MARIANA NARRANDOJá se passaram 40 dias desde que a Pérola fez a segunda cirurgia, eu já estou totalmente recuperada da minha cirurgia e passei a ir todos os dias no hospital ver a minha filha. O Heitor ainda não entrava aqui em casa, ele realmente estava com raiva daquele dia em que coloquei ele para fora. Só que ele não permitia que outra pessoa me levasse para o hospital, era sempre ele. Talvez ele sinta que fraquejou na minha segurança por causa do ataque do Thomas no hospital.Os meus sentimentos pelo Heitor não passou, eu continuo amando esse homem com todas as minhas forças, só que eu não perdoei ele pelo abandono e não sei se um dia eu vou conseguir perdoar. Confesso que sinto falta dele, que me sinto sozinha principalmente aos finais de semana. Ouço uma buzina do lado de fora, era ele. Desço as escadas, entro no carro e vejo que hoje ele que está dirigindo, sem o Francisco.— Bom dia. — Eu falo e vejo que ele ri de algo no celular.— Bom dia, como você está?— Muito bem e voc
MARIANA NARRANDO. Aqui estou eu outra vez, parecia uma menina boba apaixonada, mesmo depois de tudo o que aconteceu com o Heitor, eu não consigo esquecer ele e só de suspeitar que ele tem alguém me causa um desespero muito grande. Coloquei um vestido rose, franzido de alcinha, passei o meu melhor perfume, soltei os meus cabelos e subi em cima de um salto não muito alto. Ouço uma buzina e com certeza era ele, desci as escadas e a Dolores estava na porta com um sorriso maravilhoso.— Não tenha pressa de voltar para casa. — Ela disse saltitante.— Boba, vai ser apenas um almoço, daqui a pouco estou de volta.— Vai com Deus. — Ela respondeu e fechou a porta.Ele desce do carro vestido com uma polo branca, calça jeans escura e óculos de sol. Ele segurava um buquê de rosas vermelhas e quando se aproximou, ele me segurou firme pela cintura puxando o meu corpo para o dele e falou no meu ouvido.— Feliz aniversário meu amor, espero que seu dia seja incrível. — A voz rouca dele no meu ouvido m
MARIANA NARRANDO. — Mariana, Mariana. — Heitor me chamava enquanto me sacudia. — Quem é no telefone? — A Dolores, ela disse que a minha irmã está lá em casa e que está toda machucada. — Sua irmã? — Ele questionou e eu afirmei com a cabeça. — Mari, não é o momento agora de irmos para casa, precisamos descobrir quem é a pessoa que esta vindo visitar a nossa filha. — E você ainda tem dúvida de quem seja Heitor? É aquele maldito do Thomas, aquele homem nunca vai me deixar em paz e agora está tocando na minha família. — Falo com os olhos cheios de lágrima. — Olha para mim Mariana, na nossa filha e em você eu prometo que ele nunca mais irá colocar a mão. Nunca mais, você está me entendendo? — Ele falou segurando o meu rosto com as mãos. O médico responsável pelo hospital chegou na UTI e a afeição dele não era nada boa. — Boa tarde, o que aconteceu aqui? — O que aconteceu é que a meses atrás um homem tentou sequestrar a minha mulher aqui dentro e agora
THOMAS NARRANDO. — Quem é? — Lívia fala por trás do portão. — Thomas. — Respondo e jogo a bituca do cigarro no chão. — O que você quer? A Mariana não está aqui. — Eu não vim atrás da Mariana, quero apenas conversar com você. — Não tenho nada para conversar com você, por favor vá embora. — Se você não abrir, eu entro a força, você que sabe. Daqui do lado de fora eu conseguia sentir o cheiro do medo dela e ela tinha razão de sentir medo, não estou aqui para brincadeira. — Abre a porra desse portão Livia. — Vai embora, pelo amor de Deus. — Ela chorou. — Eu te dei a opção de abrir, já que você não quis, então eu vou arrombar. Quando levantei o pé para arrombar o portão, ouvi o barulho e então o portão se abriu. — Me deixa em paz, eu não tenho nada haver com isso. — Já era Livia, entra na porra do carro. A Mariana vai aprender que quem mexe com fogo, se queima. 40 DIAS DEPOIS... — Para, pelo amor de Deus Thomas. — Prest
