O dia seguinte começou com a tensão pairando no ar da mansão. Kiara acordou com uma sensação de inquietação, como se algo estivesse prestes a mudar de forma irreversível. Desde que Sergey a trouxera de volta, cuidando de cada detalhe de sua recuperação, ela sabia que não havia mais como voltar à sua antiga vida.Ela passou a manhã caminhando pelos corredores da mansão, observando os detalhes que antes haviam passado despercebidos. Havia algo imponente e opressor naquele lugar. As paredes altas, decoradas com obras de arte caríssimas, pareciam esmagá-la com sua grandiosidade. Era como se cada canto daquela casa fosse uma lembrança do poder de Sergey — um poder que agora a envolvia completamente.Ela entrou na sala de estar, onde Sergey estava em uma chamada de vídeo em seu laptop. Ele parecia descontraído, mas seus olhos estavam alertas, analisando cada detalhe da conversa. Quando a viu, fez um gesto com a mão para que ela esperasse. Kiara obedeceu, mas sentiu uma pontada de irritação
A manhã seguinte trouxe um ar de calmaria para a mansão, mas Kiara sabia que a sensação era ilusória. Ela acordou cedo, os raios de sol invadindo o quarto espaçoso e iluminando os móveis elegantes. Sergey ainda dormia ao seu lado, algo raro considerando seu hábito de despertar antes do amanhecer.Ela se virou lentamente, observando-o. Sergey parecia diferente quando dormia — menos rígido, mais humano. Era fácil esquecer quem ele era realmente quando o via assim, vulnerável. Mas a realidade era outra, e Kiara sabia que sua presença naquele mundo tinha um preço.Levantou-se com cuidado, tentando não despertá-lo, e caminhou até a janela. A vista para os jardins impecavelmente cuidados era bela, mas também carregava um peso. Desde que Marco a sequestrara, Sergey parecia ainda mais protetor, quase obsessivo. Dois guarda-costas permaneciam posicionados discretamente nos limites da propriedade, prontos para reagir a qualquer ameaça.Enquanto observava o horizonte, sentiu um misto de gratidão
A noite tinha algo de mágico. Sob o céu estrelado, Kiara e Sergey retornaram à mansão em silêncio, mas não era um silêncio desconfortável. Era como se as palavras fossem desnecessárias naquele momento, cada gesto e olhar carregando um peso maior do que qualquer frase poderia transmitir.Quando entraram no quarto de Sergey, ela parou por um momento para observá-lo. Era um espaço que sempre a fascinava: paredes de um cinza sóbrio, móveis de madeira escura e detalhes minimalistas que refletiam a personalidade dele. Havia uma força contida ali, uma aura de poder, mas também de intimidade.— Você parece pensativa. — Sergey disse, interrompendo os pensamentos dela. Ele havia tirado o paletó e agora desabotoava os punhos da camisa.— Só estava pensando como esse lugar parece... você.Ele arqueou uma sobrancelha, um sorriso discreto curvando seus lábios.— Isso é bom ou ruim?— É apenas... intenso. — Ela respondeu, corando levemente.Sergey se aproximou dela devagar, como se testasse os limit
A noite caía sobre a mansão como um manto de veludo negro, engolindo o mundo exterior e deixando apenas a imponente estrutura como uma ilha isolada. Kiara, sentada na beira da enorme cama, deixava seus pensamentos vagarem, seus dedos traçando os padrões do lençol de seda como se tentasse decifrar os labirintos da mente de Sergey. Ele tinha um jeito de fazer isso com ela — torná-la inquieta mesmo nos momentos mais tranquilos.A porta do quarto se abriu, e Sergey entrou, sua presença preenchendo o espaço de imediato. Vestia um terno impecável, mas os primeiros botões da camisa estavam abertos, revelando um vislumbre da pele marcada pelo tempo e pelas batalhas que ele raramente mencionava. Seus olhos escuros pousaram sobre Kiara, intensos como sempre, mas havia algo mais ali naquela noite: um peso que ele não conseguia esconder.— Alguma novidade? — Kiara perguntou, tentando romper o silêncio que parecia se esticar entre eles como uma ponte frágil.— Apenas o mesmo caos de sempre. — Ele
