MARY SIEGAL Casei com o Bruce ainda muito jovem, foi obrigada, mas em pouco tempo eu me apaixonei, ele sempre foi um homem encantador, só tinha um defeito, antes de mim era muito mulherengo. O nosso amor cresceu conjuntamente, no dia a dia fomos fazendo dar certo até que quando percebemos estávamos muito apaixonados. E isso sempre foi a tónica da nossa relação. Eu não tinha papas na língua e mesmo assim ele continuava e me respeitava. Nunca foi homem de ser rude mesmo sabendo o meu temperamento, eu não nasci para homem me colocar cabresto. Só tinha uma coisa ruim: eu não conseguia engravidar e isso me deixa muito triste. Fiz vários tratamentos além de fertilização in vitro, mas nunca consegui sustentar. A família dele não suportou isso e uma vez eu escutei o pai dele perguntando se não queria uma outra mulher. Aquilo me doeu, mas o que eu escutei ele falar para o pai deixou o meu coração aquecido. — Pai eu não quero outra mulher, é a Mary que eu amo, eu não queria casar
THALES NARRANDO Eu não podia acreditar que estava acontecendo tudo aquilo na minha vida, num só instante as três mulheres me colocam de cabelo em pé. Mas neste momento o meu coração quase para quando o meu pai falou que a Katharina sofreu um atentando, a notícia que a Liz fugiu que a Renata reapareceu passaram a ser secundárias, ele falou da gravidade do que aconteceu. Vou pro o meu quarto e saio dando pontapé em tudo. Quebro tudo que vejo pelo frente e fico sem descrente de tudo nessa vida. Mas que porra está acontecendo nesse caralho de vida que tudo está pelo avesso e nesse momento eu me permito chorar, eu já nem sabia o que doía tanto dentro de mim, se era a volta da mulher que um dia eu amei mais que tudo e que está perturbando os meus instintos ou se era porque a mulher que vem confundido os meus sentimentos está na UTI lutando pela vida e ela me mandou embora da sua vida e a magoei profundamente. E se ela se for sem eu ter me deculpado? Droga. Quanto a Liz, ai Liz
KATH NARRANDO De repente eu me acordo e sinto algo na minha boca, não consigo lembrar o que aconteceu, onde eu estou, começo a mexer e escuto bips de aparelhos. Acho que estou em um hospital, está vindo em minha cabeça flashs do que aconteceu comigo, dos tiros eu e o Aiden. Como será que ele está meu Deus. — Ola Katharina, calma querida, vou chamar o médico para vê-la, fique calma por favor. - Eu não tinha como falar, tinha algo na minha boca que impedia. - Não demorou muito e chegou mais 3 pessoas e com eles a minha mãe, e nesse momento uma lágrima escorre, ela é uma das coisas mais importantes da minha vida. E sempre está comigo, sempre. — Oi meu amor, nem acredito que enfim você está de volta para nós - Nesse momento ela se afasta e eles tiram o tubo que sensação de alívio. A minha respiração ficou mais pesada e aos poucos foi ficando regular. Tento falar, mas sai fraca e rouca. — Calma Katharina, vai devagar à voz fica um pouco falha mesmo, isso é bem normal depois
NICOLAS NARRANDO Eu não podia acreditar que a Liz não queria me ver. Aquilo era demais para mim, eu não ia perdê-la depois de tudo que passei até encontrá-la. As minhas dores foram curadas por ela, eu pensei jamais amar alguém como amei a Manu e ela veio para me mostrar que não só era possivel, como eu poderia amar mais ainda. Estou movendo mundo e fundos para encontrar a verdadeira família da Liz e estamos muito perto, ela não sabe, mas estou fazendo isso por ela. Estava aqui perdido nos meus pensamentos quando o meu celular tocou, quando olho era o Tio David. — Ola Tio David, tudo bem? — Oi Nicolas, estamos bem sim, mas estava querendo falar com você, você está em casa ou no escritório? — Estou em casa tio. — Será que eu poderia ir ai para conversarmos? - O que será que ele queria? — Claro tio pode vir. — Ok, estarei ai em no máximo 10 minutos. Não demorou muito e ele foi anunciado em meu escritório. Levantei nos cumprimentamos e peço para ele sen
