― Para onde você quer ir? ― Deirdre perguntou, sorridente.― Ao parque de diversões! ― Aurora respondeu animadamente.― Ao parque de diversões? ― Deirdre hesitou um pouco. Ela tinha medo de não conseguir vigiar Aurora porque o parque de diversões estaria lotado e, por mais que sua visão estivesse lentamente se recuperando, ainda não era o suficiente para discernir uma criança entre tantas outras.Entretanto, a jovem não queria dizer não e pensou que aquela era uma boa oportunidade para fortalecer o laço entre Aurora e Declan.― Espera aí. Eu vou ligar para o tio Declan. Se ele estiver livre, podemos convidá-lo para ir junto. ― Mas, quando Deirdre se virou para contar ao motorista, Aurora segurou sua mão, na velocidade da luz, antes que pudesse fazê-lo.― Por que você quer chamar o tio Declan para vir? Já temos alguém para ir conosco ― disse Aurora.― E quem é essa pessoa? ― Deirdre disse, com surpresa.― Deixa o tio Bren ir com agente! Ele é forte o suficiente para me carregar
Deirdre ainda estava corada, então ficou com a cabeça virada em direção à janela durante toda a viagem e, só quando o carro parou é que percebeu que haviam chegado ao destino.Quando o carro parou, Brendan se inclinou para pegar os documentos do carro, no porta-luvas, e Deirdre se assustou com a aproximação e o magnata sorriu:― Você estava cochilando? Ou apenar perdida em pensamentos? ―Deirdre endireitou as costas, sentindo-se nervosa quando a temperatura corporal e a respiração do homem atingiram sua orelha, fazendo com que seus pensamentos ficassem confusos. Seus olhos piscaram quando ela respondeu:― Só estava distraída. Vamos. Vamos descer do carro. ―Brendan não recusou o pedido dela, mas, assim que Deirdre desafivelou o cinto de segurança, ele disse:― Deirdre, você se lembra? Eu levei você ao parque de diversões duas vezes antes. ―Deirdre fez uma pausa no movimento de abrir a porta.― Na primeira vez, fiquei cheio de culpa e com medo de perder você. Na outra vez, me p
Imitando a reação de Deirdre, Aurora também balançou a cabeça, com os olhos arregalados.― Nossa, tio Bren. É muito difícil e problemático. Não quero mais isso. ―Percebendo que perdia os clientes, o dono da barraca disse rapidamente:― Espere. Ainda não terminei de explicar. Você não precisa pagar por mais tiros enquanto estiver na sequência. Com uma única ficha você pode realizar os trinta tiros, se não errar nenhum. Nossas armas são todas muito precisas. Contanto que você tenha uma base básica no tiro, podemos garantir que você vai ter um bom desempenho! ―Ficando mais interessado, Brendan pesou a arma de brinquedo na mão.― Tem certeza de que não fez nada com a arma? ―O dono da barraca disse, com segurança:― De jeito nenhum, somos um negócio sério! ―Brendan olhou para a esquerda e para a direita.― Tudo bem se eu der um tiro de teste? Vou jogar se puder confirmar que não há nada de errado com a arma. ―― É claro, é claro! ― O dono da barraca assentiu. Quem recusaria um
Deirdre virou a cabeça para encarar Brendan e ficou momentaneamente encantada quando sentiu o olhar sincero e ardente do magnata. Ela então ouviu sua voz confiante dizendo:― Deirdre, você quer fazer uma aposta? ―― Aposta? ― Deirdre ficou intrigada. ― O você quer apostar? ―― Se eu errar um dos tiros, vou parar de jogar este jogo. Se eu tiver sucesso... você deve concordar com uma condição. ―Deirdre não sabia se deveria entrar no jogo do magnata, se ele estava pensando em apostar com ela, devia ter algum truque na manga, mas, de qualquer forma, seria melhor perder apenas uma vez do que perder dinheiro indefinidamente. Ela preferia terminar mais cedo, já que Brendan não conseguiria acertar tudo com precisão de qualquer maneira.― Qual é a condição? ―— Você saberá depois. ―Duvidando que Brendan fosse capaz, a jovem concordou, dando de ombros e, ao receber a resposta, Brendan sorriu, reajustou sua postura de segurar a arma, se preparou e puxou o gatilho.Desta vez um dos balõe
