Riddick— Eu falei para você, não procurar gracinha com ela! Você está surdo, porra?— Calminho aí, John, eu não fiz nada demais. — O idiota ainda falar rindo da minha cara. Filho da puta! — Eu estou me segurando para não esmurrar essa sua cara. — Ele fez questão de ignorar o que acabei de falar.— Cara você viu como ela é ousada? — Minha feição ficou branda.— Percebi, ela é diferente! — Eu disse sem esconder a minha cara de idiota.— Como assim, você ainda nem provou da garota e já está apaixonado! — JJ falou sério. Quando eu ia responder, meu telefone tocou. Eu atendi, querendo mudar de assunto.— Riddick falando! — Depois que ouvir a outra pessoa, desliguei já me levantando.— Aonde vai, cara? — Meu amigo perguntou ainda sério.— Uma cena de crime, me pediram para dar uma olhada.— Beleza, eu irei com você!— Eu irei levar Abla, mas você pode vir junto. — Avisei sério.— Tá bom, mas, eu ainda não esqueci sobre a nossa conversa, afinal, você não respondeu a minha pergunta. —
Riddick— Mulher negra, aparentemente suicídio. — Olhei para Abla e ela também se encontra muito séria. Ela foi para onde havia uma mulher da perícia e pediu um par de luvas. Ela analisou toda a cena de crime, depois que fez isso, a chamei. Eu gosto do jeito que ela fala, me dá um tesão descomunal.— E então Abla, o que achou? — A chamei pelo primeiro nome que me olhou sorrindo. Acho que ela gostou, sei lá. É muito difícil ler essa mulher.— Ela não morreu afogada! — Ela proferiu séria, chamando a atenção do delegado.— Como não? Você a viu, está submersa na banheira.— Eu vi sim, delegado. — Ela nos chamou para perto do corpo e apontou para o pescoço.— Está vendo? Ela foi asfixiada primeiro, ou seja, alguém a enforcou com as mãos, e depois de morta, encheu a banheira e a colocou dentro para dizer que a pobre moça se matou.— Concorda com isso? — Delegado Murilo me perguntou, embasbacado. É meu caro, você ainda nem viu nada.— Ela está certa, e pelas marcas estamos procurando um home
RiddickChegamos à empresa, Abla desceu primeiro, e J ficou para entrarmos juntos.— Cara, essa mulher é quente viu! — Dei meu pior olhar a ele, claro que tirei os óculos.— Eu já avisei J.— Calma meu irmão, jamais daria em cima da sua mulher, mesmo que ela não saiba disso ainda. —Nós dois gargalhamos pelo o que ele disse.— Acho que ela sente algo por mim. — Comentei pensativo.— Você ainda acha? A mulher não parava de lhe secar, meu camarada!— Sério? — Questionei um tanto incrédulo.— Claro né. Cara, tu és muito lerdo para essas coisas.— Vai se lenhar, idiota! — Ele saiu do carro gargalhando.— É muito engraçado o jeito que se descontrola, por ela. — Ele não fez questão de ficar para ouvir minha resposta, saiu na frente.Quando entro no rol da empresa, vejo uma cena bem peculiar em que a minha deliciosa Abla, está envolvida.— O que é que está acontecendo aqui? — Eu perguntei sério, demostrando o quanto estou puto.— O que é que está acontecendo aqui? — Eu perguntei novamente, já
Riddick— Mandou me chamar, senhor Riddick?— Sim, sente-se senhorita Dinis! — Ela se sentou e me encarou altiva. Que mulher ousada!— Precisa de ajuda com alguma coisa? — Ela perguntou como se tudo estivesse normal.— Não se faça de cínica, você sabe muito bem o que quero conversar. — Eu disse perdendo a minha paciência.— Não tem o que conversa, eu lhe disse o que faria se ele tocasse em mim novamente.— Eu não estou falando desse verme, ele teve o que mereceu. Eu quero saber sobre o fato que aconteceu no elevador. — Ela arregalou os olhos, e sua respiração ficou um pouco alterada, foram apenas segundos, porém, eu percebi.— Peço desculpas, isso não voltará acontecer...— Sei. Eu não quero que isso se repita senhorita. Está claro?— O senhor deixou claríssimo no elevador! — Ela disse com sarcasmo. Está virando habito, esse seu comportamento.— Que bom! Agora pode ir. — Ela se levantou, mas antes de sair, se pronunciou.— O delegado Murilo ligou, disse que eles pegaram um homem que
