Capítulo 30
Reno fez uma fogueira, se sentamos, enquanto algum bicho, que, com certeza, não era nada bom, passava. Eu devolvi a ele o saquinho, não ousei abri-lo, mesmo que minha curiosidade estivesse gritando comigo até agora, não podia tocar naquilo, não queria saber sobre os segredos que rodeava aqueles dois irmãos, não queria me apegar tanto a eles a ponto de não conseguir deixá-los, e eu teria que deixá-los, não poderia carregá-los para a morte, não podia permitir que morressem como Caio...

Caio, eu pensava muito nele, às vezes a acordava chamando seu nome, meu coração ainda dói quando me lembro dele, ainda sinto o calor de seu corpo no meu, e às vezes posso jurar ouvi-lo chamando meu nome. Lembro-me dele sorrindo, e às vezes me lembro dele me olhado, ele simplesmente conseguia me dizer o quanto me amava com aqueles olhos, (sem dizer uma palavra) me deixando tão envergonhada a ponto de me fazer baixar a cabeça.

— Domi não chore, prometo que amanhã procuro algo que dê vontade de comer. — Rafi
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