Abla Dinis — Abla, pensamos que você tinha sido sequestrada! — Joan falou nervosa. — Como assim? — Perguntei sem entender. — Riddick veio até seu quarto e estava aberto e, todo revirado. — Vitor explicou guardando sua arma. Agora, minha cara que está assustada. — Eu não sei nada disso, eu pass..., quer dizer, queria tomar um ar, então saí um pouco. — Parei de encarar Riddick, me sentindo sem graça. Eu não posso dizer que passei mal novamente. Ele vai ficar preocupado e, esse não é o momento. Acabei vomitando todo o lanche que comemos no carro. Culpei a cena de crime de mais cedo. Foi apenas mirar nas malditas fotos que a comida subiu. — Então, se não foi você que fez essa bagunça, alguém fez. Pessoal ligue para o Jejei e mande que venha para o hotel. Abla, pegue suas coisas, vamos para meu quarto! — John declarou, como sempre autoritário. Jejei preferiu ficar no avião. Ele nunca gostou de hotéis. Fiz o que John falou, peguei minhas coisas e saí do quarto com ele em meu encalço.
Abla Dinis Já faz duas horas que chegamos a New York. Foi uma viagem estranha. Quando acordei no hotel, na cama do John, estava sozinha. Ele entrou no carro e me tratou super frio. Mandou-me na frente para o avião e, disse para ficar no quarto privativo. Fiz a viagem toda deitada, por isso não falei nada. Estou com dores nas cadeiras, seios sensíveis e muita dor de cabeça. Coisa que nunca tive na vida. Para não preocupar o John, liguei para Nena e pedi que me fizesse um chá. Ela insistiu tanto que eu falasse o que estou sentindo que não deu outra. Despejei tudo, ela simplesmente me respondeu que sabia exatamente do que precisava e que quando chegasse, me daria. Espero que o efeito seja instantâneo. Passei a viagem toda dentro do quarto. Riddick entrou uma vez para saber como eu estava. Ao descermos do avião, não vi a equipe, John informou que foram na frente. Eles nem falaram comigo. Cacete! Deu-me vontade de chorar. O que está acontecendo comigo? Riddick me deixou em sua casa
Abla Dinis — “Olha só, é a vagabunda!” — O que quer comigo? Já lhe falei que não conheço nenhum, Trayrom. — “Sabe, conheci suas filhas. São duas pestinhas.” — Falou como se não quisesse nada. Meu coração gelou no peito. — Sua... — “Acho bom você não me xingar ou quem vai sofrer são elas.” — Está blefando! — Exclamei esperançosa. — “É mesmo? Vamos dar uma provinha a nossa querida mamãe.” — Falou se movimentando do outro lado da linha. — Ei! — Chamei. — “Mamãe, mamãe.” — Ouvir as vozes das minhas meninas. Céus! O que faço? — Não machuque minhas filhas. — “Isso vai depender de você.” — Faço o que você quiser, apenas não machuque as minhas filhas! — “Hum, maravilha. Quero que você venha me encontrar no endereço que mandarei via SMS.” — Certo. O que você quiser! — “Vadia, não me engane, ou suas filhas vão pagar. Venha sozinha e eu deixarei elas irem.” — Dou a minha palavra. Agora deixe-me falar... — Ela desligou o telefone na minha cara. Saí correndo do meu quarto, faz
Riddick — Olha, eu não tenho nada a ver com isso. A passageira que me pediu para que a levasse a um lugar. Pediu para esperar. Ela me entregou esse bilhete para entregá-lo e mandou suas filhas entrarem no meu táxi. — O homem explicou, entregando-me o papel. Agradeci e me afastei para ler o que ela escreveu em alta voz. — John, a Mara pegou as minhas filhas. Eu não pude lhe contar, ou elas ficariam em perigo. Perdoe-me por tudo. Ps; Quando resolver isso, quero conversar com você sobre duas coisas. Uma delas, eu já devia ter falado, porém, o meu receio não deixou. — Vamos ter calma, sabemos que ele não vai machucá-la! — Joan falou. — É, não pode ficar pior do que isso! — Vitor disse complementando. — Menino John, pode sim ficar pior! — Nena falou se aproximando de mim. Ela voltou a chorar. — O que quer dizer, Nena? — Inquiri. — Ontem, a Abla chegou não se sentindo muito bem. Ela disse que poderia ser uma gripe, no entanto, desconfiei de outra coisa. — Nena explicou me entregan
