- Alice, por favor não vá tão rápido. Você vai cair filha. - Mickey alertou a filha que de forma animada corria para dentro de casa. Usava um macacão jeans azul, blusa de mangas compridas listradas e um laço rosa na cabeça cacheada. E quanto a energia que tinha, era enorme.- Porque ela está correndo desse jeito, o que vão fazer agora? - Ema perguntou desconfiada. Se sentava na pequena escada de sua casa, havia folhas secas no chão e uma fonte desativada no centro do pátio, ao longe se via o pequeno portão de ferro e a estrada de ladrilho até ali. Era uma residência antiga, havia sido de seus avós, e agora era sua e de sua filha.- Vamos fazer pizza. - Mickey respondeu sentando do lado dela. Estava ofegante por ter corrido atrás dela pelo vasto quintal, e só se sentiu mais descansado quando suas nádegas tocaram o concreto gelado de que eram feitas as escadas.- Acho que você não percebe, mas essa menina te escraviza sempre que aparece por aqui. - Ema comentou divertida, seu cabelo caía
Assim que o táxi o deixou em frente a sua casa, Mickey agradeceu profundamente por ter conseguido conseguido um vôo Ventana- Ur na ida e Ur-Ventana na volta, caso contrário chegaria lá muito mais cansado na sexta e não aproveitaria quase nada do domingo com a filha.Sabia que gastava muito dinheiro nessas viagens semanais, mas nada era mais gratificante do que passar tempo com sua preciosa, e claro, as horas de sono que poupava por não ir ao volante.Pagou ao senhor que dirigia para ver em seguida o motor roncar para longe de onde estava. Não restou fumaça ou algum cheiro bastante irritante no ar, apenas as marcas que deixaram os pneus naquela rua pouco movimentada.Enquanto destrancava a porta, só conseguia pensar no quanto queria seu corpo banhar. Colocar algum calção e apenas relaxar.No quadro eléctrico perto da porta, abaixou o interruptor que fez toda casa brilhar. De luzes acesas, o silêncio o recebeu.Foi até seu quarto tomar banho, trocou a calça jeans, a camisa e o tênis por
Seu dia no trabalho foi agitado e um pouquinho estressante. Primeiro teve problemas com a impressora, depois com a máquina de café e por fim com o chefe do canil que ela foi visitar a trabalho. Parecia que o senhor havia batido com a cabeça e esquecido completamente que ela estava apenas tentando fazer o próprio trabalho.Foi cansativo ter que explicar para aquele homem magro e careca que ela não estava tentando envenenar seus animais. Segundo ele, não tinha como ela saber o que estava fazendo, foi necessário ligar para a chefe para confirmar seu profissionalismo, e só assim aquele homem um tanto quanto amargo lhe deixo em paz.Suspirava pesado só de lembrar da tarde chata que viveu.E depois na hora do almoço foi fazer uma visita ao filho de Ima, que felizmente já estava voltando para casa com a mãe. Ela não entendeu direito o que ele tinha no dia anterior, mas ficou feliz que estivesse melhor. Elas conversaram rapidamente antes que ela voltasse para o trabalho.E quando o expediente
Manhã de terça-feira.O sol ainda sonolento, escondido no horizonte pensava em dar as caras e iluminar todo aquele espaço, o nevoeiro nas ruas se dissipava e a temperatura já começava a subir.Nas ruas, as pessoas começavam a se locomover. Algumas porque se dirigiam ao trabalho, outras porque estavam indo se exercitar, e outras apenas porque tinham como passatempo ficar em frente ao próprio portão prestando atenção na vida dos outros.O complexo habitacional Luzia, no fundo era como todos os outros bairros. Pessoas fofoqueira, pessoas trabalhadoras, pessoas preguiçosa e até mesmo mães rabugentas que acordavam cedo para gritar com os filhos que iriam a escola.Era bonito e belo aquele complexo, mas as vezes se tornavam barulhentas as ruas do qual fazia parte.E naquela mesma manhã, um pouco mais cedo que o normal Mickey se viu sendo acordado pelo toque insistente do seu smartphone.Ainda de olhos fechados e um sentimento nada hospitaleiro por estar sendo acordado, procurava o aparelho q
