O SORRISO DO CURINGA
Maggie trabalhou até o meio dia, dando os devidos rémédios ao seu paciente. Sua manhã passou rápida, pois a maior parte do tempo, ela usou para entender e aprender - sozinha - o sistema de arquivos do hospital. Narcisse não respondera nenhuma de suas perguntas, limitando-se a olhá-la de vez em quando. A anotação diária que ela fez foi que "O paciente não respondeu nenhumas de suas perguntas e demonstrou-se apático". Apenas isso. Quando deu seu horário, Maggie se lamentou por não ter conseguido usar do seu tempo para marcar uma reunião e decidir a estadia social de Narcisse. Foi embora sentindo que esse objetivo estava mais longe do que parecera.
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A MORTE ENTRA SORRATEIRAMENTENo próximo dia Maggie fez as mesmas coisas que estava habituada a fazer de manhã e foi rapidamente até o seu carro e dirigiu até o hospital. Ao chegar ela deu as devidas saudações à mulher da recepção e foi até a cela de Narcisse com os medicamentos. Ele toma sem dizer nada e ela sai de seu quarto dizendo poucas palavras. Sorrateiramente ela entra na sala do diretor e diz:- Já pensou a respeito?- Já considerei e conversei com Céleste Narcisse ontem a noite - Diz ele sem olhar para ela, com os olhos no seu computador - Ele pareceu bem animado e esperançoso com essa proposta - Fez uma pausa e olhou para Maggie - Eu decidi que não há nada de mal em fazer uma tentativa - Termina ele por fim.- Sério mesmo? - Pergunta Springsteen animada com a perspec
FUGITIVA Maggie acordou cedo e ficou em sua cama durante um tempo considerável, pensando sobre as coisas que estavam acontecendo e que perturbava a sua mente. Ela tinha muito o que pensar e aceitar, mas esse momento não parecia ser agora. Enfim ela levantou-se da sua cama e seguiu sua rotina matinal. Tomou café da manhã e logo partiu para a estrada, rumo ao hospital. Quando chegou lá foi direto fazer suas obrigações. Pegou os remédios de Narcisse e foi até o seu quarto.- Aqui estão os seus remédios - Diz ela rapidamente em um tom seco.Narcisse tomou prontamente sem dizer nem uma palavra. Ele a encarou esperando que ela dissesse algo, como se tivesse notado que algo terrível acontecera.- Não está sendo tempos fáceis - Comenta Maggie pe
NEW JERSEY- Nós sabemos onde os criminosos se escondem - Disse Archie Brown, que era o líder a gang Devil's God. Agora ele lançava o olhar entre o xerife (com quem negociara) e entre o comissário da USMS, Richard Mackellen.Enquanto Brown foi falando, os pensamentos de Richard se perdiam. Ele por uns momentos não estava ouvindo. Não acreditava que isso estava acontecendo e não sabia o que pensar dessa situação. Mas é claro que Billie Villers tomara uma decisão muito precipitada e errada, porém por outro lado, finalmente capturariam a dupla que estava fazendo um inferno na cidade. Eram flores e espinhos de uma decisão. Archie continuou falando e dessa vez ele estava ouvindo. Ele falou a localização exata dos dois criminosos e Mckellen não acreditou no início. "Como é possível eles estarem nesse luga
A INSANIDADE É SEMPRE BEM-VINDAMaggie foi para o trabalho sentindo-se esgotada física e emocionalmente. Ela chegou na recepção e deu as devidas saudações como sempre. Foi direito pegar os remédios de Narcisse e foi até o seu quarto. Springsteen sentia-se solitária e isso aumentou ainda mais com a morte de seu pai. Ela não via a hora de chegar e contar para Céleste Narcisse o que havia acontecido na cafeteria. Podia não ser o certo compartilhar de sua vida pessoal com um paciente mas essa era uma das muitas regras que ela estava ignorando.- Bom dia - Deu um sorriso para ele e o mesmo apenas pegou os remédios e tomou. - Como foi a sua noite?- Desmaiei por conta da injeção - Respondeu. - foi um sono muito agitado.- Por que exatamente?- Sinto a necessidade de fugir da pol&iac
