LIZ (ROSA) NARRANDO. Quando ouvi que aquele maldito homem estava vindo para cá, tudo em torno de mim girou, as minhas pernas ficaram fracas e me segurei na cadeira que tinha no escritório para não cair tamanho o meu medo dele me ver. — Rosa está tudo bem? — Sim, foi apenas uma queda de pressão. - Não iria falar para ele o que estava acontecendo de verdade. Saio quase correndo daquele escritório e subo as escadas como se eu tivesse rodas nos pés, abro a porta do quarto e entro desesperada, como se aquilo fosse o meu melhor refúgio, e, na verdade era, bastava eu olhar para aquele serzinho que muito dos meus medos iam embora. — Tia Rosa? O que aconteceu? Você está vermelha. - Ele fala com um olhar questionador. — A tia só subiu as escadas muito rápido, fica tranquilo o meu amor. Está tudo bem viu? - Falo para tranquilizá-lo, mas só eu sabia o que eu estava sentindo naquele momento. — Podemos ir no jardim agora? - A palavra jardim que significava sair daquele qu
LIZ (ROSA) NARRANDO. Sim, aquele homem atiça os meus instintos de uma maneira que não sei explicar, a sua voz próximo ao meu ouvido, me deixa muito perturbada. — Não, não tem nada haver com o que aconteceu ontem. — Respondo com a voz trémula. — Então porque você quer ir embora? — São motivos pessoais, que pretiro ficar para mim. Por favor Sr. Nicolas não me leve a mal. Ele se aproxima, mas um pouco de mim, consigo sentir a sua respiração em meu pescoço. Com uma mão ele coloca um pouco do meu cabelo para o lado. — Rosa, Rosa, Rosa... - Ele fala muito próximo, e o que eu faço? Porque o meu corpo se acovarda e já expressa sinais de entrega. — Nicolas por favo.... — Shiiiu. — Ele me interrompe colocando um dedo na minha boca Viro de frente para ele, olhando nos fundos dos seus olhos, a mão dele acaricia o meu rosto e eu fecho os olhos me deixando levar ao toque daquele carinho, minha pele inflama, todas as sensações provocadas me deixam em transe, estou
DAVID NARRANDO Acordo com um pensamento só, levar o Thales para enfim se inteirar das coisas que envolve a nossa organização, preciso que ele tome ciência de tudo, afinal ele é o meu único herdeiro. Não posso morrer e essa organização se perder, isso vem de gerações e ele precisa continuar e vai, ou não me chamo David Lucchese. Desço e a Bernadete já está esperando para o café da manhã. — Bom dia. — Bom dia, vai sair cedo hoje? — Vou, a conversa que tive com o Thales ontem foi proveitosa, se ele realmente quer ser o meu sucessor então terá que começar a aprender tudo e para isso, vou levá-lo para começar. Sei que está começando tarde, mas ele será um bom chefe , personalidade forte ele tem, e isso é um ponto a mais para ele. — Tenho certeza que ele vai se empenhar, veja como ele é só casino. Você deu para ele tocar aquilo ali e cresceu muito, você tem homens seus de confiança que falam que ele faz uma óti ma gestão. — Pois é, tino para coisa ele tem, mas
THALES NARRANDO. Fui a casa do Nicolas para saber se o que o meu pai estava querendo que eu fizesse não era exagero. Ele me disse que as coisas que ele pediu eram essenciais para eu ser um ótimo don, se o Nick falou vou acreditar. Então combinei com o meu pai de no outro dia irmos cedo para começarmos as aulas e todo o resto que eu precisava ficar a par com o tempo. Não é que o primeiro dia eu gostei? As coisas foram intensas tanto em relação às aulas de tiro e luta como toda a parte burocrática das empresas. Gostei disso, mas eu precisava otimizar o meu tempo, porque também eu não podia deixar o meu casino de lado. Não via a hora de começar a usar o pessoal de lá para encontrar a Liz, ela não saia da minha cabeça. Por onde será que ela anda. Mas ainda vou fazer uma visitinha aquele maldito daquele pablo, ele vai ter que dar conta da Liz. Preciso ir para o casino, tenho muita coisa para resolver por lá. Tenho milhares de planilhas para avaliar. Passo boa parte da noite n
