DEVIL'S GOD
Um tiro certeiro no alvo fez o xerife ter a certeza de que estava pronto para encontrar A dupla. Ele retirou os óculos e olhou para os outros companheiros que faziam a mesma coisa. Com a mesma prontidão e profissionalismo. Era para sentir orgulho, não fosse pela demora e lentidão com que parecia que a USMS estava trabalhando. Haviam tido uma boa ideia, a criação da NJIP havia sido de bom proveito, porém de que adiantava, se não estavam conseguindo encontrar o alvo certo?
Ele estava com raiva. Muita raiva pois estava sacrificando a segurança de toda New Jersey e a sua própria para com seu emprego. Por que era tão difícil encontrar fugitivos? Por que a United States Marshals Service não podia agir e fazer seu trabalho? O pior de tudo é que ele
DAVID WILLIAMSDesespero. Era isso que ela sentia quando saiu e trancou Narcisse em seu quarto. A ala SM não fazia parte do hospício. Não, não fazia parte do mundo em que ela estava acostumada a viver. Por mais que era escuro, sombrio e louco, planejado unicamente para uma parte desumana do hospital, somente naquele canto imundo ela conseguia sentir como se fosse afogar em desalento. Era como se não houvesse um único remédio que curasse o vazio que ela sentia e era naquele local, um passo a frente à uma cela de um doente qualquer que ela soube que estava perdidamente no controle. Não havia jeito de se controlar, então sua mente achara um jeito para fazê-lo: se perder. E era isso que ela sentia, talvez não tão doente quanto um paciente do hospício, mas doente no ponto mais humano possível.
O SORRISO DO CURINGAMaggie trabalhou até o meio dia, dando os devidos rémédios ao seu paciente. Sua manhã passou rápida, pois a maior parte do tempo, ela usou para entender e aprender - sozinha - o sistema de arquivos do hospital. Narcisse não respondera nenhuma de suas perguntas, limitando-se a olhá-la de vez em quando. A anotação diária que ela fez foi que "O paciente não respondeu nenhumas de suas perguntas e demonstrou-se apático". Apenas isso. Quando deu seu horário, Maggie se lamentou por não ter conseguido usar do seu tempo para marcar uma reunião e decidir a estadia social de Narcisse. Foi embora sentindo que esse objetivo estava mais longe do que parecera. &
A MORTE ENTRA SORRATEIRAMENTENo próximo dia Maggie fez as mesmas coisas que estava habituada a fazer de manhã e foi rapidamente até o seu carro e dirigiu até o hospital. Ao chegar ela deu as devidas saudações à mulher da recepção e foi até a cela de Narcisse com os medicamentos. Ele toma sem dizer nada e ela sai de seu quarto dizendo poucas palavras. Sorrateiramente ela entra na sala do diretor e diz:- Já pensou a respeito?- Já considerei e conversei com Céleste Narcisse ontem a noite - Diz ele sem olhar para ela, com os olhos no seu computador - Ele pareceu bem animado e esperançoso com essa proposta - Fez uma pausa e olhou para Maggie - Eu decidi que não há nada de mal em fazer uma tentativa - Termina ele por fim.- Sério mesmo? - Pergunta Springsteen animada com a perspec
FUGITIVA Maggie acordou cedo e ficou em sua cama durante um tempo considerável, pensando sobre as coisas que estavam acontecendo e que perturbava a sua mente. Ela tinha muito o que pensar e aceitar, mas esse momento não parecia ser agora. Enfim ela levantou-se da sua cama e seguiu sua rotina matinal. Tomou café da manhã e logo partiu para a estrada, rumo ao hospital. Quando chegou lá foi direto fazer suas obrigações. Pegou os remédios de Narcisse e foi até o seu quarto.- Aqui estão os seus remédios - Diz ela rapidamente em um tom seco.Narcisse tomou prontamente sem dizer nem uma palavra. Ele a encarou esperando que ela dissesse algo, como se tivesse notado que algo terrível acontecera.- Não está sendo tempos fáceis - Comenta Maggie pe
NEW JERSEY- Nós sabemos onde os criminosos se escondem - Disse Archie Brown, que era o líder a gang Devil's God. Agora ele lançava o olhar entre o xerife (com quem negociara) e entre o comissário da USMS, Richard Mackellen.Enquanto Brown foi falando, os pensamentos de Richard se perdiam. Ele por uns momentos não estava ouvindo. Não acreditava que isso estava acontecendo e não sabia o que pensar dessa situação. Mas é claro que Billie Villers tomara uma decisão muito precipitada e errada, porém por outro lado, finalmente capturariam a dupla que estava fazendo um inferno na cidade. Eram flores e espinhos de uma decisão. Archie continuou falando e dessa vez ele estava ouvindo. Ele falou a localização exata dos dois criminosos e Mckellen não acreditou no início. "Como é possível eles estarem nesse luga
A INSANIDADE É SEMPRE BEM-VINDAMaggie foi para o trabalho sentindo-se esgotada física e emocionalmente. Ela chegou na recepção e deu as devidas saudações como sempre. Foi direito pegar os remédios de Narcisse e foi até o seu quarto. Springsteen sentia-se solitária e isso aumentou ainda mais com a morte de seu pai. Ela não via a hora de chegar e contar para Céleste Narcisse o que havia acontecido na cafeteria. Podia não ser o certo compartilhar de sua vida pessoal com um paciente mas essa era uma das muitas regras que ela estava ignorando.- Bom dia - Deu um sorriso para ele e o mesmo apenas pegou os remédios e tomou. - Como foi a sua noite?- Desmaiei por conta da injeção - Respondeu. - foi um sono muito agitado.- Por que exatamente?- Sinto a necessidade de fugir da pol&iac
NEGAÇÃO É UMA BENÇÃOMaggie e Céleste passaram dois dias seguidos na casa de Springsteen sem sair nem uma vez. Passaram seus dias tranquilamente e sem turbulências. Ela estava sempre fazendo jantares especiais e elaborados, como se tivesse algo para comemorar. Era tarde e ambos conversavam sentados no sofá da sala, bebiam um whiskey barato e já estavam levemente embriagados quando Narcisse disse:- Nós precisamos arrumar um outro lugar.Ficaram discutindo as possibilidades mas parecia não haver muitas. Maggie começou a entrar em desespero mas não demonstrou tão pouco disse alguma coisa. Por fim ela perguntou:- Para onde vamos Narcisse? - Sua voz era calma mas seu coração não sentia isso.- Eu já sei - Olhou para ela demonstrando esperança - Siga-me.E lá foram eles, Céleste dirigia o carro e Springsteen estava ao seu lado sem saber para onde estava ind
A NOITE É A MELHOR AMIGAMaggie não falou nada o que estava sentindo e engoliu em seco. Limitou-se a respirar fundo e olhar para o caminho que Narcisse estava fazendo. Já era escuro mas ela não sabia qual era o horário. Mas isso não importava mais e foi aí que ela percebeu que coisas simples já não faziam sentido em sua vida. Seu trabalho, sua casa, sua confortável vida tinha ido embora e agora ela era fugitiva junto com o homem que estava dirigindo. Céleste estacionou em frente a um lugar que estavam com luzes neon pink e verde na fachada. Estava escrito em letras grandes "Night Club".- Vamos? - Ele olhou para ela com um vazio em seus olhos.- Isso é uma boate? - Perguntou Maggie não entendendo o por quê de pararem em uma boate.- De prostituição. - Diz ele frio e segurando em sua mão.Eles seguiram até a entrada daquele lugar sem falar mais nada. Quando chegou lá, foram recebido