Os dias na mansão estavam mais calmos desde o retorno de Kiara, mas o ar ao redor de Sergey continuava carregado de tensão. Era como se ele estivesse em uma constante batalha silenciosa, tentando manter seus demônios internos sob controle enquanto navegava pela nova dinâmica que eles compartilhavam.Naquela manhã, o sol invadia o imenso salão da mansão, dançando sobre o mármore polido e refletindo nos lustres imponentes. Kiara estava sentada na biblioteca, folheando um livro que não conseguia realmente ler. Sua mente estava ocupada demais com as lembranças recentes e com a sensação de que algo estava por vir.Sergey apareceu na porta, o som de seus passos no chão ecoando suavemente antes de ele entrar. Vestia um terno cinza claro, cada linha perfeitamente ajustada ao seu corpo. Seus olhos pousaram em Kiara, e ela sentiu aquele arrepio familiar que sua presença sempre trazia.— Está muito concentrada. — Ele comentou, um leve sorriso brincando em seus lábios.— Tentando, pelo menos. — E
A mansão estava envolta em um silêncio confortável quando Sergey e Kiara retornaram do teatro. As luzes suaves do hall de entrada refletiam nos pisos de mármore, criando uma atmosfera íntima, quase mágica. Sergey tirou o casaco e o pendurou no cabide próximo à porta, enquanto Kiara caminhava alguns passos à frente, absorvendo o aconchego do lugar.— Não está tarde demais para um pouco mais de vinho? — Ele perguntou, sua voz calma, mas carregada de expectativa.Kiara sorriu, inclinando ligeiramente a cabeça enquanto o observava.— Acho que uma noite como essa merece um encerramento especial.Ele assentiu, desaparecendo por um momento em direção à adega. Quando voltou, trazia uma garrafa de vinho tinto, duas taças e um pequeno sorriso satisfeito nos lábios.— Venha. Vamos para a sala. — Ele indicou com um gesto, e ela o seguiu pelo corredor.A sala principal da mansão era imponente, mas ao mesmo tempo aconchegante. As lareiras acesas lançavam sombras dançantes nas paredes, e os móveis l
A manhã seguinte chegou lenta, como se o mundo lá fora respeitasse o ritmo da relação que se construía entre Kiara e Sergey. Os primeiros raios de sol atravessavam as janelas amplas da mansão, tocando suavemente os móveis luxuosos e trazendo uma sensação de calma.Kiara acordou ao som discreto de pássaros, com o cheiro leve de café invadindo o ambiente. Ela espreguiçou-se, sentindo os músculos ainda levemente tensos da noite anterior, e vestiu o robe de seda que Sergey havia deixado para ela em algum momento. Desceu as escadas em silêncio, encontrando Sergey na sala de estar. Ele estava vestido casualmente, mas a postura era a mesma de sempre: segura, quase imperiosa.— Dormiu bem? — Ele perguntou, sem tirar os olhos do jornal que segurava.— Melhor do que esperava. — Ela respondeu, aproximando-se.Ele indicou com um gesto para que ela se sentasse ao seu lado, e logo um dos empregados da mansão apareceu com uma bandeja contendo café, suco fresco e croissants. Sergey dispensou-o com um
A relação entre Kiara e Sergey parecia um caminho sinuoso, onde cada passo era uma nova descoberta. Ela sabia que o mundo dele era complicado, perigoso até, mas havia algo em Sergey que a fazia querer arriscar, mesmo que significasse mergulhar de cabeça em algo que não compreendia completamente.Naquela manhã, enquanto a luz do sol iluminava os jardins da mansão, Kiara sentiu uma calma inesperada ao acordar. Os dias na presença de Sergey haviam sido intensos, cheios de altos e baixos emocionais, mas também marcados por momentos de verdadeira conexão. Ela olhou pela janela, observando os seguranças posicionados estrategicamente. A lembrança do sequestro ainda era recente, mas ela sentia que, ao lado de Sergey, poderia enfrentar qualquer coisa.Ele a encontrou na sala de estar, segurando um livro que ela havia retirado da vasta biblioteca.— Bom dia. — Ele disse, sua voz baixa e rouca de manhã.— Bom dia. — Kiara respondeu, com um leve sorriso.— Dormiu bem?— Sim. E você? — Ela pergunt