LIZ NARRANDO Falar aquilo tudo para o Nicolas não foi nada fácil, mas ou era assim, ou eu continuaria nisso e eu simplesmente cansei de ser feita de marionete. Cansei de todo mundo guiar os meus passos. Sempre foi tudo difícil para mim, eu nem sei porque eu fico pensando no que passei, quer saber, a minha vida vai ser a partir de agora, porque antes eu só joguei com as circunstâncias da vida. Eu vou tentar arrumar algum emprego para juntar um dinheiro e vou embora dessa cidade, vou tentar ser alguém talvez em outro país, sei lá. Mas aqui não dá para mim não, essas pessoas são de mundos diferentes do meu. Talvez por isso o Nicolas não fez esforço para ficar comigo, não duvido. Não sou ninguém, logo logo ele estará com outra pessoa e espero que cuidem bem do meu bebe, Sai para procurar emprego, o pior que eu não tinha experiência em nada, mas ficaram de me dar uma oportunidade para ser garçonete e acho que assim já é alguma coisa, volto para o hotel exausta, amanhã vou
THALES NARRANDO Sai de casa para resolver 3 problemas, os dois primeiros eu não consegui, nem encontrei a Renata, tão pouco o Nicolas. Então eu vou visitar a Katharina. Estou a caminho do hospital e não sei o que devo falar, eu não tive coragem de visitá-la antes e acho que isso não foi correto da minha parte. Mas tudo que vem me acontecendo nessa droga de vida, só me faz acreditar que sou tudo que ela diz, e o que a Liz falou e principalmente o que a minha mãe jogou na minha cara. Resolvo tomar uma decisão drástica, mas vai ser maravilhoso para todo mundo. Parece que passa um filme na minha cabeça, até chegar aqui. Tenho estado tão concentrado em fazer só as coisas que eu quero que pareço não me importar com mais nada, mas ao mesmo tempo eu não era esse monstro que todo mundo pinta, talvez se tanta gente não tivesse pisado em mim eu não fosse o que sou. Chego ao hospital e pergunto na recepção qual seria o quarto dela , sou indicado e sigo, fico pensando se ela não vai me mand
KATHARINA NARRANDO Eu nem acredito que ele não enxerga o que eu sinto, como pode ser tão idiota, eu sei, eu sinto que ele gosta de mim do mesmo jeito que eu dele, mas ele se nega a aceitar esse sentimento. A dor de saber que ele não vai mais voltar dói, e começo a chorar. Mas que droga eu jurei para mim que jamais eu voltaria a chorar por ele. Sinto a porta abrindo e quando vejo é a Laura. — Amiga, que houve o que esse ogro fez com você? não fica assim, por favor você pode passar mal. — Ele não fez nada amiga, ai é que está o problema, ele não me fez nada, ele simplesmente prefere não enxergar o que nos une, eu sei, eu sinto. - Recomeço a chorar e começo a sentir dor, o meu peito começa a doer e sinto falta de ar. — Calma Kath por favor. Pelo amor de Deus. — Chama alguém , não to conseguindo respirar direito, por favor. Não me lembro quanto tempo eu dormi, mas acordei sem saber direito o que aconteceu depois que o Thales saiu. Colocaram oxigênio em mim. — La
RENATA NARRANDO Ainda bebe eu fui levada para um orfanato, com cerca de 1 ano eu fui adotada por um casal que simplesmente me ensinou a ser uma pessoa do bem, deu-me tudo o que eles podiam dentro da vida que eles tinham. Mas acima de tudo me deram amor e me ensinaram a ser grata por tudo o que eu tinha. Minha mãe trabalhava de serviços gerais num casino e o meu pai era um dos seguranças. Ele não podia ter filhos então resolveram me adotar. E eu passei a ter um lar, não apenas um teto. Meus pais me ensinaram o caminho da verdade, da honestidade e éramos muito felizes. Eles sempre me falaram que eu era adotada, não queriam que eu soubesse por outra pessoa. Não posso negar que aquilo não me machucou, mas com o tempo eu aprendi a ter gratidão pelo que fizeram por mim, não que eu não tivesse antes, mas aprendi a agradecer muito mais. Meu pai sempre foi um homem que me ensinou a ser forte, e a minha mãe não era diferente. Eles diziam que eu não deveria nunca deixar as pessoas pis