HEITOR NARRANDO. É serio mesmo que a irmã da Mariana pensou que eu fosse acreditar nessa história? Dessa vez o Thomas foi burro. Eu poderia ter acabado com esse plano ridículo hoje mesmo, a primeira perguntaria que eu iria fazer era como ela tinha achado a nossa casa? Só que eu vou ficar de olho nela e ficar atento aos próximos passos do Dimitri e Thomas.— Mari, hoje foi um dia muito intenso, vá descansar um pouco. — Me aproximo dela.— Eu vou sim, a minha mente está uma loucura, você fica aqui hoje? — Ela pergunta e eu afirmo que sim.— Preciso apenas fazer algumas ligações e em seguida vou subir.— Tá, fico te esperando então.Fico observando ela subir as escadas e em seguida eu subo atrás, fico no corredor esperando a Dolores sair de um dos quartos e quando ela me vê, eu a chamo com o dedo.— Presta atenção, você vai ficar de olho nessa menina, o tempo inteiro.— Porque? — Dolores me questionou.— Eu não confio nessa menina, isso é um segredo entre nós dois, não posso permitir qu
MARIANA NARRANDO. Acordo sentindo o braço do Heitor pesar em cima do meu corpo, levanto o braço dele devagar e fico de frente com ele. Fico ali quieta, observando ele dormir e me assusto quando ele fala ainda de olhos fechados.— Vai ficar me olhando mesmo? — Em seguida ele sorriu.— Que susto, faz tempo que você está acordado?— Tempo suficiente para saber que você está me observando. — Ele abriu os olhos e me roubou um beijo.— Peguei no sono sem tomar banho.— E você continua cheirosa do mesmo jeito. — Ele disse e passou a mão pela minha bunda.— Não senhor, nada de sexo matinal.— Rapidinho, por favor, fiquei tanto tempo longe desse corpo..— Não, vai já pro banho, eu estou morrendo de fome e quero tomar café da manhã do seu lado. — Brinquei.— Sim senhora. — Ele respondeu e levantou da cama rapidinho.Me sento na cama e fico lembrando da nossa noite, de como ele consegue me enlouquecer de tanto prazer. A porta do banheiro estava meio aberta, ele estava nu em baixo do chuveiro e
HEITOR NARRANDO. — Bom dia para você também papai. — Respondo lendo o meu jornal.— Estou te ligando desde ontem a noite.— Eu sei, vi a sua ligação, apenas não quis estragar a minha noite. — Respondo e dobro o jornal colocando em cima da mesa.— O seu irmão foi sequestrado e você aqui brincando de casinha.— Como assim o Enrico foi sequestrado? — Me exaltei.— Isso mesmo, Dimitri pegou o seu irmão.— Que desgraçado do caralho. — Grito e bato as duas mãos na mesa.— Está na hora de você abrir a boca e nos dizer aonde vamos encontrar o meu filho. — O meu pai falou e apontou para a Mariana.— A Mariana não tem nada haver com isso pai.— Não mesmo, eu estou presa nessa casa a dias, o único lugar que eu consigo ir é ao hospital e mesmo assim o Heitor vai junto comigo.— Pai, você sabe muito bem que essa briga com o Dimitri é antiga, aonde que pegaram o Enrico?— No puteiro.— Porra, no puteiro? Ai é foda também. — Levanto nervoso da mesa.— Mariana, preciso sair, fique em casa hoje. — Me
HEITOR NARRANDO. Quando chego na frente do galpão, a movimentação era grande. Vários carros estacionados e muitos homens entrando, quando eu paro o carro lá dentro vejo todos empenhados carregando as vans, todos com roupas pretas e com sangue nos olhos contra o Dimitri.Olho para cima e vejo o meu pai olhando tudo, subo e paro ao lado dele.— Você sabe que não vai não é? — Falo e ele me olha.— É o meu filho, por vocês dois eu vou até o inferno. — Ele respondeu sem tirar os olhos da movimentação dos homens— Você não tem saúde e muito menos idade para isso, vai acabar atrapalhando. Por favor, vai para casa.— Ir para casa não é uma opção Heitor.— Eu sou a porra do chefe, você vai para casa ou então tudo está cancelado. — Respondo e viro as costas.— E você vai ter coragem de deixar o seu irmão nas mãos do Dimitri?— E você vai me fazer escolher entre enterrar você ou o Enrico? — Respondi ainda de costas para ele.Não fiquei para ouvir a resposta, eu não deixaria o Enrico lá, de jeit