Ele levantou sua espada e começou a me atacar, ele tinha força, mas eu era mais rápida, me afastei, por um tempo apenas fizemos ataques leves, assim atiçavam ainda mais os bebuns que nos olhavam. Ele quase me acertou, tive que pular em cima de uma mesa, Reno seguia tudo atentamente, talvez não esteja pensando o mesmo que eu, devíamos ter feito isso lá fora. Senti quando a espada arranhou minha barriga os homens começaram a gritar, então era isso, eu precisava sair da defensiva e começar atacar. Meu corpo não era preparado para suportar o peso da armadura, mas fiquei feliz em saber que eu tinha conseguido com meu suor aquela armadura, não foi fácil tive que usar o peso dele ao meu favor, chegou um momento que estávamos perto demais, ele é bom muito bom, mas eu sou melhor. — Sempre achei esse garoto brilhante. — Olhei para Reno que dormia do outro lado da fogueira, Odin estava do lado dele. — Que ideia brilhante. — Como se não já se soube. — Ele sorriu. — Sei que ele é parte import
Dom conquistou a todos, o garoto que perdeu um olho ao tentar salvar o irmão mais velho, ganhou a todos, toda Tárcia já sabia aquela história, e todos o admirava e era por isso que cada vez Ryan contava de uma maneira diferente, e cada vez mais triste. — Ele era tão pequeno, nossos pais tinham sido mortos por aqueles caçadores, Dom estava escondido em uma árvore, e quando ele me viu caído no chão preste a levar o último golpe, pulou em cima do homem e começou uma luta, ao me levantar fui em cima do homem, que jogou Dom longe, pensei que estivesse morto então entrei em uma briga corpo a corpo com o caçador, logo mais dois chegaram... — E Dom entrou na frente antes que um deles enfiou a espada em seu peito, o pobre ficou sem o olho, mas nunca se queixou por isso. — Oscar disse, rindo. — Não estrague a história! — Lino gritou, devia ter uns quatorze anos, cada dia Tárcia pegava homens mais novos, e todos corriam para Ryan, ele contava histórias, e fazia todos rirem, a parte mais trist
Reno entra na tenda em que dividimos, eu ainda estava tentando me convencer que era possível, que mesmo Odin podendo ver o futuro eu conseguiria destruí-lo. Preciso disso ou então, eu teria que entregar o reino a ele. — Então ele te falou do plano. — Reno disse se sentando. — Achei que não tínhamos segredos. — A coisa te segue por ai. — Eu olhei para Reno, então eu não era de mais confiança. — Entendo. — Falei me virando para não encará-lo. — Domi! — Ele tocou no meu ombro, mas eu me afastei. — Esses meninos são filhos dos homens que estão dispostos a morrer por você, eu só estou tentando fazer o que é melhor. — Está me dizendo que ela está castigando os pais deles, mandando eles para morte? — O nojo que eu sentia dela era quase tão grande quanto meu ódio. — E é por isso que Oscar está mantendo eles em segurança, pois irão se massacrados sem um preparo, porém Oscar não poderá segurar esse argumento por muito tempo, sabemos que ele tem ordens que vem de cima. — Ela está mandan
Quando pequena tinha uma visão inocente da guerra, para mim não passa de aventuras, meu pai chegava e contava por tudo que havia passado e como tinha escapado por pouco de uma espada, ele se movimentava com a espada em mãos me contava tudo até que eu caísse no sono, e no outro dia me ensinava a usar as espadas, eu sempre dizia "Quando crescer quero ser um soldado e lutar papai" ele ria, beijava minha face, mas jamais vi nos olhos do meu pai tristeza ou remorso, minha mãe dizia que ele fazia mal em me ensinar algo tão brutal, não entendia do que ela falava, mas agora já não tão menina, e olhando para esse mar de corpos ao chão, gemidos e gritos por toda aparte, entendi. A guerra é sangue e dor apenas. — Homens foram mortos, tanto dos deles como dos nossos, e é triste admitir, mas foram mais dos nossos. — Reno se colocou ao meu lado, restavam pelo menos trinta homens com vida, nem todos estavam inteiros. — Por que não mataram a todos? — Eles podiam ter feito isso, estava bem claro que