- Angel. - Com um tom de voz ameno e as mãos nos bolsos, Mickey saudou adentrando a sala do pai. Angel ergueu os olhos dos documentos que revisava e os colocou sobre o filho.Revirou os olhos e estalou a língua em desgosto. Não por ouvir seu nome sair da boca do filho, afinal já era antigo esse comportamento um tanto quanto estranho , embora se arrependesse de não ter reprimido ao princípio, mas pelo facto de estar torto o nó de sua gravata.- Olha só quem decidiu vir trabalhar, Mickeyzinho. - Disse o senhor em resposta. Erguendo o rosto novamente, ele se sentiu ainda mais desgostoso. - Ah por favor, ajeite essa gravata. Ninguém merece olhar essa coisa feia. - Pediu abanando a cabeça em reprovação.Percebendo o que havia de errado para receber aquele olhar torto, o moreno ajeitou a gravata rapidamente.- Faltei um dia só. - Mickey se defendeu. - Mas por que está reclamando, não foi o senhor que me fez lavar louça ontem? - Rebateu ocupando o assento na frente dele.- Não culpe minha lou
- Mickey, faz uns dias que não te vejo. - Karen comentou lhe acompanhando na caminhada matinal para sua sala. - Está fugindo de mim? - Perguntou.- E por que eu faria isso? - Mickey devolveu confuso. Essas conversas matinais, tinham sempre alguma coisa, ele já sabia. E agora como ela estava lhe acusando, deduziu que o assunto era sobre ele.- Primeiro porque não quer falar sobre o facto de não ter ido para Adni encontrar sua madrinha. E verdadeiramente eu entendo, afinal ainda tem tempo antes que o seu pai grite com você pelos corredores... Ou que ela venha até aqui reclamar da sua incompetência. - Com um ar de superioridade, a ruiva comentou olhando as unhas esmaltadas em verde.- É, eu ainda tenho tempo já que ela não vai abrir o hospital amanhã. - Concordou pensando em quem deveria ser o fofoqueira da vez para que ela estivesse sabendo de tanto. - Mas para o seu desgosto amiga querida, estou em constante contato com a minha madrinha e vou encontrar com ela não tarda muito.- Acrescen
Depois que saíram do aeroporto, o trio de amigos chegou a casa de Julian numa animação quase que infinita, palavras de bom senso e uma vontade enorme de comer churrasco.Quando Caleb viu o amigo que o aguardava em casa, se pôs a tagarelar sobre como foi cansativa sua viajem, sobre como estava apaixonado ou sobre como sentia falta deles e de casa.Ele se atreveu a falar sobre a ideia absurda que teve com a loira sobre beber até o dia seguinte, mas o professor foi rápido em protestar e jogar ao chão a ideia maluca. Caleb não se incomodou em protestar ou argumentar, afinal já começava a achar aquela ideia um pouquinho parva demais para ser realizada.Foi até o quarto que lhe cedeu o amigo e voltou para sala pronto para jogar por horas o novo vídeo jogo.Heloise não deixou. Chutando seu pé o mandou ajudar Athina na cozinha enquanto ela e Julian tratavam do grelhado.A Garden aceitou de bom grado a ajuda, mas quando ele começou a devorar tão "inocentemente" as batatas por ela já fritas, não
Apesar de cansado e cheio de sono, Mickey pegou seu carro e foi até a casa dos amigos tal como prometido. Encostando o carro na calçada, do lado de fora da casa se deparou com uma Karen em um vestido floral bastante colorido regando o espaço verde que constituía seu quintal. Sentia saudades deles e também dos afilhados, então ser recebido por um abraço apertado e reclamações sobre estar atrasado não lhe causaram qualquer escândalo.Brincava com os bebés no chão da sala enquanto Isaac e Karen montavam a mesa para o café. Diego e Amara tinham sete meses de idade, cabelo loiro liso e olhos azuis piscina.Diego era mais agitado e sorridente agarrando aqui e ali sempre que tinha chance, enquanto que Amara era mais quieta e tímida sempre muito observadora. Os afilhados lhe lembravam um pouco ele mesmo e os dois amigos.- Mickey, você fica tão fofo com crianças. Nem parece que tem esse mau humor permanente. - Karen comentou de forma implicante parando o que fazia para lhe observar. Havia pas