THALES NARRANDO. Fui a casa do Nicolas para saber se o que o meu pai estava querendo que eu fizesse não era exagero. Ele me disse que as coisas que ele pediu eram essenciais para eu ser um ótimo don, se o Nick falou vou acreditar. Então combinei com o meu pai de no outro dia irmos cedo para começarmos as aulas e todo o resto que eu precisava ficar a par com o tempo. Não é que o primeiro dia eu gostei? As coisas foram intensas tanto em relação às aulas de tiro e luta como toda a parte burocrática das empresas. Gostei disso, mas eu precisava otimizar o meu tempo, porque também eu não podia deixar o meu casino de lado. Não via a hora de começar a usar o pessoal de lá para encontrar a Liz, ela não saia da minha cabeça. Por onde será que ela anda. Mas ainda vou fazer uma visitinha aquele maldito daquele pablo, ele vai ter que dar conta da Liz. Preciso ir para o casino, tenho muita coisa para resolver por lá. Tenho milhares de planilhas para avaliar. Passo boa parte da noite n
LIZ (ROSA) NARRANDO. Ele foi o caminho inteiro calado, demorou cerca de 40 minutos até chegarmos no porto. Assim que chegamos o Lucas não parava de falar, estava todo feliz com tudo que via e era nítida a sua alegria. — Venha nos buscar as 18h. — Nicolas fala para o motorista que apenas confirma com a cabeça. — Por aqui venham. — Ele sinaliza com a cabeça e o Lucas segura firme na minha mão. Prestando atenção em tudo, todo maravilhado com as coisas que via. Nós fomos andando atrás dele, o porto era um lugar muito bonito, com muitos barcos e pessoas bem vestidas. O sol estava perfeitamente lindo nessa manhã, o Nicolas para em frente ao um barco muito luxuoso. — É esse? — Pergunto. — Sim. — Ele responde. — Uau, que lindo papai. — Lucas brinca. — Você nunca tinha vindo aqui? — Pergunto e Lucas nega com a cabeça. Nem vou falar nada, realmente o Nicolas deixa muito a desejar como pai, e isso é algo inadmissível. O Nicolas olhava cada detalhe do barco, na l
LIZ (ROSA) NARRANDO. O barco tinha uma churrasqueira elétrica, o Nicolas estava incrivelmente lindo, com o cabelo molhado, de óculos de sol e sorrindo. Sendo gente como a gente sabe? pela primeira vez ele se permitia isso. — Você quer linguiça Lucas? — Nicolas perguntou. A esposa do tal Manoel deixou tudo pronto e fora que esse barco tinha uma cozinha bem equipada. Então comemos e depois o Lucas ficou brincando no barco enquanto eu arrumava a louça que sujamos. Já era por volta de 14:00 e o Lucas começou a bocejar, estava cansado e essa era a hora que ele sempre dormia um pouco. — Acho que tem alguém ficando com sono. — Brinco. — Ele brincou muito. - O pai fala. — Verdade. — Lá em baixo tem uma cama, desce e coloca ele para dormir. Eu estava sentada aproxima ao Lucas. — Vamos descansar um pouco. — Pergunto e ele apenas confirma com a cabeça. Dou a mão para que ele se levante, em seguida descemos para o quarto. — Tia Rosa, eu estou gostando muito de estar
BLANCA NARRANDO. Não é de hoje que eu estou de olho em Rosa, o comportamento dela é muito estranho, o fato dela ter chegado assim sem os documentos, com algumas trocas de roupas apenas, me deixou com a pulga atrás da orelha. O que será que essa garota esconde? a acho muito desconfiada. No último dia que Thales esteve aqui, eu a vi sair correndo do escritório do Nicolas. Quando a campainha tocou, eu abri a porta e dei um sorriso. — Thales meu amor. - O cumprimentei quando ele entrou. — Tia Blanca, que saudade. — Ele fala e me dá um beijo no rosto. — Como vão às coisas? Bernadete e David como estão? - Estimo muito a mãe dele. — Estão bem graças a Deus e a senhora como está? — Estou bem, agora me diga, da outra vez em que veio aqui você disse que a sua noiva tinha sumido, ela apareceu? - Será que tem alguma correlação com o que eu estou pensando? — Não, nenhum sinal dela ainda tia Blanca. Mas tenho esperanças. — Fique tranquilo que logo logo ela irá aparecer.
