DianneAcordei com a claridade do dia, percebendo ter perdido a hora naquela manhã. Aos domingos, eu sempre saía para correr no parque. Espreguiçando-me, senti uma leve dor de cabeça. Isso era recordação da bebedeira. Há muito tempo não bebia como na noite anterior. Um total de nove cervejas, seis shots de tequila e um Sex on the beach que dividi com a Karen.Olhei para o lado e o encontrei vazio. Sentei-me e tentei ouvir se algum ruído vinha do banheiro, mas nada chegou aos meus ouvidos. Olhei no chão e as roupas de Adan não estavam lá. Recusava-me a acreditar que ele havia ido sem se despedir.Levantei-me, peguei o robe sobre o divã e vesti-o. Abri a porta do quarto e corri para a escada. Ao me aproximar dos últimos degraus, senti um cheiro delicioso vir da cozinha. Sorri. Ele não havia ido embora. Caminhei até lá e Adan estava em frente ao fogão, de costas para mim. Andei até ele silenciosamente e o abracei por trás.— Bom dia, querida.— Bom dia, presidente. — Beijei as suas costa
DianneO caminho não foi tão longo. Ao nos aproximar do Capitólio, havia um grupo que fechava a rua fazendo protesto contra as mudanças no seguro social. Era óbvio que isso aconteceria. Adan, assim como milhares de americanos, sabia o quanto de golpes havia no sistema criado para favorecer as pessoas mais necessitadas. Várias denúncias surgiram durante o governo anterior sobre pessoas estarem recebendo o dinheiro em nome de outra, que nem sequer sabia que o benefício estava ativo no seu nome. Ou de pessoas que fraudavam as suas inscrições para se enquadrarem no direito de receber o dinheiro mensal.A mudança que Adan e a câmara dos governadores aprovaram, consistia em haver investigação nos casos sob suspeita e um critério maior e mais refinado para futuras aprovações. E sem dúvidas isso estava criando revolta em algumas pessoas. Na sua maioria: cidadãos de classe média e políticos corruptos.Quando enfim conseguimos parar, desci e segui para a área dos jornalistas utilizando do artif
DianneAs portas se abriram no primeiro piso e fui guiada até mais adiante, parando diante de uma porta dupla de mogno. Fiquei impressionada. Era uma sensação indescritível estar ali. Acho que um jornalista da Times jamais chegou tão longe dentro da Casa Branca. Eu estava dentro na Casa da Família Presidencial.O homem abriu as portas e fez um sinal cortês para que eu entrasse. Ao pisar lá dentro, o meu coração disparou e as minhas mãos suaram frio. Aquela era a Sala de Jantar da Família. A decoração estava diferente da foto que vi na internet, mas era tudo muito bonito. Sobre a mesa redonda de oito lugares, o almoço estava servido.A porta foi aberta novamente e Adan entrou, trancando-a.— Isso é loucura. Eu não devia estar aqui — disse, com um sorriso nervoso.— E por que não? — Aproximou-se, pegando as minhas mãos e levando-as até os seus lábios, beijando-as em seguida.— E se Estela chegasse aqui nesse momento? Por mais que o casamento seja de pura aparência, não queremos magoá-la
DIanneAdan tinha um tamanho ideal. Diria treze ou quatorze centímetros de comprimento e uma circunferência um tanto robusta que não sabia precisar quanto. Caberia direitinho na minha garganta sem me fazer sentir ânsia ou asfixiar.Quando o seu membro inteiro foi guardado na minha boca, comecei a chupá-lo tirando e engolindo-o novamente. Adan gemeu por meu nome e agarrou os cabelos da minha nuca, mas permitiu que eu continuasse a ditar a forma com a qual o degustava.— Querida... — grunhiu exasperado, ao sentir os meus dentes rasparem a sua glande com muito cuidado. — Ahhh! Perfeita. — Chupou o ar entre os dentes.Gradativamente, comecei a engoli-lo mais rápido e com mais pressão na minha sucção. Adan estava ficando louco. Os seus gemidos ficavam mais altos ecoando pela sala. Tinha certeza de que poderia ser ouvido se alguém encostasse o ouvido contra a porta.O seu pau ficou ainda mais duro e a ponta inchada, latejou forte. Soube que o seu orgasmo estava próximo. Então, para torturá-l
