Abla Dinis— Morreu em março deste ano! — Provavelmente este foi o estopim para tirar a vida dessas mulheres. Não pode descontar no objeto da sua mágoa, então está descontando nessas mulheres. — Comentei abrindo a porta e esperando ele para sair comigo da casa.— Vamos lá pegar esse desgraçado. Por favor, tenha cuidado. — Me pediu preocupado.— Eu terei, não se preocupe chefe! Delegado, está na escuta? — Chamei pelo microfone.— “Sim senhorita Dinis!”— Lembre-se do nosso acordo, delegado, cinco minutos. — O lembrei calmamente. Ontem depois da praia, pedi ao delegado para me deixar cinco minutos com o homem quando o pegarmos. Não vou matá-lo, mas inteiro ele não vai ficar.— “Entendido senhorita, apenas não o mate”. — Combinado! Vamos John, quero acabar logo com isso. — Falei ansiosa. Nós dois combinamos de fingir uma briga e eu sair sem ele. Tenho um rastreador escondido no cabelo e uma escuta. Como meus cabelos são cheios, o desgraçado nem vai perceber, e se caso isso acontecer,
Abla Dinis— Agora Riddick! — Falei baixo. Eu havia escrito um bilhete para o John ir traduzindo para mim em havaiano. Ele começou a ler, e eu repetia para o funesto. Para esse ser toxico. — Eu conheço o seu tipo! — assim que falei ele estacou no lugar — Você é um ser desprezível, uma vergonha para a sociedade. Por isso sua mãe não te quis.Peguei pesado, esta foi a intenção. Ele precisa esquecer a vítima. O nocivo encarava-me perigosamente, e se aproximava com a sua arma em punho.— Você não me conhece! — Ele disse e, o Riddick traduziu para mim.— Claro que conheço. Você foi desprezado pela única pessoa que amou na vida, ela tirou toda a sua dignidade. Você é fraco Kalani! Por isso faz o que faz. Mata mulheres inocentes para descontar suas frustrações. — Desamarrei as minhas mãos a tempo de ele vir em minha direção com o facão erguido para me acertar. Segurei seu braço no ar, e lhe dei um chute no abdome. — Podem entrar, a vítima está aqui! — Informei olhando para o homem a minha fr
Abla Dinis— As melhores famílias, brigam. Lembro-me de sempre estar aos tapas com a minha falecida irmã, e a nossa mãe ficava furiosa.— Eles não me entendem. Não posso fazer o que eles querem. Quero seguir uma profissão que eu ame.— Qual profissão? A propósito, qual o seu nome? Eu me chamo Abla!— Eu me chamo Ana! Eles querem que eu seja engenheira, mas a minha paixão é medicina. Quero ser a primeira jovem negra da minha cidade como médica. — Disse sonhadora.— É um sonho muito nobre, por isso não desista. Depois que estiver com a cabeça fria, vai voltar para seus pais, pedir desculpa pela forma que saiu, depois vão conversar civilizadamente.— Não sei como fazer isso.— No momento certo vai saber. Agora enxugue suas lágrimas e levante a cabeça. Lembre-se: Nem todos os dias são bons, mas há algo bom em cada dia. — Terminei filosofando. A jovem riu da cara que eu fiz e eu fui junto. Estávamos conversando coisas aleatórias, quando uma mulher se aproximou de nós duas.— Então, é você,
Riddick— Se ela fez isso, chegou dessa forma em você, Porque não correu? — Questionei terminando o curativo. Graças a Deus a ferida é superficial, e nem precisa de pontos.— Quando o sapato aperta, alguns vão embora da festa, mas outros ficam descalços e continuam a dançar! — Exclamou dando de ombros. Abla, e seus ditados malucos!— Era para eu entender alguma coisa? — Inquiri sendo irônico. Ela revirou os olhos, antes de me responder, desaforada!— Só quero dizer que eu nunca fujo de uma briga, seja ela qual for.— Ela poderia ter te matado! — Falei engolindo seco.— Mas ela não matou. Escuta John, eu estou bem, só quero ir embora. Acho que essa viagem para mim já deu. — Levantou do sofá fazendo uma careta de dor.— Tudo bem, irei pedir para arrumarem o avião. — Anunciei comum suspiro.— Agradeço, vou arrumar minhas coisas, só preciso mandar o relatório para o delegado. — Concordei e fui em direção ao telefone. Minha cabeça está fervilhando. Quando penso que está tudo bem, acontec