Abla Dinis "Não tenha medo do que você quer ser, ou ter, mas esteja sempre disposta a pagar o preço disso."Esse foi o conselho que a minha mãe me deu, quando eu tinha 13 anos. Eu lembro que uns colegas haviam me insultado, me falaram muitas coisas ruins. Eu fiquei muito mal nesse dia. Agora nada se comparou ao que passei ontem, quando aquele desgraçado me chamou de vadia. Eu perdi a cabeça! Eu posso ser chamada de muitas coisas, perigosa, louca, e até sádica, eu não farei nada com a pessoa. Afinal, eu possa ser algumas coisinhas desse tipo. Alguns mais, outros menos. Agora, nunca me chame de algo que não sou, eu fico possessa. Vocês perceberam, fico fora de mim. Quebrei o braço daquele filho da puta, e se houvesse outra oportunidade, faria de novo ou até pior.Não sei vocês, mas, eu tenho uma mulher má dentro de mim. Às vezes ela toma conta e eu deixo, afinal, ninguém é bom o tempo todo. A maldade reina em tudo e em todos. Às vezes é preciso ter maldade, até para colocar uma bondade
Abla Dinis — Para quê? — Ele disse dando um murro na mesa, me assustando.— Eu não entendi a pergunta! — Eu disse sincera.— Você é como os outros, deseja ver a minha feiura, deseja ver a aberração que me tornei. — Declarou acusatório. Meu Deus, que absurdo, nunca ouvi tanta besteira em uma só boca.— Isso nunca saiu da minha boca! — Eu disse também alterada.— E precisa? O seu pedido já me disse o suficiente. — Ele falou se levantando. Esse homem é um grosso de carteirinha viu.— Eu não preciso de pessoas para me lembrar do quanto sou diferente, para me lembrar que não sou bonito. — Eu também levantei, já no meu limite. Eu nunca fui de perder a cabeça desse jeito, mas com esse ser que eu chamo de chefe, eu não consigo me controlar.— Senhor Riddick, bonito é o que somos por dentro, o que somos por fora, acaba com o tempo!— É mesmo? Falar é fácil para quem não está no meu lugar. Dramático! Parece até minhas filhas.— Eu sei que não estou em seu lugar, mas isso não é motivo para me
Riddick — Boa noite! — Eu disse passando uma tranquilidade, que eu estava longe de sentir.— Boa noite! — Ela disse, até que um pouco seca.— Como está? Sério John! Você faz melhor que isso.— Na medida do possível! — Resposta interessante.— O que está bebendo?— Suco de manga!— Não bebe?— Não, o álcool atrapalha os sentidos e eu gosto de estar sempre alerta.— Que bom! Ponto para você, minha rosa selvagem. Pensei em fazer algo, mas não sei se ela aceitaria. Levantei e estendi mão.— O quê?— Quero a sua permissão para tocá-la! — Ela me olhou surpresa, mas balançou a cabeça em positivo. — Quer dançar?— Quero! — Ela colocou sua mão na minha, e eu senti meu corpo todo em chamas.— Onde está Mabel?— Como sabe que vim com ela?— Eu a ouvir falando que sairia com você, então, deduzi que essa é a saída. — Ela sorriu pela primeira vez.— Me abandonou, achou uma companhia, deve está por aí. — Quando chegamos à pista de dança, começou uma música lenta.— Poxa, eu pensei que aqui é uma
Abla DinisUma vez conversando com uma colega que serviu comigo no exército, ela me disse algo interessante, que agora pensando bem, faz todo sentido. Ela disse: Fique com quem te despe a alma, porque a roupa qualquer um sabe tirar... Na época eu era muito nova, não entendi o que ela quis dizer, pelo menos até agora. Porra!!! Eu preciso me focar em outras coisas.— Bom dia Abla! — Tentei amenizar a aflição da minha face, mas foi muito difícil.— Bom dia, Carson!— Está com algum problema? — Indagou levantando suas sobrancelhas. Como sempre, astuto esse homem.— Sim, mas nada que eu não possa dá um jeito. Sua mentirosa, você nem sabe o que fazer. A minha mente, me acusou. Vai se lenhar mente!— Se você está dizendo! — Ele disse sem acreditar no que acabei de falar. Eu não o culpo, afinal, nem eu acreditei.— E aquele assunto que lhe pedi ajuda?— Hoje à noite... — Quando ele ia falar, meu telefone tocou. Droga! Olho a tela e vejo o nome do meu delicioso chefe. Ele me mandou uma mensag