RiddickChegamos em casa e todos estavam dormindo. Abla foi para seu quarto e eu para o meu. Queria procurar por ela, contudo, achei melhor deixá-la sozinha. Minha rosa está machucada e, do jeito que estou, sou capaz de atacá-la. Resolvi tomar um banho antes de me recolher, pois amanhã o dia vai ser bastante cheio.Abla DinisVai lá, você consegue! Perdi as contas de quantas vezes repeti isso para mim, apenas para me dar coragem. Desde que entrei no meu quarto, a minha vontade é ir atrás dele, ainda assim, fiquei receosa. Vai que John me dá um fora...Sabe de uma, isso é o de menos. Se ele me der um fora, com toda certeza darei o troco. Pois é gente, eu sou vingativa. Eu vou, está decidido. Como Robert L Stevens disse: “Não julgue os dias pela colheita, mas pelas sementes que plantou." Se eu quero que isso dê certo, preciso acreditar em minhas escolhas. Tirei a roupa em meu quarto e coloquei um robe. Bati em sua porta, e ele não atendeu. Resolvi entrar por conta própria. Analisei o
Abla DinisTomamos café em um ambiente tão gostoso, há anos que não sentia esse clima tão bom. Chegamos à empresa antes das oito e fomos todo o caminho em silêncio. Parece-me que ainda está chateado por eu não ter dormido com ele. Riddick não entende. Eu preciso proteger o meu coração.— Hoje teremos uma reunião com a minha equipe, quero que você saiba todas os detalhes das investigações, e conhecerá oficialmente os outros integrantes dessa operação.— Certo! — O respondi antes de sairmos do elevador. Fui recepcionada por um abraço delicioso de Bel, e Riddick esperou, até que paciente, pelo gesto de carinho da minha amiga.— Bom dia senhor Riddick!— Bom dia Mabel! E a minha equipe, eles já chegaram?— Sim, todos estão na sala de reunião!— Obrigado! — Respondeu se retirando. Mabel o olhou tão engraçado, que eu quase ri.— Disfarçar essa cara de assustada, Bel.— Fica difícil, esse homem é tão bipolar! — Dramatizou, se jogando em sua cadeira.— Você tem toda razão! — Repliquei pensat
Abla Dinis— “Como sabe que sou eu?” — Interrogou com a voz dura.— Por que eu reconheci. Agora, eu quero saber quem lhe deu meu telefone? — Declarei irritada. E não é fingimento. O desgraçado me liga sem a minha permissão, e acha que tem o direito de ficar zangado?— “Foi uma pessoa em comum!” — Retrucou sarcástico. — Sei. Olhe, eu não acabarei com a raça dessa pessoa em comum, por que gostei de ouvir a sua voz. — Sorri meiga. Ai que raiva.— “Que bom!” — O desgraçado riu gostoso em seguida.— Tenho algo para lhe confessar! — Disse séria. Olhei para John e sua face não estava boa. Sentei-me ao seu lado para acalmá-lo.— “Sobre o quê?”— Não me chamo Agatha, meu nome é Abla Dinis.— “E por que mentiu?”— Desculpa, não foi nada pessoal, eu só não senti que deveria contar meu nome verdadeiro. Existe tanta gente ruim nesse mundo. Até pensei em dizer que menti, mas fiquei envergonhada. Desculpa mesmo. — Terminei acanhada. Ouvi o suspiro dele do outro lado, como se tivesse brigando para
Abla DinisAssim que todos saíram, John se aproximou de mim, perigosamente. Céus! Onde está minha raiva? Bastou o infeliz me olhar dessa forma, que todo o meu corpo se arrepiou. Este não é o momento, Abla! Bom, não sou tão forte. Fui até a porta e tranquei. Deus me ajude, pois já estou viciada nesse homem.— O que está fazendo? — Ele indagou, me alcançando na porta.— Culpa sua! — Declarei tirando o meu casaco. — O que é culpa minha? — Perguntou-me, mais confuso. Não quis respondê-lo, apenas o peguei desprevenido, derrubando-o ao chão.— Saia de cima de mim. — Rosnou. O calei, quando sentei em cima do seu membro.— Eu quero você, agora! — Confessei me esfregando feito uma maluca nele. Estou com saia, e ela já está no meio da minha cintura.— Você quer? — Inquiriu gemendo.— Quero sim, e, isso é culpa sua.— Me explique como tudo isso é culpa minha. — Interpelou. Ele sabe a forma que me deixa e brinca comigo. Safado!— Não resisto quando me olha dessa forma perigosa. Sabe muit
