Trinta e sete dias ou melhor trinta e oito se conta com hoje, e Reno não retornou e cada dia parecia se torna mais longo, Odin não deu o ar de sua presença também e Oscar estava ocupado demais para falar comigo, e tudo era tão solitário que chegava a ser um incômodo. Os garotos estavam evoluindo mas eram ansiosos demais para morrer, sempre esperando um ataque e imaginando como mataria seus inimigos, tentei colocar na cabeça oca deles que o máximo o que aconteceria era serem mortos enquanto erguiam a espada, mas se sentiam um máximo. — Viu como o derrotei. — Disse um garoto magricela de olhos trocados, nunca se sabendo para onde de fato ele está olhando. — Só porque me desviei para o lado errado! — Disse o outro se levantando rapidamente. — Precisam ser mais atentos, quando estiverem em batalha não será um amigo que irá está com a espada em seu peito, você tem que entende que devem lutar como se sua vida dependesse disso, porque ela depende. — Falei irritada, ele
Havia algo estranho em deixar de ser Dom, havia medo o que era de se estranhar, pois sairia do lado de meus inimigos, porém havia uma parte de mim que queria ficar, uma parte pequenina desejava ficar ali, só não conseguia reconhecer essa parte. — Já está tudo armado! — Disse Oscar desdobrando um pano que estava enrolando alguma coisa. — Então ficará de guarda hoje à noite? O que está.... Oscar estava segurando uma adaga, era reluzente e mesmo que não fosse o meu preferido entre coisas afiadas era belo. — Tome não leve sua espada. — Se me pedisse para ir pelada não me sentiria tão ofendida. — Porque não? — Irá se vestir de mulher novamente, não deve está com uma espada. — Isso era um absurdo. — Mas me sentirei desprotegida sem uma. — Ele revira os olhos. — É o melhor, teremos um longo caminho. — Ele não estava aberto a discussões. — Tá bom. — Peguei adaga. — Irá usar esse vestido. — Ele apontou para um vestido cinza, de péssimo gosto, muito desgastado. — É horrível! — Tem
Ele me encarava aqueles olhos profundos estavam fincados nos meus, a espada tocava meu ombro, não havia mais ninguém, era apenas ele que parecia está em uma briga, seu rosto mostrava determinação, mas podia ouvir sua respiração ofegante, ele não está pronto para me mata, só não entendia o porquê. — Me mata, não é isso que deseja? — Eu o encarei e levantei mais o pescoço, era melhor que ele terminasse com isso, não iria implorar. — Não, a quero morta, não desejo isso. — Ele disse, mas não retirou a espada. — Tem que fazer. — Ele é o cachorrinho da rainha, tem que fazer. — Tenho? — Ele abaixa a espada e sorri. — Por quê? — Sou a inimiga da sua tão amada rainha. — Ele estava brincando comigo. — Se a quisesse morta teria lhe matado no momento em que pisou os pés no acampamento. — Sabia quem eu era? — Falei confusa. — Dom — Ele sorriu. — Sério? — Eu queria me defender, mas não tinha muito a ser defendido. — Porque não me disse? — Ele esticou a mão para eu levantar-se. — Porque fu
Estava escurecendo, e eu só podia ouvi a respiração abafada de Daniel, ele parecia está pior, me levantei e fui em sua direção ele estava pálido, seus lábios estavam sem cor, peguei um pouco de água e levei até sua boca, ele bebeu, abriu os olhos. — Obrigada. — Ele disse em voz fraca. — Como está? — Apunhalado. — Ele tentou rir, mas parecia que estava sentindo dor. — Não deveria ser assim, deveria? — A ferida não era nem de longe tão profunda. — Irei ficar bem, já passei por coisas piores, mas acenda a fogueira. — Não sou muito boa em fazer isso. — Eu não tinha paciência para acender uma fogueira. — Não posso acender, precisaria das duas mãos. — Olhar eu sei que te machuquei, mas não precisa ficar falando nisso. — Ele não respondeu, talvez porque estava sem forças, apenas ficou me olhando, e se não parecesse tão mal o deixaria ali mesmo. Queria muito ser boa em fazer fogueira, seria fácil, olhei para as pedrinhas no chão seria difícil, então lembrei de Odin ele as vezes poderia