DianneCuidadosamente, Adan colocou o colar no meu pescoço. Quando prendeu o fecho, beijou a minha nuca, fazendo-me arrepiar no local. Soltei os meus cabelos e virei de frente para ele novamente. Toquei o pingente e era quase como se eu pudesse senti-lo pulsar entre os meus dedos, como magia.— Esse é meu coração e o laço representa que ele será eternamente o seu.— Irei cuidar e amar com muito carinho. — Beijei-o.Sentamo-nos no sofá, bem juntinhos, e trocamos carícias e mais beijos.— Adan...— Sim, querida.— As coisas entre nós estão caminhando para um rumo sério. Não acha que talvez seja hora de contar a Estela?Ele respirou fundo e abraçou-me mais apertado.— Eu não sei como fazer isso. Eu amo Estela. Ela é uma pessoa importante na minha vida, temos uma história. Uma longa história. Ela é uma grande amiga, tenho medo de usar as palavras erradas e machucá-la.— Entendo. Mas não podemos nos esconder eternamente. Talvez não exista palavras certas ou erradas. — Encarei-o com sutileza
DianneNo dia seguinte, esperei ansioso pelo cair da noite. Assim que entrei na Suíte Master da Casa da Família, tomei um banho e me troquei rapidamente. No fundo da casa, um carro blindado sem identificação oficial, o mesmo que usei para ir até Dianne na madrugada de domingo, esperava por mim.O caminho para a sua casa nunca foi tão longo. Já passava das onze quando o carro estacionou à frente, perto do meio-fio. A rua estava deserta e sem luzes nas janelas, com exceção de Dianne. As luzes no andar de baixo estavam todas acesas. Quando desci do carro, a porta da frente foi aberta e logo entrei pegando-a no meu colo.Beijei-a com urgência, estava morrendo de saudade. Sentamo-nos na sala de estar e ela pegou uma caixa grande que estava sobre a mesa de centro, entregando-me.— O que é?— Abra e verá. — Sentou-se ao meu lado com um sorriso animado.Desfiz o laço branco e retirei a tampa. Puxei os papéis de seda que cobriam o que quer que estivesse guardado ali dentro. Logo avistei algo at
DianneO que você faria se a primeira-dama lhe chamasse para um chá? Obviamente você aceitaria. Mas e se essa mulher fosse a esposa do seu namorado? Complexo, não? Sem saber o que falar, apenas concordei em um gesto com a cabeça.Ela se virou e eu a segui como um cãozinho assustado. Seria naquele momento que ela me envenenaria com uma xícara de chá e, quando eu já estivesse quase no fim da vida, Estela daria uma risada maléfica e diria saber sobre mim e o Adan? Ou ela seria a mulher perversa que me trancaria em uma das milhares de salas daquele lugar, diria saber sobre mim e Adan, diria também que ninguém roubaria o seu posto e, então, me mataria com uma estatueta sobre alguma prateleira próxima dela. O meu corpo seria escondido dentro de alguma parede e eu nunca mais seria encontrada.— Está pálida. Se sente bem? — perguntou ela quando paramos diante da porta.— Sim. — Forcei-me a sorrir. Eu estava assustada, mas era claro que Estela não faria nada daquilo comigo. Era apenas a minha m
DianneO segurança parado na porta, me acompanhou para fora da Casa da Família. Caminhei para a saída que dava para o estacionamento e, ao me aproximar da escadaria, vi Adan descer do carro. Ele sorriu e depois franziu o cenho com estranheza.— Oi, querida. O que faz aqui? — perguntou curioso, ao se aproximar.Ele se aproximou demais. Recuei um passo para trás.— Vim buscar o meu carregador. Mas encontrei a Estela. Ou melhor, ela me encontrou e convidou para um chá.Ele ficou sério e ligeiramente tenso.— Conversamos um pouco sobre o baile. Ela me pediu para fazer algumas coisas diferenciadas na cobertura.— Isso é bom, não é? — Sorriu.— Sim.— E por que não parece empolgada? — Aproximou novamente e acariciou o meu rosto.— Ela sabe, Adan.— O que ela sabe? — Desfez o sorriso.— Estela sabe sobre nós. Sabe sobre mim e você e a nossa situação complicada.Respirou fundo e guardou as suas mãos no bolso da calça. Ele olhou ao redor e mordiscou o lábio inferior.— Merda! — Passou a mão nos