RiddickAcho que estou fazendo algo de muito errado. Só pode. Quando penso que avancei com a minha rosa, ela do nada, se afasta. Desde aquele dia no escritório, onde fizemos aquele sexo intenso e gostoso, ela está distante. Depois do sexo, ela se sentiu culpada, disse que não deveria agir dessa forma no local de trabalho. Mesmo eu dizendo que não ligo, que se eu pudesse, a teria todos os dias, ela não se deu por vencida. Admito, que fiquei muito puto. Primeiro, aquele filho da puta do Trayrom ou Moryart, sei lá o nome desse puto, desgraçado. Ele quer tirar a minha rosa de mim, só que eu não irei deixar. Sei que a minha rosa não sente nada por ele, mas isso pode mudar, vai saber, né. Eu preciso viciá-la em mim, até chegar ao ponto de não me querer longe. Depois do Moryart, foi a vez do amigo dela. Quando ouvi o imbecil chamando-a de gostosa, porra, eu quase tive um troço. Ainda mais quando ela sorriu. Isso para mim foi o fim. Eu quis gritar, xingar, mas fiz o possível para me controla
RiddickEntrei em minha sala e a encontrei dispersa em seus pensamentos. Aproximei-me e mesmo, assim não percebeu a minha presença, ou, simplesmente não quis me olhar. — Abla! — A chamei.— Oi! Está há muito tempo, aí? — — Não, cheguei agora. Qual é o problema? — Não há problema. — Respondeu rápido. Não insisti para não acabarmos brigando.— Tudo bem. Quero que se organize, partimos para Londres em dez minutos! — Avisei pegando alguns documentos na gaveta da minha mesa.— Por que vamos á Londres? — Indagou com a feição totalmente diferente. Parecia até mais leve.— Um caso. Se prepare, não será fácil!— Deixe apenas eu me trocar. — Informou-me se dirigindo até sua bolsa na cadeira. Analisei suas roupas e minhas mãos coçaram. Abla está vestida em um vestido tubinho preto, que evidencia todas as suas curvas deliciosas.— Por quê? Você está ótima.— Quando estou em campo, prefiro calças, são mais confortáveis. — Abriu sua mala de mão, pegou uma calça social preta e uma blusa social fe
Abla DinisDroga! Eu me apaixonei pela forma que me tocou, sem ao menos usar as mãos. Estou ferrada!— Eu só quero entender como chegam a esse ponto. — Joan disse bebendo água. Ela está com raiva.— De acordo com o artigo, a separação da família foi a causa mais comum, sendo responsável por 66 por cento dos casos, embora isto incluísse questões domésticas relacionadas, tal como o acesso aos filhos. As dificuldades financeiras foram o segundo motivo mais citado, seguido pelo crime de honra e doença mental.— Eu não sei como podem fazer esse tipo de coisa. Tirar a vida de uma criança, de um ser tão inocente e frágil. — Vitor falou demonstrando o quanto esse assunto o abalou.— Abla, você disse que no artigo eles identificaram quatro tipos de assassinos. Quais foram? — Riddick lembrou-me.— Os assassinos são: Hipócrita, decepcionado, paranoico e anímico. — Terminei. Eles anotaram e se calaram. Acho que perceberam que não desejo falar mais sobre isso. Esse assunto é desgastante, sem dú
Abla DinisRiddick tem toda razão, o elemento está ficando mais agressivo em suas investidas. Precisamos impedi-lo o mais rápido possível. Peguei meu celular e disquei o número do Jejei.— “Fala delícia!”— Vocês já chegaram à delegacia?— “Sim amor. Do que precisam?”— Precisamos que pesquise se a família Moore tem algum inimigo, dívidas, qualquer coisa que encontrar, eu quero saber tudo.— “Um segundo!” — Ele me pediu. Pedi que John e a agente Dana esperassem um pouco.— E então? — Perguntei, quando ouvi que havia parado de digitar.— “Nada, delícia. Eles são limpinhos e corretos. Pais exemplares, totalmente generosos, ou seja, não tinha o porquê de morrerem tão cruelmente.”— Droga! Agradeço amor. Só mais uma coisa. — Falei chamando a sua atenção.— “O quê?”— Pesquise se tem alguém... Digo, um vendedor nessa área. Algum morador de rua, qualquer coisa suspeita nesse bairro. Faça uma pesquisa minuciosa.— “Certo, quando eu tiver algo te chamo!”— Você é o melhor, sabe que o amo!— “