― Agora é sua vez, Dee. ― Aproveitando a situação, Brendan olhou para o rosto de Deirdre com uma expressão provocadora. ― Você não se esqueceu da aposta que fez comigo, não é? ―Naturalmente, era impossível para Deirdre se esquecer disso, mas o que a surpreendeu ainda mais foi que Brendan era um atirador competente. Ela presumiu que o magnata estava fadado ao fracasso, então concordou. Ou esse era seu objetivo o tempo todo?Pela primeira vez pensando na insensatez de ter concordado com a promessa, sabendo que Brendan era inescrupuloso e seria capaz de pedir algo absurdo, como por uma noite de sexo, Deirdre pareceu perturbada. Ela estava com medo de ter seus planos atrapalhados e ainda precisava investigar o assunto referente a Declan.― Eu... ―Brendan viu o olhar vago e conflitante nos olhos dela, e seus olhos escureceram.— Deirdre, você não vai voltar atrás em sua palavra, não é? ―― Claro que não. ― Deirdre negou decidiu enfrentar as consequências. ― Já que prometi a você, nu
― Ah, entendo. ― Nesse ponto, Declan não continuou a fazer mais perguntas. ― Fique tranquilo, pois cuidarei dela. Não posso garantir mais nada, mas posso pelo menos garantir a segurança dela. ―Depois de se despedir. Brendan deixou os ombros caírem, triste por ter que se separar da jovem, entrou no carro e partiu. Mesmo depois de entrar na mansão, as palavras de Brendan ainda ecoavam na mente de Deirdre. Quando ele disse que iria machucá-la, ele assumia que tinha medo de que ele fosse capaz de abusar dela, mais uma vez? Mas, porque Brendan tinha se tornado tão instável? Ele tinha medo de suas próprias ações, como se tudo estivesse sob o controle de Emily.Enquanto se banhava, jantava e ouvia um audiolivro, os pensamentos de Deirdre perderam força e ela foram substituídos por uma boa noite de sono. - No dia seguinte, a jovem acordou bem cedo, mas, mesmo assim, antes mesmo que se levantasse, alguém bateu na porta.― Quem é? ―Aurora sussurrou:― Tia Dee, sou eu! ―― Rory? ―
― Eu sei que tio Declan quer cuidar de mim. ― Aurora tinha uma expressão complicada. ― É por isso que tenho medo de que ele também se machuque. Mamãe é assustadora... ― No final da frase, Aurora não pôde deixar de tremer.Então, Deirdre segurou a mão da criança.― Rory, seu pai morreu porque sua mãe fez alguma coisa? ―Aurora mordeu o lábio e assentiu. Pensando nisso, ela não pôde deixar de estremecer novamente.Sentindo que a criança dizia a verdade, Deirdre a segurou nos braços. Aurora se esforçou para respirar fundo e disse:― No dia em que papai morreu, eu estava no quarto dele. Estávamos conversando e. quando ele ouviu que ela chegava, me disse para me esconder no armário. Mas eu pude ver claramente, pela fresta, que minha mãe não estava sozinha.Deirdre não pôde deixar de ficar surpresa.― Ela levou alguém? Um homem ou uma mulher? ―― Um homem. ― Aurora sussurrou: ― Um homem que não conheço e nunca tinha visto antes. ―Deirdre ofegou. ‘Um homem que ela nunca tinha visto
Deirdre admirou o raciocínio lógico de Aurora e, por mais que quisesse proteger a menina, soube que a mentira não seria o caminho correto, por isso, apenas concordou:― Sim, ela é uma assassina. ―Aurora ficou em silêncio por um tempo, depois perguntou novamente:― Então ela irá para a prisão e será punida? ―Deirdre não respondeu imediatamente, mas fez o possível para olhar o rosto de Aurora e acariciar seus cabelos.― Você quer que ela receba o castigo que merece? ―Aurora abaixou a cabeça e ponderou por um momento, então perguntou:― Se isso acontecer, o tio Declan ainda será como meu pai? ―Deirdre franziu a testa.― Não posso te dar essa resposta porque não sei o que Declan significa para sua mãe. Mas, a julgar pelo caráter de sua mãe, já que ela fez seu pai cometer suicídio, tio Declan também corre muito perigo se desagradar sua mãe. ―As pupilas de Aurora tremeram e ela balançou a cabeça violentamente.― Eu não quero que o tio Declan fique assim! ―Deirdre beijou a b