LIZ (ROSA) NARRANDO. Ele foi o caminho inteiro calado, demorou cerca de 40 minutos até chegarmos no porto. Assim que chegamos o Lucas não parava de falar, estava todo feliz com tudo que via e era nítida a sua alegria. — Venha nos buscar as 18h. — Nicolas fala para o motorista que apenas confirma com a cabeça. — Por aqui venham. — Ele sinaliza com a cabeça e o Lucas segura firme na minha mão. Prestando atenção em tudo, todo maravilhado com as coisas que via. Nós fomos andando atrás dele, o porto era um lugar muito bonito, com muitos barcos e pessoas bem vestidas. O sol estava perfeitamente lindo nessa manhã, o Nicolas para em frente ao um barco muito luxuoso. — É esse? — Pergunto. — Sim. — Ele responde. — Uau, que lindo papai. — Lucas brinca. — Você nunca tinha vindo aqui? — Pergunto e Lucas nega com a cabeça. Nem vou falar nada, realmente o Nicolas deixa muito a desejar como pai, e isso é algo inadmissível. O Nicolas olhava cada detalhe do barco, na l
LIZ (ROSA) NARRANDO. O barco tinha uma churrasqueira elétrica, o Nicolas estava incrivelmente lindo, com o cabelo molhado, de óculos de sol e sorrindo. Sendo gente como a gente sabe? pela primeira vez ele se permitia isso. — Você quer linguiça Lucas? — Nicolas perguntou. A esposa do tal Manoel deixou tudo pronto e fora que esse barco tinha uma cozinha bem equipada. Então comemos e depois o Lucas ficou brincando no barco enquanto eu arrumava a louça que sujamos. Já era por volta de 14:00 e o Lucas começou a bocejar, estava cansado e essa era a hora que ele sempre dormia um pouco. — Acho que tem alguém ficando com sono. — Brinco. — Ele brincou muito. - O pai fala. — Verdade. — Lá em baixo tem uma cama, desce e coloca ele para dormir. Eu estava sentada aproxima ao Lucas. — Vamos descansar um pouco. — Pergunto e ele apenas confirma com a cabeça. Dou a mão para que ele se levante, em seguida descemos para o quarto. — Tia Rosa, eu estou gostando muito de estar
BLANCA NARRANDO. Não é de hoje que eu estou de olho em Rosa, o comportamento dela é muito estranho, o fato dela ter chegado assim sem os documentos, com algumas trocas de roupas apenas, me deixou com a pulga atrás da orelha. O que será que essa garota esconde? a acho muito desconfiada. No último dia que Thales esteve aqui, eu a vi sair correndo do escritório do Nicolas. Quando a campainha tocou, eu abri a porta e dei um sorriso. — Thales meu amor. - O cumprimentei quando ele entrou. — Tia Blanca, que saudade. — Ele fala e me dá um beijo no rosto. — Como vão às coisas? Bernadete e David como estão? - Estimo muito a mãe dele. — Estão bem graças a Deus e a senhora como está? — Estou bem, agora me diga, da outra vez em que veio aqui você disse que a sua noiva tinha sumido, ela apareceu? - Será que tem alguma correlação com o que eu estou pensando? — Não, nenhum sinal dela ainda tia Blanca. Mas tenho esperanças. — Fique tranquilo que logo logo ela irá aparecer.
NICOLAS NARRANDO. Depois que a Manu se foi, o meu coração não bateu por mais nenhuma mulher, mas a Rosa estava mexendo comigo, mexendo de um jeito diferente. E isso estava me deixando inquieto, ao mesmo tempo que eu pensava em me jogar de cabeça, eu freava, porque no fundo eu acho que eu merecia ser punido pelo que aconteceu com a Manu, porque foi minha culpa. Quando nos beijamos no barco, eu realmente pensei que ela iria ficar, que eu iria pedir para ela ficar e ela aceitaria. Mas não, ela não aceitou, eu abri o meu coração, pedi que ela ficasse e mesmo assim recebi um não. Aquilo me deixou irritado, e muitas vezes eu ajo por impulso e faço birra como o Lucas, as vezes é assim que me sinto. Voltamos para casa antes do horário combinado. Hoje o dia foi revelador, não vou negar que hoje eu realmente vi o Lucas com outros olhos, acho que nunca tivemos um momento assim juntos e se Manu pudesse nos ver agora, tenho certeza que ela iria sentir orgulho. Quando descemos do carr