NICOLAS NARRANDO. Depois que a Manu se foi, o meu coração não bateu por mais nenhuma mulher, mas a Rosa estava mexendo comigo, mexendo de um jeito diferente. E isso estava me deixando inquieto, ao mesmo tempo que eu pensava em me jogar de cabeça, eu freava, porque no fundo eu acho que eu merecia ser punido pelo que aconteceu com a Manu, porque foi minha culpa. Quando nos beijamos no barco, eu realmente pensei que ela iria ficar, que eu iria pedir para ela ficar e ela aceitaria. Mas não, ela não aceitou, eu abri o meu coração, pedi que ela ficasse e mesmo assim recebi um não. Aquilo me deixou irritado, e muitas vezes eu ajo por impulso e faço birra como o Lucas, as vezes é assim que me sinto. Voltamos para casa antes do horário combinado. Hoje o dia foi revelador, não vou negar que hoje eu realmente vi o Lucas com outros olhos, acho que nunca tivemos um momento assim juntos e se Manu pudesse nos ver agora, tenho certeza que ela iria sentir orgulho. Quando descemos do carr
LIZ NARRANDO. Vou para o meu quarto com o coração na mão, enxugando as lágrimas que banham o meu rosto. Hoje experimentei com no passeio, dois momentos completamente diferentes, em um parecia que o sentimento prevalecia do lado dele, e aquilo fazia o meu coração saltar em grandes pulos, em outro ele se fecha é grosseiro a ponto de me deixar mal, de fazer-me sentir pequena diante dele. Porque, ao mesmo tempo que ele me faz sentir desejada quando me toca, ele tem atitudes contraditórias que bagunça tudo o que eu penso em relação ao que envolve nós dois. Para completar toda essa confusão aquela velha ainda descobre a minha história em relação à fuga da casa do Thales, antes que eu tenha a chance de contar para ele tudo que me fez chegar até ali, não o condeno completamente por estar se sentindo “traído”, porque é isso que eu acho que ele está sentindo, eu no lugar dele estaria. No entanto, não tiraria o direito dele de se explicar melhor, como ele fez comigo, ele foi logo se f
NICOLAS NARRANDO. Fico me questionando o porquê de tudo isso, agora encontro-me aqui andando de um lado para o outro no escritório. A entregar para o Thales sabendo de tudo o que ele vai fazer com ela ou então manter ela em segredo aqui, sabendo do risco dele vir aqui a qualquer momento e a encontrar? Eu posso livrar a minha cara e entregar ela ou posso me complicar com a Máfia. Que dúvida o meu Deus, o que eu faço nessa situação? A minha cabeça vai a mil e eu encontro-me num beco sem saída. Apago as luzes do escritório, fecho a porta e quando começo a subir a escada ela vem descendo, nós ficamos nos olhando, sem saber o que falar um para o outro. Ali meu coração acelera e parece que vem a tona tudo o que sinto por ela, a vejo fragilizada, ela é só uma menina assustada e eu quero a entregar para um cara sem coração. — Boa noite Nicolas. — Ela fala e abaixa a cabeça e vai descendo da escada. — Liz.. - Precisava falar com ela logo o que eu tinha pensando, não ia deixa
BLANCA NARRANDO Como assim o Nicolas não me escuta? Depois de tudo que falei sobre essa farsante? Preciso arrumar um jeito dessa mulher sair dessa casa antes que seja tarde. Eles dois andar muito próximos, fora o pestinha do menino que parece ter uma adoração por essa garota. Pior que essa menina me lembra alguém e eu não consigo me lembrar de quem. No mínimo não deve ser alguém de boa índole. Escuto barulho vindo do corredor, essa hora todo mundo já está nos seus quartos, deixa eu ver quem pode ser. Vou pé ante pé, porque são duas vozes, deve ser o Nicolas e a biscate. E começo a escutar a fala deles — Arrume as suas coisas. - Mas o porquê ele está pedindo isso para ela?? — Para que? - Olha a sonsa se fazendo de coitada. Pensa que me engana essa ai. — Vou te tirar da cidade. - Como assim ele vai tirá-la da cidade? quer leva levar ela para onde? — É sério? Você não vai me entregar para ele? - Hum , ela me deu uma grande ideia. — Eu não posso. - Como assim não pode