SETE ANOS ATRÁS... Estava entediada, não havia nada para fazer nessa casa enorme. Desci o jardim irritada até ouvi duas vozes do outro lado do muro, os dois riam, era uma menina e um menino, subir na árvore para vê quem eram, ambos era loiros e tinham olhos claros a menina vestia um lindo vestido azul já o garoto um veste branca, ele ri de alguma coisa que segurava, a menina para minha surpresa não olhava para o sapo na mão do garoto, o mesmo ri, enquanto ele apertava o sapo e os olhos do bicho se esbugalharam, senti dó do bichinho, e tive que desce da árvore e ir até eles. — Por que estão fazendo isso com ele? — Perguntei irritada. — Porque é engraçado agora! — Respondeu o garoto apertando novamente. — Se eu te apertar dessa maneira irá gostar? — Digo indo até ele arrancando o sapo. — Ele só é um bicho burro. — O garoto diz tentado pegá-lo da minha mão. — O que ele te fez? — Nada, mas meu pai disse que eles não sentem dor. — Seu pai é um idiota! — Não seja ousada menina, isso
Todos me olhavam, quando acordei estava deitada em alguma tentada, Reno me encarava com preocupação, um homem estranho falar algo com ele, mas ele negava com a cabeça. — Olhe já abriu os olhos, não tem porque examinar, tenho certeza que meu irmão não se machucou. — Reno falou e fez uma careta para mim, olhei para o homem que devia ser algum curandeiro, ele usava um tipo de vestido na cor vermelha e parecia ter uma centena de anos. — Estou bem. — Digo forçando a voz para ser mais masculina, mas eu não estava bem, sentia uma dor me consumir, Daniel me olha e por um momento achei que havia me reconhecido. — É o cansaço, ele é meu irmão mais novo. — Disse Reno para o homem. — Então devo ir. — O homem pergunta para Daniel que me olha por um momento, ele continua o mesmo, destruir minha vida não o afetou em nada. — Estamos todos cansados, a viagem foi longa. — Oscar disse colocando a mão no ombro do amigo. — Sim, imagino que foi uma longa viagem depois de uma batalha. Já estamos cuid
ela se parecia muito comigo, mas era radiante até mesmo na forma como estava parada ali me olhando. Por um momento pensei que estava de frente a um espelho, mas logo percebi que ela era muito bela e que não tinha sequer um sinal da sombra que me seguiu durante tantos anos, ela era livre. — Como se chama? — Ela disse dando um passo na minha direção, ela usava um lindo vestido azul, combinava muito com ela. — Quem é? — Perguntei olhando ao redor, estávamos em um jardim. — Não vale, perguntei primeiro. — Ela diz franzindo os lábios, mas logo sorri, seus olhos eram escuros, não eram como os meus. — Dominique, é assim que me chamou. — Me chamo Calila, por que você está aqui? — Ela olha para o jardim. — Odin a trouxe? — Odin? — Eu olhei em busca dele, devia estar sonhando. — O conhece? — Ela pergunta feliz. — Porque nos parecemos tanto? — Perguntei, ela então deu de ombros. — Também não sei. — Então ela sorri para mim, e pega uma rosa. — Onde estamos? — Eu vinha aqui quando me
O sol nascia e eu continuava sentada ao lado de uma enorme árvore de lá consegui ver tudo, os homens saiam sonolentos de suas barracas e começavam os seus afazeres, eu continuava ali e não conseguia me mexer, depois que Odin me largou lá sem entender o que ele quer, Andei durante horas na floresta e depois me sentei aqui da onde meu corpo se negava sair, não era cansaço era só que tudo ficava dando volta na minha cabeça, eu tinha certeza que Calila era a razão de tudo, mas quem era ela, porque fui levada para lá? Eu só me lembro de me deitar e depois.... Senti quando alguém se sentou do meu lado, mas me neguei a olhar para o lado, não queria falar com ninguém, queria descobrir o mais rápido possível o que aconteceu com Calila, mas a pessoa queria ser notada, deu um longo suspiro. — Pensei que tivesse visto um traidor ontem, mas era só você andando de um lado para outro, o que tanto te tira o sono soldado? — Daniel diz, meu corpo ficou rígido, não queria fala com ele, nos últimos dia