NEGAÇÃO É UMA BENÇÃOMaggie e Céleste passaram dois dias seguidos na casa de Springsteen sem sair nem uma vez. Passaram seus dias tranquilamente e sem turbulências. Ela estava sempre fazendo jantares especiais e elaborados, como se tivesse algo para comemorar. Era tarde e ambos conversavam sentados no sofá da sala, bebiam um whiskey barato e já estavam levemente embriagados quando Narcisse disse:- Nós precisamos arrumar um outro lugar.Ficaram discutindo as possibilidades mas parecia não haver muitas. Maggie começou a entrar em desespero mas não demonstrou tão pouco disse alguma coisa. Por fim ela perguntou:- Para onde vamos Narcisse? - Sua voz era calma mas seu coração não sentia isso.- Eu já sei - Olhou para ela demonstrando esperança - Siga-me.E lá foram eles, Céleste dirigia o carro e Springsteen estava ao seu lado sem saber para onde estava ind
A NOITE É A MELHOR AMIGAMaggie não falou nada o que estava sentindo e engoliu em seco. Limitou-se a respirar fundo e olhar para o caminho que Narcisse estava fazendo. Já era escuro mas ela não sabia qual era o horário. Mas isso não importava mais e foi aí que ela percebeu que coisas simples já não faziam sentido em sua vida. Seu trabalho, sua casa, sua confortável vida tinha ido embora e agora ela era fugitiva junto com o homem que estava dirigindo. Céleste estacionou em frente a um lugar que estavam com luzes neon pink e verde na fachada. Estava escrito em letras grandes "Night Club".- Vamos? - Ele olhou para ela com um vazio em seus olhos.- Isso é uma boate? - Perguntou Maggie não entendendo o por quê de pararem em uma boate.- De prostituição. - Diz ele frio e segurando em sua mão.Eles seguiram até a entrada daquele lugar sem falar mais nada. Quando chegou lá, foram recebido
EM MEIO AO INFERNO- Vocês por acaso estão mentindo o nome? - Chegou bem perto de ambos o dono do clube.Narcisse e Maggie entreolharam-se e não disseram nada. O dono da boate ficou um tempo parado na frente deles e depois saiu com olhar desconfiado.- Será que é hora de irmos embora? - Perguntou ela bem baixinho, esperando não ser ouvida por outras pessoas.- Talvez. - Respondeu Céleste olhando ao redor da boate.E foi nesse momento que ambos perceberam uma movimentação estranha lá dentro. Entraram dois homens vestidos de preto e eles lançavam olhares por todo o recinto e comentavam algo entre eles. Narcisse falou um pequeno "temos que ir" e levantou-se da cadeira. Maggie fez o mesmo e não questionou. Ele foi andando até o fundo da boate e ela o acompanhava. E no mesmo momento que eles chegaram no fundo os homens misteriosos começaram a seguir eles de maneira bem rápida. Foi aí que Narc
ENTRE DOSES E RIQUEZASEles ficaram um tempo no bar, apenas bebendo e sem se trocar palavras. Maggie já estava cansada de ficar por lá, por mais que o ambiente a agradara. Mas mesmo não estando com vontade de estar lá e sim em casa, continuou até ter coragem de perguntar:- Vamos para a minha casa? - Perguntou olhando para ele - Acho que a polícia não vai até lá.Ele assentiu com a cabeça e ela esperou que fosse um sim. Terminaram as bebidas e se dirigiram para o carro. Narcisse dirigiu até a casa de Springsteen novamente, sem falar nada. Era estranho que as vezes pareciam ter muita intimidade e outras vezes pareciam ser completos desconhecidos um para o outro. Quando chegaram na casa dela, ambos desceram do carro e ela foi pegando a chave para abrir a porta. Em breve teria que mudar de casa também, mas pensaria nisso uma outra hora. Ela entrou e deu espaço para que ele fizesse o mesmo.Maggie foi checar