— Vou sair do quarto pra você se vestir, tem cinco minutos, vou trazer sua comida.
— Sim senhora! — ambos riram.
Rafaela saiu e voltou com uma bandeja, Renato já estava vestido com a roupa de seu irmão, uma calça de pijama azul escura e uma camiseta branca, e diga-se de passagem, lhe ficava muito bem, mas afinal, o que não ficaria bem naquele homem? Sem dúvida, ele não precisava de nada, sem roupa era a coisa mais fabulosa que Rafaela tinha visto na vida.
— O senhor deveria estar deitado, vejo que é teimoso.
— Tenha calma, senhorita, acabei de me vestir, você me deu cinco minutos, quase que não consegui esse feito.
Chegando à fazenda Almeida, Rafaela foi recebida pelo dono, seu padrinho Silvano, ele tinha um sorriso de triunfo sempre que olhava para ela, às poucas vezes em que viu aquele homem nunca o conseguiu entender.— Rafaela, filha — cumprimentou.—A bênção padrinho, como vai o senhor?—Deus te abençoe minha filha, estou bem, agora melhor. Que bom que veio. Você está tão linda — o homem falou orgulhoso.—Claro que eu viria, esse é meu trabalho, vocação, e sabe que eu lhe devo muito. — Ele sorriu com tristeza.—Não, você não me deve nada
Passado alguns dias, Renato sentia-se muito melhor, mas Rafaela nem o deixava pensar na possibilidade de ir embora ainda, as contusões estavam bem melhores, só o que a deixava mais receosa eram as costelas quebradas, como não houve nenhum problema respiratório nele, não havia o que temer, mesmo assim, ele precisava de descanso, até ficar cem por cento.Na verdade, os dois estavam felizes com a presença dele ali; ele se sentia em casa e ela se sentia muito bem com ele. Eles conversavam todas as noites quando Rafaela chegava do trabalho, ele era encantadoramente educado, culto, sua educação era algo que não passava despercebido de sua família.Todos perceberam que não se tratava de qualquer um, apes
Dois dias depois, Renato já se sentia muito melhor, então achou que era hora de voltar a sua vida, teria que telefonar para o amigo.Foi à pequena cidade com Victor, no horário em que ele costumava buscar Rafaela no serviço. Ao encontrá-la na saída, eles sorriram, ela beijou seu irmão na bochecha e fez o mesmo com Renato.Eles então foram passear um pouco, andando pela cidade, ele pôde conhecer um pouco, então pararam na praça onde faria a ligação no telefone público, mas alguém se aproximou deles, era Mauro, que cumprimentou os homens com apenas um aceno de cabeça e puxou Rafaela pelo braço.— Oi linda!— Oi senhor Almeida, como está
Renato regressou ao trabalho no dia seguinte, o caos foi ainda pior do que esperava, a imprensa estava em massa na entrada de sua empresa e sabia que se não falasse, eles nunca mais o deixariam em paz.Usou de suas técnicas antigas para despistá-los, falando com eles, mas não respondendo a nada. Desviava de todas as perguntas, com muita educação.Estou bem.Sei tanto quanto vocês.Já acionamos a polícia.Obrigado, tenham um bom dia!Entrou na empresa deixando para trás milhare
Renato estava ansioso pela chegada de Rafaela, queria o melhor para aquela garota; seu anjinho — pensou com carinho. Havia mandado preparar o melhor quarto para ela.O helicóptero já havia ido buscá-la e ele se perguntava: como ela reagiria ao se deparar com aquela realidade dele? Seus pais pouco amorosos, a irmã patricinha, o irmão um inimigo que dormiu com sua noiva.Aquela casa de luxo, imprensa atrás dele, pessoas o bajulando, mulheres interesseiras em busca de seu dinheiro e fama, não necessariamente nessa ordem. O carinho que havia entre eles iria resistir aquilo?Princip
— Agora eu entendo você quando não quis falar sobre sua família — disse, triste por ele, sentando-se na enorme cama.Ele acompanhou-a.— Ô, Rafaela, eu sinto tanto. A maneira que eles olharam pra você. Juro que quis socar meu pai, eles são uns esnobes.— Você está proibido de se desculpar por eles, ouviu?! Proibido, e nem pense em fazer tamanha asneira, ele é seu pai apesar de tudo.— Fica tranquila, tá? Eles n&ati
Eles comiam seus hambúrgueres enquanto conversavam animadamente sobre seus trabalhos quando uma figura bem conhecida por Renato e Iago apareceu. Uma que, seguramente, Renato não queria ver nem pintada de ouro.— Olá, Iago! — ela o cumprimentou, certamente não sabendo que ele foi seu delator.— Susana! — foi a única coisa que Iago disse, também muito sério. Então, ela voltou-se para Renato, que estava com cara de poucos amigos.— Renato, como você está? Preciso muito falar contigo, posso sentar?— Não, claro que não pode, não
Susana estava em seu apartamento, desolada, pensando na maneira que Renato falou com ela naquele bar, comparando com a maneira que ele costumava tratá-la. Sempre foi um homem completamente educado, gentil, romântico e apaixonado. Agora a tratava como um lixo, nem dava a chance para ela conversar com ele.Desde quando o conheceu ficou encantada por ele, foi coisa do destino, não só colocar aquele homem lindo, milionário, mas também irmão do cara que a tinha feito sofrer como uma condenada, em seu caminho.Ela, naquele momento, o viu como uma forma de finalmente fazer Guilherme pagar por tudo que a tinha feito passar, fazer ciúmes, humilhá-lo como ele havia feito com ela, mas em pouco tempo, ela percebeu que aquele homem era um príncipe e e