A verdade era que Daniel não tinha motivo para me ajudar, isso custaria sua vida e ele não ganharia nada, não havia uma rainha má que ele quisesse se vingar ou um reino que quisesse tomar, ele apenas me ajudava e me protegia e às vezes era amável. Balancei a cabeça para expulsar esse pensamento "Daniel não podia se amável" o medo de amá-lo tinha me atormentado nesses últimos dias, cada vez que ele era muito agradável eu era desagradável, mesmo depois de me contar que estava tudo armado no dia da emboscada, Oscar e ele havia planejado aquilo tudo. O grito de ameaça a minha fuga e o resto, as coisas tinham que se assim, pois assim ele poderia dizer que tinha que levar sua honra me matando e assim mandaria seus soldados para o reino para avisar a rainha que só voltaria com minha cabeça, isso ajudaria no plano para derrubar o reino pois ele voltaria no dia do casamento da rainha com uma proposta para ela que a levaria a ruína. E mesmo depois que ele me disse tudo, mesmo que cada parte minh
Contei toda a história para Rafi, a minha luta com Oscar o a nossa aliança para destruí o reino, e até contei sobre Lino, e como tudo tinha nos mudado, contei que Reno estava diferente, menos brincalhão e as coisas que eu não sabia Daniel estava falando, como eles planejaram tudo, como estávamos muito bem preparados para invadir o reino, e como ele tinha soldados de confiança que na hora certa irá lutar do nosso lado. E aos poucos Rafi pareceu menos desconfiado sobre Daniel, e já era noite quando Rafi me disse o que tinha acontecido com ele enquanto não estávamos juntos, ele disse que havia seguido boatos de onde eu e Reno estaríamos, mas os chegar ao jovem casal que as pessoas diziam se suspeitos, descobri-o que era apenas dois jovens que tinham estado fugindo do pai da moça, e depois disso não houve mais nada, era como se eu e Reno não tivéssemos mais vivos, ele perdeu a esperança de nos encontrar, até que teve um sonho com Reno, ele parecia está em perigo, então ele voltou a nos pro
Rocco disse que era melhor nos levar pela manhã, todos concordaram. Mas por algum motivo o silêncio me incomodou e me virei de um lado para outro até sair do pano e dar de cara com a grama, o cheiro fresco me inundou de uma forma diferente e soube que não estava na floresta onde tinha me deitado, o solo está úmido aperto minha mão na grama, antes de me levantar sinto que estou molhada, e que estou ferida muito ferida, não consigo me mexer e cada parte do meu corpo dói, uma dor que me faz querer gritar, mas ao abrir a boca sinto o sangue escorrer, sinto que meu coração está martelando. Então eu lembro, eu sei onde estou aperto mais olhos para não abri-los e seguro a grama até a dor se insuportável, eu não queria abri meus olhos, mas sabia que só conseguiria acordar se olhasse e então abri meus olhos e a vi, ela estava com os lindos cabelos loiros sujos com sangue, seus olhos estavam abertos, e tudo se tornou escuro. — Dominique. — Daniel me chamou e me levantei assustada, segurando a e
E estava quase amanhecendo quando chegamos, e um frio na barriga me fez para, Rocco me olhou e deu um sorriso amarelado, Daniel segurou a minha mão e quase soltei então Rafi segurou a outra. — Não está sozinha. — Eu sorri para eles. — Rocco irá primeiro. — Rocco disse andando na direção de meia dúzia de homens que nos olhava com curiosidade, estávamos dentro da floresta e eu não conseguia ver mais nada além de árvore e olhei mais assustada para Daniel que não parecia achar que estávamos em uma enrascada, três homens desapareceram na floresta, a pois falaram com Rocco e apertei mais a mão de Daniel e de Rafi. Então ele surgiu e parecia ter ganhado mais dez anos estava com a aparência cansada, e seus cabelos estava bagunçado ele havia acabado de acordar, e não recebi seu amável e reconfortante sorriso como esperava, ele estava sério e suas primeiras palavras me assustaram. — Como está alteza? — E a voz era firme e sem humor, ele fez uma reverência como faria se estivesse brincando, ma