Abla Dinis Cacete! Meu corpo todo dói. Parece que um caminhão passou por cima de mim. — Hum, a vadia está acordando. — Ouvi a voz de Mara, e todas as lembranças vieram de vez em minha mente. — E as minhas filhas? — Questionei, me levantando. Demonstrei todo o meu desprezo para esse ser diabólico. — Não que seja da sua conta, sua ridícula, suas pestinhas já devem estar em casa. O mestre quer apenas você. — Me informou com nojo. — Cadê o seu chefe? — Questionei com meus olhos fulminantes. Recuso-me chamar esse verme de mestre. A maluca veio para cima de mim sem que ao menos eu esperasse e começou a me esbofetear. Eu não esboçava nada. — Você quer tirar ele de mim, porém, ele é meu! — Esbravejou ainda me batendo. Que mulher maluca viu. Para que se rebaixar tanto por um homem? — Se ele não te quer, parte para outra, sua idiota! — Acabei não controlando minha boca. Ah, que se foda! Já estou apanhando mesmo. — Ele é meu! — Continuou dando t***s em minha face. Ela vai se arre
Abla Dinis A corrente que ele puxou de meu pescoço possui fotos das minhas filhas, ainda sim, tem outra finalidade. Um transmissor analógico. Eu poderia enviar minha localização para o que dei as minhas meninas, só que sem meu colar, não posso fazer nada. Porra! — São as minhas filhas. — Apelei para o lado emocional dele. Sei lá, vai que dá certo. — Basta você ficar quietinha e fazer o que mando, aí pensarei se vou devolver ou não. — Sentou guardando minha corrente em uma gaveta com chave. Homem sem coração! — Você me dá sua palavra? — Perguntei com os olhos cheios de lágrimas, Céus, as minhas pequenas devem está muito nervosas. Moryart olhou-me estranho. — Eu dou a minha palavra! — Pegou o telefone. — Jô, leve a senhorita Abla para o seu quarto. Saí sem olhar para trás. Eu poderia fugir, entretanto, o fato de não saber onde estou, pode me prejudicar. Posso estar em qualquer lugar de New York ou pior, fora dela. O que sobra é pedir a Deus por um plano e que ele não descubra
Riddick Nesse dia, todos lhe encaravam como uma louca. Eu não fiz isso porque conheço o seu temperamento. Todo caso, ela se envolve demais. É uma qualidade e um defeito dela. Para completar aquele dia, depois que saímos da delegacia, ela confidenciou que o seu discurso não era dela e, sim de um cantor brasileiro, falecido. Que ela só pegou emprestado e adaptou um pouquinho. De tanto pensar nela, acabei caindo no sono. — JONH, JONH... — Ouvi a voz de Abla chamando-me. Abri meus olhos rápido e percebi que ainda estou no quarto. — Abla, é você? — Perguntei para o nada. — Ele vai me matar John, me ajuda. — Pediu desesperada. Nunca senti tanto medo em sua voz. — Me diga onde está, por favor... — Pedi aflito. — JONH, JONH... — John, John. — Ouvi a voz de um homem me gritando, literalmente falando. Levantei correndo, puxando minha arma debaixo do travesseiro. — Sou eu, Jejei! — Se identificou. Fiquei alguns segundos ainda com minha arma apontada para ele, depois abaixei. Olhei o qu
Abla Dinis — Ela é amante dele! — Continuou. Essa miserável acabou de matar a mim e ao meu bebê. Com toda raiva que me acometeu, atirei o lápis nela, acertando sua jugular. Mara caiu no chão segurando seu pescoço e agonizando. Vai tarde sua desgraçada! — Mentiu para mim esse tempo todo. — Não foi uma pergunta. Veio em minha direção sem se importar com o corpo estirado em seu escritório. — Não se aproxime mais! — Pedi segurando o choro. Droga de hormônios! — Esse bebê não vai vingar. — Me informou com um sorriso perverso. Protegi-me atrás de sua mesa e sua gaveta está aberta. Sem ele perceber, pego meu colar, abro o dispositivo e aperto o transmissor. Pelo relógio na parede, já está bem tarde. — Não precisa fazer isso, ele não tem culpa. — Implorei. — Dormiu com meu maior inimigo! Eu não a quero mais como mulher. Vou usar e abusar do seu corpo, matar essa coisa que chama de bebê, arrancar a cabeça de suas filhas. Matarei todos que ama, e por último, será você. — Disse apert