir que lágrimas escapassem, expondo toda sua vulnerabilidade. Afinal, Brendan deveria saber que estar na prisão tinha sido o maior trauma da vida da jovem e que ela quase esgotou todas as forças tentando superar os acontecimentos dolorosos daquele período. No entanto, o magnata usava aquilo como uma ferramenta para caluniá-la e machucá-la.― Eu não acredito nisso, Brendan. ― Ela se afastou do magnata, andando com dificuldade, enquanto segurava a barriga e sentia as pernas ficando moles como gelatina. ― Eu não acredito que você possa ser tão impiedoso a ponto de falar o que quer, sem pensar no quanto isso pode me ferir... Diga de novo, repita tudo o que disse se tiver coragem! ―Brendan avançou um passo, sem desviar o olhar dela e, por alguma razão desconhecida, o olhar inflexível de Deirdre desencadeou nele um sentimento acolhedor, capaz de escapar de todo a casca dura de insensibilidade em que ele havia se enfiad
A jovem vacilava e seu corpo balançava de frio e medo. Mas, a voz fria de Jet soou, ao seu lado, com um tom carregado de desprezo:― Escuta aqui, mulher, o senhor Brighthall ordenou que você não se mexesse, então fica paradinha aí. Você tem que continuar ajoelhada, mesmo que não aguente mais, porque este é o seu castigo. Sam vai ficar em apuros se você ficar se balançando desse jeito. ―Deirdre rangeu os dentes e sua respiração ficou difícil, quando ela implorou:― Você conhece Sam, não é? Por que você quer ele sofra? Por favor, você não pode ser só um pouco compreensivo? Eu preciso descansar um pouco, só um pouquinho. Minhas costas doem. Estou grávida e não suporto ficar ajoelhada assim. ―O homem zombou.― Se você sabia que seu corpo não aguentaria as consequências, por que você fez algo tão cruel? Pior que isso, você ainda enfiou Sam na sua bagunça. Você tem ideia do quanto ele vai ser punido por sua causa? E mesmo assim, o idiota vai continuar te defendendo. Você acha que uma