RiddickChegamos em casa e todos estavam dormindo. Abla foi para seu quarto e eu para o meu. Queria procurar por ela, contudo, achei melhor deixá-la sozinha. Minha rosa está machucada e, do jeito que estou, sou capaz de atacá-la. Resolvi tomar um banho antes de me recolher, pois amanhã o dia vai ser bastante cheio.Abla DinisVai lá, você consegue! Perdi as contas de quantas vezes repeti isso para mim, apenas para me dar coragem. Desde que entrei no meu quarto, a minha vontade é ir atrás dele, ainda assim, fiquei receosa. Vai que John me dá um fora...Sabe de uma, isso é o de menos. Se ele me der um fora, com toda certeza darei o troco. Pois é gente, eu sou vingativa. Eu vou, está decidido. Como Robert L Stevens disse: “Não julgue os dias pela colheita, mas pelas sementes que plantou." Se eu quero que isso dê certo, preciso acreditar em minhas escolhas. Tirei a roupa em meu quarto e coloquei um robe. Bati em sua porta, e ele não atendeu. Resolvi entrar por conta própria. Analisei o
Abla DinisTomamos café em um ambiente tão gostoso, há anos que não sentia esse clima tão bom. Chegamos à empresa antes das oito e fomos todo o caminho em silêncio. Parece-me que ainda está chateado por eu não ter dormido com ele. Riddick não entende. Eu preciso proteger o meu coração.— Hoje teremos uma reunião com a minha equipe, quero que você saiba todas os detalhes das investigações, e conhecerá oficialmente os outros integrantes dessa operação.— Certo! — O respondi antes de sairmos do elevador. Fui recepcionada por um abraço delicioso de Bel, e Riddick esperou, até que paciente, pelo gesto de carinho da minha amiga.— Bom dia senhor Riddick!— Bom dia Mabel! E a minha equipe, eles já chegaram?— Sim, todos estão na sala de reunião!— Obrigado! — Respondeu se retirando. Mabel o olhou tão engraçado, que eu quase ri.— Disfarçar essa cara de assustada, Bel.— Fica difícil, esse homem é tão bipolar! — Dramatizou, se jogando em sua cadeira.— Você tem toda razão! — Repliquei pensat
Abla Dinis— “Como sabe que sou eu?” — Interrogou com a voz dura.— Por que eu reconheci. Agora, eu quero saber quem lhe deu meu telefone? — Declarei irritada. E não é fingimento. O desgraçado me liga sem a minha permissão, e acha que tem o direito de ficar zangado?— “Foi uma pessoa em comum!” — Retrucou sarcástico. — Sei. Olhe, eu não acabarei com a raça dessa pessoa em comum, por que gostei de ouvir a sua voz. — Sorri meiga. Ai que raiva.— “Que bom!” — O desgraçado riu gostoso em seguida.— Tenho algo para lhe confessar! — Disse séria. Olhei para John e sua face não estava boa. Sentei-me ao seu lado para acalmá-lo.— “Sobre o quê?”— Não me chamo Agatha, meu nome é Abla Dinis.— “E por que mentiu?”— Desculpa, não foi nada pessoal, eu só não senti que deveria contar meu nome verdadeiro. Existe tanta gente ruim nesse mundo. Até pensei em dizer que menti, mas fiquei envergonhada. Desculpa mesmo. — Terminei acanhada. Ouvi o suspiro dele do outro lado, como se tivesse brigando para
Abla DinisAssim que todos saíram, John se aproximou de mim, perigosamente. Céus! Onde está minha raiva? Bastou o infeliz me olhar dessa forma, que todo o meu corpo se arrepiou. Este não é o momento, Abla! Bom, não sou tão forte. Fui até a porta e tranquei. Deus me ajude, pois já estou viciada nesse homem.— O que está fazendo? — Ele indagou, me alcançando na porta.— Culpa sua! — Declarei tirando o meu casaco. — O que é culpa minha? — Perguntou-me, mais confuso. Não quis respondê-lo, apenas o peguei desprevenido, derrubando-o ao chão.— Saia de cima de mim. — Rosnou. O calei, quando sentei em cima do seu membro.— Eu quero você, agora! — Confessei me esfregando feito uma maluca nele. Estou com saia, e ela já está no meio da minha cintura.— Você quer? — Inquiriu gemendo.— Quero sim, e, isso é culpa sua.— Me explique como tudo isso é culpa minha. — Interpelou. Ele sabe a forma que me deixa e brinca comigo. Safado!— Não resisto quando me olha dessa forma perigosa. Sabe muit